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Aula 28 OUT 2020 Parte 1 - FCH - Prof Flavio

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Unidade XII – ONCOLOGIA NA 
FARMÁCIA HOSPITALAR
Resolução do CFF n° 288/96
Art. 1° - É atividade privativa do farmacêutico a 
competência para o exercício da atividade de 
manipulação de drogas antineoplásicas e similares nos 
estabelecimentos de saúde.
Resolução RDC n° 220/2004
Art. 1° - Aprova o regulamento técnico de 
funcionamento dos serviços de Terapia Antineoplásica
(avaliação da prescrição, manipulação, controle de 
qualidade e conservação)
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PROTOCOLO DE TRATAMENTO
A dose administrada é calculada com base na 
superfície corporal (SC)
SC = Peso (kg) x Altura (cm)
3600
Explo: Ciclofosfamida 600mg/m2 e SC 1,65 m2
Dose = 600 x 1,65 = 990mg
CÂMARA DE FLUXO LAMINAR VERTICAL
Classe I – ar horizontal;
Classe II – ar vertical;
Classe III – hermeticamente fechada com luvas 
acopladas.
Tipo A – recicla 70% e expulsa 30% do ar para a sala;
Tipo B1 – recicla 30% e expulsa 70% do ar para o 
exterior;
Tipo B2 – expulsa 100% do ar;
Tipo B3 – recicla 70% e expulsa 30% do ar para o 
exterior.
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CÂMARA DE FLUXO LAMINAR VERTICAL
Filtros HEPA (High Efficiency 
Particulate Air Filter) 
Eficiência de 99,7%
Estrutura física projetada
• Ligar 30 min antes.
• Limpeza do interior 
com álcool 70%
• Velocidade do ar = 
0,35 a 0,55m/s
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
•EPI – macacão de Tyvek ®, gorro, 
máscara, luva e sapatilha
•Técnica de manipulação e 
descarte
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Conceitos
Tumor = Neoplasia Crescimento anormal, incontrolado e progressivo 
de tecido, mediante proliferação celular.
Câncer Qualquer proliferação celular anárquica, 
incontrolável e incessante, que geralmente invade 
os tecidos, com capacidade de gerar metástases 
em várias partes do corpo e que tende a 
reaparecer após tentativa de retirada cirúrgica ou 
a levar à morte, se não for adequadamente 
tratada; tumor maligno.
Tumor benigno vs maligno.
Inibidores mitóticos
Bleomicina, 
etoposídeo e 
teniposídeo
Inibidores da síntese 
de DNA
•G0 – fase de 
repouso não 
proliferativa;
•G1 – produção de 
enzimas para a 
duplicação do DNA;
•S – fase de síntese 
replicação do DNA;
•G2 – produção de 
RNA
•M – mitose (divisão 
celular)
Oncogênese – ciclo celular
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Oncogênese – regulação do ciclo 
celular
Genes supressores tumorais:
p53
Rb Apoptose
bcl2 Morte celular programada
Genética - Conceitos
Proto-
oncogenes
Genes que uma vez 
hiper-expressos, 
conduzem a célula ao 
câncer.
Oncogenes Forma mutante hiper-
ativa de um proto-
oncogene.
Supressores 
tumorais
Genes cuja função é 
impedir a 
transformação da 
célula em câncer.
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Oncogênese – regulação do ciclo 
celular
Genes promotores
de replicação celular:
• Ciclina
• Cinase dependente de ciclina
• Cinase ativadora de CdK
Genes inibidores
de replicação celular:
• p53, p16, p27
• Rb
• bcl2
Processo coordenado por múltiplas vias redundantes
Oncogênese – regulação do ciclo 
celular
Genes promotores
de replicação celular:
• Ciclina
• Cinase dependente de ciclina
• Cinase ativadora de CdK
Genes inibidores
de replicação celular:
• p53, p16, p27
• Rb
• bcl2
Desregulação do ciclo celular
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Teoria da Célula Tronco
Proliferação
Tecido Sadio
Célula 
Tumoral
Tecido Neoplásico
Teoria da 
Desdiferenciação
Célula 
Sadia
Célula 
Tronco
G0
Tecido Sadio
Malignização
da Célula Tronco
Tecido Neoplásico
Célula 
Tronco 
Tumoral
G0
O processo é um pouco mais complicado...
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Características da neoplasia 
maligna
 Proliferação celular – perda da regulação.
Sinais internos e externos.
 Apoptose – perda do controle.
 Regulação senescência e diferenciação.
 Instabilidade genética.
 Invasividade – tecidos periféricos.
 Metástase – sobrevivência e proliferação 
em outros tecidos.
________________________________________________Introdução
 Quimioterapia – É o método que utiliza
compostos químicos,chamados quimioterápicos,
no tratamento de doenças causadas por
agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer,
a quimioterapia é chamada de quimioterapia
antineoplásica
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 O câncer/Neoplasia é a segunda causa de morte nos 
países desenvolvidos.
 Podem ser Classificados em: Benignos ou Malignos.
 Origem Epitelial(Carcinoma)
 Origem Mesenquimal (Tecido Conjuntivo / Músculo / 
Osso / Cartilagem (Sarcoma). 
 Metástase - Significa a capacidade do tumor emitir 
células na circulação sanguínea, linfática e para 
superfícies cavitárias determinando a formação de um 
novo foco tumoral independente, à 
distância.(Hematogênica, linfática).
 Diagnóstico(biópsia associada ao estudo 
anotomopatológico) e outros métodos(USG, TC, RMN, 
Cintilografias, Hemograma.)
 Marcadores tumorais(PSA,HCG, CA-125,Amilase, LDH, 
HER-2, IGM
________________________________________________Introdução
Tipos de câncer de maior incidência na população 
brasileira, estimados em 2019
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000
Câncer de pele não
melanoma
Próstata
Pulmão
Estômago
Cólon e reto
Mama
Colo do útero
Número de casos
Homens
Mulheres
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________________________________________________Introdução
 Carcinógenos Químicos-(Hidrocarbonetos policíclicos 
aromáticos,Aminas Aromáticas, 
Azocompostos,Alquilantes,Nitrosaminas,Aflatoxinas, 
Asbesto,Cloreto de Vinil, Arsênio,Cromo,Ferro, Níquel, 
Ciclamatos e Sacarina).
 Carcinogênese por Radiações-(Ultravioleta e 
Ionizante(Raio X, Gama, alfa, Beta))
 Agentes Virais(RNA, DNA)
 Fatores ambientais – (Alcoolismo, Fatores ocupacionais, 
Hábitos alimentares, Hábitos sexuais(HPV e HIV), 
Medicamentos, Radiações e Tabagismo).
AGENTES CARCINOGÊNICOS
GÁS MOSTARDA
Desenvolvido em 
1854 e usado como 
arma química na I 
Guerra Mundial. 
Em 1942, iniciou-se 
estudo clínico para 
tratamento de 
linfossarcoma.
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Diagnóstico
Biópsia
Diagnóstico Histopatológico
Imunohistoquímica
Microscopia
eletrônica
Biologia molecular
Prognóstico
Estadiamento
Estadiamento: Divisão das diferentes fases evolutivas da 
história natural de uma determinada neoplasia maligna.
 Prognóstico
 Orientação terapêutica
 Tratamento curativo vs paliativo
 Tratamento multimodal
 Uniformização da informação
 Comunicação em equipe multidisciplinar
 Pesquisa clínica
 Comparação de resultados de novos tratamentos
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Estadiamento - Câncer de cólon
Tx
T0
Tis
T1
T2
T3
T4
Não avaliável
Sem evidência
Carcinoma in situ: intraepitelial ou invasão de submucosa
Invasão de submucosa
Invasão de muscular própria
Invasão através da muscular até a subserosa ou tecido s/ peritônio
Invasão de outros órgãos ou estruturas, e/ou perfuração de peritônio
Nx
N0
N1
N2
Não avaliável
Sem evidência
Metástase em 1-3 linfonodos
Metástase em mais de 4 linfonodos
Mx
M0
M1
Não avaliável
Sem evidência
Metástase à distância
Tratamento - modalidades
Quimioterapia
Cirurgia
Exérese do tumor primário ± cadeias 
de drenagem.
Citotóxicos e Biomoduladores.
Terapia Intravenosa, Intraarterial
Intratecal, Intraperitoneal. 
Manipulação
Hormonal
Radioterapia
Radioterapia externa, Braquiterapia, 
Radioimunoterapia, Radiofármacos 
± guiados por moléculas.
Bloqueio de produção, bloqueadores 
de receptor hormonal
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Tratamento curativo
Tratamento
Neoadjuvante
Tratamento
Adjuvante
Cirurgia
Exérese do tumor primário ±
cadeias de drenagem.
Tratamento pré-operatório.
Tratamento pós-operatório.
Tratamento curativo
Objetivos Vantagens
Neoadjuvante  Redução de volume 
tumoral.
 Facilita ressecção.
 Eliminação de micro-
metástases.
 Eliminação de células 
tumorais circulantes.
 Avaliação de 
resposta in vivo.
Adjuvante  Eliminação de micro-
metástases.
 Eliminação de células 
tumorais circulantes.
 Decisões baseadas 
em material 
histopatológico da 
cirurgia.
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Principio básico
Benefício Risco
Melhora de sintomas
Melhora qualidade de vida
Reduz riscos de complicações
Reduz hospitalização
Aumento de sobrevida
Taxa de resposta
Toxicidade
Não melhora ou piora qualidadede vida
Aumenta hospitalização
“Primum non nocere.”
Hipócrates (460-370 aC.)
Julgamento clínico
é fundamental
Principais grupos de medicamentos antineoplásicos 
com seus respectivos locais de ação 
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Ciclo celular e fases onde atuam os fármacos ciclo 
celular-específicos
Inibidores mitóticos
Bleomicina, 
etoposídeo e 
teniposídeo
Inibidores da síntese 
de DNA
•G0 – fase de 
repouso não 
proliferativa;
•G1 – produção de 
enzimas para a 
duplicação do DNA;
•S – fase de síntese 
replicação do DNA;
•G2 – produção de 
RNA
•M – mitose (divisão 
celular)
FARMACOLOGIA DO CÂNCER
CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO:
- Terapias em constante desenvolvimento;
- Politerapia (↓resistência e ↓toxicidade);
- Estreita margem terapêutica.
FALHAS DO TRATAMENTO:
- Mutações (desenvolvimento de mecanismo de resistência);
- Pouca irrigação dos tumores (acesso ao medicamento);
- Diferenças mínimas entre células normais e neoplásicas.
REAÇÕES ADVERSAS:
- Toxicidade medular (anemia, leucopenia e plaquetopenia);
- Toxicidade digestiva (náusea, vômitos, diarréia);
- Toxicidade hepática, renal, neurológica e cardíaca.
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Toxicidade ao tratamento
Toxicidade Agentes causadores
Cardíaca Antraciclinas, fluorpirimidinas infusionais
Pulmonar Bleomicina, carmustina, gemcitabina, bussulfan
Renal Cisplatina, mitomicina C
Hepática Oxaliplatina
Medula óssea Carboplatina, nitrosuréias, 
Neurológica Taxanes, alcalóides da vinca, cisplatina, citarabina
Alopécia Antraciclinas, epipodofilotoxinas, taxanes
Cutânea Radioterapia, erlotinib, cetuximab
Hipersensibilidade L-asparaginase, epipodofilotoxinas, taxanes
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Mielotoxicidade
QT
RT
Hemácias
Neutrófilos
Plaquetas
M
E
D
U
L
A
Ó
S
S
E
A
Anemia
Neutropenia
Trombocitopenia
Fadiga
Dispnéia
Taquicardia
Sangramento
Infecções
Transfusão
Epoetina
G-CSF
Transfusão
Oprelvekin?
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Câncer de mama
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Fluxograma do 
tratamento do câncer 
de mama com ênfase 
no mecanismo de ação 
do tamoxifeno 
Os tumores hormônio-
positivo são tratados 
com antagonistas de 
estrógeno como, por 
exemplo, o tamoxifeno. 
Esse medicamento 
bloqueia os receptores 
de estrógeno, inibindo 
a estimulação 
hormonal que as 
células neoplásicas 
necessitam para se 
proliferarem, reduzindo 
o tumor 
Mecanismo de ação dos inibidores 
de aromatase e estruturas 
químicas dos principais fármacos 
representantes do grupo, incluindo 
o anastrozol e o letrozol.
Os inibidores de aromatase 
garantem a melhor interrupção do 
estrógeno às células cancerosas. 
Se ligam de forma seletiva e 
irreversível à aromatase e 
inativam a principal enzima 
conversora de andrógenos em 
estrógenos 
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Principais sinais clínicos e sintomas da Leucemia 
Mielóide Crônica (LMC). 
Esquema mostrando o mecanismo de ação e a estrutura 
química do mesilato de imatinibe
O imatinibe inibe a Bcr-Abl tirosina quinase, uma enzima constitutiva 
anormalmente sintetizada a partir do cromossomo Filadélfia e causadora da 
leucemia mielóide crônica (LMC). O imatinibe inibe a proliferação celular e 
induz a apoptose de células Bcr-Abl positivas, bem como em células 
leucêmicas de LMC que apresentam o cromossomo Filadélfia (F+). 
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Referências
sobrafo e www.mochsl.com.br
 www.cibersaude.com.br
 www.rxlist.com
 www.db.doyma.es/
 www.pharmaceutical-care.org/
 www.fisterra.com/
 www.prvademecum.com/
 www.sefh.es
http://www.cibersaude.com.br/
http://www.rxlist.com/
http://www.db.doyma.es/
http://www.pharmaceutical-care.org/
http://www.fisterra.com/
http://www.prvademecum.com/
http://www.sefh.es/

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