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DIS_MAT_PEN_PSICO_EXIS_HUM_ U1 - Webaula

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Humanismo 
Saber preliminarmente
NÃO é uma teoria psicológica especí�ca, abrange uma variedade de teorias e técnicas psicoterápicas, como a
Gestalt-terapia, a Abordagem Centrada na Pessoa, a Logoterapia e a Daseinsanalyse.
NÃO é sinônimo de existencialismo, a sua origem como movimento nos Estados Unidos, pelo contrário,
pende para o essencialismo. O existencialismo é uma absorção posterior de �loso�as europeias que
remontam ao início do século 20 e se expandem após a Primeira Guerra Mundial.
NÃO é uma negação total dos conhecimentos do behaviorismo (1ª força) nem da psicanálise (2ª força), e sim
dos seus determinismos. 
3ª força
Movimento surgido nos Estados Unidos no �nal da década de 1950 para congregar psicólogos e
pesquisadores com pensamento alternativo ao determinismo ambiental do behaviorismo e ao determinismo
inconsciente da psicanálise. 
Foco no indivíduo, na sua pessoa, e na sua situação-presente. 
Ênfase na vontade consciente, na autodeterminação e na autotranscendência, isto é, na capacidade humana
de ultrapassar seus condicionamentos e ressigni�car sua existência a partir da sua atualidade. 
Alta estima da liberdade humana correlacionada à responsabilidade pessoal. 
Fenomenologia 
Ideia fundamental
A intenção é a determinação essencial da consciência. 
NÃO existe consciência pura, em-si, TODO fenômeno psíquico, ou seja, toda consciência, se refere a um conteúdo,
pende em direção a um objeto, que não precisa necessariamente ter realidade imanente, factual. 
PORTANTO, a apreensão da verdade da consciência, isto é, do seu desvelamento, não está nela mesma tampouco
no objeto, está na relação intecional, ou seja, ativa, da primeira com o segundo. 
Edmund Husserl (1859 – 1938) 
Natural da Prossnitz, na antiga Morávia (atual República Tcheca), então pertencente ao Império Austro-Húngaro,
descendente de judeus, radicado na Alemanha, o “pai da fenomenologia” antes de estudou primeiramente
matemática e depois migrou para a �loso�a. 
Para Husserl o ponto de partida do conhecimento é a experiência concreta, as coisas existentes, os fatos, e a sua
chave é o modo como os fenômenos se apresentam à consciência , como esta apreende as suas essências, os
seus elementos subjetivos irredutíveis. 
Consciência que não deve ser confundida com ato racional. Anterior à percepção consciente há o ato pré-re�exivo.
Matrizes do Pensamento em Psicologia -
Existencia - Humanista 
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que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
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Este é substanciados por uma síntese passiva de elementos sensórios e afetivos que chegam à consciência sem
que o sujeito se dê conta e que constituem o pano de fundo do ato intencional. 
Fonte: 
Disponível em https://bit.ly/2uBY8GR. 
Objetivo
Conhecer as essências puras 
A ciência fenomenológica pretende captar e descrever as vivências puras, o elementar da experiência, "voltar às
próprias coisas". Nisto, obviamente, ela não difere das outras ciências. 
O que a diferencia é o seu método. 
Método
Epoché 
O caminho para a intuição eidética é por em suspensão, colocar entre parênteses, as opiniões preconcebidas, os
pressupostos �losó�cos e mesmo as teorias cientí�cas que não sejam apodíticas, indubitáveis, para que o
fenômeno seja apreendido na sua imediaticidade à consciência. 
Só permanecem e são tidos como certos, os dados que subsistirem às recorrentes investidas da epoché.  
Passado, presente e futuro
Uma abordagem humanista, especialmente de natureza fenomenológica, considera a temporalidade como uma
experiência dinâmica e �uída de integração do passado com o futuro.
No presente vivenciamos de modo articulado e constituinte as retenções e projeções. De modo articulado porque
o presente é o tempo do existir, do fazer acontecer, e constituinte porque é o tempo de ressigni�car e atualizar o
ontem, potencializar o hoje e alargar as possibilidades do amanhã. 
Existencialismo 
Princípio elementar
A existência precede a essência 
https://bit.ly/2uBY8GR
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Diferenças 
Essência Existência 
Aquilo que uma coisa é, o que diferencia um ente do
outro, a determinação do seu ser, a necessária
atualização da sua potência para o seu
desenvolvimento esperado. 
Por exemplo, a essência de uma maçã é ser maça,
não uva, de uma pedra é ser pedra, não rocha, de
uma cadeira é servir de assento, de uma cama é servir
para deitar, de uma semente é tornar seu fruto
correspondente.  
Em relação ao ser humano, é essencial tudo aquilo
que é comum à sobrevivência da sua espécie,
universal a um determinado fenômeno, ou seja, que
corresponde ao plano ôntico. 
É a historia humana do indivíduo concreto, seu modo
de existir, suas escolhas, a autodeterminação do seu
ser.  
Diferentemente da essência que corresponde ao
plano ôntico, a existência correlaciona ao plano
ontológico. 
Por exemplo, quando falamos em sentimentos e
emoções universais, em potencialidades inatas, em
sinais e sintomas de uma psicopatologia, como a
depressão, a esquizofrenia e o transtorno de pânico,
estamos no plano ôntico. Já quando falamos do
sujeito que vivencia tudo isso, de como ele lida e o
que faz e pode fazer disso, das respostas às suas
determinações, estamos no plano ontológico.  
O ser humano como indíviduo, como pessoa, faz e refaz a sua essência na sua existência. Não há uma
predeterminação natural quando ao seu modo de ser, não há uma essência �xa a ser procurada, há uma
existência a ser assumida e construída.
O existencialismo pode ser teísta, agnóstico ou ateísta. Seja como for, o foco é o indivíduo, o drama de sua
existência incerta, impermanente e �nita em busca de um sentido pra vida. 
Soren Kierkegaard (1813 – 1855) 
Teólogo e �lósofo, natural de Copenhage, na Dinamarca, Kierkegaard protesta contra a �loso�a do alemão George
Hegel (1770 – 1831) que, segundo ele, reduziu o indivíduo a uma mera parte descartável de um sistema dinâmico
e mutante que é a realidade. 
O indivíduo concreto e singular é trazido para o centro da re�exão. Indivíduo que diferentemente dos animais é
superior a sua espécie, porquanto não governado por uma essência, isto é, não está irremediavelmente sob o
domínio da necessidade. 
A existência humana é uma possibilidade, são as escolhas do indivíduo. Entretanto, a possibilidade convive com a
ameaça do nada, da destruição, da aniquilação do ser, de onde surge a angústia, a condição fundamental da
existência humana. 
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Fonte: 
Disponível em https://cisn.co/3aJ7JMp. 
Por outro lado, a angústia é também uma possibilidade de liberdade, de existência autêntica, quando,
impulsionado pela fé, o indivíduo reconhece de fato as ilusões e a �nitude da existência e se aceita nas “mãos de
Deus”, se entrega a sua graça. 
Essa entrega ocorre quando o indivíduo com temor e tremor reconhece que diante de Deus nada está oculto, tudo
está posto à luz. Portanto, não há lugar para as aparências, todas as máscaras caem. Mas reconhece também que
o amor de Deus o acolhe. 
Quando essa entrega não ocorre, quando o indivíduo não se aceita nas “mãos de Deus”, ele está fadado, segundo
Kierkegaard ao desespero, a uma autodestruição impotente, a uma doença mortal. 
Friedrich Nitzsche (1844 – 1900) 
Filólogo e �lósofo, natural de Röcken, um vilarejo do antigo Reino da Prússia, atualmente Lützen, na Alemanha, o
“�lósofo do martelo” não existe um sentido intrínseco à existência, uma verdade eterna e absoluta que dê conta
da realidade, e tampouco um �m para a história. 
A vida é vontade cega e irracional. É trágica, mas pode também ser bela, não obstante todas as dores que ela
carrega, se a vontade de poder, ou seja, as forças instintivas que conquistas, criam e proporcionam prazer,
prevalecerem sobre as forças domesticantes, que controlam o desejo. 
Fonte: 
Disponível em https://bit.ly/3aMRGx9. 
Moral do senhorx Moral do escravo 
https://cisn.co/3aJ7JMp
https://bit.ly/3aMRGx9
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A moral do senhor é a que a�rma a força, a alegria e a saúde. Entendidas aqui como manifestações da vontade de
poder, das forças vitais. 
A moral do escravo é a que nega a força, da alegria e da saúde. Daquele que esconde por trás da sua aparente
piedade, humildade e abnegação sua covardia e seu ressentimento com a vida. 
Amor fati 
É o amor de quem apesar de não tem nenhuma ilusão “na terra ou no céu”, mas aceita o mundo e o ama
vivendo com liberdade e coragem a sua vontade de potência. É a atitude de quem tem a moral do senhor,
uma moral aristocrata.

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