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Câncer colorretal

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Câncer colorretal
Epidemiologia
1. 3ª causa de câncer no Brasil
2. ~36.000 novos casos por ano
3. 30-40 % morrem pela doença (geralmente recidivas)
4. Proporção 1:1 entre homens e mulheres
Fatores de risco
1. Dieta pobre em fibras e rica em gorduras
a) Fatores protetores: vitaminas A, C e D, Cálcio, Selênio e Zinco
2. História familiar
a) 20% dos indivíduos apresentam história familiar de algum câncer
3. Idade > 50 anos
ACIMA DESSA IDADE É ACAUSA DE OBSTRUÇÃO MAIS COMUM
4. Tabagismo
5. Doenças inflamatórias do intestino
6. Pólipo adenomatoso
7. Radioterapia pélvica
Câncer colorretal sincrônico: ocorrência de dois tumores em porções diferentes do intestino
Câncer colorretal metacrônico: ocorrência de dois tumores de forma não simultânea no mesmo órgão
Síndrome de Lynch – HNPCC
1. Genes: MSH2, MLH1
2. Diagnóstico – Critérios de Amsterdã
a) 3 casos na família de câncer colorretal ou outro
b) 2 gerações consecutivas
c) 1 com < de 50 anos
3. Lynch II (tipo B)
a) Câncer de cólon
b) MAIOR PROBABILIDADE DE CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
4. Lynch I (tipo A)
a) Outros órgãos
Polipose adenomatosa familiar
1. Gene PAF
2. Mínimo 100 pólipos no cólon
3. Diagnóstico aos 25 anos
4. Câncer colorretal aparece aos 40 anos
5. O pólipo colorretal mais comum: adenoma tubular
6. O pólipo retal que mais maligniza: adenoma viloso
Carcinogênese
1. Necessita de várias mutações no MESMO CLONE DE CÉLULAS
2. Cólon normal -> hiperproliferação -> adenoma -> carcinoma
Câncer colorretal
1. Tumores epiteliais/ Adenocarcinoma: 90-95%
2. Outros: tumores neuroendócrinos, sarcomas e etc
3. Localização:
a) 70% dos tumores
b) são à esquerda => facilita o rastreamento
4. Rastreamento
a) A partir dos 45-50 anos
b) Toque retal, pesquisa de sangue oculto, retossigmoidoscopia 3/3 anos, colonoscopia 10/10 anos
c) Sd. do câncer colorretal não polipoide hereditário:
· A partir dos 21 anos
d) História familiar de CCR:
· 40 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem na família
5. Quadro clínico
a) Dor abdominal
b) Flatulência
c) Sangramentos
d) Anemia
e) Cólon ascendente: diarreia e perda de peso
· MENOS SINTOMAS OBSTRUTIVOS (mais tardios)
· SEM SANGUE VISÍVEL
f) Cólon descendente: obstipação, abdome agudo obstrutivo (essa porção do cólon é mais estreito – É UMA EMERGêNCIA!)
g) Reto: fezes afiladas, tenesmo, dor pélvica, sangramento
Diagnóstico/Estadio
1. Quadro clínico sugestivo
2. Antecedentes
3. Laboratorial: CEA (não é marcador de rastreamento) – Importante no acompanhamento
a) Proteína oncofetal
b) Aumentada na gestação e em cânceres (de mama, estômago, pulmão, cólon e reto)
c) Sensibilidade 43-89%
d) Especificidade diminuída porque pode aparecer em outros cânceres e condições não cancerosas
4. Colonoscopia – O primeiro exame sempre
5. Estadio
a) TC de tórax e abdome
b) RM de pelve (tumor de reto)
c) PET-CT
d) Estadiamento TNM
· Quanto maior o estádio (I-V), pior o prognóstico e menor a chance de cura
· Invasivo = quando ultrapassa a muscular da mucosa, pois só abaixo da muscular da mucosa é que existem vasos linfáticos ou sanguíneos
· Localização anatômica não é fator prognóstico, histologia sim!
6. Fígado e pulmão são os LOCAIS MAIS COMUNS DE METÁSTASES
Tratamento:
1. S/ envolver reto => Cirurgia + quimioterapia adjuvante (pós-cir)
2. C/ envolvimento do reto => Cirurgia + quimio e radioterapia (pós-cir)
Acompanhamento
1. Com fatores de risco: longo prazo
a) Doença inflamatória intestinal
b) Polipose adenomatosa familiar
2. Sem condições de risco: até 8 anos
a) 1º e 2º ano – consultas 3m/3m => período de maior risco de recidivas
· 1º ano: deve realizar colonoscopia
· História, CEA, US abdominal, Função hepática
b) 3º-5º ano – consultas 6m/6m
· História, CEA, US abdominal, Função hepática
c) 5º-8º ano – consultas anuais
· História e CEA
· Objetivo: evitar diagnóstico de recidivas em estádios maiores
Carcinoma de canal anal
1. Clínica: DOR RETAL AO EVACUAR
2. Raro (2,6% dos tumores digestivos)
3. CEC
4. Fator de risco: HPV, HIV, fumo
5. Canal anal 4-5 cm (2 cm acima do ânus e 2-3 cm na região peri-anal)
6. Estadio TNM
7. Responde bem a quimioterapia e radioterapia, muitos casos não precisam de abordagem cirúrgica
DANIEL LUCIO WILLING – EPM/UNIFESP

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