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VET 446 – Avaliação Unidade 2 Aula 30/10/20 SAÚDE ÚNICA! A prática do uso de antibióticos como promotores de crescimento com subdoses, realizada devido à redução de peso que as doenças intestinais e respiratórias poderiam causar nas aves acometidas e a ausência de práticas de biosseguridade ou outras estratégias de manejo que controlassem a pressão de infecção, levou ao desenvolvimento de resistência na produção de frangos. As grandes quantidades desses medicamentos demandadas pela produção animal agem sobre os humanos, através da transmissão de genes de resistência através da carne; e no ambiente, devido a produção de dejetos contaminados que chegam aos cursos de água levando a redução da população nativa e ao crescimento de pragas. Microbiota natural Agentes microbianos não agem apenas nos patógenos, mas também nos microrganismos simbióticos, que formam a microbiota benéfica e protetora das aves! Resistência microbiana Portaria nº 171, de 13 de dezembro de 2018: Informa sobre a intensão de proibição de uso de antimicrobianos com a finalidade de aditivos melhoradores de desempenho de alimentos e abre prazo para manifestação; PROIBIDOS: Tilosina, Lincomicina, virginiamicina, bacitracina e Tiamulina (únicos que ainda não possuem tantos relatos de resistência). Em incubatórios Controle microbiológico: Pseudomonas sp. – “ovo bomba”; Escherichia coli – cepas patogênicas para aves (APECs); Salmonella spp.; Aspergillus fumigatus – fungos importantes. 1. Pseudomonas aeruginosa Um dos agentes com maior casualidade dentro dos incubatórios; Encontrada principalmente em água Associado ao saneamento dentro dos incubatórios; Piocianina e pioverdina: pigmentos hidrossolúveis que se apresentam na coloração esverdeada em água Facilita muito a identificação. Como ocorre a formação de “ovo bomba”? As bactérias entram através dos poros presentes na casca dos ovos e podem ficar na porção do saco vitelínico, se proliferando na câmara de ar, ainda pequena nessa fase. A proliferação leva a produção de gás fétido e pode promover o extravasamento das bactérias pelos poros da casca, permitindo a contaminação de ovos próximos. 2. Colibacilose aviária Escherichia coli é um microrganismo presente de forma natural no TGI das aves, porém, em momentos de estresse (exemplo: outras infecções) ocorre redução da resposta/proteção imune do animal, principalmente do GALT (imunidade de mucosa) e a proliferação de cepas patogênicas. Os ambientes com menor utilização de práticas de biosseguridade favorecem essa proliferação: Afeta principalmente sistema digestório; Diagnósticos diferencias: coccidiose, Salmonelose e infecções virais e fúngicas; Geralmente ocorre em concomitância a outras doenças; Multiespécie – precisam ser controlados, principalmente no que se refere a ingestão hídrica; Fatores antigênicos: o Antígeno somático (O-1, 2, 35 e 78); o Antígeno capsular (K); o Antígeno flagelar (H) – principal em relação a motilidade: também é um fator de virulência; o Fímbria (P). Os dois problemas que mais ocorrem são: doença em perus (principalmente em peruas de produção de ovos) e aves de corte; Várias cepas já apresentam resistência antimicrobiana; Em humanos é subnotificada devido a sintomatologia causada (cólica, diarreia), que geralmente tem resolução rápida sem a necessidade de atendimento médico específico. Algumas patologias associadas a E. coli: a) Peritonite – ocorre principalmente me pintinhos (ovos contaminados pela matriz ou pelo manuseio): bactéria fica no saco vitelínico podendo acessar o peritônio durante o crescimento das aves (onfalite), levando-as a óbito; b) Sinovite – inflamação principalmente nas articulações dos membros posteriores (tibiotarso e metatarso) Os ossos pneumáticos favorecem a entrada de bactérias!; c) Síndrome da cabeça inchada – diagnóstico diferencial para Pneumovirose; d) Enterite – necrótica ou hemorrágica a depender da cepa presente e da capacidade imunológica da ave no momento da infecção; e) Celulite – infecção na pele (introdução por feridas ou transição mucosa-pele); f) Panoftalmia (hipópio: pus na câmara anterior principal sinal clínico) e coligranuloma (granulomas em qualquer tipo de víscera, principalmente as parenquimatosas). Como ocorre? A depender da porta de entrada e da competência imune das aves! Prevenção Vacinação autógena através de estudo epidemiológico ou realizado dentro da própria granja para verificação das bactérias patogênicas de maior ocorrência e preparação da cepa para introdução no organismo animal sem que ofereça riscos, promovendo a proteção prévia dos animais ao desafio antes da entrada na granja; Dependendo da granja e da idade do animal existem algumas vacinas feitas a partir de moléculas orais (menos utilizadas); Produto caro, por isso, a vacinação é feita geralmente em aves de postura, matrizes e avozeiros através da inoculação intramuscular ou subcutânea. 3. Cólera aviária ou Septicemia hemorrágica Diversas Pasteurellas envolvidas: P. multocida (mais conhecida), P. haemolytica, (causa diversos problemas, mas não é tão recorrente), P. anatipestifer (anatídeos: patos e marrecos), Avibacterium gallinarum (problemas respiratórios). Gram negativas, imóveis; Sorotipos A, B, C, D e E; Louis Pasteur (1880) Primeira vacina contra P. multocida através de passagens do microrganismo em culturas para inativação. Naquela época, essa bactéria já trazia problemas para a avicultura e seres humanos; Vive bem em regiões frias e temperadas Consegue sobreviver dentro de refrigeradores, sendo também uma doença zoonótica (problemas articulares ou respiratórios em humanos); Já possui prevenção definida: aves são vacinadas para passagem de anticorpos para os pintinhos via ovo. Curso da doença Forma hiperaguda – endotoxinas promovem respostas exacerbadas do SI das aves com liberação de interleucinas (febre, redução da circulação sanguínea em alguns sistemas), levando a ave a óbito rapidamente (morte súbita em um grande número de animais); Forma aguda (problemas respiratórios ou diarreia) – PI: 4 dias Formas hiperaguda e aguda ocorrem em aves não vacinadas! Forma crônica – mais ampla: problema maior, pois as aves podem não apresentar sinais patognomônicos de infecção, o que permite a transmissão de forma assintomática. o Sistema circulatórios (circulação periférica: barbela, crista) – redução da circulação; o Edema articular; o Edema facial e laríngeo – infecção bacteriana respiratória; o Infertilidade. Quais são as lesões mais encontradas? Fígado com áreas de necrose e acometimento da metáfise (entre a diáfise e a epífise) dos ossos. Promove imunidade adquirida em aves após a infecção, porém, não é viável permitir essa situação nos sistemas de produção, pois a perda produtiva causada é alta e ocorre redução da eficiência produtiva dos animais acometidos! 4. Coriza Infeciosa das Galinhas Avibacterium paragallinarum: Mais associada ao sistema respiratório – microrganismo bastante patogênico, com diversos fatores de virulência (alta capacidade de produção da doença); Geralmente associada a infecção prévia por agente viral, como Pneumovirose, Laringotraqueíte e Bronquite Infecciosa das Galinhas, porém, quando há disbiose extrema, apenas a proliferação desse microrganismo pode promover a edemaciação da face; Page (1962) Teste de aglutinação em placa: o Divisão em sorogrupos A, B e C Kume (1963) Teste de inibição da hemaglutinação: o 7 sorovares e 3 subgrupos; o Enterobacterial repetitive intergenic consensus (ERIC- PCR) Nova técnica específica para gêneros de micobacterium. Susceptibilidade maior conforme a idade da ave, ou seja, os pintinhos infectadosgeralmente não apresentam sinais clínicos, apenas de estiverem extremamente debilitados; enquanto as aves adultas são acometidas entre 16- 18 semanas de idade, no período de pré-postura, e são descartadas devido a baixa eficiência de produção A própria produção de ovos desestabiliza o SI das aves devido ao estresse causado, contribuindo para sua susceptibilidade! Prevenção: vacinação com bacterinas. Visar a redução do tratamento com antibióticos nas produções! 5. Estafilococose aviária O gênero Staphylococcus possui espécies extremamente comuns, que se encontram sobre a pele, sistema digestório e respiratório das aves; Staphylococcus aureus é o que mais acontece o Gram-positiva; o Coagulase-positivo (ECP) ou negativo (ECN) Utilizado na diferenciação de cepas patogênicas ou não; o A Condronecrose bacteriana com osteomielite (BCO) é uma das doenças onde o agente é mais encontrado. Observa-se comprometimento da metáfise óssea, que se encontra de amarelada a quase necrótica, o membro acometido (tibiotarso ou fêmur proximal) apresenta-se cianótico e pode entrar em necrose ou apenas parar sua movimentação. Fatores de patogenicidade: o Enzimas ou toxinas: o Enterotoxinas (principal): geralmente ocorre concomitantemente a disbiose causada por coccidiose e rotavirose (granjas sem vacinação), e pode causar destruição intestinal grave, levando a ave a óbito; o Toxina esfoliativa/esfoliatina: relacionada a doenças bacteriana causadoras de lesões necróticas e pútridas na pele Descarte da carne; o Toxina da síndrome do choque séptico: recrutamento de células imunes, com liberação de interleucinas (IL-1 e IL-2) e morte rápida. Podem ser passadas dos colaboradores que trabalham na granja para as aves, através por exemplo das mãos contaminadas, ou vice-versa! Doenças que podem ocorrer: Osteomielite (BCO) o Tibiotarso e fêmur proximais – osso cheio de “fissuras”. Artrite, periartrite e sinovite o Área metafisaria. Abcessos plantares – principalmente em aves de poleiro (bactéria mais presente no coxim destas aves); Septicemia – toxina do choque séptico; Dermatite gangrenosa – quando introduzida em pele. 6. Clostridioses São enterobactérias, ou seja, estão presentes de forma natural no TGI, por isso, em momentos de disbiose (estresse) as cepas presentes no ambiente podem se multiplicar, recrudescer e causar infecção devido a imunossupressão. Além disso, os tratamentos alopáticos com subdoses permitiu a resistência de grande quantidade de bactérias pertencentes a esse grupo. Clostridium perfringens o Enterite necrótica; o Aves acometidas jovens (2-5 semanas) ou quando estão iniciando o pico de postura (3-6 meses). Clostridium botulinum (tipo C) o Botulismo; o Ocorre principalmente em produções de subsistência/pequenas; o Diagnóstico diferencial de encefalomielite por doença de New Castle Sinais clínicos: opistótono, convulsões e óbito; o Aves necrófagas (urubus) possuem enzima no intestino que impede que o C. botulinum cause doenças a elas. Clostridium colinum o Ocorre principalmente em codornas (pouco comum em galinhas) durante o período de produção causando enterite ulcerativa. Clostridium septicum o Bem grave devido a possuir diversas toxinas; o Dermatite gangrenosa (lesão pútrida e caseosa) ocorre principalmente em pele e leva ao descarte das aves Acomete granjas menores onde há 1 galo para 10 galinhas, o que leva a alta incidência de bicagem; o Também pode ocorrer choque séptico; o Aves de poleiro e pets também podem ser acometidas, principalmente quando em ambiente sujo. 7. Campylobacter spp. A Campilobacteriose é uma doença transmitida por alimentos (DTA). As principais espécies envolvidas na infecção de humanos e animais são C. jejuni e C. coli, encontradas de forma natural no TGI das aves. A hepatite vibriótica aviária é o quadro clínico mais observado em aves e leva a formação de listas necróticas e escurecidas no fígado, que tem seu fluxo sanguíneo comprometido (formação de silhueta clara no entorno). Ocorre principalmente em avestruzes; São termófilas, ou seja, crescem em temperaturas altas Sobrevivem nos alimentos após seu preparo caso baixas temperaturas sejam utilizadas (alimentos mal passados) ou haja grandes concentrações. 8. Micoplasmose Controlada pelo MAPA através o PNSA! A principal forma de transmissão é a vertical, por isso, o monitoramento passivo e ativo é feito nas matrizes e avozeiros. As aves de postura também podem passar por monitoramento a depender do tamanho da granja. São microrganismos gram-negativos, pequenos e possuem membrana plasmática tríplice que confere extrema resistência aos agentes desinfetantes, demandando manejo sanitário intensivo com a realização de vazio sanitário, uso de aves sentinelas etc. A forma subclínica é a fase epidemiológica mais importante, pois permite a transmissão por aves assintomáticas. Não são zoonóticas, mas causam grandes prejuízos devido aos problemas reprodutivos e transmissão vertical. Por isso, demandam controle intensivo para impedir sua entrada na granja, já que seu controle com ATB é complicado devido ao alto percentual de resistência e ao fato de as aves assintomáticas serem capazes de transmitir os agentes. Mycoplasma gallisepticum o Acomete principalmente sistema respiratório das aves (galinhas e perus). Mycoplasma synoviae o Acomete galinhas de postura com problemas em articulações que geralmente ocorrem em concomitância com outros agentes patogênicos, apesar de conseguir causar a doença em aves em situação de estresse; o Também possui acompanhamento, por isso, é importante realizar o diagnóstico diferencial para todas as doenças que causam problemas articulares, como Adenovirose, doenças neoplásicas e deficiências nutricionais de cálcio e fósforo. Mycoplasma meleagridis o Ocorre principalmente em produções de perus. Complexo Mycobacterium avium e Mycobacterium intracellulare o Gram-negativas, causadoras de doenças ocupacionais dentro dos plantéis avícolas (subnotificada); o Extremamente relacionadas a doenças zoonóticas em animais silvestres; o Bactérias da Tuberculose em humanos (tosse, pneumonia) e bovinos (complexo MAC halo menor no teste da tuberculina); Manejos alternativos ao uso de antibióticos em larga escala O uso excessivo de ATB pode levar a disbiose iatrogênica, além de permitir a proliferação de fungos naturais da microbiota (Candida sp. e Aspergillus sp.) ao matar bactérias simbióticas benéficas. a) Na granja: 1º dia de vida das aves: Método de exclusão competitiva – uso de probióticos para introdução de agentes benéficos que competem com os patogênicos e auxiliam na nutrição dos animais Algumas granjas maiores já realizam a introdução oral de agentes benéficos retirados das matrizes (método mais específico); Óleos essenciais (pimenta e orégano) – geralmente possuem bom custo- benefício para pequenos produtores; grandes produtores já utilizam através da administração via ração; Ácidos orgânicos (propiônico e lático). Probióticos: Lactobacillus bulgaricus, L. acidophilus, L. casei, L. lactis, L. salivarius, L. plantarum; Streptococcus thermophilus; Enterococcus faecium e E. faecalis; Bifidobacterium spp.; Aspegillus oryzae; Saccharomyces cerevisiae. Introdução Enfermidades que acometem aves de produção causando queda na produtividade e redução da lucratividade no setor avícola; Fácil disseminação em estabelecimentos avícolas e alto risco de infecção para as aves – fezes, fômites (comedouro, bebedouro, cama), carcaças de aves mortas; Doenças de caráter zoonótico – um dos principais agentes bacterianos capazes de causar doenças de origem alimentar (DTA) em humanos, principalmente toxiinfecção alimentar; CMS: 93,9 milhões de casos (pessoas infectadas) e 155 mil mortes Ocorre subnotificação! Etiologia Família Enterobacteriaceae; Bastonetes gram-negativos; Não esporuladas; Aeróbias ou anaeróbias facultativas; A grande maioria dos sorovares são representados por bactérias móveis (flagelos facilitam a entrada dos agentes nos tecidos); Descrição de aproximadamente 2.600 sorovares dentre os quais 90 representam importância em saúde pública e podem causar DTAs. Aspectos epidemiológicos Grande dificuldade em relação ao portador do agente, que pode ser assintomático e funcionar como fonte de infecção/dispersor para outros animais presente no ambiente e para alimentos; Resistência no ambiente devido a formação de biofilmes, pois possuem fímbrias, que aumentam sua aderência as superfícies, permitindo essa formação Seu controle no ambiente é difícil; Resistência a antimicrobianos; Porta de entrada: via oral; Eliminação: fezes. Transmissão Vertical O ovo é contaminado no oviduto ou após a postura devido ao contato das fezes com a casca. Horizontal Associação de outras espécies como roedores, aves silvestres, insetos, ácaros, “cascudinho”; Contato direto ave-ave ou contato indireto (fômites); Transmissão para o homem através do alimento. Observações: o Utilizar altura correta de comedouros e bebedouros para evitar a incidência de fezes sobre a ração ou água, que pode facilitar a disseminação dos agentes; o Cascudinho se mantém por muito tempo no sistema de produção, se alimentando de fezes e, por isso, funcionando como vetor mecânico dos agentes. Observação: o A contaminação dos ovos no incubatório é facilitada pelas condições de temperatura e ambiente (cesto onde os pintinhos são alocados), que favorecem a multiplicação e colonização exacerbada e gera grandes prejuízos a esses estabelecimentos. Patogenia 4 aspectos essenciais para penetração nos hospedeiros: I. Adesão (fímbrias); II. Invasão (flagelo); III. Replicação; IV. Resposta contra o hospedeiro. Mecanismo patogênico Ave ingere a bactéria Salmonella chega ao intestino delgado, se liga e interage com as células presentes (células M e outras) Ocorre ativação do SI e quimiotaxia de células fagocíticas (neutrófilos, heterofilos e macrófagos) Em condições normais os macrófagos exerceriam sua função normalmente, porém, Salmonella apresenta ilhas de patogenicidade, que conferem resistência a ação fagocítica Se mantém no TGI e pode ser eliminada constantemente ou migrar para o sistema linfático, acometendo outros órgãos (coração, fígado, baço, tonsilas) e levando a septicemia, que normalmente é fatal em pintinhos (Doença Septicêmica Fatal). Existência de três importantes enfermidades ocasionadas por sorotipos de Salmonella spp.: 1. Pulorose aviária; 2. Tifo aviário; 3. Paratifo aviário. Características Agente: Salmonella enterica subesp. enterica sorovar Pullorum (S. pullorum) – bactéria imóvel; Septicemia fatal dos pintinhos ou Diarreia branca bacilar (principal sinal clínico: cloaca toda esbranquiçada); Acomete principalmente aves jovens de até três semanas de idade, provocando alta taxa de mortalidade e morbidade; O hospedeiro natural é a galinha, porém existem relatos em perus, faisões, pardal, canário, codornas, papagaios e mamíferos – grande peso na veiculação do agente! Sinais clínicos Depressão, dispneia, diminuição do apetite e diarreia esbranquiçada, que se adere nas penas ao redor da cloaca (sinal patognomônico, mas não fecha diagnóstico), e desidratação intensa – em pintinhos a imunossupressão exacerbada pode acarretar em morte; Em aves adultas a doença é manifestada de uma forma mais branca, afetando a produção de ovos, a eclodibilidade e fertilidade. Lesões macroscópicas Fígado, baço e rim aumentados de tamanho; Fígado, baço e coração com a presença de pontos brancos, sugestivos de necrose; Saco vitelino, moela e cecos com conteúdo caseoso. Características Agente: Salmonella enterica subesp. enterica sorovar Gallinarum (S. gallinarum) – bactéria imóvel; Acomete aves de qualquer idade, mas ocorre com maior frequência em aves adultas; A mortalidade varia de 40 a 80% do plantel. Sinais clínicos Apatia, anorexia, desidratação, diarreia amarelo a esverdeada (cloaca esverdeada) e queda na produção. Lesões macroscópicas Congestão e hepatomegalia, o fígado se torna friável, de coloração amarelo-esverdeada a bronzeada, com pontos amarelo- esbranquiçados sugestivos de necrose, além de hemorrágicos. Sorotipos mais comuns: Salmonella enterica subesp. enterica sorovar enteritidis (S. enteritidis); Salmonella enterica subesp. enterica sorovar typhimurium (S. typhimurium). Acometem o TGI do homem! Algumas espécies relatadas na literatura: S. senftenberg, S. agona, S. infantis (grande prevalência em alguns países com importância para o homem), S. hadar e S. Heidelberg. Em aves: As aves jovens são as mais suscetíveis a doença e quando os sinais clínicos são aparentes é passível de confusão com a Pulorose; É raro em aves adultas, podendo ocorrer em coinfecção bacterianas (principal: E. coli) ou em casos de imunossupressão; É um patógeno que se adaptou muito bem ao trato intestinal de galinhas, podendo persistir no trato intestinal e ser eliminado nas fezes por semanas. Diagnóstico Diagnóstico presuntivo (a partir da suspeita): Histórico, sinais clínicos e lesões. Diagnósticos confirmatórios: Análise sorológica – utilizada para monitoramento; Análise microbiológica/bacteriológica; Análise molecular. Devem ser associados para obtenção de diagnóstico de forma correta, permitindo a realização de medidas efetivas para controle do agente! Colheita de amostras Importante coletar amostras da forma correta, tomando cuidado para que não haja contaminação! Principais amostras utilizadas para diagnóstico de Salmonella spp.: Swab cloacal (colonização intestinal) utilizado para análise molecular (PCR: cuidado com alta % de sujidades) e microbiológica; Coleta de órgãos a partir de necrópsia utilizada para análise molecular (PCR) e microbiológica; Mecônio (fezes oriundas de pintinhos) para análise bacteriológica – não é recomendado para análise molecular, pois as sujidades podem influenciá-la; Ovos bicados para análise bacteriológica; Propé para análise bacteriológica do ambiente de criação (andar pelo galpão e passá-lo sobre comedouros e bebedouros); Soro para análise sorológica. Análise microbiológica Isolamento e identificação do agente bacteriano: I. Pré-enriquecimento (enriquecimento bacteriano em geral): Água Peptonada tamponada (APT) para propé e Brain- Heart Infusion (BHI); II. Enriquecimento seletivo para Salmonella spp.: Caldo Lactosado (CL), Caldo Selenito Cistina (SC), Caldo Rappaport Vassilladis Modificado (RV), Caldo Tetrationato (TT); III. Ágar (estriado em placa após o período de incubação): Ágar Hecktoen Entérico, Ágar Semi-sólido Rappaport Vassilladis (MSRV), Ágar Verde Brilhante Vermelho de Fenol (BPLS), Ágar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD), Ágar Salmonella shigella (SS) e Ágar MacConkey (AM). Sorotipificação Última etapa da análise microbiológica; Os sorotipos de Salmonella são distinguíveis antigenicamente por aglutinação com soros homólogos e as combinações de antígenos de cada sorotipo. Observações: o Antígeno O (somático): imóvel; o Antígeno H (flagelar): móvel. Análise sorológica Detectar a presença de anticorpos circulantes no lote através de amostras de soro – monitoramento sorológico (método ouro; muito realizado em granjas de matrizes): ELISA, SAR (soroaglutinação rápida), soroaglutinação lenta em tubo e microaglutinaçãosão os mais utilizados; ELISA: S. pullorum e S. gallinarum Problemas de falso positivo por serem imóveis; Teste frequentemente utilizado para Pulorose é o SAR – método padrão ouro. Análise molecular Técnica amplamente utilizada, objetivando amplificar e identificar o DNA de Salmonella spp.; Alta sensibilidade e especificidade quando comparada a outros métodos diagnósticos; Diversas técnicas moleculares vêm sendo padronizadas nos últimos anos associadas a outros métodos como sorologia; Amostras de swab cloacal e órgãos são comumente utilizadas para a referida análise. Prevenção e controle Telamento para controle de roedores (portadores assintomáticos devido a microbiota intestinal de adaptar aos agentes) e animais silvestres (carreadores); Treinamentos periódicos dos colaboradores em relação as medidas de biosseguridade e utilização de EPIs; Limpeza e desinfecção acentuada, principalmente em incubatórios; Controle de entrada e saída de veículos; Limpeza rotineira dos equipamentos (bebedouros, comedouros etc.), pois podem funcionar como fômites; Obter ração de fontes idôneas, pois alguns sorovares se adaptaram a temperatura e umidade da ração e podem ser transmitidos pela mesma. Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) Define estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial, destacando entre elas a Influenza aviária, Doença de Newcastle, Salmoneloses e Micoplasmoses; Programa de monitoramento periódico com colheita e materiais para diagnóstico laboratorial para detecção de Salmonella spp.; Em função dos resultados laboratoriais, o Serviço Veterinário Oficial emite um certificado reconhecendo o status sanitário do núcleo, além de adotar as medidas sanitárias de controle e erradicação indicada dos casos positivos. Interpretação dos resultados Avós, bisavós e linhas puras (aves SPF): o Positivo para S. gallinarum, S. pullorum, S. enteritidis ou S. typhimurium Abate do núcleo e eliminação de todos os ovos. Matrizes: o Positivo para S. gallinarum ou S. pullorum Abate do núcleo e eliminação de todos os ovos. o Positivo para S. enteritidis ou S. typhimurium Cancelamento da certificação de livre e considerado controlado somente quando da obtenção de resultados negativos e reforço de medidas. Frangos de corte: o Positivo para S. gallinarum, S. pullorum, S. enteritidis ou S. typhimurium Abate sanitário do núcleo/galpão envolvido. GRANDE PREJUÍZO ECONÔMICO E SANITÁRIO! Instruções normativas: IN 78 de 2003 do PNSA Contém normas para o monitoramento de Salmoneloses em criadouros avícolas que realizam comércio nacional ou internacional. IN 56 de 2007 do MAPA Controle Sanitário dos Estabelecimentos de Reprodução e Comerciais. IN 20 de 2016 do MAPA Monitoramento e Controle Sanitário de Salmonelose em estabelecimentos de abate de frangos e perus de cortes credenciados no Serviço de Inspeção Federal. Portaria 210 de 1998 do MAPA Rejeição de órgãos (total) e outras partes (parcial) com presença de processo inflamatório ou condenação total se houver suspeita de comprometimento sistêmico. Resolução RDC Número 13 de 2001 da ANVISA Deve constar nos rótulos as instruções de uso, preparo e conservação dos produtos de origem animal com riscos de presença de Salmonella spp. Aula 06/11/20 Quando se pensa em parasitoses em geral, deve-se associar a presença de estresse, coceira, diarreia (a depender do Nematoide, pois não é comum nos Cestodas) e queda na imunidade. Além disso, o uso incorreto ou em doses incorretas com anti-helmínticos também pode gerar resistência, mesmo que em menor proporção que a causada pelos antibacterianos. Características Principal doença em aves de produção; Protozoário intracelular (enterócitos) – perda da imunidade de mucosa (GALT), pois age também sobre as células de defesa associadas; Especificidade espécie-hospedeiro. Observações: o 70% de umidade ocorre bastante em camas caso o manejo seja inadequado; o Esporozoíto infecta os enterócitos após ação das enzimas digestivas (tripsina) sobre a membrana no esporocisto; o Espécie apicomplexa, ou seja, possui extremidade apical fina que facilita a entrada nas células a partir de moléculas que permitem a adesão e escape imunológico (mais importante para aves já desafiadas); o Permite formação de imunidade adaptativa, principalmente se o animal teve contato com o parasito Atenção as aves não desafiadas, onde a entrada nas células é mais rápida e fácil. Espécies Observação: o Principais sinais clínicos: diarreia que varia de mucosa (estrias esbranquiçadas) a necrótica ou sanguinolenta; perda de peso e estresse com aumento da susceptibilidade para infecções bacterianas e fúngicas, como Gumboro, Anemia Infecciosa das Galinhas, doença de Marek ou doenças nutricionais; o Existem 7 espécies que mais ocorrem, porém, 3 são as mais agressivas (E. tenella, E brunetti e E. acervulina) Diferenciação realizada por necropsia (padrão ouro) ou microscopia das fezes (mais fácil em altas parasitemias). Diagnóstico Local parasitado – abrir a ave e a mucosa do intestino! Lesões macroscópicas no intestino; Eimeriose Característica do oocisto – realizar exame de fezes para concentração da amostra, que facilita a identificação; Período pré-patente varia muito, mas geralmente gira em torno de 4-5 dias. Para E. praecox é mais específico, de 83 h Permite a realização de tratamento mais específico; Exame de fezes – Willis e câmara de McMaster; PCR – diferencia todas as espécies de Eimeria spp. e outras possíveis infecções; A sorologia não é muito utilizada, pois ocorrem muito falsos positivos devido aos animais desafiados possuírem anticorpos circulantes. Nos casos de surto é necessário realizar a necropsia de alguns animais do plantel! Prevenção e controle Controle: Anticoccidianos (ionóforos) – muito utilizados a partir de introdução na ração Riscos de resistência; Nicarbazina; Diclazuril; Robenidina. Prevenção: Vacinas (oocistos viáveis) – contato controlado permite a formação de imunidade adaptativa; Ácidos orgânicos – alternativas que favorecem a não ocorrência de sinais clínicos ou sinais brandos. Ocorrem mais em criações free-range e galinhas caipiras (produção menores, de subsistência) devido ao ciclo de produção mais longo e ao maior contato com o ambiente externo, onde o crescimento desses parasitos é favorecido. Nestas, o uso contínuo de fitoterápicos vem ganhando espaço e substituindo o uso de alopáticos em virtude do auxílio proporcionado ao tratamento e prevenção. Já nas criações industriais há maior incidência de Eimeriose e Salmonelose. Filo Platyhelminthes Classes: Tubercullaria; Trematoda; Cestoda (maior importância para a avicultura) – Davainea proglottina (mais grave) e Raillietina tetragona Ocorrem principalmente em criações caipiras e industriais no piso. Características Segmentados (fita); Vermes achatados dorsoventralmente; Hermafrodita; Não possuem sistema/tubo digestório, por isso, realizam toda sua nutrição por absorção direta através de aderência as células intestinais. Helmintos Ciclo de vida Observações: o A localização dependerá de questões anatômicas e fisiológicas das aves. Filo Nematelminthes Possui grande quantidade de famílias com importância dentro da avicultura A diferenciação é feita por tamanho! Características Dioicos (machos e fêmeas); Tubo digestivo completo; Vermes redondos. 1. Oxyspirura mansoni HD: galinhas, perus, patos, gansos, pavões, pombos e codornas; HI: baratas; Período pré-patente: 30-60 dias; Sinais clínicos: afetamos olhos causando oftalmias com lacrimejamento e coceiras, podendo chegar à cegueira. Diagnóstico diferencial para Pneumovirose e Coriza Infecciosa. 2. Syngamus trachea HD: galinhas, perus, gansos, pavões, faisões e codornas; Período pré-patente: 2-3 semanas; Sinais clínicos: obstrução mecânica da traqueia devido a presença de sangue com dificuldade respiratória, tosse e estertor traqueal ou ronqueira Bem grave! 3. Capillaria spp. C. annulata: galinhas, perus, gansos, faisões, perdizes e patos Esôfago e papo com impactação e redução da motilidade; C. obsignata: intestino delgado e cecos Diarreia; HI: minhocas; Sinais clínicos: inflamação em mucosa e enterite grave com diarreia; além de obstrução de intestino, que pode levar a óbito. 4. Gongylonema ingluvicola HD: galinhas, perus, perdizes, faisões e codornas; HI: baratas e besouros; Mucosa do papo e esôfago; Lesões macro: inflamação em mucosa em associação com outros parasitas; Menos patogênico, porém, pode causar problemas de acordo com o nível de infestação. 5. Cheilospirua hamulosa HD: galinhas, perus, faisões e codornas; HI: grilos e besouros; Lesão em moela (cartilagem), parte lisa e flexível Preocupação devido a ser uma parte comestível da ave! Sinais clínicos: inapetência com perda de peso; animal pode vir a óbito devido a redução da imunidade e outras infecções concomitantes. 6. Tetrameres americana/Tetrameres fissispina Aspecto diferenciado: parecido com Giardia (oval); HD: galinhas, perus, pombos, codornas, marrecos e patos; HI: baratas e grilos; Período pré-patente: 45 dias no proventrículo; Lesões macro: nódulos macios ou endurecidos; descamação celular, dilatação e degeneração das glândulas do proventrículos. 7. Ascaridia galli Muito grave; HD: galinhas, perus, pombos, patos e gansos; Período pré-patente: 5-8 semanas no intestino delgado; Sinais clínicos: enterite catarral devido a localização no início do intestino, onde há glândulas para secreção mucosa visando o recebimento do quimo ácido advindo do estômago; morte devido a obstrução intestinal. Tratamento Alopáticos: I. Mebendazole; II. Benzimidazol; III. Albendazol. Alternativos (naturais ou fitoterápicos): Semente de abóbora (vermífugo natural), semente de melancia, semente de mamão, melão, perfilhos de bananeira, alho, nim, Alternanthera brasiliana (terramicina) e Arrabidaea chica Tratamento ou prevenção! Diagnóstico → Técnica de sedimentação espontânea (Hoffmann); → Flutuação com solução saturada de cloreto de sódio (Willis). 8. Heterakis gallinarum Localização: ceco; Parecido com o Ascaris gallinarum, porém é muito menor; Pode estar associado ao protozoário Histomona meleagridis, que causa a Histomoníase ou “Black head” Necrose cecal e muitas lesões no fígado levando a morte do animal por incapacidade de absorção de nutrientes. Importante Existem muitos outros endoparasitas de importância para criações de subsistência, como Toxoplasma gondii, que pode levar a formação de cistos intramusculares e infectar seres humanos a partir da ingestão da carne, constituindo problema de saúde pública. As aves podem se infectar principalmente se receberem vegetais mal higienizados na dieta ou tiverem contato com gatos. Vetores mecânicos 1. Moscas Estresse para os animais devido a picadas (S. calcitrans) ou incômodo no momento da alimentação! Além disso, M. domestica funciona como importante vetor de vários microrganismos, como Salmonela. Controle: Controle mecânico – secagem das fezes de forma rápida a partir da retirada e cobertura da cama com lona ou outras estratégias como composteira e biodigestor visando a redução de matéria orgânica para as mocas; Controle biológico: fungos entomopatogênicos (colocados sobre as penas ou ração), coleópteros e ácaros; Controle químico. O controle deve ser integrado! 2. Cascudinhos Amphitobius diaperinus Assim como as moscas, conseguem levar microrganismos presentes na cama em seu corpo e transmiti-los as aves devido a ingestão dos mesmos. São um problema para as aviculturas de subsistência, pois sempre aparecem devido ao acúmulo de matéria orgânica. Controle: Controle físico; Controle biológico: fungos entomopatogênicos; Controle químico. Ectoparasitas Classe Insecta Ordem Phthiraptera (piolhos) Observações: o Alguns possuem manchas que remetem a olhos, porém, nesses casos são órgãos vestigiais e não funcionais; o No caso das aves, a maioria dos piolhos permanecem sobre o corpo das mesmas e, por isso, o controle da infestação do ambiente não se faz tão necessária; o Piolho de mamíferos: 6 patas e apenas 2 possuem garras x Piolhos de aves: 6 patas e todas com garras (permitem a fixação permanente as aves); o Subordem Anoplura (sugadores) Mamíferos x Subordem Mallophaga (mastigadores) Aves. 1. Menopon gallinae Alimento: penas; Localização: “piolho da haste” Fica principalmente em aves que já conseguiram completar sua plumagem, pois preferem as plumas as penas de vôo Abrir a pena e olhar contra a luz para visualizar. 2. Menacanthus stramineus Alimento: escamações epiteliais (fica principalmente sobre a pele de áreas mais quentes, como peito), penas e exsudatos; Localização: coxas, redor do ânus; Ciclo biológico: 3- 4 semanas; M. cornutus Possível de ser encontrado em aves de gaiola devido a preferir locais mais escuros. “Piolho do corpo” 3. Lipeurus caponis Localização: bárbulas, penas do pescoço, asas e cauda; Quietos – fácil coleta! Ovos: 4 a 7 dias; Ciclo biológico: 18 -27 dias. “Piolho da asa” 4. Goniocotes gallinae Geralmente aves que não terminaram sua emplumagem não apresentam; Causam bastante coceira, principalmente se estiverem em grande número, pois não se alimentam de descamações de pele. “Piolho da penugem” Tratamento Organossintéticos: Pulverização; Polvilhamento. 2 tratamentos a cada 14 dias Alternativos: Alho e nim. São os ectoparasitas que mais ocorrem! 1. Dermanyssus gallinae Ácaro vermelho, pichilinga, piolho de galinha. Características: O ácaro mais observado nas criações; Não escavador; Ácaros Infestação noturna – não é permanente, por isso, primeiro se observa sinais clínicos como redução da postura, dificuldade de alcançar o pico de postura e ganhar peso, perda de pena e debicagem; e só depois observa-se os mesmos nas frestas das paredes do aviário; Anemia, lesões e miíases, eritema (descamação e inflamação da pele), pápulas e descamações. Ciclo biológico: Ovo > larva > protoninfa > deutoninfa > adulto. 2. Ornithonyssus sylviarum “Ácaro da pena” Aves do Norte; Não é escavador; Localização: cloaca, ventre; Espessamento da pele, aspecto de sujidade (local enegrecido) Causa lesões na pele devido a se alimentar de descamações e provocar coceira Animal se debica todo, retira as penas da cloaca e podem promover um prolapso devido a infecções oportunistas Grande problema, principalmente para aves de postura! 3. Knemidocoptes mutans Único escavador! – não é visualizado sobre a pele e só pode ser identificado a partir das lesões causadas Sarna podal; Eclosão: 3-5 dias; Ciclo de vida: 17-21 dias Observações: o As lesões (nódulos na pata) podem ser confundidas com deficiência nutricional severa devido a queratinização exacerbada; doença neoplásica; Leucose; e doença de Marek. Porém, estão localizadas apenas nas patas causando coceira, lesões e claudicação, e estresse com redução da produtividade; o Nos psitacídeos causa lesões na face. Mais difíceis de ocorrer! Família: Argasidae Espécies: Argas miniatus e A. persicus (maiscomum no Brasil) Características: Alimentação noturna Aves não conseguem dormir, principalmente em épocas mais quentes, quando a reprodução dos carrapatos é favorecida. Podem promover a transmissão do protozoário Borrelia anserina Espiroquetose aviária Diarreia subaguda ou crônica (contínua) – cor marrom/esverdeado e sem odor fétido; Redução da produtividade por anemia e redução da absorção de nutrientes, podendo vir a óbito caso a infestação seja muito grande. Tratamento Alternativo: terra de diatomáceas (algas) Pode ser passada no ambiente para redução da infestação, principalmente por piolho e ácaros; Biológico: Dermaptera (paquinha ou tesourinha); Vassoura de fogo; Acaricidas: carbamato, Carbaril, toxafeno. Carrapatos Aula 13/11/2020 Possuem maior importância para aves pet (silvestres) do que para aves de produção, onde a espécie de maior importância é Aspergillus sp. No contexto da avicultura industrial, estão relacionadas a falha de manejo dentro das granjas, como mal armazenamento da ração ou compra de alimento de qualidade inferior. Contextualizando Impacto econômico Crescimento mais rápido facilita a identificação das estruturas na microscopia! 1. Aspergilose Aspergillus flavus/Aspergillus fumigatus Produção de micotoxinas! Principal via de infecção: inalação de esporos que pode ocorrer principalmente no manejo de troca de cama, quando o manejo de controle de umidade e ventilação não são bem feitos; e em incubatórios (mesas incubadoras e camas), onde é um dos principais problemas de contaminação de ovos Incubatórios precisam ter controle muito rigoroso de limpeza! O ser humano também pode se contaminar, assim como as aves, devido a exposição laboral ao fungo presente no ambiente; Sinais clínicos: dificuldade respiratória (abdome abaulado) devido a acometimento dos sacos aéreos, principalmente os superiores, que se apresentam espessamento e aspecto de “leite condensado” (forma clássia: Aspergilose respiratória) deve ser diferenciada de Influenza e Micoplasmose; tosse, emagrecimento, diarreia; Mais grave quando em associação com outras doenças, que causam estresse e levam a redução da competência imune (quase sempre isso acontece), e em pintinhos de 10-20 dias, que podem ir a óbito muito rápido; Ambiente perfeito para proliferação: o 30ºC e umidade de 80% Presente em cama de pintinhos; o Ovos sujos e trincados Contaminação da cama em incubatórios. Diagnósticos diferenciais: Mycoplasma gallisepticum (nódulos presentes na cavidade torácica e sacos aéreos), Micobacterium avium (Tuberculose), Salmonelose (S. gallisepticum) e Coriza Infecciosa; Macroscopia: o Forma crônica: conidióforo evoluído fígado esverdeado (aspecto de bolor). A microscopia é um diagnóstico mais fácil, rápido e viável, principalmente quando se pensa nas clínicas pet. Formas da Aspergilose Forma respiratória ou pulmonar (clássica/básica) Pode gerar ascite devido a falha do ventrículo direito; Forma ocular: oftalmite com lacrimejamento ceroso geralmente uniocular diferenciação de Coriza Infecciosa (biocular); Forma nervosa (meningoencefalite): mais comum em animais de zoológico, que ficam mais solitários; pode causar opistótono, movimentos de asa inconstante e de pedalada Diagnósticos diferenciais: Botulismo e Encefalomielite; Forma cutânea: dermatite mais crostosa com depenamento; pode culminar em doença articular, principalmente se o fungo adentrar ossos pneumáticos maiores como o fêmur, causando degeneração óssea. Todas as doenças fúngicas são transmitidas de forma horizontal Começar a prevenção e tratamento pelas correções de manejo, limpeza (mecânica > secagem > úmida) e desinfecção (amônia quaternária) do ambiente! Diagnóstico Principais espécies (produtoras de micotoxinas): KOH 20% + nanquim Hifas; Cultivo (ideal) Microscopia de conidióforos; Fluff test (penugem) Hifas; Exame de pulmão Mínimo de 10 pintinhos; OLM AspLFD – sorológico Teste rápido (bom para clínicas). Tratamento Em aves de produção o tratamento não vale a pena, pois estas costumam vir a óbito rápido. Nestes casos, o ideal é ter atenção aos protocolos vacinais da granja para identificar falhas no manejo que possam estar reduzindo a competência imune das aves e permitindo a infecção por fungos. Já para aves pet deve-se focar em aumentar a imunidade dos animais com probióticos e vitaminas; endoscopia para retirada de nódulos caseosos por curetagem; seguidos de tratamento com antibiótico. Micotoxinas ou Aflatoxinas Aspergillus flavus; Aspergillus parasiticus; Aspergillus nominus. Pintinhos e perus são os mais sensíveis! B1, B2, G1 e G2 Diferenciação de acordo com a fluorescência: com incidência de luz UV na microscopia ou histologia, o grupo B floresce em azul e o grupo G em verde; Derivados de difurocumarina: o Inibe a síntese proteica causando problemas de empenamento e crescimento que podem levar o animal a óbito; o Biotransformação hepática: M1, M2, P1, Q1, B1, 2 e 3 epóxido (se anela ao material genético causando lesões com aspecto tumoral e aflatoxicol); o Hepatotóxico (causa diminuição da proliferação dos ovócitos e da ovulação) e hepatocarcinogênico. Redução da imunidade de mucosa (macrófagos e heterofilos presentes nas células endoteliais). Acomete todos os animais! 2. Candidíase A Candida é um fungo próprio de todos os organismos (mamíferos e aves), que vive em equilíbrio com a microbiota local (intestinal e respiratória). Por isso, quando ocorre em produções aviárias indica manejo muito inadequado. Já em animais pet está relacionada a estresse. Candida sp. Candida albicans (principal espécie); Inglúvio (fermentação do alimento: animal “empapado”) e proventrículo (impede a digestão química); Cavidade oral e comissura do bico – lesões esbranquiçadas ou amareladas; Infecção secundária a outros microrganismos, que pode levar a sangramentos devido a maior fragilidade da mucosa; Principais diagnósticos diferencias: avitaminose A (susceptibilidade a doenças respiratórias e de cavidade oral) Bouba Aviária (forma diftérica) e micotoxicoses (podem causar lesões em inglúvio e proventrículo); Maior proliferação: falcões de zoológico e aves de rapina, psitacídeos. Diagnóstico Isolamento (culturas mais aveludadas e cremosas) – fácil e rápido (5-7 dias); Tubo germinativo; Fermentação de carboidratos – tratamento: retirar fontes de excesso de carboidratos e açúcares; em pássaros: realizar acidificação com ácido cítrico ou orgânicos, ou vinagre; Tratamento Antifúngicos alopáticos ou não: Nistatina, anfotericina B, cetoconazol, violeta genciana e extrato de tomilho; Em animais pets: colocar colar para evitar a debicagem. 3. Dermatomicose Microsporum gallinae Presente em produções com manejo inadequado ou que recebem grande quantidade de animais de uma só vez. Diagnóstico: KOH – 20% Tratamento tópico em crista e barbela com iodo glicerinado (hidratar o local mais indicado para animais de produção visando reduzir a possível toxicidade) ou derivados imidazólicos; Tratamento VO: griseofulvina. 4. Dactilariose Ochroconis gallopava (Dactylaria) Ocorrem com menor frequência e em animais pet e aves silvestres. Acometimento nervoso (aves caem de galhos) Pensar em alguns Flavivírus, pois os sinais nervosos podem ser indicativos biológicos de que há transmissão através de mosquitos de acometimento humano no local; pode ocorrer também devido a intoxicações por micotoxinas; Coleta de SNC – KOH 10% Estruturas com formato de lâmpada; Histopatologia (H.E.) o Granulomas necrocíticos (células mais picnóticas com núcleo bastante enegrecido). 5. HistoplasmoseHistoplasma capsulatum “Doença das cavernas” (locais com alta umidade, pouca claridade e grande acúmulo de fezes) Relacionada a morcegos; Homem é mais acometido, pois pode inalar os esporos presentes nas fezes Cuidado ao visitar áreas de cachoeira; Diagnóstico histopatológico: H.E., PAS ou Gomori; Causa problemas respiratórios; Tratamento: cetoconazol, anfotericina B. 6. Criptococose Cryptococcus neoformans Aspecto mais alaranjado, de cebola; Pombos Acomete muito hospitais devido a acúmulo de fezes na saída de aparelhos de ar-condicionado e inalação de partículas disseminadas via circulação de ar Grande problema de SAÚDE PÚBLICA; Pode ser um problema para psitacídeos e outros animais como felinos se houver contato com muitos pombos; Causa problemas pulmonares gravíssimos. Megabacteriose Macrorhabdus ornithogaster Doença de psitacídeos; Levedura gástrica aviária que está presente de forma natural na microbiota e pode acometer os animais nos momentos de disbiose; Síndrome “Light going”: diarreia com sangue, vômito, perda de peso e caquexia, perda de penas ou ausência de empenamento; Tratamentos alopáticos: anfotericina B, Nistatina e cetoconazol Utilizar concentração e tempo corretos! Tratamentos alternativos: probióticos (Lactobacilo sp.) e ácido orgânico Mesmo mecanismo de ação (utilizar um ou outro). Prevenção Sempre deve-se pensar em primeiro lugar em manejo adequado de alimentação, compra e armazenamento da ração (locais sem exposição ao sol; sem alta umidade; com certa claridade; fechados, mas com circulação de ar). Além disso, realizar a limpeza adequada dos comedouros e bebedouros com hipoclorito e amônia quaternária, sem esquecer do uso de EPIs. Prevenção Uso de adsorventes na ração (utilizados na avicultura para reduzir a proliferação de fungos no organismo dos animais). Ração Os compostos presentes nos grãos (centeio, trigo, milho, soja, amendoim etc.) podem ser contaminados no momento da colheita, porém, a maior parte da contaminação ocorre no armazenamento inadequado e é influenciada pelas condições climáticas de temperatura e umidade (normalmente alta umidade favorece a produção das mesmas). A peletização favorece a redução da umidade da ração, porém, o aumento da temperatura não é suficiente para retirar as micotoxinas e o manejo posterior de colocação em saco plástico pode criar condições favoráveis para a proliferação de fungos e produção das mesmas. 1. Tricotenos Inibe a síntese proteica Estimula anorexia; Lesões orais; Necrose dermal – age sobre a síntese de colágenos; Ovos de casca fina e redução da produção; Gastroenterite. Toxina T2 e Vomitoxina (DON) relacionadas Problemas reprodutivos em suínos e equinos. Diagnóstico diferencias: deficiência de biotina, ácido pantotênico ou vitamina A (lesões de mucosa); intoxicação por CuSO4 ou amônia quaternária; Bouba Aviária (lesões orais), Laringotraqueite Infecciosa (ovos de casca fina e redução da produção) e Trichomonas. 2. Fumonisina Ação inibição do metabolismo da esfingosina – membrana plasmática perde sua capacidade de movimentação; Hepatopatia com necrose multifocal (> 200 mg/kg) e hiperplasia biliar (óbito); Raquitismo e imunodepressão (infecções bacterianas e virais secundária); 75 mg/kg por 7 dias Intoxicação 3. Moniloformina (Fusarium sp.) Ação: inibição seletiva da oxidação do piruvato e alfa-cetoglutarato Não há absorção de glicose e o animal entra em anorexia e até mesmo comatose; Cardiomiopatia – degeneração aguda e necrose do miocárdio; DL 50: 4 mg/kg em pintinhos. Comprar ração de empresas indôneas e que seguem as recomendações para controle de micotoxinas do MAPA! 4. Fusarochromanona Discondrotofia tibial [ ] exp.: 75 ppm; Diangósticos diferenciais: deficiência nutricionais. 5. Ochratoxina A (principal) Aspergillus ochraceus e Penicillium viridicatum Queda de todas as células do sistema imune, principalmente as granulocíticas Linfocitopenia; Aerossaculite; Ação: inibição da síntese proteica e diminuição do colesterol (redução da produção de ovos); Nefrotoxina (Citrinina – P. citrinum) Acometimento de rins. 6. Ergot Claviceps sp. (“fogo de santo Antônio” – centeio) Doença da era medieval; Ergotismo: desordens vasculares, neurológicas e/ou endócrinas; Mais raro para animais (mamíferos) e tóxico principalmente para seres humanos; Age devido a produção de alcaloides tóxicos: ergocornina, ergocristina, ergocriptina e ergomina. Aula 27/11/2020 Necessidades nutricionais: Proteínas e aminoácidos; Vitaminas; Ácidos graxos; Água; Minerais. Concentrações específicas para cada fase de vida das aves! Programas de alimentação: 3 fases: inicial, crescimento e terminação – produtores mais simples: rações mais baratas e menos concentrada; 4 fases: inclusão de uma ração pré- inicial – promove inclusão calórica no início da vida do pintinho, ideal para frangos de corte; 5 fases: adição de uma ração pré-inicial e duas de crescimento – mais utilizada para aves de postura; Múltiplos: “phase-feeding” – muito utilizada para aves de postura, pois adequado os níveis de cálcio. Água Essencial (principalmente na fase inicial): 70% do peso corporal de aves adultas e 80% do peso dos pintinhos; Transporte e excreção; Regulador de temperatura; Controladora de pH, pressão osmótica e [ ] de eletrólitos. Água x Gordura corporal Ideal de água x Restrições Abundante e disponível – pintinhos devem receber a partir do momento que saem do ovo; 22ºC – temperatura ambiente; Valor média de ingestão para ave adulta: 2 a 3 litros/kg de ração – varia de acordo com a quantidade de umidade e sal presente na ração. Níveis de desidratação: o 10% Desidratação grave; o 20% Morte. → 12 horas Perda de produção de ovos, menor ganho de peso e imunidade; → 46 horas Morte. A deficiência de água leva a: Baixo ganho de peso; Baixa produção de ovos; Menor imunidade; Morte. Proteínas e aminoácidos Atender apenas o aporte nutricional necessário: a deficiência pode levar a redução de ganho de peso e o excesso de excreção renal pode lesionar o rins e levar a morte do animal; 22 aminoácidos nas proteínas corporais; Essenciais x Não essenciais; Síntese proteica; Nitrogênio; Transporte de algumas substâncias, como Ceruloplasmina (cobre), globulina (esteroides), fosfatídios, ferro e zinco. Proteínas Necessidades variam conforme idade e fase do ciclo produtivo; Problemas: o Desbalanço proteico; o Proteínas não digeríveis – não são quebradas para serem utilizadas pelo organismo, levando a gasto de energia para sua excreção ou custo adicional com enzima sintética; o Ração fase de crescimento – uma das mais proteicas do ciclo produtivo: deve- se ter cuidado para fornecê-la no momento ideal de crescimento das aves. Observações: o Mesmo sendo não essenciais, alguns destes aminoácidos (Glicina, Cistina e Tirosina) precisarão ser adicionados a ração em determinadas fases da produção para que as aves consigam desempenhar seu máximo potencial produtivo e ganho de peso; o Glicina: organismo produz 60% Adicionar o resto a ração; o A Cistina é mais barata e consegue atender metade das exigências de Metionina, aminoácido essencial mais caro, permitindo um corte de gastos com ração; o A Tirosina pode atender até 30% das exigências de Fenilalanina. Aminoácidos limitantes O que é? Estão presentes na dieta, só que em uma concentração abaixo da exigida para o máximo desempenho do animal. Ordem dentro da avicultura (principalmente postura): 1. Metionina; 2. Lisina; 3. Treonina e Triptofano. → Milho e trigo: deficiência delisina → Farelo de soja: deficiência de metionina. São os dois aminoácidos mais limitantes e mais caros dentro do mercado! A deficiência de aminoácidos: Redução do ganho de peso; Menor produção de ovos e peso do ovo; Ovos de tamanho inferior e/ou qualidade inferior – redução da concentração proteínas (ppt albumina) no magno para formação do albúmen, redução da qualidade da casca etc; Dificuldade de reposição de penas impede a muda completa com cessação da produção de ovos Ave descartada; Lisina: pintinhos com atrofiamento muscular e falha na pigmentação de penas; Arginina: possui relação com óxido nítrico e auxilia na circulação/aumento dos vasos Suplementação exagerada: problema vascular devido a hipotensão; Deficiência: curvatura de penas (em formato de “babados”) e problemas musculares. Principais aminoácidos limitantes: Lisina: redução da síntese proteica, prejuízo a formação do ovo (índice de albúmen) e proteína corporal das aves; Metionina: participa do metabolismo dos fosfolipídios; deficiência pode causar problemas hepáticos e renais e excesso também pode causar problemas hepáticos Animal pode sofrer lipidose devido a dificuldade de metabolização de qualquer substância no organismo; Cistina (não essencial para aves adultas): produzida a partir da metionina, reage com a cisteína e participa da produção de pele, penas e pelos, além da cicatrização Essencial para pintinhos: deficiência causa atraso na cicatrização de feridas, como as causadas pelo ato de bicagem Diagnóstico diferencial: deficiência de vitamina K (relacionada a coagulação). Poedeiras Problemas no final da postura; Manipulação na dieta de aminoácidos; Aminoácidos limitantes: metionina > lisina > treonina > triptofano > valina > isoleucina > arginina. Excretas Nitrogênio (N), fósforo (P) e Microminerais. Prejuízos para o meio ambiente! Carboidratos Fontes de energia – animal prostrado pintinhos não conseguem realizar reposição energética sozinhos, pois reduzem a ingestão de alimentos, por isso, é necessário realizar o fornecimento via água! 60% do milho da ração: 65% de energia metabolizada e 20% de proteína; Amido e sacarose; Lactose em níveis baixíssimos na fase inicial: vitaminas B – auxiliam a saúde intestinal dos pintinhos, porém, em grandes quantidades podem causa diarreia; Deficiência: aves apáticas, diminuição de peso (jejum/anorexia pode causar lipidose hepática) e produtividade. Em um plantel, geralmente várias aves apresentam sintomatologia quando acometidas por deficiência nutricionais! Polissacarídeos não amiláceos (fibras) Exemplos: celulose, hemicelulose, quitina e pectinas Aves não digerem! Outros ingredientes usados nas rações também possuem estes fatores antinutricionais como trigo, cevada, centeio e leguminosas; Podem aumentar a propensão a acometimentos por patógenos bacterianos como Salmonella e Clostridium perfringens. Importante: → Diminuem a viscosidade ileocecal; → O menor uso de antibióticos aumentou esse problema; → Solução? Enzimas que quebram os PNA (NSP – nonstarch polysaccharides). Ácidos graxos essenciais Fontes de energia; Ácido linoleico (ômega 6) e α-linolênico (ômega 3); Metabolismo celular e hormônios; Ácido linoleico: síntese do ácido araquidônico prostaglandinas (prejuízo para a postura), tromboxanos e leucotrienos (modificação da resposta inflamatória); α-linolênico: ácidos eicosapentaenoico e docosaexaenoico; Garante a fluidez de membranas necessária para a ação do sistema fagocitário – deficiência causa problemas hormonais devido à redução de gordura corporal; Excesso (alimentação com sementes de girassol em aves silvestres): lipoma e problemas hepáticos que geram deficiências de outros nutrientes devido a impossibilidade de metabolização; Dietas devem conter 1% de ácido linoleico. Deficiência de ácido linoleico: Redução da taxa de crescimento; Aumento do fígado por acúmulo de gordura; Em pintinhos: susceptibilidade a infecções respiratórias – redução da fluidez de membrana compromete a resposta imune da ave; Em poedeiras: diminuição de produção e peso dos ovos, redução na fertilidade e aumento da mortalidade embrionária. Excesso de ácidos graxos insaturados: Interfere nas atividades dos aminoácidos, vitaminas A, D e E e biotina; O que fazer? Acrescentar antioxidantes sintéticos ou aumentar a ingestão de tocoferóis (vitamina E). Vitaminas Indispensáveis; Hidrossolúveis: grupos B e C; Lipossolúveis: grupos A, D, E e K. Participam de todo o metabolismo celular: manutenção, crescimento e produção. As aves sintetizam: o Vitamina C (através do ácido ascórbico); o Niacina (através do triptofano); o Vitamina D (dependente de raios UV ou lâmpadas que mimetizam). 1. Vitamina A 3 biomoléculas a compõe: retinol, retinal e ácido retinóico; Lipossolúvel; Vitamina A1 ou retinol – peixes marinhos; Vitamina A2 – peixes de água doce; Vegetais possuem precursores (carotenoides), principalmente os amarelos Utilizados para as aves! 1 β-caroteno = 2 moléculas de vitamina A Aves: 1 molécula de vitamina A = 1 β-carotenoide. Deficiência de vitamina A Redução da resposta imune inata das mucosas (produção de muco e resposta ciliar) Ave mais susceptível a problemas respiratórios! E quanto a vacinação? Devido ao comprometimento das mucosas o animal não desenvolve nenhum tipo de imunidade ou desenvolver em quantidade insuficiente para proteção contra doenças, podendo adoecer sem apresentar sinais clínicos, funcionando como reservatório e fonte de transmissão para as outras aves do plantel. Importante: A deficiência de vitamina A causa Xeroftalmia (olho seco) em aves silvestres, principalmente aquelas que tem as sementes de girassol como base da alimentação. Tratamento 10.000 UI de vitamina A/kg de ração; Cuidado! A Hipervitaminose leva a perda de peso, anorexia, xeroftalmia purulenta, inflamação das fossas nasais e comissura labial Diagnósticos diferenciais: Herpesvirus e Poxivuris; Aves pet: medir as enzimas hepáticas para verificar as possíveis deficiência nutricionais. 2. Vitamina D Antirraquítica – promove a absorção intestinal do Ca+; Em aves: Colecalciferol (Vitamina D3); Absorvida pelo íleo junto a gordura (lipossolúvel) Qualquer doença bacteriana que cause comprometimento da mucosa nas áreas íleo-ceco-cólica pode levar a deficiência; Precursor: 7-dehidrocolesterol absorção na pele. Deficiência de vitamina D Aves apresentam fraturas mais facilmente e ficam mais caídas/refugas, nos cantos do galpão; Raquitismo (2ª/3ª semana de vida) Animal descartado, pois não consegue se recuperar; Andar sobre os tarsos (na ponta dos pés); Bicos e unhas moles; Nódulos nas costelas inflamados/aumentados devido as aves ficarem abaixadas; Fraturas ósseas; Osteoporose (osso esponjoso) Realizar diagnóstico diferencial para Osteomalácia (deficiência de Ca e P: osso mais amolecido com criptas ósseas compactadas animal não consegue andar direito; osso não aguenta impactos), que ocorre em aves mais velhas; Aves de postura: ovos com cascas defeituosas ou sem casca. Tratamento 15.000 UI de D3 Problema: aplicação IV ou IM – pode- se realizar reposição dos níveis através da ração visando salvar o resto do plantel. Excesso de vitamina D3 Retardo de crescimento; Eriçamento das penas (animal com febre); Poliúria, pois não ocorre absorção de cálcio nos rins Leva a problemas de pododermatites devido a cama mais úmida e proliferação de fungos. 3. Vitamina E Derivados dos tocoferóis e tocotrienóis – alimentos alaranjados e esverdeados; α e β (saturados)/Ƴ e ᵹ (insaturados). Deficiência Diátese exsudativa com edema subcutâneo; Encefalomalácia; Distrofia muscular. Retroalimentação associada a vitamina C! Anos 70: introdução do selênio Previne; Frangos de corte: anasarca, principalmente em pescoço e sob as asas devido a aumento da permeabilidade vascular; Hemorragias de subcutâneo Coloração azul-esverdeada na pele Descarte da carne; Mortalidade. Aves recebendo muitas sementes gordurosas e deficiente de vitamina E Aves de 2 a 6 semanas de idade são mais acometidas; Hemorragias de cerebelo; Poedeiras com níveis baixos de vitamina E podem ter pintinhos com encefalomalácia; Sinais neurológicos: membros abertos (animais não conseguem andar), opistótono, paralisia e morte Diagnósticos diferenciais: doença de New Castle, Encelopatia, doença de Marek e Influenza Aviária patogênica; Encéfalo edematoso e perda das estrias cerebelares; Hemorragia em cérebro e cerebelo quando associada a deficiência de metionina e cistina (ocorre principalmente em pintainhos); Atrofia do músculo peitoral (deficiência próxima a 6 semanas de idade animal morre) – selênio previne. Evitar a deficiência nas matrizes para evitar o nascimento de pintinhos com esses problemas! É a mais complicada de todas, por envolver deficiência de todos os aminoácidos sulfurados (essenciais) e da vitamina E, além do excesso de ácidos graxos. Maior importância econômica, principalmente para frangos de corte; Dietas pobres em cisteína e vitamina E – erro de dieta!! Animal não ganha peso nem musculatura peitoral; Incoordenação motora leva o animal a anorexia, pois não consegue beber água nem se alimentar; Sentam sobre os tarsos; Deficiência pré-abate em frangos de corte: hipertermia em massa muscular e rigidez (carne mais dura do que a de galinha caipira); Não é suprida com suplementação de selênio. 4. Vitamina K Síntese de protrombina – coagulação! Compostos anti-hemorrágicos: quinonas Deve ser utilizada em casos de intoxicação! Vegetais: filoquinona ou vitamina K1; Fermentação microbiana: menaquinona ou vitamina K2; Mais comum: menadiona (K3) – introdução na clínica veterinária. Deficiência Aumento do tempo de coagulação sanguínea – aves que sangram muito fácil; Diminuição dos níveis de protrombina e hemorragias em subcutâneo e ou mucosas Diagnóstico diferencial: diátese exsudativa. Sinais clínicos aparecem após 2 semanas do início da deficiência, porém, consegue ser recuperada rapidamente; Sinais percebidos na necropsia: erosão em moela (diagnóstico diferencial: doenças parasitárias em moela), petéquias hemorrágicas em fígado (diagnóstico diferencial: micotoxinas) e em torno de ossos longos (diagnóstico diferencial: Anemia Infecciosa das Galinhas); Tratamentos com sulfas (Eimeriose e doenças bacterianas) podem causar a deficiência Associar a suplementação com vitamina K; Tratamento 6 horas já normaliza a coagulação sanguínea. 5. Vitaminas do complexo B Ocorrem em casca dos grãos de cereais, no feijão, gema de ovo e na carne; São hidrossolúveis; Diretamente ligadas a produção de energia (metabolismo dos carboidratos). a) Vitamina B1 – Tiamina Função do metabolismo dos carboidratos como coenzima ou tiamina pirofosfato – Niacina também possui essa função; Participa do ciclo das pentoses: síntese da ribulose-5-fosfato; Deficiência: polineurite (inflamação generalizada dos nervos, principalmente nos periféricos) por acúmulo de ácido láctico (a partir do ácido pirúvico) Diagnósticos diferencias: doença de Marek (nervos ciáticos e axiais). Regulador do apetite (animal em deficiência não come grave!): regula o metabolismo dos carboidratos Sem glicólise = Sem estímulo de fome; Sinais clínicos: efeitos neuromusculares, edemaciação, fraqueza, opistótono e convulsões; Anormalidade cardíaca (não tem energia/NAPH para promover os batimentos normais), vômitos por paralisia do inglúvio (nervo vago: animal empapuçado Diagnósticos diferencias: doenças parasitárias e candidíase) Óbito; Hipotermia; FR baixa; Edema tecidual. Tratamento Em poucas horas há resposta, porém deve ser introduzida via oral, por isso, só se consegue tratar animais pet. Em animais de produção: prevenir a deficiência! Deve-se também resolver a anorexia que demora algumas semanas. b) Vitamina B2 – Riboflavina Cofator de mais de 50 enzimas responsáveis por diversos processos orgânicos; FAD (flavina adenina) – transporte de elétrons. Deficiência Anorexia, perda de peso, diarreia, retardo no crescimento e “paralisia dos dedos curvados” (parece que está empoleirado sem estar no poleiro não é possível recuperar, impedindo o empoleiramento); Sintomas reversíveis com administração/inoculação IM de B2 aguda sem reversão; Casos graves: atrofiamento dos nervos brânquios e ciáticos e aumento de até 6x (animal não consegue andar até o pote de comida e não se recupera) Diagnósticos diferenciais: doença de Marek e Leucose linfoide (aves leves) e/ou mieloide (aves pesadas) devido a tumoração; Degeneração da membrana de mielina – problemas neurológicos devido ao comprometimento da transmissão de informações através do sistema nervoso periférico; Sintomas em poedeiras: aumento do fígado por acúmulo de gordura, mortalidade embrionária. Tratamento Duas doses de riboflavina de 100 µg para pintinhos; Nível adequado na dieta. c) Vitamina B6 – Piridoxina Lembrar de “piradinha”: o principal sinal neurológico que ocorre é que o animal fica olhando para cima e começa a correr descontroladamente, até pararem e começarem a convulsionar. Esse sinal tem duração de 3 dias e evolui para óbito; Participa do metabolismo dos aminoácidos, carboidratos e gordura: piridoxal fosfato e piridoxamina fosfato; AA: transaminação, descarboxilação e desaminação; Deficiência: perda de apetite, retardo do crescimento, sintomas nervosos característicos; Pintinhos: excitabilidade, movimentos convulsivos bruscos (saem correndo sem rumo) com cabeça baixa e batendo asas Diangóstico diferenciais: Encefalomalácea (deficiência de vitamina E), doença de New Castle e Influenza Aviária; Machos: involução dos testículos, barbelas e crista; Dermatite, anemia e mau empenamento; Deficiência em triptofano por excreção excessiva de nitrogênio pela urina Gera deficiência de Piridoxina. d) Vitamina B12 Forma mais usual: cianocobalamina, nos alimentos de origem animal (grande concentração nas farinhas de carne e ossos e de peixes, adenosilcobalamina e metilcobalamina; Última das vitaminas do complexo a ser descoberta; Ausente nos produtos vegetais; Fator de crescimento; Deficiência: sinais neurológicos; mau empenamento; mortalidade, anemia, erosão de moela, acúmulo de gordura no coração, fígado e rins; menor peso dos ovos Diagnósticos diferenciais: E. coli patogênica e Clostridioses (gordura mais fétida); Em aves de postura: redução do tamanho e produção dos ovos e baixa eclodibilidade (mortalidade dos pintainhos); Tratamento: injeção intramuscular de B12 Focar na prevenção! e) Ácido nicotínico ou Niacina (B3) Vitamina PP: prevenção de pelagra Doença que causa sinais neurológicos (pessoa “aérea”) e problemas de pele em seres humanos, muito relacionada ao alcoolismo e tabagismo; NAD: nicotinamida adenina dinucleotídeo – metabolismo dos carboidratos; Deficiência: lesões em pele (parecidas com sarna) e órgãos digestivos (ulcerações internas e externas); perda de apetite; retardo no crescimento; fraqueza; diarreia Diagnóstico diferenciais: Eimeriose e Clostridioses; Precursor: triptofano, rações a base de milho; Arqueamento das pernas e engrossamento das articulaçõestibiotársica (canela grossa); Deslocamento do tendão de Aquiles (animal para de andar) Diagnóstico diferenciais: raquitismo e deficiências de manganês e/ou colina; Língua preta (pelagra): hemorragia em mucosa bucal. f) Ácido pantotênico (B5) Constituinte do acetil coenzima A: metabolismo das gorduras; Deficiência: lesões em sistema nervosos, córtex da adrenal e pele; Diminuição do ganho de peso, subdesenvolvimento de penas; Dermatite ao redor de bico e olhos (lesões vesiculares) Diagnóstico diferencial: Poxvirus e candidíase g) Biotina (B7) Participa do metabolismo de carboidratos: gorduras e proteínas; Principalmente síntese de aminoácidos e síntese de gordura corporal; Quando o carboidrato está baixo, a biotina mantém a glicose sanguínea Qual é o problema? Quando o animal para de comer a biotina entra em funcionamento, porém, depois de certo tempo ele apresentará também deficiência de biotina, que só consegue ser reposta via oral, ou seja, é inviável e o ideal é que não aconteça; Ação na carboxilação do ácido pirúvico para síntese do ácido oxalacético; conversão do ácido málico e ácido pirúvico; ácido propiônico; ácido oxalosuccínico; síntese de ácidos nucleicos; Síntese de gorduras: na formação do malonil-CoA, glândula tireoide e sistemas reprodutor e nervoso; Deficiência: dermatite (diagnóstico diferencial: Poxvirus e candidíase) e pododermatites (planta dos pés), sendo os perus mais susceptíveis). Deficiência de biotina Dermatites; Desordens articulares; Deformação óssea (perose); Fibrilação muscular; Má formação de bicos e penas. Tratamento Injeção ou administração oral Inviável! h) Ácido fólico (B9) Essencial para o metabolismo dos compostos monocarbonados, substrato para enzimas, metabolismo de aa’s e nucleotídeos; Cofator de transferência do radical metil, purinas e pirimidinas. Deficiência de folacina: anemia megaloblástica (proliferação de reticulócitos: hemácias jovens/grandes com menor capacidade de transporte/troca de oxigênio) e leucopenia; Diminuição da produção de DNA e RNA Inibição do crescimento; anorexia, mau empenamento, dermatite, perose, diarreia branca (diagnósticos diferenciais: Pulorose e Candidíase) e má formação de bico; Problemas reprodutivos; Curvatura em articulação tibiotársica (deslocamento de tendão de Aquiles) Deformação em cartilagens hialina (também encontrada na deficiência de colina e manganês); Tratamento: injeção IM de 500 a 1000 µg – pico de reticulócitos i) Colina (B8) Origem vegetal e animal: moléculas lecitina, esfingomielina e colina (no intestino); Função estrutural como parte de fosfolipídios; neurotransmissor como parte de acetilcolina; e doador de metila, via betaína, na síntese de metionina, creatina, carnitina e N-metilnicotinamida O animal precisa de níveis adequados de colina para realizar a absorção de aminoácidos essenciais e não essenciais; Funções: integrante dos fosfolipídios das membranas celulares (fosfatidilcolina e esfingomielina) Impede o acúmulo de gordura nos hepatócitos; Deficiência: retardo no crescimento; perose (em aves de 12 a 15 dias); pequenos pontos hemorrágicos na região do tibiometatarso; deformação tibiotársica; deslocamento do tendão de Aquiles; engrossamento de articulação e arqueamento do metatarso Principalmente relacionado a articulações! 6. Vitamina C Formas: ácido ascórbico (sintéticos) e ácido deidroascóbrico; Função de síntese de colágeno (pele, tendões), síntese e integridade da mucosa e da parede de vasos; As aves sintetizam vitamina C a partir da glicose, mas não o bastante para manutenção do sistema imunológico Necessitam de reposição no início e fim da postura, e em quadros de doença e estresse; Em poedeiras a suplementação diminui o estresse calórico; Em pintinhos é importante suplementar devido a baixa síntese e ao estresse causado devido a adaptação com novo ambiente e desafios imunológicos; Facilita a absorção de ferro pelo intestino: reduz a forma férrica a ferrosa Auxilia animais com anemia; Antioxidante Auxilio em situações de estresse! Auxilia na degradação de corticosteroides Reduz a degradação orgânica/apoptose celular causada pelo estresse. Minerais Parte inorgânicas dos tecidos e alimentos; Macrominerais ([ ] > que 100 ppm) e Microminerais ([ ] < 100 ppm) Classificação quanto a exigência na dieta. A exigência varia conforme a fase de criação e diminui conforme a idade; Total de minerais no corpo: cálcio (46%); fósforo (29%); potássio, sódio, cloro e magnésio (25%); microminerais (0,3%); Funções: componentes estruturais de órgãos e tecidos; constituintes de fluidos corporais e tecidos envolvidos na pressão osmótica, balanço ácido- base, permeabilidade e irritabilidade de membranas; catalisadores de enzimas e hormônios; componentes estruturais de metaloenzimas. a) Cálcio Essencial na formação e manutenção óssea; 99% localizado no osso; Formação da casca dos ovos Suplementar cálcio para as aves em postura; Coagulação sanguínea (relacionado a cascata de coagulação deficiência pode causar sangramentos e hemorragias); contração muscular; permeabilidade; excitabilidade neuromuscular; segundo mensageiro de comunicações intracelulares; Absorção dependente de vitamina D3; Deficiência: raquitismo (ossos e bicos moles); nódulos intercostais; claudicação progressiva; aves ficam agachadas; aumento da paratireoide (diagnóstico diferencial); mortalidade. Diagnóstico diferencial de raquitismo Deficiência de cálcio, fósforo e vitamina D3 ou excesso de cálcio (deficiência de fósforo) Níveis de P no sangue e atividade da paratireoide. Concentração universal 2 Ca : 1P Deficiência de vitamina D3 Incidência inadequada de luz solar por dia. Paratireoide: o Hiperplásica na deficiência de cálcio e vitamina D3; o Atrofiada na deficiência de fósforo Necessidade d introdução de alguns hormônios associados ao fósforo Tratamento difícil! Fadiga da gaiola Deficiência de vitamina D3 levando a menor absorção de cálcio e fósforo. As aves apresentam dificuldade em permanecer em pé e ficam na parte traseira da gaiola; Ocorre durante ou após o pico de postura, e nas épocas de inverno (menor incidência de luz solar) Aves de postura! Paralisia por fratura em vértebras torácica; Tratamento: recuperação em 2 a 3 semanas Porém, animais desempenham produtividade muito menor. Também pode ser considerada uma doença metabólica. Excesso de cálcio Prejudica a disponibilidade de outros minerais, principalmente de fósforo; Afeta a ação da fitase, que promove a absorção de fósforo; Alta incidência de urolitíase Leva a óbito devido a causa rompimento de vasos. b) Fósforo Localiza-se em ossos, dentes, hemácias, tecidos muscular e nervoso; Relação Ca:P = 2:1; Envolvido em todas as reações metabólicas; Controle e eficiência alimentar; Componente dos ácidos nucleicos; Deficiência: anorexia, fraqueza e morte dentro de 10-12 dias; raquitismo e retardo no crescimento; alimentação depravada; qualidade inferior da casca dos ovos, menor eclodibilidade e espessura de casca; Deficiência relacionada a verminoses. As deficiências de minerais causam apenas alteração na qualidade da casca, diferente das outras deficiências que causam alterações nas concentrações de componentes internos como albúmen (proteínas) e gordura (ácidos graxos). c) Magnésio Abundante na natureza: carbonato, dolomita, sulfatos, cloretos e óxido; Essencial no metabolismo de hidratos de carbonos e ativação enzimática; Deficiência: retardo na taxa de crescimento, irritabilidade, problemas cardiovasculares e diminuição da produtividade;
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