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Fratura de Fêmur + fixação métalica- ESTUDO DE CASO ORTOPEDIA| FISIOTERAPIA

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ESTUDO DE CASO
ACADÊMICA: THAÍS REGINA NOVAK FRANCISCO
PROF.ª: JAÍNA GOZDZIEJEWSKI
PACIENTE: V.B
ANATOMIA DO QUADRIL
FUNÇÃO DO QUADRIL
As principais funções do quadril suportar o peso corporal e oferecer movimento compatível com a locomoção. Comparado com outras articulações tem menor mobilidade e sua estabilidade está relacionado aos curtos, longos e potentes músculos que circundam a articulação. Suas patologias mais frequentes dependem do mau alinhamento e da instabilidade.
Depende em grande parte do seu arcabouço ósseo-cartilaginoso.
Desalinhamentos ou mínimas alterações da congruência articular, devido ao suporte de peso, ocasionam desgaste articular, isto é a artrose
OSSOS DO QUADRIL
ARTICULAÇÕES:
SACRO-ILÍACA
COXO-FEMURAL
SINFISE PÚBICA
LIGAMENTOS DO QUADRIL
INERVAÇÃO DO QUADRIL
MÚSCULOS DO QUADRIL
AÇÃO DOS MÚSCULOS DO QUADRIL
MOVIMENTOS DA PELVE
Resumo da artrocinemática da cabeça do fêmur na articulação do quadril
PATOLOGIA/ FRATURA
Definição:
A fratura é uma queda estrutural na continuidade de um osso, uma placa epifisária ou uma superfície articular cartilaginosa; quando ocorre uma fratura ocorre também algum grau de lesão nos tecidos moles que cercam o osso. Dependendo do local da fratura, a lesão dos tecidos moles relacionados pode ser séria, caso uma grande artéria ou nervo periférico também estejam envolvidos. Se a fratura for mais central, pode haver envolvimento do cérebro, da medula espinal ou das vísceras.
FRATURAS:
Um dos problemas musculoesqueléticos mais comuns no idoso, principalmente é a fratura do quadril, dita também como fratura da porção mais proximal do fêmur na área da articulação do quadril.
Geralmente estão associadas ao trauma de alto impacto e de força elevada, mas podem ser vistas em micro traumas repetitivos.
Outra condição é a osteoporose, condição associada a perca de densidade óssea e força óssea ligada a idade
IDENTIFICAÇÃO DE FRATURAS:
Uma fratura é identificada por:
Local: diafisária, metafisária, epifisária, intra-articular;
Extensão: Completa, incompleta;
Configuração: Transversa, oblíqua ou espiral, cominutiva( dois ou mais fragmentos);
Relação entre fragmentos: Sem desvio, com desvio;
Relação com o ambiente: fechada( pele intacta), aberta( a fratura ou um objeto penetrou a pele);
Complicações: locais ou sistêmicas; relacionadas a lesão ou ao tratamento
CAUSAS E TIPOS DE FRATURAS:
TIPOS DE FRATURAS:
Fatores de risco:
Impacto súbito
Osteoporose( mulheres > homens);
História de quedas( sobretudo com o aumento da idade, baixo índice de massa corporal e densidade óssea e baixos níveis de atividade física).
Sintomas e sinais
Os sinais e sintomas agudos da fratura de quadril são dor na virilha ou na região do quadril, dor com o movimento ativo ou passivo do quadril ou durante o apoio de peso dos membros inferiores. O membro inferior parece estar vários centímetros mais curto e assume uma posição de rotação externa;
Diminuição da função naquela parte;
Edema, deformidade, movimento anormal( pode ou não ser óbvio);
Sensibilidade aguda evidente no local;
História de queda, golpe direto, lesão com entorse, acidente;
Diagnóstico:
O diagnóstico, a redução , o alinhamento e a imobilização para a cicatrização da fratura são procedimentos médicos.
Fraturas podem ocorrer durante a sessão de fisioterapia, por isso é necessário que o profissional conheça os sinais e sintomas. 
Se houver suspeita de fratura, deve-se encaminhar o paciente para o exame radiográfico, diagnóstico médico e tratamento.
Caso clínico:
Anamnese:
HDP e diagnóstico clínico
Paciente V.B., nascido em 24/11/1966, idade atual 68 anos, natural de Capanema- PR sofreu acidente motociclístico em 2005 tendo como consequência o diagnóstico clínico de TCE, e múltiplas fraturas no fêmur, tíbia e fíbula em MID, e neuropatia grave do ciático direito, acometendo gravemente o componente fibular motor. Em decorrência do acidente permaneceu 65 dias internado na UTI e 1 ano desorientado, ficando sem fisioterapia durante este período, como também apresentou 3 crises de epilepsia posteriormente.
Devido ao acidente colocou fixação com placas, parafusos e fios metálicos na articulação coxofemural e na tíbia.
HDA:
Faz fisioterapia há 14 anos;
Paciente orientado, lúcido, independente nas AVD´s;
Marcha claudicante( com redução de 2,5 cm em MID), utilizando de palmilha para correção;
Pé equino(D);
Déficit de equilíbrio;
Encurtamento muscular e redução de ADM em MMII e quadril;
Faz uso contínuo de fenobarbital;
Queixa Principal:
Déficit de equilíbrio- Por propensão a quedas
Déficit da marcha- 
Encurtamento muscular e ADM limitada- impedindo a AVD de amarrar o calçado.
AVALIAÇÃO:
Realizado Goniometria coluna lombar, quadril, e tornozelo
Perimetria de abdômen, quadril, coxa e tornozelo
Testes dos reflexos- Apresentando hiperreflexia no reflexo patelar e normal para o restante
Avaliação Postural no posturógrafo anterior, posterior e Lateral D e E- 
Avaliação da marcha anterior, posterior, e lateral D e E
Teste específico de discrepância em MID= 87 e MID= 89, não podendo ser realizado outros testes devido as fixações cirúrgicas.
Na escala de avaliação analógica(EVA)= 0
Apresentando dor somente ao esforço, repouso prolongado, ou posição sentada prolongado.
Edema- grau I em MID
Grau de força Reto femural, tensor da fáscia lata, glúteo médio, glúteo máximo
EXAMES:
RX, Cintilografia óssea, e tomografia
Data: 2016
Data: 24/01/2020
D
E
Data: 24/01/2020
Data: 24/01/2020
Data: 24/01/2020
Data: 24/01/2020
Diagnóstico fisioterapêutico:
Fraqueza muscular de abdutores, flexores, extensores e rotadores interno e externos de quadril;
Rotação externa de MID;
Redução da ADM em MID abdução, adução, flexão e extensão, Rotação interna;
Fraqueza de músculos abdominais;
Déficit de equilíbrio e propriocepção;
Encurtamento muscular global de MMII e quadril. 
Marcha claudicante;
Na fase de balanço paciente não realiza flexão de quadril, utiliza o quadrado lombar e o glúteo médio e na fase de apoio é ausente a dorsiflexão de tornozelo D. 
Encurtamento ósseo- articular de 2,5 cm no MID/ gerando desalinhamento postural global.
Fraqueza de músculos Excêntricos da Marcha.
Hiperlordose lombar
Objetivo do tratamento
Melhorar encurtamento muscular de iliopsoas, reto femural ,quadrado lombar e glúteo médio, isquiotibiais e adutores de quadril, principalmente e demais músculos com ação na marcha.
Melhorar as fases de apoio e balanço da marcha(nos movimentos de flexão de quadril e dorsiflexão de tornozelo em especial.
Diminuir anteroversão pélvica e hiperlordose lombar
Melhorar equilíbrio dinâmico, e aperfeiçoar o equilíbrio estático
Fortalecer músculos da marcha: Flexores de quadril: iliopsoas; quadríceps(reto femural, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio...); Extensores de quadril: isquiotibiais( semibrembranáceo, semitendineo e bíceps femural)+ glúteo máximo, Abdutores( Tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo), e tibial anterior...
Diminuir o desalinhamento postural 
CONDUTA:
Utilizamos de exercícios que garantissem estabilidade pélvica, devido a biomecânica do paciente:
ALONGAMENTOS
Em flexão de quadril com os dois pés apoiado na parede, faz uma abdução bilateral, com auxílio SN, para alongamento de adutores.
Nesta posição troca e alonga abdutores.
Utilização da técnica de energia muscular para melhorar o encurtamento e ganhar ADM para músculos do quadril, lombar e MMII- músculos trabalhados: quadrado lombar, 
Posição D.D | Bilaterais
Adutores:
 Realizar abdução ativa (joelhos fletidos), fisioterapeuta alonga com resistência a favor do movimento.
Abdutores:
 Com os pés apoiados na parede, em flexão de quadril, paciente faz adução. SN auxílio.
Isquiotibiais:
Alongamento ativo de isquiotibiais com faixa elástica (Flexão de quadril e dorsiflexão de tornozelo).
Quadríceps e íliopsoas:
Na beira da maca: Paciente faz flexão unilateral de quadril e extensão de quadril contralateral, soltandoo membro MI contra a gravidade.
Posição sentada
Quadrado lombar:
Realizar Flexão lateral de tronco com o bastão
Equilíbrio e fortalecimento
Exercícios para e equilíbrio e propriocepção, conscientização e mobilidade pélvica e transferência de peso.
Exercícios para fortalecimento da marcha, e equilíbrio na cama elástica+ estimulação sensório motora, principalmente de dorsiflexores e plantiflexores de tornozelo estimulando as reações de equilíbrio e endireitamento.
Com peso de 1 kl nos pés na cama elástica – realizar movimentos de flexão de quadril, extensão, abdução de quadril.
Exercício de equilíbrio dinâmico em apoio unipodal
Exercícios de ponte, com progressão unipodal, livre ou na prancha de equilíbrio.
Exercício de fortalecimento para MMII isométrico sem a bola.
 Estático mantém a posição de flexão de quadril, apoiado na parede.
Fortalecimento oferecendo resistência manual do Fisioterapeuta, para flexores, extensores, adutores, abdutores, RI e RE de quadril.
Treino de conscientização e fortalecimento da marcha em barra paralela com peso + correção postural.
Exercício de fortalecimento de excêntricos e concêntricos da marcha, através do levantar e sentar.
ARTIGOS:
“Atividade física para fortalecimento de regiões propensas a fraturas do fêmur proximal”
Um conjunto relativamente grande de evidências, incluindo dados de ensaios controlados randomizados, demonstrou convincentemente o benefício da atividade física de peso na saúde óssea do quadril. A atividade física durante o crescimento aumenta o acúmulo de minerais ósseos e induz a adaptação geométrica no pescoço femoral , enquanto a atividade física durante o envelhecimento parece reduzir principalmente a perda óssea subperiária para preservar a massa óssea femoral proximal Resta saber se os benefícios observados da atividade física na saúde óssea do fêmur proximal reduzem o risco de fratura.
O fêmur proximal é bem adaptado para suportar cargas na direção habitual de rolamento de peso e, portanto, fraturas espontâneas durante a marcha ou postura são raras mesmo durante o envelhecimento. Em contraste, as fraturas do pescoço femoral em idosos normalmente ocorrem como resultado de quedas com impacto no maior trocanter e em uma direção amplamente classificada como "lateral" . O fêmur proximal tem 3-5 vezes mais chances de fraturar durante uma queda lateral em comparação com as quedas categorizadas como para a frente, para trás ou para baixo, e mais de 30 vezes mais chances de fraturar se a queda lateral impactar o maior trocanter.
CONCLUSÃO:
Combinando abordagens de modelagem musculoesquelético com técnicas de imagem 3D, pode ser possível projetar e avaliar os benefícios de atividades físicas específicas voltadas para regiões propensas a fraturas dentro do fêmur proximal, como o pescoço fêmur superolateral. Se as alterações observadas regionalmente na massa óssea proximal do fêmur e/ou morfometria correspondem a uma redução do risco de fratura osteoporótica permanecerá aberta a debate sem evidências de apoio de ensaios controlados. Além disso, as técnicas envolvidas permanecem em sua infância e estão associadas a limitações, incluindo preocupações com radiação associadas à imagem para o desenvolvimento do modelo FE e efeitos parciais de volume devido a uma troca entre a dose de radiação e a resolução de imagem. Apesar dessas preocupações, a avaliação dos benefícios regionais esqueléticos das atividades físicas projetadas com o auxílio de modelagem musculoesquelética específica do sujeito abre o potencial para uma abordagem médica personalizada para a prescrição de atividades que melhor fortaleçam regiões propensas à fratura dentro do fêmur proximal.
Exercício de alto impacto aumentou a densidade mineral óssea do colo femoral em homens mais velhos: Uma intervenção unilateral aleatória
50 idoso saudáveis ~69 anos iniciaram a intervenção de exercício unilateral de alto impacto durante 12 meses, sobre o colo do fêmur. 35 concluíram o programa. 
Progredindo para 5 séries de 10 saltos multidirecionais, 7 dias por semana.
Conclusão: A intervenção de exercício unilateral foi eficaz para melhorar Níveis de densidade mineral óssea (BMD) e concentrado de medula óssea (BMC) em idosos. Exercícios de alto impacto cuidadosamente direcionados podem ser adequados para fazer parte de exercícios destinados a prevenir fraturas em idosos saudáveis
REFERÊNCIAS:
KISNER, C.; COLBLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas, 5ª edição. São Paulo: Manole, 2016.
HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017
FUCHS, Robyn K et al. Physical Activity for Strengthening Fracture Prone Regions of the Proximal Femur. Indianápolis,USA: 2017.
ALISSON, Sarah J et al. High impact exercise increased femoral neck bone mineral density in older men: a randomised unilateral intervention: Leicestershire, UK. 2013
Link de vídeo de reabilitação para fraturas:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=178&v=c4vpgUzvudU&feature=emb_logo