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1 Unidade XII – ONCOLOGIA NA FARMÁCIA HOSPITALAR Resolução do CFF n° 288/96 Art. 1° - É atividade privativa do farmacêutico a competência para o exercício da atividade de manipulação de drogas antineoplásicas e similares nos estabelecimentos de saúde. Resolução RDC n° 220/2004 Art. 1° - Aprova o regulamento técnico de funcionamento dos serviços de Terapia Antineoplásica (avaliação da prescrição, manipulação, controle de qualidade e conservação) 2 PROTOCOLO DE TRATAMENTO A dose administrada é calculada com base na superfície corporal (SC) SC = Peso (kg) x Altura (cm) 3600 Explo: Ciclofosfamida 600mg/m2 e SC 1,65 m2 Dose = 600 x 1,65 = 990mg CÂMARA DE FLUXO LAMINAR VERTICAL Classe I – ar horizontal; Classe II – ar vertical; Classe III – hermeticamente fechada com luvas acopladas. Tipo A – recicla 70% e expulsa 30% do ar para a sala; Tipo B1 – recicla 30% e expulsa 70% do ar para o exterior; Tipo B2 – expulsa 100% do ar; Tipo B3 – recicla 70% e expulsa 30% do ar para o exterior. 3 CÂMARA DE FLUXO LAMINAR VERTICAL Filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air Filter) Eficiência de 99,7% Estrutura física projetada • Ligar 30 min antes. • Limpeza do interior com álcool 70% • Velocidade do ar = 0,35 a 0,55m/s EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO •EPI – macacão de Tyvek ®, gorro, máscara, luva e sapatilha •Técnica de manipulação e descarte 4 Conceitos Tumor = Neoplasia Crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular. Câncer Qualquer proliferação celular anárquica, incontrolável e incessante, que geralmente invade os tecidos, com capacidade de gerar metástases em várias partes do corpo e que tende a reaparecer após tentativa de retirada cirúrgica ou a levar à morte, se não for adequadamente tratada; tumor maligno. Tumor benigno vs maligno. Inibidores mitóticos Bleomicina, etoposídeo e teniposídeo Inibidores da síntese de DNA •G0 – fase de repouso não proliferativa; •G1 – produção de enzimas para a duplicação do DNA; •S – fase de síntese replicação do DNA; •G2 – produção de RNA •M – mitose (divisão celular) Oncogênese – ciclo celular 5 Oncogênese – regulação do ciclo celular Genes supressores tumorais: p53 Rb Apoptose bcl2 Morte celular programada Genética - Conceitos Proto- oncogenes Genes que uma vez hiper-expressos, conduzem a célula ao câncer. Oncogenes Forma mutante hiper- ativa de um proto- oncogene. Supressores tumorais Genes cuja função é impedir a transformação da célula em câncer. 6 Oncogênese – regulação do ciclo celular Genes promotores de replicação celular: • Ciclina • Cinase dependente de ciclina • Cinase ativadora de CdK Genes inibidores de replicação celular: • p53, p16, p27 • Rb • bcl2 Processo coordenado por múltiplas vias redundantes Oncogênese – regulação do ciclo celular Genes promotores de replicação celular: • Ciclina • Cinase dependente de ciclina • Cinase ativadora de CdK Genes inibidores de replicação celular: • p53, p16, p27 • Rb • bcl2 Desregulação do ciclo celular 7 Teoria da Célula Tronco Proliferação Tecido Sadio Célula Tumoral Tecido Neoplásico Teoria da Desdiferenciação Célula Sadia Célula Tronco G0 Tecido Sadio Malignização da Célula Tronco Tecido Neoplásico Célula Tronco Tumoral G0 O processo é um pouco mais complicado... 8 Características da neoplasia maligna Proliferação celular – perda da regulação. Sinais internos e externos. Apoptose – perda do controle. Regulação senescência e diferenciação. Instabilidade genética. Invasividade – tecidos periféricos. Metástase – sobrevivência e proliferação em outros tecidos. ________________________________________________Introdução Quimioterapia – É o método que utiliza compostos químicos,chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica 9 O câncer/Neoplasia é a segunda causa de morte nos países desenvolvidos. Podem ser Classificados em: Benignos ou Malignos. Origem Epitelial(Carcinoma) Origem Mesenquimal (Tecido Conjuntivo / Músculo / Osso / Cartilagem (Sarcoma). Metástase - Significa a capacidade do tumor emitir células na circulação sanguínea, linfática e para superfícies cavitárias determinando a formação de um novo foco tumoral independente, à distância.(Hematogênica, linfática). Diagnóstico(biópsia associada ao estudo anotomopatológico) e outros métodos(USG, TC, RMN, Cintilografias, Hemograma.) Marcadores tumorais(PSA,HCG, CA-125,Amilase, LDH, HER-2, IGM ________________________________________________Introdução Tipos de câncer de maior incidência na população brasileira, estimados em 2019 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 Câncer de pele não melanoma Próstata Pulmão Estômago Cólon e reto Mama Colo do útero Número de casos Homens Mulheres 10 ________________________________________________Introdução Carcinógenos Químicos-(Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos,Aminas Aromáticas, Azocompostos,Alquilantes,Nitrosaminas,Aflatoxinas, Asbesto,Cloreto de Vinil, Arsênio,Cromo,Ferro, Níquel, Ciclamatos e Sacarina). Carcinogênese por Radiações-(Ultravioleta e Ionizante(Raio X, Gama, alfa, Beta)) Agentes Virais(RNA, DNA) Fatores ambientais – (Alcoolismo, Fatores ocupacionais, Hábitos alimentares, Hábitos sexuais(HPV e HIV), Medicamentos, Radiações e Tabagismo). AGENTES CARCINOGÊNICOS GÁS MOSTARDA Desenvolvido em 1854 e usado como arma química na I Guerra Mundial. Em 1942, iniciou-se estudo clínico para tratamento de linfossarcoma. 11 Diagnóstico Biópsia Diagnóstico Histopatológico Imunohistoquímica Microscopia eletrônica Biologia molecular Prognóstico Estadiamento Estadiamento: Divisão das diferentes fases evolutivas da história natural de uma determinada neoplasia maligna. Prognóstico Orientação terapêutica Tratamento curativo vs paliativo Tratamento multimodal Uniformização da informação Comunicação em equipe multidisciplinar Pesquisa clínica Comparação de resultados de novos tratamentos 12 Estadiamento - Câncer de cólon Tx T0 Tis T1 T2 T3 T4 Não avaliável Sem evidência Carcinoma in situ: intraepitelial ou invasão de submucosa Invasão de submucosa Invasão de muscular própria Invasão através da muscular até a subserosa ou tecido s/ peritônio Invasão de outros órgãos ou estruturas, e/ou perfuração de peritônio Nx N0 N1 N2 Não avaliável Sem evidência Metástase em 1-3 linfonodos Metástase em mais de 4 linfonodos Mx M0 M1 Não avaliável Sem evidência Metástase à distância Tratamento - modalidades Quimioterapia Cirurgia Exérese do tumor primário ± cadeias de drenagem. Citotóxicos e Biomoduladores. Terapia Intravenosa, Intraarterial Intratecal, Intraperitoneal. Manipulação Hormonal Radioterapia Radioterapia externa, Braquiterapia, Radioimunoterapia, Radiofármacos ± guiados por moléculas. Bloqueio de produção, bloqueadores de receptor hormonal 13 Tratamento curativo Tratamento Neoadjuvante Tratamento Adjuvante Cirurgia Exérese do tumor primário ± cadeias de drenagem. Tratamento pré-operatório. Tratamento pós-operatório. Tratamento curativo Objetivos Vantagens Neoadjuvante Redução de volume tumoral. Facilita ressecção. Eliminação de micro- metástases. Eliminação de células tumorais circulantes. Avaliação de resposta in vivo. Adjuvante Eliminação de micro- metástases. Eliminação de células tumorais circulantes. Decisões baseadas em material histopatológico da cirurgia. 14 Principio básico Benefício Risco Melhora de sintomas Melhora qualidade de vida Reduz riscos de complicações Reduz hospitalização Aumento de sobrevida Taxa de resposta Toxicidade Não melhora ou piora qualidadede vida Aumenta hospitalização “Primum non nocere.” Hipócrates (460-370 aC.) Julgamento clínico é fundamental Principais grupos de medicamentos antineoplásicos com seus respectivos locais de ação 15 Ciclo celular e fases onde atuam os fármacos ciclo celular-específicos Inibidores mitóticos Bleomicina, etoposídeo e teniposídeo Inibidores da síntese de DNA •G0 – fase de repouso não proliferativa; •G1 – produção de enzimas para a duplicação do DNA; •S – fase de síntese replicação do DNA; •G2 – produção de RNA •M – mitose (divisão celular) FARMACOLOGIA DO CÂNCER CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO: - Terapias em constante desenvolvimento; - Politerapia (↓resistência e ↓toxicidade); - Estreita margem terapêutica. FALHAS DO TRATAMENTO: - Mutações (desenvolvimento de mecanismo de resistência); - Pouca irrigação dos tumores (acesso ao medicamento); - Diferenças mínimas entre células normais e neoplásicas. REAÇÕES ADVERSAS: - Toxicidade medular (anemia, leucopenia e plaquetopenia); - Toxicidade digestiva (náusea, vômitos, diarréia); - Toxicidade hepática, renal, neurológica e cardíaca. 16 Toxicidade ao tratamento Toxicidade Agentes causadores Cardíaca Antraciclinas, fluorpirimidinas infusionais Pulmonar Bleomicina, carmustina, gemcitabina, bussulfan Renal Cisplatina, mitomicina C Hepática Oxaliplatina Medula óssea Carboplatina, nitrosuréias, Neurológica Taxanes, alcalóides da vinca, cisplatina, citarabina Alopécia Antraciclinas, epipodofilotoxinas, taxanes Cutânea Radioterapia, erlotinib, cetuximab Hipersensibilidade L-asparaginase, epipodofilotoxinas, taxanes 17 Mielotoxicidade QT RT Hemácias Neutrófilos Plaquetas M E D U L A Ó S S E A Anemia Neutropenia Trombocitopenia Fadiga Dispnéia Taquicardia Sangramento Infecções Transfusão Epoetina G-CSF Transfusão Oprelvekin? 18 Câncer de mama 19 Fluxograma do tratamento do câncer de mama com ênfase no mecanismo de ação do tamoxifeno Os tumores hormônio- positivo são tratados com antagonistas de estrógeno como, por exemplo, o tamoxifeno. Esse medicamento bloqueia os receptores de estrógeno, inibindo a estimulação hormonal que as células neoplásicas necessitam para se proliferarem, reduzindo o tumor Mecanismo de ação dos inibidores de aromatase e estruturas químicas dos principais fármacos representantes do grupo, incluindo o anastrozol e o letrozol. Os inibidores de aromatase garantem a melhor interrupção do estrógeno às células cancerosas. Se ligam de forma seletiva e irreversível à aromatase e inativam a principal enzima conversora de andrógenos em estrógenos 20 Principais sinais clínicos e sintomas da Leucemia Mielóide Crônica (LMC). Esquema mostrando o mecanismo de ação e a estrutura química do mesilato de imatinibe O imatinibe inibe a Bcr-Abl tirosina quinase, uma enzima constitutiva anormalmente sintetizada a partir do cromossomo Filadélfia e causadora da leucemia mielóide crônica (LMC). O imatinibe inibe a proliferação celular e induz a apoptose de células Bcr-Abl positivas, bem como em células leucêmicas de LMC que apresentam o cromossomo Filadélfia (F+). 21 Referências sobrafo e www.mochsl.com.br www.cibersaude.com.br www.rxlist.com www.db.doyma.es/ www.pharmaceutical-care.org/ www.fisterra.com/ www.prvademecum.com/ www.sefh.es http://www.cibersaude.com.br/ http://www.rxlist.com/ http://www.db.doyma.es/ http://www.pharmaceutical-care.org/ http://www.fisterra.com/ http://www.prvademecum.com/ http://www.sefh.es/
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