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Cuiabá, 2010 Oreste Preti PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO: ORIENTAÇÕES TÉCNICAS E PEDAGÓGICAS POR ONDE CAMINHAR A escritura pedagógica na Educação a Distância se tem transformado em uma profissão complexa que necessita de competências diversas e, muitas vezes, o trabalho de uma equipe que reúne vários especialistas (LANDRY, 1985, p. 218). Iniciaremos agora o percurso desafiador e estimulante da produ- ção do texto didático (impresso), oferecendo-lhe algumas noções deste percurso. 2.1 POSSÍVEIS ETAPAS Indicaremos, neste tópico, passos que costumam ser dados no processo de produção do texto didático impresso. Seu trajeto e/o sua instituição poderá estabelecer outros procedimentos, não importa, pois são opcionais, nada é tão dogmático. 1. A equipe pedagógica e de produção define a quantidade de textos didá- ticos a serem produzidos no curso que será oferecido, o formato do material, da arquitetura do texto (projeto gráfico) 2. Encontros e oficinas com os autores para: - conhecer os princípios norteadores do material didático (expli- citados no Projeto Pedagógico do Curso); - conhecer a modalidade a distância, o sistema de tutoria, de avali- ação, de comunicação; 2 50 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas - receber orientações técnicas para produção do texto (projeto gráfico) e pedagógicas (fundamentos do texto didático, lingua- gem dialógica); - realizar oficinas pedagógicas para produção de texto didático (elaboração de objetivos e de atividades de aprendizagem, téc- nicas de redação); - serem informados sobre procedimentos e cronograma da pro- dução. 3. Reunião com autores por núcleos temáticos/áreas/módulos/ semes- tres, de acordo com a organização curricular do curso, para discussão sobre os eixos, os temas transversais e construção de mapa conceitu- al, elaboração de objetivos e definição de temas centrais. A partir disso, é reelaborado e socializado o Plano da disciplina. Reuniões periódicas, ainda mais quando o texto for redigido por dois ou mais autores. Essas reuniões, não necessariamente, devem ser todas presenciais. Certamente, sua instituição disponibilizará ambi- ente on-line para que os autores possam conversar entre si e com a equipe responsável pelo acompanhamento e pela produção do mate- rial didático e postar seus textos. 4. Redação de uma unidade 5. Avaliação da unidade pela equipe pedagógica (multidisciplinar) 6. Discussão com os autores para permitir o feedback e avaliar o processo. 7. Redação das demais unidades 8. Envio do texto para especialistas da área para avaliar o conteúdo. 9. Revisão do texto pelo autor, a partir dos comentários do especialista e da devolução do texto para ser novamente avaliado. 10. Assim que o especialista de conteúdo aprovar, o texto vai para a equipe pedagógica avaliar a “didática”. O designer educacional terá papel importante nesse momento, oferecendo contribuições para que seu texto se revista de linguagem comunicacional e pedagógica. 11. Reunião com autores para feedback do texto produzido. 12. Revisão pelos autores. 13. Nova avaliação pela equipe pedagógica para conferir se os autores atenderam às sugestões e críticas. Inclusão das ilustrações. 14. Reunião com autores (se precisar 2ª revisão, 3ª revisão, ou mais). 15. Revisão de texto pelo “revisor textual”. 51Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas 16. Diagramação final (acompanhada pelos autores, pela equipe de produção e pelo revisor. Verificar a inclusão adequada de figuras, gráficos, mapas, ilustra- ções, etc.) 17. Pré-teste 18 . Adequação do texto, atendendo a críticas e sugestões. 19. Avaliação final pela equipe pedagógica, pelo autor e, em alguns casos, pela comissão editorial). 20. Envio à gráfica para impressão. 21. Avaliação pelos estudantes e orientadores/tutores, após sua utiliza- ção no curso. 22. Revisão pelos autores para nova edição. Mais ou menos, podem ser as etapas... O que pretendemos evidenciar é que o trabalho de produção de texto didático não é algo solitário e individual, mas coletivo, pois dife- rentes profissionais acompanharão e ajudarão você nessa caminhada. Figura 2 - Fluxo da produção do Material Impresso 52 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Neste fluxo, configuramos os principais passos e o tratamento a ser dado no processo de produção do MDI. Principais passos: investigação prévia planejamento desenho e elaboração reprodução implementação avaliação (re)elaboração . Trata-se de dinâmica de idas e vindas, de pontos de chegada e de partida, com diferentes profissionais envolvidos, voltados para a (re)construção do texto didático, tendo como foco não o ensino, mas a aprendizagem, centrado não no texto ou no autor, mas no leitor, no estudante! Em relação ao tratamento que é dado ao texto didático, podemos mencionar três aspectos que perpassam todas as etapas ou momentos de produção: - temático: o tratamento consiste na organização do conteúdo e na linguagem utilizada para possi- bilitar interlocução com o leitor; - pedagógico: é o tratamento da aprendizagem. Propor ao estudante exercícios e atividades de aprendizagem para que ele participe ativamente; - formal: tratamento relacionado com o projeto gráfico (design do MDI, sequenciamento, ilustrações, cores, etc.). Em algumas etapas prevalecerá o tratamento temático ou o peda- gógico; em outras, o formal, não importa. Todos eles estão presentes quando você, por exemplo, está escrevendo seu texto. Centrado na ela- boração temática, estará preocupado também com o tratamento pedagó- gico do texto e com alguns aspectos formais, com o projeto gráfico, com o estético e o belo. Como você pode observar na figura 3, o centro deste processo parece ser o texto didático, mas, se pensar bem, é o aprendente, pois o texto está sendo produzido para ele, pensando nele. Por isso, sobre este texto, profes- sor-autor e equipe de especialistas em produção de MDI se debruçam para que Figura 3 Dimensões do Texto Didático 53Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas o produto final seja de qualidade técnica, pedagógica e científica, contri- buindo positivamente na aprendizagem do estudante. Trata-se, portanto, de processo coletivo e colaborativo. A equipe toda, responsável pelo acompanhamento e avaliação da produção do MDI, apoia o professor-autor, e este, por sua vez, discute, avalia, pondera, acata, ou não, as “intromissões” (no sentido positivo) destes especialistas. Embora você seja o “autor”, podemos afirmar que, na realidade, há uma coautoria. Sobretudo porque seu “texto” vai sendo “tecido” por diferentes sujeitos que produzem diferentes textos: escrito, iconográfico, visual, gráfico, etc. Acredito que você deve ter ficado surpreso com a complexidade do processo de produção e com a dimensão colaborativa que se estabele- ce não produção do MDI. Esta é uma característica da modalidade a distância. Ninguém ensina sozinho. Ensinamos juntos e aprendemos juntos, um com o outro. Mas não se preocupe. A partir de agora, irei falar sobre todos os passos e os tratamentos da produção do MDI. Por onde começar? 2.2 PONTO DE PARTIDA Vamos, então, iniciar o percurso de produção. O que você precisa colocar em sua bagagem para chegar ao final do percurso com o texto produzido e adequado à modalidade a distância? Além de seus conhecimentos e sua experiência como professor da disciplina, não pode se esquecer de colocar na mochila o Projeto Pedagógico do curso, o “mo- delo pedagógico” de EaD de sua instituição e informações sobre os estudantes que irão ler seu texto, como vimos na primeira unidade. Pois estes documentos institucionais e, se possível, o conhecimento do perfil dos estudantes ajudarão você no momento de planejar sua disciplina, para que o texto didá- tico esteja afinado com os princípios norteadores do curso e da instituição, adequadoao tipo de leitor, intentando estabelecer diálogo com ele. Vamos falar um pouco sobre eles? Modelo: no sentido de representação simplificada de algum aspecto da vida real, que ajuda a entender suas diferentes facetas. Oferece uma maneira diferente de pensar sobre algo. 54 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO Construído pelos professores do curso, é o ponto de partida para a concepção do material didático na EaD. É importante que você, em seu texto, faça referência ao projeto pedagógico do curso, a seus princí- pios e fundamentos, à sua proposta formativa, ao perfil do profissional a ser formado. Afinal, o texto didático é pensado no contexto do projeto pedagógico do curso em suas dimensões epistemológica, metodológi- ca e política. Em que sentido? A dimensão epistemológica é no sentido de que, na EaD, como nas demais modalidades, a instituição educati- va, alimentada pela perspectiva interacionista, passa a se preocupar com processos, com a aprendizagem, e não, exclusivamente, com produtos e resultados, ou, simples- mente, armazenando volume cada vez maior de informações. O "papel" do professor-autor, então, toma outra direção e sentido, não se limitando ao de "transmitir" ou "reproduzir" informações, mas disponibilizando outros textos (impressos e/ou veiculados pela internet), fazendo recursos às mais diferentes tecnologias para eliminar a distância física, procuran- do construir interações diferentes daquelas presenciais. Portanto, seu texto não é o único. Você não precisa se preocupar em querer exaurir todo conteúdo que você julga importante ser tratado em sua disciplina. Certamente, indicará ao estudante outros textos. Também a instituição formadora disponibilizará outros textos, para que a formação do estudante não fique limitada a seu texto e possa se expandir e se completar. Daí a importân- cia da biblioteca virtual e dos Polos de Apoio Presencial. Além disso, a pesquisa poderá ser inserida por você e pela institu- ição formadora como princípio que possibilita estabelecer o trânsito entre a teoria e prática, entre saberes de diferentes áreas, favorecendo o trabalho interdisciplinar e colaborativo. Quanto à dimensão metodológica, o currículo de seu curso, por certo, foi pensado como algo dinâmico, e não como uma “grade de disciplinas”. Tanto o conhecimento (conteúdo de seu texto) como a proposta curricular podem ser compreendidos como construções e produtos de rela- ções sociais particulares e históricas, orientados numa perspectiva crítica em que ação-reflexão-ação se apresentam como atitude que possibilite ao estudante ultrapassar seu conhecimento de senso comum. Epistemologia: referente ao processo de produção do conhecimento. Sobre a pesquisa - . Seminários Temáticos www.uab.ufmt.br (Produção científica) Metodologia: referente ao caminho, ao modo de caminhar. 55Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Portanto, é fundamental que seu texto estabeleça constantemente nexos, conexões com a realidade, com o contexto atual do estudante, um ir e vir entre as expe- riências do estudante e os conceitos, entre o antigo e o novo, entre o que o estudante já conhece e o que ainda não conhece. Isso é possível ser realizado por meio de estratégias didáticas e de pensamento reconstrutivo, em que a verdade não está no autor ou nos autores que são citados no texto, ou no estudante, mas no diálogo recípro- co, na constante indagação, no questionamento e na busca de respostas provisórias. Finalmente, a dimensão política a perpassar seu texto. Ela não pode ser esquecida, pois a docência não se resume a simples atividade de repas- sar informações, de oferecer treinamento técnico do futuro profissional. Ela deve “educar”, isto é, propiciar ao estudante possibilidades de reflexão, de revisão, de contestação, de leitura crítica, de questionamento reconstrutivo. Em outras palavras, deve ter como objetivo final a formação do cidadão. Educação - Em sua etimologia (de educare: criar, alimentar; ou de educere: conduzir para fora), indica uma ação para dentro (assimilação) e para fora (em direção ao outro). Indica movimento, ação, envolvi- mento, e não passividade ou autoritarismo, imposição. Trata-se de relação muito particular, muito íntima e afetiva entre educador e educando, ambos se influenciando e se transformando. Por isso, as disciplinas de um mesmo curso precisam estar assentadas sobre os fundamentos que a equipe de professores e de autores definiu, de modo consensual, independentemente das “crenças” de cada um. É neces- sário realizar uma espécie de “pacto” ou “contrato didático” entre os auto- res, para que as disciplinas conversem entre si a partir de bases comuns. Como podemos esperar que o estudante, ao longo ou ao final de uma disciplina e/ou de um curso, faça síntese do que estudou, ou receba formação integral e integrada se os textos das diferentes disciplinas não possibilitaram isso? Reflexão 56 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Leia com atenção o pensamento do educador e comunicador costa-riquenho Francisco Gutierrez Perez (1995). Para que seu texto didático seja comunicativo e educativo, requer seja alicerçado sobre uma proposta curricular em que: - os temas partem da realidade e se alimentam da prática social dos estudantes; - o desenvolvimento curricular não responde unicamente à lógica do conteúdo, pois o processo ensino-aprendizagem se efetua à medida que o estudante o torna seu e o fundamenta sobre sua experiência, sobre seus conhecimentos e sua cultura; - o ato de conhecer, resultado do confronto entre os conhecimen- tos transmitidos e os que o estudante já possui, dá lugar a “um processo ordenado de abstração, uma visão mais profunda e total da realidade, um olhar crítico e criador sobre a prática”; - possibilita ao estudante “retorno” à prática para transformá-la. Assim, ao escrever não se esqueça: mais do que simplesmente repassar conteúdo, você deve desenvolver no leitor atitude crítica e questionadora, que o leve a refletir sobre sua experiência e prática profis- sional, despertando nele o desejo e a vontade de querer transformá-la. Além de ensinar “conteúdo”, que consideramos também básico na formação profissional do estudante, o texto deve educar, preparar para a vida em sociedade, para o futuro. Daí a importância de o projeto pedagógi- co do curso propor que se estabeleça rede de significa- dos entre diferentes disciplinas e campos do saber. Senão, cada disciplina será um bloco monolítico, fechado, mudo, os autores não conversando entre si. Isso, sem dúvida, trará resultado negativo à formação do estudante. SISTEMA DE EaD DA INSTITUIÇÃO O texto didático deve estar em consonância com o “modelo peda- gógico” de EaD, implementado por sua instituição. Portanto, procure conhecer o que se entende por Educação a Distância, qual é a dinâmica de um curso a distância, o sistema de acompanhamento (tuto- ria/orientação) e de avaliação, os referenciais de qualidade dos cursos a distância, a estrutura do Polo de Apoio Presencial, os meios tecnológicos a que o estudante terá acesso, etc. 57Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Assim, poderá organizar, de maneira eficiente, o texto didático e propor atividades de aprendizagem em consonância com o sistema de EaD da instituição. Sugerimos a leitura do texto: “Sistema de Educação a distância”. In: PRETI,Oreste. Educa- ção a Distância: fundamentos e políticas. Cuia- bá:EdUFMT, 2009. p. 77-88. O autor discute, ainda que de maneira geral, os componentes na oferta de cursos a distância e no percurso do estudante nessa moda- lidade de ensino. Disponível em: www.uab.ufmt.br (Produção cien- tífica / coletânea EaD, n. 5). IDENTIFICAR O PERFIL DO ESTUDANTE E DO PROFISSIONAL No projeto pedagógico do curso, certamente está desenhadoo perfil do ingressante e do egresso, a forma como as diferentes disciplinas contribuirão em sua formação profissional, quais os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que, se espera desenvolver no estudante. Além do “perfil de saída”, é fundamental que você tenha alguma informação prévia sobre o perfil de entrada de seus futuros leitores. Procure a equipe pedagógica do curso para saber se foi realizada pesqui- sa de diagnóstico sobre os “futuros” estudantes do curso (formação, condições socioeconômicas, trajetória escolar, experiência profissional, interesses, preocupações, conhecimentos, dificuldades, etc.). As institu- ições costumam aplicar questionário socioeconômico aos candidatos no momento da inscrição para vestibular, ou no ato da matrícula. Por que é importante conhecer antecipadamente seus leitores? A EaD se apoia em um “modelo pedagógico” que supõe o estudo autônomo do estudante, isto é, o estudante como protagonista ativo do processo de aprender, interagindo com o objeto de conhecimento e com os sujeitos envolvidos nesse processo. Isso implica que seu texto tenha qualidades didáticas e comunicacionais, o que torna necessário conheci- mentos sobre seus interlocutores. Como você pode fazer isso se, quando começa escrever seu texto didático, os estudantes ainda não se matricularam, nem dados sobre eles foram coletados? 58 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Se o curso já foi oferecido, o ouvir a equipe pedagógica do curso e tutores com experiência também ajuda você a conhecer hábitos, dificul- dades de estudantes de cursos a distância e a melhor dimensionar o traba- lho de produção de material escrito. Se o curso está sendo oferecido pela primeira vez, você, na quali- dade de professor, conhece um pouco do perfil do estudante que se matri- cula em seu curso na modalidade presencial, sabe quais são os temas, o conteúdo em que, geralmente, os estudantes apresentam maiores dificul- dades de compreensão, etc. Sabemos, pelas recentes estatísticas do INEP (2008), que o estu- dante matriculado em cursos a distância tem perfil socioeconômico que o diferencia de quem está matriculado em cursos presenciais: é preponde- rantemente casado, tem filhos, no geral não é branco, é pobre, contribui para o sustento da família e tem pais com menor escolaridade em relação ao estudante de cursos presenciais. Por isso, ao longo do processo de produção do material didático, é salutar que você mantenha constante diálogo com a equipe pedagógi- ca do curso para que seu texto esteja em sintonia não somente com os objetivos do curso, com a proposta formativa e com a modalidade a distância, mas também atendendo ao perfil do estudante e do profissio- nal a ser formado. Certamente, as informações preliminares sobre o perfil de seu possível leitor o ajudarão no momento de planejar o conteúdo e o percur- so de seu texto didático para que ele atinja seu objetivo: oferecer ao estudante apoio cognitivo, metacognitivo, pedagógico, social e motiva- cional, visando à aprendizagem e à formação integral. Você estará escre- vendo o texto para esse estudante, e não para colegas de seu departamen- to, faculdade ou instituto. Para centenas ou até milhares de estudantes que irão ler o que você vier produzir e que, muitas vezes, habi- tam centenas de quilômetros longe da instituição ofertante do curso, seu texto é o que dará visibilidade ao sistema de EaD e à instituição ensinante. Por isso, ele deve trazer, embutidas nele, marcas locais, regionais e universais. Ensinar pela escrita não é somente transmitir conteúdo. Implica ensinar valores, atitudes, habilida- des, assim como oferecer orientações claras e objeti- 59Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas vas, provocar situações desafiadoras e motivadoras que possibili- tem ao estudante aprender, transferir conhecimentos a situações concretas. Daí a importância de que seu texto esteja apoiado no projeto pedagógico, afinado com a modalidade a distância e dialo- gue com um estudante concreto, não com o “idealizado”. á ensino quando há formação [...] quando há obra de pensamento e que há obras de pensamento quando o presente é apreendido como aquilo que exige de nós o trabalho da interrogação, da crítica e da reflexão de tal maneira que nos tornamos capazes de elevar ao plano do conceito o que foi experimentado como questão, pergunta, problema, dificuldade (Marilena Chauí. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista Brasileira de Educação. n. 24, set/dez. 2003, p. 12).
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