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AULA 2 - TEORIAS DE APRENDIZAGEM PPGCM-UFRN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS 
E MATEMÁTICA – PPGECM
DISCIPLINA: SEMINÁRIO AVANÇADO I: TEORIAS DE APRENDIZAGEM
PROFESSOR: ISAURO BELTRÁN NUÑEZ
DISCENTE: GERSON EUGENIO COSTA
Aula - N°2. Dia 16 de setembro de 2019
Pensamento, Aprendizagem e Desenvolvimento dos estudantes. Saberes e conhecimentos.
Objetivos:
- Discutir o que é pensamento na perspectiva Histórico Cultural
-Refletir sobre as categorias conhecimento e saberes na aprendizagem escolar.
- Discutir o que é o conteúdo escolar e suas tipologias na perspectiva Histórico Cultural.
- Diferenciar aprendizagem de desenvolvimento na perspectiva Histórico Cultural.
Atividades a responder:
- O que é pensamento? 
O pensamento é necessário porque no decorrer da vida e atividade, cada indivíduo encontra novas propriedades de objetos antes desconhecido para ele. O conhecimento prévio é insuficiente.
O pensamento é o processo psíquico socialmente condicionado e indissoluvelmente relacionados à linguagem, visando a busca e descoberta de algo substancialmente novo, ou seja, é o processo de reflexo indireto (mediado) e generalizado da realidade objetiva para através das operações de análise e síntese.
A consciência é a função mais elevada do cérebro, característica apenas do homem e ligada à fala, função cuja essência é a reflexão generalizada e proposital da realidade, construção mental antecipatória das ações e previsão de seus resultados, regulação racional e autocontrole do comportamento.
Tipologias
1) O pensamento usual em ação
A produção de ideias, de representações, de consciência está entrelaçada diretamente com a atividade material. Isso significa que as primeiras estruturas mentais não formada de conhecimento teórico, mas precisamente da atividade prática. Somente à medida que ela se desenvolve, a atividade mental teórica emerge, de forma relativamente independente.
2) Pensamento visual em imagens
No processo de análise e síntese do objeto cognoscível, a criança na fase da pré-escola (4 -7anos) não precisa entrar em contato direto com objeto que lhe interessa, mas já consegue perceber e representar objetivamente esse objeto.
3) Pensamento abstrato (teórico)
O pensamento nesse caso se manifesta não apenas em formas de atividades práticas ou em formas de imagens objetivas (percepções e representações), mas, sobretudo, em formas de conceitos abstratos, de julgamentos.
Relação com a aprendizagem na escola.
Na aprendizagem escolar o indivíduo representa mentalmente os objetos a partir do contato com o conhecimento científicos. 
No final da aprendizagem escolar, a criança deve começar a operar com sucesso não apenas com conceitos isolados (por exemplo, "peso específico", "mamífero", "realismo crítico" etc.), mas com sistemas completos de conceitos (por exemplo, "o sistema de conceitos geométricos"). 
Conceito é uma representação mental, com a qual se estabelece o conjunto de características necessárias e suficientes de um objeto.
- O que é conteúdo escolar e suas tipologias na perspectiva Histórico Cultural?
Dentro da perspectiva de currículo, Weissmann (1998) destaca duas visões de conteúdo curricular:
· A visão tradicional – em que os conteúdos escolares se limitam exclusivamente ao corpus conceitual das disciplinas que compõem o currículo, ou seja, há dicotomia (ideias opostas) entre o conteúdo escolar e as outras tipologias do conhecimento que compõem o elenco de saberes do aluno;
· A visão atual – os conteúdos escolares não se limitam ao aspecto conceitual, pois agregam os procedimentos, ou seja, as “habilidades, rotinas ou mecanismos empregados pelo aluno para tratar do conteúdo”.
Conteúdos conceituais, que envolvem fatos e princípios; 
Conteúdos procedimentais são métodos de como se realizam as tarefas.
Conteúdos atitudinais, que envolvem a abordagem de valores, normas e atitudes.
- Diferencias conhecimento de saber.
Galogovsky e Muñoz (2002), a partir da aprendizagem como processamento da informação, distinguem conhecimento de informação, ao descrever a Estrutura Cognitiva (EC) de um sujeito como uma configuração do tipo reticular, composta por novos conceitos e por relações entre conceitos. Esses autores chamam de conhecimento o conteúdo da EC e de informação todo tipo de conhecimento que é externo ao sujeito. Nesse sentido, a aprendizagem supõe a transformação da informação (externa ao sujeito) em conhecimento (interno ao sujeito).
Segundo Grossi
- Discutir e diferenciar aprendizagem de desenvolvimento na perspectiva Histórico Cultural. Relacionar coma Didática Desenvolvimentista.
A Teoria do Processamento da Informação que estabelece semelhanças entre os programas de computação considera a aprendizagem como um tipo de processamento da informação e praticamente iguala toda a atividade cognitiva do homem aos processos que ocorrem no computador. 
Teoria dos processos cognitivos (a Teoria Construtivista) no campo da psicologia, explica o processo de aprendizagem a partir de funções psicológicas básicas, tais como, percepção, memória, pensamento etc. e cujo representante fundamental é J. Bruner; a Escola Epistemologia Genética, representada especialmente por J. Piaget, que destinou parte de sua obra ao estudo das causas, gênese e desenvolvimento do conhecimento, isto é, a maneira como o homem constrói o conhecimento.
Dentro dessa concepção da Teoria Construtivista, a Didática assume o papel de organizar os processos de aprendizagem que sigam e respeitem determinadas etapas ou estágios do desenvolvimento, pois o desenvolvimento e a maturação das funções mentais representam um pressuposto e não um resultado da aprendizagem. 
Um exemplo típico desse pensamento o constitui a maneira como os ciclos escolares e os currículos dos diferentes níveis são estruturados a partir da teoria dos estágios do desenvolvimento elaborada pelo próprio Piaget, que estabelece que o indivíduo passa no seu desenvolvimento por quatro estágios: 
1-sensório–motor (do nascimento aos 2 anos); 
2-pré-operacional (pré-conceitual e intuitivo) (dos 2 aos 7 anos); 
3-operações concretas (dos 7 aos 11 ou 12 anos); 
4-operações finais (dos 11 ou 12 ao 14 ou 15 anos).
Dentro da teoria construtivista, a função da escola e do professor fica destinada a criar as condições para que aluno consiga fazer aquilo que suas capacidades permitam que ele realize por si próprio, por intermédio da pesquisa e da descoberta, porque faz parte das peculiaridades já maduras do pensamento do estudante. Em outras palavras, nessa concepção, o aluno vai à escola a aprender aquilo que ele já tem capacidade de fazer.
Limitações: Com base na teoria construtivista de Piaget, a Didática de Acessibilidade leva em consideração as condições sociais na organização do processo de ensino e aprendizagem, mas não atribui um valor significativo às relações humanas que tem lugar em sala de aula entre alunos e alunos e entre alunos e professor. Outras limitações:
a) O desenvolvimento da psique do indivíduo é de natureza biológica, por tanto os influxos exteriores podem acelerar ou retardar o processo, mas não são a causa do desenvolvimento; 
b) há uma independência do processo de desenvolvimento e do processo de aprendizagem; 
c) a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo, de certa forma ao processo de desenvolvimento do estudante; 
d) o processo de desenvolvimento sempre precede o ensino e a aprendizagem.
A ideia de que o aluno é considerado um construtor de seu próprio conhecimento, segundo D’amore e Radford (2017), denominam como forma individualista de produção do conhecimento. Essas formas atuais adotadas nas escolas desenvolvem a alienação, no sentido de diminuir a capacidade dos indivíduos em pensar ou agir por conta própria, de não dar importância em ouvir opiniões de outros indivíduos e de se preocupar com outro, ou seja, fazendo só o que lhe interessa.
Para Vygotsky (Pacheco, 1991), a aprendizagem é uma atividade social, uma atividade de construção e reconstrução da cultura, mediante a qual o indivíduo assimila osmodos sociais de atividade, e, quando na escola, os conhecimentos científicos, sob condições de orientação, mediação, interação social e cultural. Nas relações sociais, mediadas pela história, produz-se a cultura, objeto de conhecimento e ponto de partida para sua construção.
Segundo Nuñez e Ramalho (2004), a aprendizagem, na perspectiva sócio-histórico-cultural, é compreendida como um processo de construção de conhecimento, de habilidades, hábitos, valores, etc., que se produz em condições de interação social (mediada), na dependência dos recursos cognitivos de que dispõe o aluno. A aprendizagem não é só registro e sim interpretação da informação na dependência dos interesses, construções cognitivo-afetivas prévias e do próprio controle desse processo pelo aluno que aprende. Caracteriza-se por ser um tipo específico de atividade humana, interligada a outros tipos de atividades (trabalho, estudo, etc.), que se produz em condições socioculturais vinculadas ao desenvolvimento integral do aluno.
A Didática Desenvolvimental defende o resgate do sentido inicial do ensino e da aprendizagem na palavra russa “obutchenie” e atribui a ela o sentido de processo simultâneo de “instrução”, “estudo” e “aprender por si mesmo”. A instrução assim vista constitui um tipo específico e especial de atividade que gera desenvolvimento e, por isso, deve estar à frente do desenvolvimento e não seguindo o desenvolvimento como uma sombra.
Referencias.
Petrovsky, A. El pensamento. In: Zoe Bello Dávila; Julio C. Casales Fernández. Psicologia General. La Habana: Editorial Publo y Educación, s/d. p. 135-151. 
Dias, S. M. A; Núñez, I. B; Ramalho, B. L. Os saberes escolares e a formação das competências no Ensino Médio. In Isauro Beltrán Núñez e Betania Leite Ramalho (orgs). Fundamentos do ensino aprendizagem das Ciencias Naturais e da Matemática: o novo ensino médio. Porto Alegre Editora Sulinas. 2004. P. 105-123.
 Valdes, R. P; Longarezi, A. M. ESCOLA E DIDÁTICA DESENVOLVIMENTAL: SEU CAMPO CONCEITUAL NA TRADIÇÃO DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL. Educação em Revista. Belo Horizonte | v. 29 | n. 01 | p. 247-271| mar. 2013.

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