Aula_03 AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MUNDO DO TRABALHO PARADIGMAS FLEXIVEIS

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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
AULA 3 - AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MUNDO 
DO TRABALHO: O PARADIGMA FLEXÍVEL E SEUS IMPACTOS 
NA QUALIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES
AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MUNDO DO TRABALHO: O PARADIGMA FLEXÍVEL E SEUS IMPACTOS NA 
QUALIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES – AULA 3
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INTRODUÇÃO
• O DESENVOLVIMENTO DAS ECONOMIAS CAPITALISTAS DOS ANOS
DOURADOS FOI ALTERADO PELA CRISE DOS ANOS 70, DETERMINADA
PELO ESGOTAMENTO DO PERÍODO FORDISTA DE ACUMULAÇÃO
CAPITALISTA, INAUGURANDO UMA NOVA FASE DO CAPITALISMO E
PROVOCANDO TRANSFORMAÇÕES EM TODAS AS ESFERAS DA VIDA
SOCIAL. A GLOBALIZAÇÃO E O DOMÍNIO DO CAPITAL FINANCEIRO PASSAM
A PREDOMINAR NO MUNDO.
• NOS ANOS QUE SE SEGUIRAM À CRISE, A ASCENSÃO DO NEOLIBERALISMO
PROMOVE MUDANÇAS NO ÂMBITO ESTATAL. OCORRE A REFORMA DO
ESTADO E UMA REDEFINIÇÃO DAS RELAÇÕES DO ESTADO COM A
SOCIEDADE CIVIL. OS NEOLIBERAIS DEFENDEM A RECONSTITUIÇÃO DO
MERCADO, DA COMPETIÇÃO E DO INDIVIDUALISMO. PROPÕEM A
ELIMINAÇÃO DA INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA NO QUE
CONCERNE À SUA ATUAÇÃO ENQUANTO PRODUTOR DIRETO, ATRAVÉS
DA DESREGULAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DA
PRIVATIZAÇÃO
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INTRODUÇÃO
• A CRISE DOS ANOS 70, NO PLANO ECONÔMICO, TEVE COMO RESPOSTA
UMA SÉRIE DE MUDANÇAS NA ESFERA DA PRODUÇÃO E DO TRABALHO,
MARCANDO UMA NOVA ETAPA DO PROCESSO DE ACUMULAÇÃO DO
CAPITAL. O PROCESSO PRODUTIVO PASSA A INCORPORAR CADA VEZ MAIS
OS AVANÇOS DA TECNOLOGIA COMO A MICROELETRÔNICA E A
INFORMÁTICA. A INTRODUÇÃO DO PROCESSO DE AUTOMAÇÃO E A
SUBSTITUIÇÃO DA ELETROMECÂNICA PELA ELETRÔNICA REVOLUCIONAM
E FLEXIBILIZAM OS ANTIGOS PROCESSOS INDUSTRIAIS. AO LADO DESSAS
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS, SURGEM NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO, QUE INCLUEM: A REESTRUTURAÇÃO DAS RELAÇÕES
HIERÁRQUICAS E TRABALHISTAS E AS NOVAS TÉCNICAS DE GESTÃO DA
FORÇA DE TRABALHO, QUE PROVOCAM POR UM LADO, A POLIVALÊNCIA
OPERÁRIA, E DE OUTRO A INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO.
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Conteúdo Programático desta aula:
• AS MUDANÇAS POLÍTICAS: O NEOLIBERALISMO; A
REFORMA DO ESTADO, A CONSTITUIÇÃO DO TERCEIRO
SETOR, AS POLÍTICAS SOCIAIS DOS ANOS 80 E 90;
• O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO: O PARADIGMA
FLEXÍVEL
• OS IMPACTOS SOBRE O CONTEÚDO DO TRABALHO, SOBRE
A DIVISÃO DO TRABALHO E SOBRE A QUALIFICAÇÃO DOS
TRABALHADORES NO PARADIGMA FLEXÍVEL.
• A POLARIZAÇÃO DAS QUALIFICAÇÕES E A SEGMENTAÇÃO
OCORRIDA NA CLASSE TRABALHADORA;
• AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NAS RELAÇÕES DE
TRABALHO E NO MERCADO DE TRABALHO E SEUS
IMPACTOS PARA OS TRABALHADORES
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AS MUDANÇAS POLÍTICAS - O ESTADO NEOLIBERAL
Os Neoliberais Entendiam Que A Crise Era Fruto Da Atuação Do Estado 
De Bem-estar Social, Pois Ele:
• Intervinha Na Economia, Regulando Preços E Interferindo Na Lógica
Natural Dos Mercados (O Mercado Deveria Ser Deixado “Livre”, Já Que
A Sua Livre Atuação Garantiria O Equilíbrio Econômico. Para Os
Neoliberais, O Estabelecimento De Regras Políticas, Como A Do
Salário Mínimo, Causavam Distorções Nos Sistemas De Preços,
Impedindo Que Estes Atingissem Seu Ponto De Equilíbrio, Mediante A
Lei Da Oferta E Da Procura. O Desemprego Era Considerado Desejável.
A Ausência De Proteção Estatal Era Também Fundamental, Pois
Estimulava A Competitividade Entre As Organizações, Considerada
Vital Para O Crescimento Econômico.);
• Apoiava Os Sindicatos (Para Os Neoliberais O Estado Estaria
Acobertando Os Sindicatos, Incentivando O Corporativismo, Mantendo
Certos Grupos Sob Seu Domínio);
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AS MUDANÇAS POLÍTICAS - O ESTADO NEOLIBERAL
Os Neoliberais Entendiam Que A Crise Era Fruto Da Atuação Do Estado De 
Bem-estar Social, Pois Ele: 
• Realizava Gastos Sociais Em Demasia (Para Os Neoliberais, As Políticas
Sociais Ampliavam A Dívida Pública E Eram Medidas Paternalistas, Já
Que Não Estimulavam A Busca Pelo Crescimento Da Renda Dos
Indivíduos. Para Que Houvesse Estímulo Por Uma Vida Melhor, Era
Necessário Que Houvesse Desigualdade Social, Que Cada Um Fosse
Deixado “Livre” Para Tentar Melhorar De Vida Segundo Seus Talentos).
Os Neoliberais Acreditavam Que O Estado Deveria Intervir Minimamente
Na Vida Das Pessoas, Deixando De Implementar Os Serviços Sociais
Públicos Como Saúde, Educação, Habitação, Previdência, Etc.
Acreditavam Que Essas Necessidades Sociais Deviam Ser Resolvidas No
Âmbito Das Famílias E Comunidades, Sem Interferência Do Estado. O
Objetivo Era Estimular A Competição E O Individualismo. Esses Serviços
Sociais Deviam Ser Oferecidos Pelo Setor Privado.
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AS MUDANÇAS POLÍTICAS - O ESTADO NEOLIBERAL
• A Intervenção Estatal Foi Minimizada, E As Políticas Sociais Passam A
Atuar Apenas Na Dimensão Do Alívio Da Pobreza Ou Da Oferta De
Serviços Pouco Interessantes Para O Setor Privado. Na Maioria Dos
Países De Capitalismo Avançado São Implementadas Reformas Estatais
Orientadas Pelos Argumentos Neoliberais Em Defesa Da Liberdade
Individual E Do Mercado, Determinando Maior Responsabilização
Individual E Por Parte Da Sociedade Civil Pelo Atendimento Às
Demandas Sociais.
• Os Sistemas De Proteção Social Do Estado De Bem-estar Foram
Duramente Criticados Pelos Neoliberais E São Rompidos Os Benefícios
Concedidos À Classe Trabalhadora, Por Meio De Corte Nas Políticas
Sociais (Saúde, Habitação, Educação, Etc) E Corte Ao Apoio Aos
Sindicatos. Desta Forma, Os Novos Estados Neoliberais Ou Mínimos
Que Se Constituíram Passam A Desmontar As Estruturas Criadas Pelo
Estado De Bem-estar Social
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AS MUDANÇAS POLÍTICAS - O ESTADO NEOLIBERAL
Estado acaba por só atuar nos serviços sociais destinados À
camada mais empobrecida da população, de modo A “apagar
os incêndios” sociais da miséria E da fome. As políticas sociais
no neoliberalismo não são mais para todos como no bem-estar
social. São políticas só para os mais carentes E passam A ter
um caráter mais pontual, assistencialista E compensatório. Aí
É que surgem: O restaurante popular, O bolsa-família, O
cheque-cidadão, etc. Só alguns se beneficiam dessas políticas.
Não são mais implementadas políticas para todos, universais,
de qualidade, como no estado de bem-estar social. A lógica
não É mais A universalidade, A igualdade, mas sim A da
equidade: “dar mais A quem tem menos”. Essa corresponde A
uma estratégia para A manutenção da ordem social desigual.
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AS POLÍTICAS SOCIAIS NEOLIBERAIS – ANOS 80
• No primeiro momento, nos anos 80, a ideologia neoliberal foi
marcada por um caráter defensivo, no qual se pretendia vencer
a crise pela negação dos princípios sociais-democratas da
regulação econômico-social fordista. As políticas sociais foram
redirecionadas para o corte dos gastos sociais, a desativação
de programas, reduzindo o papel do estado. Foram reduzidos a
universalidade e os graus de cobertura dos programas sociais,
retirando do campo dos direitos sociais muitos benefícios.
• Três teses melhor traduziramas reformas dos programas
sociais nesta primeira etapa: a descentralização, a
focalização e a privatização.
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AS POLÍTICAS SOCIAIS NEOLIBERAIS – ANOS 90
• Nos anos 90, com os neoliberais no poder e o desmonte
do bem-estar social, a desigualdade se agravou e houve
um incremento nas políticas sociais, que passam a ser
utilizadas pelos governos neoliberais para freiar as
conseqüências do aumento da desigualdade social e
suavizar as injustiças sociais, atuando no sentido de
minimizar os efeitos do aumento da pobreza.
• Assim, se nos anos 80 os sistemas de proteção social
foram criticados pelos neoliberais como causadores da
crise dos anos 70, esses sistemas passam, nos anos 90, a
serem usados pelos neoliberais para diminuir os efeitos
dos cortes nos gastos sociais que os próprios neoliberais
haviam realizado quando chegaram ao poder.
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AS POLÍTICAS SOCIAIS NEOLIBERAIS – ANOS 90
• As políticas sociais ganham, nos anos 90, um novo
rumo, tornando-se mais voltadas para a melhoria da
competitividade sistêmica, da integração internacional e
para o crescimento sustentado. Os programas sociais
de corte mais universal passam a fazer parte da agenda
neoliberal, e são implementados como estratégia para
formar a mão-de-obra com as características
necessárias ao atendimento das novas exigências
colocadas pela introdução de novas tecnologias.
• O estado mínimo passa a implementar políticas sociais
voltadas para o crescimento econômico e o aumento da
competitividade industrial, como as políticas de
qualificação profissional, de educação profissional,
voltadas para preparar os trabalhadores com as novas
competências exigidas no paradigma flexível.
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Nos anos 90, a reorganização do estado faz com que este
transfira parte da responsabilidade de suas ações para a
iniciativa privada e reforme seu funcionamento,
estabelecendo novas formas de relação com a sociedade civil.
Na relação estado-sociedade é construído um espaço ocupado
por uma série de instituições, denominado de esfera pública
não-estatal, que abarca organizações da sociedade civil, como
as ongs. O estado transfere algumas responsabilidades para as
comunidades organizadas, em ações de parceria com as ongs
para oferta de serviços sociais de caráter público. Essa nova
esfera busca amenizar o impacto das políticas de ajuste
econômico. São programas de emergência, focalizados sobre a
população mais pobre, realizados de forma assistencialista,
sem referência aos direitos sociais de cidadania
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O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO
Esse novo padrão industrial
apresenta as seguintes
tendências:
•desenvolvimento da
tecnologia digital de base
microeletrônica
•novas formas de organizar
os trabalhadores nas
empresas.
•questionamento dos
princípios fordistas de
produção
•sistemas integrados de
automação flexível
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL
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O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO
CARACTERÍSTICAS:
• Integração (entre as etapas do processo produtivo,
elevando os tempos de utilização da maquinaria –
aumento da produtividade)
• Flexibilidade: a) de máquinas e equipamentos,
garantindo uma variação de processo e produto; b) na
organização do trabalho
• Descentralização: (a) no interior da mesma unidade
produtiva e/ou na subdivisão da indústria em várias
outras de menores, interligadas
• Inovação
• Diluição dos contornos entre concepção e execução
(novas formas de organização do trabalho, nas quais o
trabalhador toma decisões relativas ao
controle/qualidade dos produtos, sendo responsável
pela introdução de aperfeiçoamentos e correções)
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O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO
• O paradigma da produção flexível é fundado na
automação e na informatização, que permitem que as
empresas elevem seus níveis de competitividade pela
utilização intensiva de tecnologia e pelas inovações nos
processos de gestão do trabalho. A cada inovação nos
produtos viabilizada por essas mudanças, as empresas
ganham melhor posição no mercado e ampliam seus
lucros.
• Essas transformações ocorridas na esfera produtiva não
se consolidaram de forma homogênea em todos os
países ou setores, constituindo mais uma tendência do
que uma prática uniforme. O fordismo persiste e
convive com outros processos produtivos
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TOYOTISMO
• ESTOQUES MÍNIMOS, SEM ECONOMIAS DE ESCALA, SÉRIES RESTRITAS.
• PRODUÇÃO VARIADA
• PRODUÇÃO ORIENTADA PELA DEMANDA
• JUST-IN-TIME (DIMINUIÇÃO DOS ESTOQUES DE MATÉRIA PRIMA E DOS
DIFERENTES COMPONENTES)
• KANBAN – PLACAS LUMINOSAS PARA REPOSIÇÃO DE PEÇAS. SISTEMA
VISUAL DE INFORMAÇÃO PARA ADMINISTRAR O JUST IN TIME, A
REPOSIÇÃO DE PEÇAS. O KANBAN ELIMINA A POROSIDADE E DITA O
RITMO DO TRABALHO PRODUTIVO. INTENSIFICA O RITMO.
• AUTOMAÇÃO
• POLIVALÊNCIA – HOMEM OPERA VÁRIAS MÁQUINAS (ROMPE COM A
RELAÇÃO HOMEM MÁQUINA DO FORDISMO)
• TRABALHO EM EQUIPE
• NÚMERO MÍNIMO DE TRABALHADORES (AMPLIADO COM HORAS EXTRAS,
COM OS TRABALHADORES SUBCONTRATADOS E OS TEMPORÁRIOS)
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ALGUMAS QUESTÔES:
• A) Todos Os Trabalhadores São Mais Qualificados No
Paradigma Flexível?
Resposta
• Ao Lado Da Intelectualização De Uma Parcela Da Classe
Trabalhadora, Existe, Na Periferia Da Produção, A
Presença De Inúmeros Setores Operários
Desqualificados. São Os Operários Desespecializados Do
Fordismo, Os Operários Parciais, Temporários,
Subcontratados, Terceirizados, Os Trabalhadores Da
Economia Informal, Os Desempregados. Verifica-se,
Então, Uma Segmentação Na Classe Trabalhadora E A
Polarização Das Qualificações.
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ALGUMAS QUESTÔES:
• b) As Mudanças Operadas Pelo Toyotismo No Âmbito Da
Divisão Técnica Do Trabalho (Relativas À Diluição Dos
Contornos Entre Concepção E Execução) Garantem
Relações De Trabalho Mais Participativas E
Democráticas?
Resposta
• O Paradigma Flexível Garantiu Para Os Trabalhadores
Maior Participação, Mas Não Instituiu No Interior Da
Estrutura Produtiva Relações Mais Democráticas, Pois A
Participação Dos Trabalhadores Se Restringe Ao
Processo De Trabalho. As Grandes Decisões Da Empresa,
As Relações De Poder, Não São Colocadas Em Questão.
Os Trabalhadores Não São Chamados A Discutí-las.
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ALGUMAS QUESTÔES:
• C) o paradigma flexível corresponde a uma forma de organizar a
produção voltada para os interesses dos trabalhadores?
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Resposta:
O novo paradigma introduz um processo de trabalho essencialmente
capitalista. Modos mais flexíveis de acumulação do capital não
modificam as regras básicas de acumulação capitalista. Fordismo e a
automação flexível correspondem a perfis distintos, mas possuem uma
identidade, na medida em que pertencem ao mesmo todo estruturado
capitalista.
As mudanças no âmbito da estrutura produtiva devem ser
compreendidas dentro do quadro do processo de valorização do capital.
O foco do processo de valorização do capital agora é criatividade, a
subjetividade e a capacidade intelectual do trabalhador. É com a
capacidade de criar, inovar, decidir rápido que se produz mais, produtos
de maior qualidade e voltados para diferentes clientelas. As mudanças
introduzidas na produção também não eliminam a intensificação do
trabalho, que ocorre, seja pelo exercício de múltiplas funções e pela
operação de vários equipamentos ao mesmo tempo, seja pela rapidez na
reposição dos estoques.
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EXPLORANDO O TEMA
GLOBALIZAÇÃO E EXCLUSÃO SOCIAL
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UUB5DW_mnM&playnext=1&list=PLA
B4A4FE21A9DF858&feature=results_
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As mudanças no mercado de trabalho
Com a globalização e o capital reestruturado sob
predominância financeira, ocorre novo alinhamento de
forças, no qual o trabalho perde seu poder e
representação. As conquistas dos trabalhadores obtidas
durante o estado do bem-estar e as políticas de pleno
emprego e de crescimento econômico vividas no pós-guerra
são questionadas, e a antiga relação salarial consolidada
nessa época está se desestruturando, fragmentando o
mundo do trabalho e rompendo com as formas de segurança
do trabalho conquistadas nos anos dourados.
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Essas mudanças dizem respeito não apenas à criação
de novas e restritas relações de trabalho, mas também
e, sobretudo, à expansão da exclusão econômica e
social. Elas provocam: a redução do emprego, a
ampliação do desemprego, a intensificação do
trabalho, o surgimento de novas formas de trabalho,
as mudanças na forma e no conteúdo das contratações
e a redução do poder dos sindicatos. Assiste-se assim à
contração do emprego, à expansão do mercado
informal, à desregulamentação dos contratos de
trabalho, à precarização das condições de trabalho, à
eliminação de postos de trabalho, ao desemprego
estrutural e crônico, enfim, à exclusão social.
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RESUMO DA AUL
O regime de acumulação flexível e a relação entre o novo 
paradigma e o novo modo de regulação, o estado neoliberal 
ou mínimo. 
• O modo como o estado se adequou às exigências impostas
por este novo regime de acumulação, criando as condições
políticas para a expansão capitalista, mediante a
fragilização das organizações reivindicatórias da classe
trabalhadora, da liberação dos mercados e do desmonte das
instituições de bem estar social.
• O modo como o estado operou uma reforma e realizou
ajustes estruturais, a fim de favorecer a circulação mundial
capital.
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A nova etapa do processo de acumulação capitalista
que foi marcada: pela introdução de novas tecnologias
e técnicas organizacionais, pela flexibilização
produção, e por mudanças na gestão da força de
trabalho.
Os impactos sobre a qualificação dos trabalhadores
trazidos pelos processos de reestruturação produtiva.
Os trabalhadores (nem todos) agora se tornam mais
competentes e escolarizados.
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PARA REFLEXÃO
• É impossível educar de modo crítico e comprometido
com os interesses dos trabalhadores sem entender
como funciona o mundo do trabalho e suas exigências
para os profissionais da atualidade. Sem saber o que as
organizações esperam das pessoas, não poderemos
formar conscientemente os trabalhadores nas
instituições.
• Lembrem que os processos de transformação social
dependem de que as populações tradicionalmente
excluídas do conhecimento e do exercício da cidadania
possam ter uma formação técnica e política, capaz de
viabilizar uma efetiva participação na sociedade.