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CLÍNICA MÉDICA DE CÃES E GATOS
Diarréia
Diarréia: aumento do conteúdo hídrico das fezes. Aumento da fluidez das fezes que pode ou não estar acompanhada do aumento do volume e frequência das evacuações. Há casos de diarréia autolimitantes (requer só terapia de suporte e sintomática), mas outras são crônicas (precisam diagnosticar a causa pra tratar).
Existe um fluxo secretório que entra no lúmen junto com a digestão, mas geralmente não é relevante. Os mecanismos formadores da diarréia estão relacionados ao aumento do fluxo secretório e/ou diminuição do fluxo absortivo. No intestino tem as dobras, vilos e microvilosidades.
No cólon há uma maior eficiência absortiva (nas junções celulares), porém, essa capacidade não é utilizada porque a maior proporção do fluxo absortivo ocorre no intestino delgado, que é proporcionalmente maior que o intestino grosso. Na diarréia, a capacidade de reserva colônica já foi usada. Paciente muito desidratado: o cólon já usou sua reserva. As cels do intestino delgado têm menos junções celulares que o grosso, mas em compensação tem menos vilos que faz absorção. 
Doença no cólon: uma diarréia mais pastosa e o sangue se aparecer é vivo (vermelho). Além disso, as fezes aparecem com muito muco (proprietários relatam isso). As porções finais do intestino tem muito mais cels caliciformes e na inflamação elas ficam irritadas e são induzidas a produzir mais muco mesmo não precisando (já que as fezes não tem dificuldade de sair). 
As cels da cripta do intestino delgado possuem cels indiferenciadas e com o tempo se diferenciam nas cels do topo. Ex.: parvovírus tem predileção por cels da cripta, e o rotavírus tem pelas cels do topo. As cels do topo são diferenciadas e estão em constante renovação (a cada 3 dias), por isso a diarréia por rota é mais branda.
O fluxo secretório provém das células da cripta (indiferenciadas, fazem renovação das cels do topo e tem alta capacidade secretória e é mediada pelo AMPc). Várias substâncias irritam as cels da cripta que vai produzir mais secreção (água e eletrólito).
Escore Fecal: Escore 1 a 7. Sendo o 1 bem duro e seco, geralmente em bolinhas e o escore 7 é a diarréia com bastante líquido, sem forma. 
· Classificação dos processos diarreicos
Quanto ao mecanismo
- Osmótica: resultante de um acúmulo de substâncias osmoticamente ativas (carboidratos, fosfatos, ácidos graxos, dentre outros) na luz intestinal devido a falhas na digestão e/ou
absorção. Ex.: rotavírus não consegue absorver nem digerir alguns nutrientes, então eles ficam na luz em maior concentração e puxam mais água das células pra equilibrar. Esse tipo de diarréia cessa com jejum. 
Causas: sobrecarga alimentar, enterites, mudança alimentar, insuficiência pancreática.
Insuficiência pancreática exócrina não consegue fazer digestão pq não tem as enzimas pra fazer digestão. Animal come demais, e nunca está saciado, defeca tudo o que come.
- Secretória: cels da cripta irritadas produzem muita agua e eletrólito pra luz intestinal. Quando há destruição dos vilos, a circulação fica exposta e o sangue sai. Ex.: parvovírus
Esse tipo de diarreia não cessa com o jejum e pode levar a uma desidratação grave. É causada por toxinas, inflamações, hormônios.
- Alteração da permeabilidade: quando ocorre aumento dos poros do epitélio intestinal e passagem das macromoléculas pra luz intestinal. A inflamação faz o edema, perda de proteína, etc. Ocorre por aumento da pressão hidrostática dentro ou fora da parede intestinal. 
Ascite: pode ser por problema no fígado, intestino, rim... Porque em algum lugar está perdendo proteína, pelo coco ou xixi. 
- Alteração da motilidade: movimento segmentar e peristáltico alterado. Movimento segmentar retarda a passagem do alimento pra que ocorra absorção e o movimento peristáltico é de propulsão (empurra as fezes). Atropina (anticolinérgico) diminui a motilidade, faz uma estase, mas isso não é bom porque só vai aumentar a absorção da toxina, translocação de bactérias pra corrente sanguínea, etc. Nem sempre diarréia é aumento do peristaltismo, e sim diminuição do segmentar, isso que dá uma falsa impressão.
Atropina: usa em intoxicação por chumbinho.
Destruição do vilo e exposição da circulação: risco de translocação da bactéria do topo pra cripta causando uma sepse.
Quanto ao tempo
- Aguda (geralmente autolimitante, mais preocupante em filhotes, pois tem menos líquido). Geralmente causada por dieta, doenças infecciosas ou parasitas.
- Crônica (>4 semanas de idade. Demora mais pra encontrar a causa, precisando aprofundar os exames pra chegar ao diagnóstico). 
Quanto a origem
- Diarréia tipo intestino delgado 
- Diarréia tipo intestino grosso
A história clínica é o melhor método de investigação, pois quando a diarreia se origina no intestino grosso, o animal não perde peso e mantem a condição corporal. Já no caso da diarréia por doença no intestino delgado, o animal apresenta perda de peso.
Volume fecal fica mais aumentado quando tem problema no intest delgado já que ele é o maior responsivo pela absorção. Muito raro o volume fecal aumentar quando o problema existe no intestino grosso. 
Tenesmo fecal: tentativa improdutiva de defecar. Existe o tenesmo urinário também. Em gatos e cadelas podem ser confundidos. Isso acontece mais na diarréia oriunda do intestino grosso.
Na diarréia com origem no intestino grosso o volume não se altera, mas a frequência sim. Isso ocorre porque no final das células do intestino grosso tem o plexo nervoso que manda mensagem pro sistema nervoso indicando presença de fezes bem formadas e precisa de um estímulo pra defecar. Mas quando as cels estão inflamadas esse plexo continua constantemente sendo ativado e mandando mensagem induzindo a defecação mesmo não tendo fezes bem formadas ainda. Isso ocorre na cistite também, que com pouco volume de urina já há estimulo constante pra fazer xixi.
Melena: sangue digerido, então geralmente ocorre em problema do intestino delgado.
Hematoquesia: sangue vivo – problema no intestino grosso
Vômito pode estar presente nas enterites inflamatórias, e é mais raro no intestino grosso.
Flatulência: geralmente ocorre no intest delgado (má assimilação) e é raro no intest grosso.
Funcional
- Assimilação normal
- Má assimilação: absorção ou digestão comprometida.
Intestino, Pâncreas (insuficiência pancreática exócrina) – usa CREOM, Fígado
· Gastroenterite hemorrágica
Vômito, diarréia fétida, presença de dor abdominal. Mais comum em raças pequenas de 2-4 anos. Causas: Clostridium perfringes, Escherichia Coli, Campilobacter, Parvovírus e Coronavírus. O Parvovírus canino tipo 2 é o agente etiológico da enterite hemorrágica clássica nos cães. Transmissão via oral-fecal. Os cães infectados eliminam grande quantidade do vírus nas fezes e é necessária uma baixa carga viral pra causar a infecção. O vírus invade as células da cripta do intestino delgado e achata as vilosidades intestinais. A destruição dos tecidos linfóides contribui pra imunossupressão facilitando a infecção bacteriana secundária, sepse e translocação bacteriana. 
· Etiologia dos processos diarreicos
Doenças infecciosas e parasitárias
Bactérias (ETEC, EPEC, EIEC, STEC) e fungos (raro)
Parvo, coronavirose, giardíase, isosporose, ancilostomíase, toxocaríase – intest delg
Dipylidium e tricuríase – intest grosso
Gastroenterites virais são aquelas causadas por vírus, onde os de destaque mais frequentes são: parvovírus, coronavírus e rotavírus. O rotavírus e o coronavírus são responsáveis por enterites leves ou assintomáticas associadas com vômitos, anorexia, e emagrecimento devido a uma invasão de enterócitos das pontas dos vilos. Ambos têm baixa taxa de mortalidade. O parvovírus é o mais patogênico dentre os 3, causando rápida desidratação em filhotes, é um vírus com alta resistência ambiental e por isso tem uma alta taxa de morbidade. 
Parasitas como Giardia sp., Isospora sp. e Trichuris vulpis, são parasitas importantes. A isosporose aparece comumente em filhotes. Animais adultos geralmente não apresentam a sintomatologia da isosporose, a menos que apresentema doença pós estresse ou associada a outra doença imunossupressora. 
A Tricuríase causa dor, distensão abdominal, prolapso retal e diarréia as vezes sanguinolenta. A transmissão acontece por ingestão dos ovos do parasito ou água contaminada. Os ovos podem servir como reservatório da infecção por 3 a 4 anos no ambiente. 
A giardíase é uma zoonose e a infecção ocorre pela ingestão de cistos (água e alimentos contaminados ou por contato direto fecal-oral). A forma aguda se caracteriza por diarreia do tipo aquosa, explosiva, acompanhada de distensão e dor abdominal. Além de levar à má absorção de açúcares, gorduras e vitaminas A, D, E, K, B12, ácido fólico, ferro, zinco. Os sinais clínicos podem ser autolimitantes em alguns pacientes e a doença grave ocorre em filhotes e em animais com doenças concomitantes ou debilitados, sendo a diarreia o sintoma mais comum.
Doenças Inflamatórias
DII: doença inflamatória intestinal idiopática – na biópsia você vai achar infiltrados inflamatórios que vão dar o nome da doença (infiltrado eosinofílico etc.)
Pancreatite (aguda é grave, ins pancreática exócrina não – diarréia osmótica)
Neoplasias
Dietética
Sobrecarga alimentar (nutrientes como açúcar que puxam água causam a diarréia osmótica, prova isso com jejum), ou mudança abrupta da dieta. 
Proibido milho pra gato e uva pra cão.
Toxinas
Organofosforados, plantas tóxicas.
Fármacos
Antibióticos: (ex.: amoxilina + clavulina), laxantes, quimioterápicos.
Metabólica
Uremia, hepatopatia
Psicogênica
Ansiedade, estresse de animais de exposição (??)
Mecânica
Intussuscepção: Obstrução causando diarréia secretória
· Diagnóstico
Anamnese, Exame Físico, Testes laboratoriais de rotina, Exame de fezes, Testes da função digestiva e absortiva, Radiografias e ultrassonografia e Colonoscopia/biópsia intestinal
· Tratamento
Processos agudos (geralmente autolimitante) X crônicos
Tratamentos
- Suporte (fluidoterapia), Sintomático, Específico, Dieta
Jejum de 12-24hrs (só pra controlar vômitos)
Dieta (cão) deve ser rica em carboidrato de fácil digestão e com pouca gordura (Hills, Royal Canin, arroz + cotage, arroz + frango).
Vermifugação - pirantel, praziquantel (pra dipylidium), oxantel ou febentel.
· Tratamento sintomático
Antibióticos: não é comum a bactéria em si causar diarréia, às vezes sua toxina causa. Cuidado com resistência!!! Quando há diarreia com sangue, quer dizer que a mucosa/circulação foi exposta, então usa antibiótico pra evitar uma sepse causada pela translocação das bactérias. 
Analgésico narcótico: não usar se a causa da diarréia por infecção, parasita... Porque como diminui a atividade peristáltica, faz uma estase e fica mais tempo absorvendo a toxina ao invés de liberar nas fezes. Esses analgésicos narcóticos também tem ação antissecretória, impedindo algumas pessoas que tem uma diarreia constante. Se a diarréia não for infecciosa, nem bacteriana etc, se for autolimitante não tem problema. Ex.: Imosec, codeína. 
Anticolinérgico e antiespasmódicos: causa supressão generalizada da motilidade e tem ação antissecretória, então pode causar translocação das bactérias, sepse, meteorismo. Ex.: atropina, escopolamina.
Inibidores da prostaglandina: Casos mais crônicos, mais sintomáticos. É antiinflamatório, antibiótico, antissecretória. Intestino delgado: subsalicilato de bismuto - cuidado com gatos, porque metaboliza mais lentamente.
Mesalazina e Sulfasalazina: intestino grosso; não usa muito porque a maioria das diarreias é de origem do intestino delgado. E se for do grosso, trata primeiramente pra tricuríase, e se continuar pensa em outras coisas e durante esse tempo dá a mesalazina. Indicado pra colite.
Diarreia do intestino grosso: se for parasita- Tricuríase. Mesmo se o exame der negativo tem que fazer o tratamento porque a postura de ovos não é constante. O ideal é Fenzol ou Panacur (3-5 dias).
Adsorventes: Carvão ativado: diminui absorção de toxinas – usa em intoxicações
Antifisiético: diminui tensão superficial dos líquidos - Simeticona
Buscopan diminui a motilidade e aumenta produção de gás (meteorismo)
Pro-bióticos: recuperação da flora intestinal. Ex.: Biocanis Vet
Simbiótico (pré e pro-biótico): Florentero. 
 
Vômito e regurgitação
Vômito X Regurgitação
Vômito: sist. Digestório, nervoso e muscular. É uma ejeção forçosa, conteúdo do estomago e as vezes duodeno. Tem ptialismo, taquicardia, náusea... Paciente geralmente indisposto.
TRÊS ESTÁGIOS: 1- Náusea, 2-Esforço para vomitar, 3- Expulsão do conteúdo.
Regurgitação: sist. Digestório e nervoso. Ejeção sem esforço de um material que não chegou ao estômago. Ex.: megaesôfago (hipomotilidade esofágica). Geralmente tem ptialismo. Paciente com fome, come material regurgitado. 
Raças predispostas: pastor alemão, Golden, labrador
Consequências: perda de água, eletrólitos, desequilíbrio ácido-básico, pneumonia aspirativa.
· Causas da regurgitação
- Obstrução do piloro (torção gástrica, tumor, corpo estranho) ocorre predomínio da alcalose, pois há perda de ácido clorídrico só. Ocorre quando o alimento não chega no duodeno.
Faz regurgitação constante. 
Diagnostico: radiografia contrastada
- Causa idiopática: diagnostico por exclusão
- Adquirido: por alguma causa base, outra doença.
- Causa neuromuscular: botulismo, cinomose (sequela), miastenia gravis, polimiopatia.
- Causa tóxica: tálio, anticolinesterase.
- Causa por doenças obstrutivas: neoplasias, compressão extraesofageana, corpo estranho.
Outras causas: esofagite, caquexia, hipotireoidismo.
*Colocar manteiga no focinho do gato depois de dar algum comprimido porque pode ficar preso no esôfago e fazer esofagite.
Persistência do arco aórtico - Síndrome em labrador: paralisia de laringe + megaesôfago
Tratamento: cirurgia apenas em casos de tumor, etc
Acupuntura: alguns trabalhos mostram que diminui a regurgitação
Menos comum em gatos
· Megaesôfago
É consequência de diversas doenças neurológicas, musculares ou obstrutivas que impedem a função normal do esôfago.
- Idiopático congênito- diagnóstico é realizado nos primeiros meses de vida.
- Adquirido ou secundário – ver causas acima.
- Idiopático do cão adulto- quando ocorre no adulto e nenhuma causa é diagnosticada.
Sinais Clínicos:
Regurgitação pós-prandial;
Emagrecimento;
Abaulamento na região do esôfago;
 “Sons de murmurar”.
Complicações:
Esofagite (refluxo), Pneumonia por aspiração (Dispnéia, Tosse, Febre), desnutrição.
Diagnóstico
Histórico;
Sinais clínicos;
Radiografia contrastada;
Testes direcionados para causa primária. Se não encontrar, é idiopático!
Tratamento
SUPORTE E SINTOMÁTICO
- Alimentação:
Alguns animais se adaptam melhor à comida pastosa e outros à comida sólida.
Deve-se dividir a alimentação diária em 4 ou 6 vezes ao dia.
Colocar o alimento em local alto.
Se possível, manter o animal num ângulo de 45 a 90º por 10 a 20 minutos após a refeição. Alguns regurgitam menos com este procedimento.
Pró- cinéticos: geralmente não respondem. Alguns casos de cirurgia. 
Vômito
Causas: dietética
Estímulo do córtex cerebral
Estímulo ao cerebelo (associado a movimento)
Medicamentos e toxinas
Estímulo das vísceras: Doenças gástricas, intestinais.
Estímulo de fontes não abdominais: estímulo tátil da faringe
Alterações metabólicas: uremia 
Hipertireoidismo
*Gato com dirofilárias: vomito
Mesmas consequências da regurgitação
Diagnóstico
Histórico + exame físico + sinais clínicos
Frequência do vômito
Testes direcionados para causa primária
Exames laboratoriais
Ultrassonografia
Endoscopia
· Anti-eméticos (antagonistas desses receptores)
Plasil: metaclopramida – Ação na ZQD, bloqueia os receptores D2 dopaminérgicos. Funciona bem pra cão, menos pra gato porque ele não tem muitos receptores dopaminérgicos. Ação pró-cinética, ajuda a esvaziar mais o estômago e tem aumento da motilidade do estômago e duodeno. Proibido transcrever plasil para suspeita de corpo estranho, corre risco de perfurar, romper o órgão. Proibido fazer numa cadela com pseudociese, pois estimula a prolactina e desce o leite materno. 
No cão, do vestibular vai pra ZQD então pode usar Plasil, por exemplo,que vai agir nos receptores da ZQD só. No gato não vai adiantar dar plasil em cinetose porque do vestibular vai pro centro do vômito, não passa pelo ZQD (onde tem o d2 dopaminérgico).
Domperidona: motillium- mesma coisa que o anterior.
Vonal: andronsetona- bloqueia os receptores 5HT3 seratonérgico (que estão no TGI e na ZQD). Cão ingeriu corpo estranho pode usar. Posso usar metaclopramida e andronsetona juntos se o animal com vômito em estado mais grave. 
Dramin: dimenidrato. Bloqueia H1 (anti histamínico). Bloqueio do vomito de origem vestibular (cinetose – ex.: viagem). Para gatos com vômitos de origem vestibular devem-se maropitante e clorpromazina, pois os receptores H1 não são importantes pro vômito da cinetose.
Cerenia: maropitante- Bloqueia o NK1 neurosinérgico, que está no centro do vômito e nos aferentes do TGI. É o mais potente por isso, mas é muito caro. É usado também pra analgesia. Só é aprovado pra cães.
Amplictil: clorpromazina: - antagonistas alfa-adrenérgicos e dopaminérgicos. Pouco usados, pois causam hipotensão. Tem ação no centro do vômito.
Escopolamina/ isopropamina: anticolinérgicos- Bloqueiam M1. Logo servem para o controle do vômito de origem vestibular (cinetose).
Remeron: Mirtazapina- bloqueia receptores 5HT2 e 5HT3 e H1. Ação orexígena (aumenta apetite).
Agonistas dos receptores serotonérgicos 5HT4: estimulam motilidade,
Metroclopramida, bromoprida: dopaminérgicos – ação central (ZQD). Todos estimulam a prolactina.
Acetilcolina: bloqueia M3 
· Agentes que controlam Acidez gástrica
Antagonistas H2
Ranitidina (zylium), famotidina (famox), cimetidina (tagamet), nisatidina: bloqueia H2 e impede um pouco a produção de acidez. Trabalhos mostram que esses remédios não tem efeito quase nenhum em cães e gatos. Omeprazol tem bastante efeito se feito de 12 em 12 horas.
Inibidor da bomba de próton
Losec: Omeprazol, Gavis V- bloqueiam os 3 receptores (de histamina, gastrina e acetilcotina).
Usar muito omeprazol pode causar acloridria, que é uma gastrite por tanto bloqueio das bombas. Isso ocorre com uso prolongado, não tão comum em animais.
Protetores de mucosa
Sucrafilme: Sucralfato- excelente quando há úlcera. É protetor local. Esse medicamente tem tropismo por áreas ulceradas. Usa enquanto busca a causa base. Ação mecânica, pra reduzir um pouco os sintomas. Usa associado aos bloqueadores. Interfere na absorção de alguns antibióticos, etc.
Cytotec- Misoprostol
· Fármacos Orexígenos
Estimulam apetite.
Ciprohepatadina: Apetivin, Cobavital: Anti-histamínico. Mais barato, não precisa de receita. 
Mirtazapina: Remeron: antidepressivo, antagonista 5HT3. Dá a cada 72h em gatos, é bem vantajoso. Melhor pra uso contínuo. 
Constipação
Defecação infrequente ou ausente> fezes excessivamente endurecidas
· Termos associados:
Obstipação: precisa de cirurgia as vezes
Disquezia: diarréia de intestino grosso
Tenesmo: tentativa frustrada de defecar
Megacólon: dilatação extrema do cólon descendente (pode ser transitório pela presença de muitas fezes ou continuar assim). Comum no gato.
· Causas
Fatores dolorosos: Doenças ano-retais (fístulas, miíases), CE, traumatismos, obstrução mecânica, doenças ortopédicas (artrose, fraturas).
Obstrução mecânica: Extra-luminal ou intra-luminal. Ex.: hiperplasia prostática (muito comum nos cães), neoplasias.
Doenças neurológicas: paraplegia, megacólon felino idiopático (alteração na enervação da musculatura lisa do cólon).
Doenças dietéticas e ambientais: pêlos, CE, ossos, vida sedentária, mudança de hábitos.
Causas metabólicas e endócrinas: hipocalemia, desidratação, hipotireoidismo (metabolismo mais lento). Dosagem de potássio (importante pra contração muscular)
Dosagem de potássio: principalmente gato renal crônico que perde muito potássio na urina – muito sensível a hipocalemia, logo faz ventroflexão de pescoço.
Induzida por drogas: anticolinérgicos, anti-histamínico, opiáceos, fenotiazínico, benzodiazepínicos...
**enema: lavagem pra retirar as fezes.
· Diagnóstico
Aguda: causa transitória (manejo, nutrição)
Crônicos: se empenhar mais nas causas permanentes, ver se tem alguma neoplasia, problema hormonal...
Histórico e anamnese devem ser bem feitos 
Sinais Clínicos: pesquisar sinais clínicos que indicam alguma doença de base
Exames: relacionados a causa primária. Exame Clínico (palpação), RX (ver retenção de fezes), Dosagem de potássio, hormônios (T3 e T4)
· Tratamento
Remoção ou melhora da causa primaria
Restauração de fluidos e eletrólitos (pode estar vomitando*, desidratado porque as fezes retidas ficam cada vez mais absorvendo água)
- Tratamento Clínico
Laxantes, agentes pró-cinéticos, enemas, dieta.
- Tratamento cirúrgico:
Megacólon felino: faz colectomia subtotal (ressecção cirúrgica de uma parte do cólon)
**Distensão do cólon causa estimulo nos aferentes viscerais do vômito que se localizam no cólon.
Laxantes
· Formadores de volume: bom pra casos crônicos (ex.: psylium -manipulação- tem que tomar rápido senão forma uma gelatina e pode obstruir glote, fibra de trigo)
· Laxantes osmóticos
Leite de magnésio e Lactulose (açúcar)- Lactulona: Puxa água, causa diarréia osmótica com açúcar ou mineral. Cuidado ao usar em animais desidratados. 
Macrogol: muito caro. Pouco uso. 
· Laxantes Emolientes (agem como surfactantes aniônicos): 
Dioctil sulfosuccinato de sódio (Docusato de sódio): Aumentar e estimular a ingestão de água. Tem efeito detergente nas fezes, mas não adianta sem água pra umidificar. Permite a incorporação de agua e gordura no bolo fecal.
Humectol (tb tem bisacodil)
· Laxantes Estimulantes
Só pra casos agudos!!! Não pra crônicos!!
Ex.: Bisacodil (lactopurga)
Antraquinonas (Senne, Cáscara)
Usa pra exames de imagem também, cirurgias, etc
· Laxantes lubrificantes
Óleo mineral (cuidado!!!!! Não usa por via oral!!! Pode fazer falsa via, vai pro pulmão, faz uma pneumonia e morre porque não tem como tirar mais de lá. Dificulta a absorção de vitaminas lipossolúveis)
Malt Paste, Malte, óleo de peixe, taurina, glicerina, vitamina A, Lecitina de soja e aroma. 
Não pode fazer uso contínuo porque tem petrolato e não é absorvido também.
· Drogas pró-cinéticas
Metoclopramida (plasil): 
Ranitidina (Antak)
Cisaprida
Indicações pra megacólon felino, gastrite.
Porque a contraindicação pra animais com obstrução? Pela dor, pressão que o aumento da motilidade vai causar sendo que está dificultada a passagem do alimento pelo tumor, ou corpo estranho.
· Tratamento Clínico
Enemas: soluções que devem ser aplicadas por via retal com auxílio de uma sonda (uretral número 8 ou 10).
- Enema de Retenção: ocorre retenção da substancia aplicada. Objetivo é hidratar as fezes em animais com fezes ressecadas com o objetivo de eliminação natural, ou com auxílio de supositório de glicerina.
Enemas de antinflamatórios pra tratamentos de colite (mesalazina)
Água morna ou Solução salina (0.9% Nacl)
- Enema de eliminação: Objetiva eliminar o material fecal. Geralmente deverá ser realizado várias vezes até conseguir o esvaziamento. Paciente fica internado. As vezes faz retirada manual das fezes.
Água morna ou solução salina: 2-3 vezes em 12-24h
Óleo Mineral (Nujol)
***Não fazer óleo e agua morna junto: o óleo vai impedir que a água penetre nas fezes
DSS (dioctil sulfoccinato de sódio)
Lactulose
Minilaz (sorbitol + laurilsulfato de sódio) – mesmo efeito pra fazer diarréia osmótica. Tem açúcar. 
- Supositório
Glicerina: infantil 
***Fleet Enema; Usado em humanos. CONTRA INDICADO EM VET. Em gatos é SUPER proibido. Pode causar hipernatremia, Hiperfosfatemia, hipocalcemia graves, levanto ao óbito.
· Dietas
Aumentar teor de fibra: Hill’s, Purina, Royal Canin
Fluidoterapia
Estimular grau de desidratação
Determinar a melhor via de administração: oral (melhor porque é a mais fisiológica), subcutânea, endovenosa e intraóssea (raro de usar, mais pra neonatos).
Cálculo pra fluido: sempre pra 24h (se ficar menos faz regra de 3)
Paciente grave: recomenda internação (tem que estar escrito na ficha)
Cálculo: A + B + C
A- Déficit (o que já perdeu = % desidratação)
B- Manutenção (necessidade energéticabasal)
C- Perdas atuais ou concomitantes (está perdendo agora, ie, nas 24horas do tratamento)
· % de desidratação:
<5%: não detectável
5%-6%: ligeira perda da elasticidade da pele
6%-8%: demora definida do retorno da pele; ligeiro aumento da TPC (deve ser de 2s). 
Olhos podem estar fundos na órbita
Membranas mucosas podem estar ressecadas
8-10%: agravamento dos sinais anteriores
10-12%: pele distendida permanece, mucosas secas. TPC alto
Olhos fundos nas órbitas (difícil avaliar, geralmente tutor que fala)
Possíveis sinais de choque: ex.: hipotensão, 
>12%: sinais de choque, alteração do estado mental.
Morte iminente
· Escore
1-5: caquético – magro – normal – sobrepeso- obeso.
· Gravidade da desidratação
- Exames Laboratoriais
Hematócrito
Proteínas totais
Densidade urinária
Ureia e creatinina
- Pesagem seriada
Excelente avaliação
Depende de peso anterior	
Exceção: efusões (torácicas e abdominais)
· Cálculo da desidratação (item A)
Cão de 6kg com 8% de desidratação
8/100 X 6 X 1000 = 480 mL que é igual a % de desidratação (sem o 100 embaixo) X peso X 10 (1000mL = 1L)
Ai cortam os zeros
Posso repor isso de 4-24h (se perdeu muito rápido, tem que repor rápido)
· Fluidoterapia de manutenção (item B)
Quanto animal precisa independente das perdas
Perdas insensíveis: respiração (22mL/Kg/dia) – não é mensurável
Perdas sensíveis: urina (22~44 mL/Kg/ dia)
Pode calcular como a necessidade energética
Fórmula: 30 X peso + 70 (mais ideal) OU
66 mL/Kg/dia (gatos e cães)
44 mL/Kg/dia (cães grandes)
Em média então 50 mL/Kg/dia, mas tem que ter atenção nas alterações urinárias (se tiver com poliúria, vai ser pouco 50 mL)
Monitorização O TEMPO TODO pra avaliar se a fluido está sendo EFETIVA. Fazer monitorização de 4 em 4h em média pra ver se o animal vomitou, teve diarréia nesse tempo e precisa repor)
· Perdas atuais (item C)
Vômito, diarréia
Devem ser estimados de acordo com a gravidade da perda que houver durante da terapia.
Pra casos de vômitos + diarréia grave (ex.: Parvovirose): pode-se estimular um volume de perda DE ATÉ 50 mL/Kg/ dia ou ATÉ 5% do peso.
· Equilíbrio
Nem mais nem menos, tem que fazer o volume ideal.
Se fizer menos fluido: hipoperfusão, desidratado, isquemia, má perfusão - hipovolemia
Se fizer mais: edema de pulmão, e outros órgãos – hipervolemia
Perda de volume sanguíneo, de água dos tecidos.
· Velocidade Máxima de fluidoterapia: 
Cães 80-90 mL/kg/h 
Gatos: 50-55 mL/kg/h 
O volume sanguíneo dos gatos é menor!!! Volume sanguíneo é diferente de cão e gato: gato é mais sensível a super-hidratação principalmente quando estão hipotérmicos! Esses pacientes estão com o sistema simpático desligado, o volume de fluido deve ser menor no inicio. Depois ele “liga” o sist. Simpático e faz vasoconstricção, vai aumentar a pressão e redistribui volume, fazendo edema. 
Sódio é o principal intravascular e o potássio é o principal intracelular.
· Composição de alguns cristaloides (isotônicos)
Usa pra reposição de eletrólitos, desidratação.
Ringer lactato: mais usado porque é o mais eletroliticamente balanceado, mais parecido com o plasma. pH mais próximo do plasma (6,5). Não usar continuamente (+ de 3 dias).
Cloreto de sódio 0,9% (chamado de solução fisiológica, mas tem pH ácido, favorece acidose)
Adiciona potássio em casos de perdas graves (reduzir hipocalemia)
Glicose 5%
· Sinais de super-hidratação
Corrimento nasal, tosse, ansiedade, taquipneia, ascite, efusão pleural, auscultação pulmonar alterada.
· Velocidade de macrogotas
Adultos: 20 gotas/mL 
Gotas/min = Volume em mL/ tempo em min x gts/ml
1) Cão 15 kg, 8 % desidratação. tempo: 10H
Volume de reposição: 1200 ml em 10 h, ou seja, 120 mL/hora
· Fluido prática
Ex.: cão filhote 15kg, 8% des.
A- Déficit (reposição em ~4h a 24h): 8 X 15 X 10= 1200 mL
B- Manutenção: 60 X 15= 900 mL
C- Perdas atuais: calcular (volume pra 24h)= 1200 + 900= 2100 mL + perdas (vômito, diarréia).
Doenças cutâneas mais comuns na clinica de cães e gatos (parasitárias, fúngicas e bacterianas)
Sempre há uma microbiota residente no animal. O equilíbrio dessa população é o ideal.
Sabão de coco: extremamente alcalino – não é indicado
Produtos de limpeza de base neutra são os mais recomendados – linhas de limpeza de neném
Quando se usa um produto alcalino, o animal demora mais tempo pra recuperar a acidez fisiológica da pele.
· Parasitárias
Mais comum em jovens (menos de 1 ano), em animais de rua/abrigos/canis
Tem fácil disseminação
Prurido acentuado – isso varia com as referências que o proprietário tem. É subjetivo.
Fêmeas escavadoras de galerias nas camadas superiores da pele para oviposição – essa migração causa prurido e desconforto. Esse prurido é não responsivo aos antialérgicos ou corticosteroides.
Ciclo 14 dias (pode ocorrer depois de uma viagem que proprietário acha que já passou muito tempo e não relata na anamnese)
Transição por contato direto. 
- Escabiose canina: Sarcoptes scabiei
Parasita permanente, e pode parasitar o homem.
Padrão lesional inicial: lesões nos pontos de contato com chão, com outros animais (cotovelos, orelhas, bx ventre)
Reflexo otopodal – coça orelha quando vc mexe nela
1ª pápulo crostosas localizadas
2ª disseminada/ auto traumatismo
Infecção bacteriana 2ª
- Escabiose felina: Sarna otoédrica – Notoedres cati
Apresentação clínica diferente da canina: descamação no bordo de orelha
Sobrevivem poucos dias fora do hospedeiro- importante em animais de vida semi livre.
Pode ser zoonose também. 
Padrão lesional: crostas e descamação em cabeça, bordos de orelha, cana nasal e pálpebras.
Diagnóstico Diferencial: causas de prurido em geral (alergia, malassezíase, foliculite bacteriana)
Diagnóstico definitivo: material superficial obtido por fita adesiva ou raspado superficial. Observação em microscópio.
· Tratamento
Melhorar condição orgânica em geral
Tratar os animais contactantes e higienizar o ambiente (roupinhas, caminhas...)
Uso de suplementos como anticorpos que auxiliam e aceleram a recuperação.
Acaricidas: 
Via oral: ivermectina (mectimax)
Tópico: 
Banho pra remover crostas e pelos
Imidacloprid, fipronil, selamectin, ivermectin.
- Sarna Otodécica
Otodectes cynotis
Ácaro grande, visível a olho nu (diferente dos outros)
Habitat: canal auditivo externo
Tem fotofobia – por isso dá pra visualizar o movimento deles quando vc colhe o cerúmen e coloca luz em cima dele. Induz aumento do cerúmen porque é a alimentação deles
Irritação mecânica e química
Padrão lesional: prurido, cerúmen excessivo e escuro, escoriações e oto-hematomas.
Contágio: ferrets, cães, gatos e em humanos (zoonose)
· Tratamento
Ceruminolítico: preencher e massagear os condutos (observar sempre a quantidade de cerúmen)
Usar BID por 5 dias pra retirar o excesso de cerúmen pois esse atrapalha a eficiência do acaricida.
Acaricidas: Oral (ivermectina – mectimax)
Tópico: Selamectina (revoluction), tiabendazol (otodem) ou diazon (natalene), fipronil (frontline).
Medicamentos humanos – otite humana geralmente causada por bactérias e afetam o ouvido médio – diferente de otite vet
Não adianta usar um bactericida, vai tratar só a infecção secundária. 
- Sarna demodécica - Demodicose
Demodex canis, D. gatoi, D. cati e D. injai
Faz parte da microbiota normal intrafolicular, e em condições desfavoráveis sua população fica aumentada.
Queda de pelo – já que fica dentro do folículo piloso e enfraquece ele. 
Ciclo de vida 18-35 dias
Transmissão: mãe pro filhote. 
Doença: depressão de linfócitos T do hospedeiro propicia a proliferação dos ácaros. Pode ser hereditária.
OBS.: D. injai parasita o interior da gl sebácea. Não causa prurido, não há contagio por contato. Causa distúrbios seborreicos que podem disparar o prurido.
· Classificação:
Localizada- face e membros, branda, jovens, 90% de resolução espontânea (quando melhora a condição de vida do animal).
Generalizada: pode começar na face ou nos membros e se expandir.
Juvenil: significa hereditariedade, vai smp aparecer na progênie. Gene recessivo não produz fatores inibidores do crescimento do D. canis – favorece sua multiplicação. Vai ter sempre uma lesão napele.
As lesões iniciam entre 4 meses e 1 ano e regridem com tratamento adequado. Alguns cães podem manter alopecia localizada por toda a vida, convivendo bem com o quadro e outros necessitam de controle medicamentoso contínuo.
É indicada a castração pra evitar a transmissão do gene adiante.
**diestro: progesterona em alta e é imunossupressora – leva a imunossupressão dos linf T
Depressão dos linfócitos -> Aumenta população de ácaros -> Fator depressor de linfócito T
Adulta: significa doença imunodepressora ainda não identificada.
Ocorre na idade adulta ou idosa por imunossupressão por medicamentos como corticoides, antineoplásicos, por doenças endócrinas. É essencial identificar a doença de base!!
Padrão lesional: queda do pelo, rarefação pilosa, alopecia, comedos, inflamação, edema, pústulas, crostas.
Prurido discreto no início. Depois fica grave pela infecção secundária.
Há irritação no folículo, estímulo à produção de queratina, formação de comedões. Pode haver rompimento do folículo e invasão da derme, causando furunculose. 
· Diagnóstico
Raspado cutâneo profundo (múltiplos)
Fita de acetato c/ beliscamento forte da pele pra expulsão do conteúdo intrafolicular.
Tricograma (arranchamento do pelo inteiro)
Numero normal de indivíduos é baixa
Aparecimento de formas imaturas (ninfas e ovos). 
Biópsia em peles espessas
· Tratamento
Banhos semanais para remoção de crostas e comedões, com água morna e xampu de peróxido de benzoíla 2,5% deixando agir por 5-10 minutos. Enxaguar bem e secar o excesso com toalha.
Ex.: produtos pra cães- aplicação mensal
Em seguida aplicar: Advocate Bayer, Simparic
Moxidectina (93% eficácia) (Cydectin) – VIA ORAL
0,2-0,4 mg/kg
1mL/10kg via oral
Cuidados!! São produtos pra grandes animais: não tem indicação desse uso (extrabula)
O proprietário deve assinar termo de esclarecimento!
Amitraz (0,25%) – triatox – USO TÓPICO
4mL/1x/semana
Pode ficar no corpo do animal, se não houver ferimentos (senão vira uma via de absorção direta do produto – intoxicação)
Opção segura pras raças sensíveis a ivermectina (lactonas macrocíclicas).
É sensível a luz, secar à sombra, sem toalha.
Pododermatite (1:9 em óleo mineral)
Cuidados do aplicador (luvas)
Intoxicação: letargia, sonolência.
Outros: ivermectina (0,3-0,6 mg/kg PO SID x pelo menos 4 meses)
É menos seguro, 90% de eficácia
Nunca para portadores do gene ABCB1 (MDR1)
Doramectina (0,6 mg/kG ou SC por 7 dias ou ate 20 semanas)
Sempre fazer até 3 raspados negativos pra confirmar diagnostico
Lactonas macrocílicas (ivermectina, moxidectina, Doramectina)- algumas raças são sensíveis
Nunca usar óleos automotivos.
· Gatos
D. gatoi
Superficie folicular. Causa prurido e ocorre contágio por contato (sempre superficial). Causa Demodicose felina, doença pruriginosa e de fácil disseminação.
D. cati
Intrafolicular, raramente causa doença, só em idosos e imunossuprimidos.