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Roteiro 05 - PCIII

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ESTÁCIO – PROCESSO CIVIL III – 2020.02 
 Profª Carla Carvalho	
	
	
	
SEMANA	AULA	04:	RECURSOS	EM	ESPÉCIE.	APELAÇÃO.	
	
ESTRUTURA	DO	CONTEÚDO		
1.	HIPÓTESES	DE	CABIMENTO	DO	RECURSO	DE	APELAÇÃO		
2.	REQUISITOS	FORMAIS	DA	APELAÇÃO		
3.	ESTRUTURA	DA	APELAÇÃO	NA	HIPÓTESE	DE	IMPUGNAÇÃO	DE	DECISÕES	INTERLOCUTÓRIAS		
4.	HIPÓTESES	DE	APLICAÇÃO	DA	TEORIA	DA	CAUSA	MADURA	EM	SEDE	DE	APELAÇÃO		
5.	QUESTÕES	NOVAS	ARGUIDAS	NAS	RAZÕES	DE	APELAÇÃO.		
6.	PROCEDIMENTO.	
	
QUESTÃO	01)		
Carlos	ingressou	com	uma	ação	indenizatória	em	face	da	Construtora	JSP	com	o	objetivo	de	obter	indenização	
pela	 demora	 na	 entrega	 de	 seu	 imóvel.	 Após	 a	 citação,	 constatou-se	 que	 a	 construtora	 encerrou	 suas	
atividades	irregularmente,	o	que	motivou	o	autor	a	requerer	a	desconsideração	da	personalidade	jurídica,	que	
foi	indeferido	de	plano	pelo	juiz.	Terminada	a	instrução,	o	juiz	condenou	a	construtora	a	indenizar	ao	autor	no	
valor	de	R$10.000,00,	devidamente	atualizado	e	com	juros	legais.	Irresignado	com	a	sentença	o	autor	interpôs	
recurso	 de	 apelação	 visando	 reformar	 a	 decisão	 interlocutória	 que	 indeferiu	 a	 desconsideração	 da	
personalidade	como	também	aumentar	o	valor	fixado	a	título	de	indenização.	Diante	do	caso	indaga-se:		
a)	A	apelação	de	Carlos	foi	formulada	adequadamente?		
b)	O	juiz	sentenciante	poderá	inadmitir	o	recurso	de	Carlos?	
	
	
QUESTÃO	2)	O	recurso	de	apelação	será	recebido	somente	no	efeito	devolutivo	quando	interposto	conta	
sentença	que	julgar	ação:		(Promotor	de	Justiça	–	RO	–	2006)	
a)	de	manutenção	de	posse	ou	interdito	proibitório	referentes	a	posse	nova;		
b)	condenatória	de	prestação	alimentícia;		
c)	de	reparação	de	danos	causados	em	acidente	de	veículos	processada	pelo	rito	sumário;		
d)	 de	 reparação	 de	 danos	 morais,	 sem	 repercussão	 patrimonial,	 fundamentada	 no	 Código	 de	 Defesa	 do	
Consumidor;		
e)	não	confirmando	os	efeitos	da	tutela.		
	
QUESTÃO	 3)	 É	 correto	 afirmar	 que	 o	 recurso	 de	 apelação	 comporta	 juízo	 de	 retratação	 nas	 seguintes	
hipóteses:	(XLIV	Concurso	para	ingresso	da	Magistratura	do	TJ/RJ)		
a)	excepcionalmente,	nos	casos	em	que	há	deferimento	de	tutela	de	urgência,	seja	antecipada	ou	cautelar.		
b)	em	regra,	nas	hipóteses	do	art.	520	do	CPC,	em	que	não	há	recebimento	no	efeito	suspensivo.		
c)	excepcionalmente,	nos	casos	de	julgamento	liminar	de	improcedência	e	nos	de	indeferimento	da	inicial.		
d)	em	regra,	 em	todas	as	ações	de	conhecimento,	 seja	o	 procedimento	ordinário	ou	sumário,	 cautelar	ou	
execução.	
e)	Decisão	 além	ou	 fora	 do	pedido	 é	passível	de	 interposição	de	 embargos	 de	declaração	 apenas	quando	
resultar	contradição.	
	
	
	
	
	
	
	
	
ESTÁCIO – PROCESSO CIVIL III – 2020.02 
 Profª Carla Carvalho	
	
APELAÇÃO	
	
1—	Cabimento	—	artigo	1.009,	CPC	
	
1.1	—	Exceções	
	
a)	Juizados	Especiais	
b)	Execução	Fiscal	
c)	Artigo	1.027,	II,	b,	CPC	
	
2	—	Objeto	da	Impugnação	
	
3	—	Procedimento		
	
3.1	—	No	1º	Grau	de	Jurisdição	
	
a)	Local	de	Interposição	e	JA	
b)	Prazo	
c)	Requisitos	da	Peça	Recursal	
d)	Contrarrazões	da	apelação	e	Apelação	Adesiva	—	artigo	1.010,	§§	1º	e	2º,	CPC	
e)	Juízo	de	Retratação	—	artigos	331	e	332,	§	3º,	CPC	
	
4	—	Procedimento	no	Tribunal	de	Segundo	Grau	-	1.011,	CPC	
	
5	–	Efeito	Devolutivo	na	Apelação	
	
5.1	—	Conceito		
	
5.2	—	Extensão	do	Efeito	Devolutivo	
	
Exemplo:	Fernanda	cumulou	pedidos	de	condenação	em	danos	morais,	lucros	cessantes	e	danos	emergentes.	
Na	sentença,	houve	o	acolhimento	tão	somente	do	pedido	de	danos	morais,	sendo	rejeitados	os	pedidos	de	
dano	material	 (lucros	cessantes	e	danos	emergentes).	É	natural	que	Fernanda	não	 impugne	o	capítulo	dos	
danos	 morais,	 já	 que	 nesse	 tocante	 se	 sagrou	 vitoriosa,	 mas	 tendo	 sucumbido	 com	 relação	 aos	 danos	
materiais,	 dependerá	 de	 sua	 vontade	 impugnar	 os	 capítulos	 referentes	 aos	 lucros	 cessantes	 e	 danos	
emergentes	em	conjunto,	somente	um	deles,	ou	ainda	nenhum.	A	escolha	de	devolver	os	dois	capítulos	ou	
apenas	um	é	inteiramente	de	Fernanda,	única	responsável	pela	fixação	da	extensão	da	devolução.	
	
5.3	—	Profundidade	do	Efeito	Devolutivo	
	
Exemplo:	O	réu	Tadeu,	em	sua	defesa	perante	uma	ação	de	 indenização	por	danos	materiais	ajuizada	por	
Eduarda,	 alega	 a	 ausência	 da	 prova	 do	 nexo	 de	 causalidade	 e	 ainda	 inexistência	 de	 dano	 indenizável.	 A	
pretensão	 reparatória	 foi	 rejeitada,	 por	 conta	 do	 reconhecimento	 da	 inexistência	 de	 prova	 do	 nexo	 de	
causalidade.	Eduarda	poderá	oferecer	apelação	para	afastar	esse	juízo	negativo.	Mas	na	apelação,	ainda	que	
se	alegue	apenas	existência	de	prova	do	nexo	de	causalidade,	poderá	o	tribunal	negar	provimento	ao	recurso,	
observando	também	a	inexistência	de	dano	indenizável,	sem	que	isso	viole	a	regra	em	exame,	porque	não	se	
extrapolou	o	limite	do	pedido	de	reforma	formulado	pelo	recorrente	(1.013,	CPC).	
	
5.4	—	Teoria	da	Causa	Madura	
	
ESTÁCIO – PROCESSO CIVIL III – 2020.02 
 Profª Carla Carvalho	
Exemplo:	Carlos	é	réu	em	uma	ação	de	cobrança	de	dívida	ajuizada	por	Cleo.	Na	sua	defesa,	ele	alegou	as	
seguintes	teses:	a	prescrição;	ilegitimidade	passiva	da	dívida	cobrada;	e,	subsidiariamente,	a	sua	extinção	em	
razão	de	compensação	com	outra	dívida.	Acolhida	a	prescrição	(ou	a	ilegitimidade),	é	natural	que	o	juiz	não	
enfrente	a	alegação	de	compensação,	atividade	que	se	mostra	inútil	nesse	momento	processual	em	razão	da	
vitória	do	réu	fundada	em	decisão	de	mérito.	Sendo	a	prescrição	a	única	matéria	enfrentada	na	sentença,	o	
recurso	da	parte	autora,	Cleo,	terá	exclusivamente	tal	matéria	como	objeto.	
	
		 Ocorre,	entretanto,	que,	uma	vez	afastada	a	prescrição	em	grau	 recursal,	em	aplicação	das	 regras	
referentes	 à	 profundidade	 do	 efeito	 devolutivo,	 o	 Tribunal	 deverá	 passar	 a	 análise	 da	 alegação	 de	
compensação,	ainda	que	a	mesma	não	tenha	sido	enfrentada	no	primeiro	grau	ou	ainda	que	as	partes	não	
tenham	a	ela	se	referido	no	recurso	ou	nas	contrarrazões.	Esse	julgamento	imediato,	entretanto,	depende	de	
como	o	processo	se	encontra	no	caso	concreto,	porque	sendo	necessária	instrução	probatória	para	se	decidir	
a	respeito	da	compensação,	e	não	tendo	tal	prova	sido	produzida,	é	natural	que	a	demanda	volte	ao	primeiro	
grau	de	jurisdição	para	regular	andamento.	
	
5.4.1	–	Hipóteses	de	novo	julgamento	de	mérito	da	ação	pelo	Tribunal	
	
a)	Artigo	1.013,	§3º,	I		
b)	Artigo	1.013,	§3º,	II	
c)	Artigo	1.013,	§3º,	III	
d)	Artigo	1.013,	§3º,	IV	
Enunciado	307,	FPPC:	
“Reconhecida	a	insuficiência	da	sua	fundamentação,	o	tribunal	decretará	a	nulidade	
da	sentença	e,	preenchidos	os	pressupostos	do	art.	1.013,	§3º,	decidirá	desde	logo	
o	mérito	da	causa”.		
e)	Artigo	1.013,	§4º	
	
6	–	Efeito	suspensivo	na	Apelação	-	artigo	1.012,	CPC	 	
	
7	–	Novas	Questões	de	Fato	-	1.014,	CPC	
	
8	 –	 Técnica	 que	 substituiu	 o	 recurso	 de	 Embargos	 Infringentes	 –	 Técnica	 de	 Julgamento	 Ampliado	 /	
Continuado	/	Por	Maioria	/	Estendido	–	artigo	942,	CPC

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