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Oclusão normal na dentição permanente


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OCLUSÃO NORMAL NA DENTIÇÃO PERMANENTE 
 
Introdução 
 
Grande importância p/ todos os cirurgiões-dentistas, p/ realizar diagnóstico, fazer encaminhamento. Caso 
não saiba as características, pode passar muitas coisas despercebidas, com diagnósticos precoces. 
 
Histórico 
 
⇨ ​Dr. Kingsley (1880): ​tratava-se apenas alinhando os dentes, porque não sabia os critérios de oclusão; 
⇨ ​Dr. Angle (1930): ​ desenvolveu o primeiro conceito de oclusão normal. Virou ciência a partir desta época; 
⇨ ​Período hipotético (1900 - 1930) - oclusão normal: relação normal dos planos inclinados (vertentes) 
oclusais dos dentes quando os maxilares estão fechados (Edward Hartley Angle, 1899). Usou-se 
principalmente os molares p/ avaliar. Este conceito é mais estático (paciente com boca fechada); 
⇨ ​Robert H. W. Strang (aluno de Angle, aluno da primeira turma de ortodontia do mundo): desenvolveu o 
conceito dinâmico de oclusão normal. 
 
Definições de oclusão normal 
 
(STRANG, 1950) 
 
Complexo estrutural constituído fundamentalmente por dentes e ossos maxilares (se a mandíbula cresceu 
demais, não terá uma oclusão normal), caracterizado por uma relação normal dos planos inclinados 
oclusais dos dentes (embutiu o conceito de Angle), que se encontram situados individual e coletivamente 
em harmonia arquitetônica com os ossos basais e anatomia craniana (os dentes e ossos devem estar 
individualmente equilibrados e bem relacionados com o crânio e face), os quais apresentam corretos 
contatos proximais (sem presença de diastemas) e posições axiais e estão associados com o crescimento, 
desenvolvimento, correlação e posição normais de todos os tecidos e estruturas circundantes. 
 
Seis chaves da oclusão normal (ANDREWS, 1972) 
 
Facilitar o CD p/ identificar uma oclusão normal. 
 
↪ ​1ª chave: ​relação molar. Deve estar bem posicionado; 
 
 
1º MS tem que estar bem intercuspidado com o 1° MI. Imagem 1: 1º molar superior está reto e está no sulco 
do 2º molar inferior, como está reto o 2º PM não encaixa bem. Imagem 2: caso incline a coroa mais p/ 
medial, o 2º PM encaixa melhor Imagem 3: quando inclina + ainda, o 2º PM encaixa certo. O 2º PMS encaixa 
certo entre o 1º MI e 2º PMI. 
 
↪ ​2ª chave: ​angulação (sentido mesiodistal). Cada grupo de dente tem sua própria angulação. Caso tenha 
angulação errada, aquela oclusão não vai estar normal. Incisivos centrais superiores e laterais: pouco de 
angulação mesial. 
 
 
↪ ​3ª chave: inclinação (sentido vestibulolingual). Caso não tenha inclinação boa, os dentes posteriores não 
irão se encaixar, a oclusão ficará deficiente. Na região ânterosuperior, os incisivos apresentam inclinação 
vestibular. Caso esteja muito retroinclianado, os dentes posteriores não vão ocluir. 
 
 
↪ ​4ª chave: ​rotações. Os devem estar em posições corretas, não existe giro nos dentes. 
 
↪ ​5ª chave: contatos interproximais, eles dão o equilíbrio/apoio. Não há diastemas, todos os dentes estão 
em contato um com o outro. Caso perca um dente (1º molar inferior), a tendência é inclinar os outros 
dentes, até voltar a ter equilíbrio; 
↪ ​6ª chave ​: curva de Spee, que deve ser suave. 
 
Estática x funcional (PROFFIT, 1993)  
 
Sempre avaliar o paciente em relação cêntrica. Pega no queixo do paciente e pede p/ engolir e força a 
mandíbula p/ atrás p/ pode ocluir todos os dentes "atrás". 
 
↪ RC coincide com a MIC = ORC (oclusão em relação cêntrica); 
↪ Guia anterior: topo-a-topo; 
↪ Lado de trabalho; 
↪ Lado de balanceio. 
 
Características 
 
⇨ ​Número, forma e tamanho dos dentes: 
 
↪ 32 dentes (muitas pessoas só há até o 2º molar, não nasce o 3º); 
↪ Forma: vê o resumo de odontokids; 
↪ Tamanho está de acordo com a genética (dente maior ou dente menor). 
 
⇨ ​Forma dos arcos: 
 
↪ Ligada à forma do crânio; 
↪ Dolicocéfalos (face longa): apresenta arco + triangular. Caso queira expandir, a tendência é a musculatura 
devolver essa forma; 
↪ Braquicéfalos (face quadrada): arco + quadrado; 
↪ Mesocéfalo (face equilibrada): arco + equilibrado, + parabólico. 
 
1º Arco + comprimido, + fechado. 2º arco + quadrado. 
 
Dolicocéfalos. 
 
Braquicéfalos. 
 
Mesocéfalos. 
Deve-se deixar tudo em harmonia quando devolver os dentes. 
 
⇨ ​Disposição dos dentes e contorno dos arcos: 
 
↪ Incisivo lateral superior é mais p/ dentro em relação ao central, 
porque a região anterior do arco, os dentes estão alinhados mais p/ 
incisial, como o lateral é menos volumoso no sentido vestibulolingual em 
relação ao central, então p/ a sua incisal ficar igualando a incisal do 
central, deverá ficar um pouco mais p/ dentro, ou seja, deve-se haver 
um degrau entre os lateral e central, e o lateral e canino (volta a ser 
volumoso), p/ o dente ficar alinhado; 
↪ Região posterior: os dentes são alinhados pelos sulcos e cúspides 
(caso passe uma linha reta). 
 
⇨ ​Contatos proximais: 
 
Não há diastema. Os dentes devem estar em contato 
proximal. Caso o contato esteja um pouco mais p/ 
cima ou p/ baixo, o dente está desnivelado (muito 
extruído ou intruído). 
 
↪ ​Região anterior: ​pouco mais p/ região incisal; 
↪ ​Região posterior: ​terço médio. 
 
⇨ ​Inclinações axiais: 
 
Cada grupo de dente apresenta uma 
inclinação/angulação axial correta. 
Musculatura periapical define a posição dos 
dentes. 
 
↪ Região anterior: define a inclinação dos dentes são o lábio (lingual/palatina) e língua (empurra p/ 
vestibular); 
↪ Região posterior: define a inclinação dos dentes são a língua (empurra p/ fora) e o músculo bucinador 
(empurra p/ dentro); 
↪ Sentido mesiodistal: aquela ação da oclusão, que vai dar inclinação dos dentes. 
 
 
Inclinações axiais dos dentes superiores 
 
 
Inclinações axiais dos dentes inferiores 
 
DENTES SENTIDO 
VESTÍBULO-LINGUAL 
SENTIDO MÉSIO-DISTAL 
IC Vestibular Ligeiramente mesial 
IL Vestibular Mesial 
C Ligeiramente vestibular Ligeiramente mesial 
1º PM Vestibular Mesial 
2º PM Vestibular Mesial 
1º M Vestibular Mesial 
2º M Vestibular Mesial 
3º M Vestibular Mesial ou distal 
DENTES SENTIDO 
VESTÍBULO-LINGUAL 
SENTIDO MÉSIO-DISTAL 
IC Ligeiramente estibular Vertical 
IL Ligeiramente vestibular Vertical 
 
 
 
 
⇨ ​Relações oclusais: 
 
↪ Cada dente tem contato com 2 
adjacentes e 2 antagonistas. Deve estar 
em posição correta no arco; 
↪ Através dos 1º MP definem a posição 
dos outros dentes. 
 
⇨ ​Sobremordida (overbite): 
 
↪ Normal que os ISs ultrapassem os IIs cerca de 30% (valor normal) das coroas dos II; 
↪ 50% ou 90% apresenta sobremordida exagerada. 
 
 
 
⇨ ​Sobressaliência (overjet): 
 
↪ Valor normal é de 2 a 3 mm; 
↪ Overjet acentuado: 5 a 10 mm. 
 
 
 
⇨ ​Curvas de compensação: 
 
C Ligeiramente vestibular Levemente mesial 
1º PM Lingual Vertical 
2º PM Lingual Vertical 
1º M Acentuadamente lingual Mesial 
2º M Acentuadamente lingual Mesial 
3º M Acentuadamente lingual Mesial 
⇨ ​Curva de Spee (curva no sentido ânteroposterior): 
↪ Curva suave entre os molares e incisivos, leve curva no máximo de 1 mm; 
↪ Funções: 
↳ Estabelecer a quantidade correta de sobremordida na região anterior da arcada. Caso o paciente 
tenha uma curva de Spee muito acentuada, terá uma sobremordida exagerada; 
↳ Proporcionar poder de corte aos dentes anteriores; 
↳ Determinar uma separação + paralela e uniforme dos planos oclusais, maxilar e mandibular, 
durante as excursões da mandíbula; 
↳ Permitir a manutenção de superfícies de contatos oclusais uniformes quando a mandíbula desliza 
p/ frente. 
 
⇨ Curva de Wilson (curva transversal); 
↪ Quem dá essa curva éa inclinação dos dentes no sentido 
vestibulolingual; 
↪ Dentes posteriores inferiores são inclinados p/ lingual e posteriores 
superiores são inclinados p/ vestibular. Caso essas inclinações 
estejam erradas, a curva de Wilson não estará satisfatória; 
↪ Funções: 
↳ Resistência à carga mastigatória através do alinhamento axial dos dentes posteriores, paralelo a 
direção das forças musculares; 
↳ Função mastigatória: proporcionar acesso direto do bolo alimentar à face oclusal dos dentes 
posteriores. 
 
Evolução e envelhecimento da oclusão 
 
↪ Diminuição do tamanho mésio-distal do dente (depende da alimentação, quanto mais dura aquela 
alimentação, + o alimento entra entre um dente e outro e desgasta a interface proximal entre eles); 
↪ Diminuição da distância intercanina inferior; 
↪ Diminuição do comprimento e do perímetro do arco, consequentemente terá apinhamento; 
↪ Aumento do apinhamento anterior inferior; 
↪ Diminuição da sobremordida; 
↪ Aumento da altura da coroa clínica, porque o periodonto vai reduzindo; 
↪ Aumento da profundidade do palato. 
 
Teorias do apinhamento 
 
Ocorre, geralmente, entre 18 e 20 anos. 
 
↪ ​Ausência de atrição normal na dieta moderna: 
⇢ Um ortodontista australiano avaliou aborígenes australianos e viu que eles não tinham 
apinhamento, mesmo com a evolução. Começou a estudar e viu que não tinham porque se 
alimentavam de carne muito dura, e essas carnes entravam e desgastavam entre um dente e 
outro. Depois caiu, porque os aborígenes evoluíram de uma alimentação mais dura p/ uma mais 
pastosa e mesmo assim não apresentavam apinhamento. 
↪ ​Pressão dos terceiros molares: 
⇢ Muita gente extrai 3º molar porque falam que ele provoca o apinhamento; 
⇢ Não faz sentido, porque não é responsável, visto que não há força suficiente p/ empurrar o 2º 
molar, depois o 1º molar e assim por diante. 
↪ ​Crescimento mandibular tardio: 
⇢ Teoria correta; 
⇢ 18 à 20 anos (mesma idade que irrompe os 3ºs molares) existe o crescimento residual da 
mandíbula (mandíbula está parada, mas cresce um pouco). Caso esteja com uma oclusão certa 
(superior tocando no inferior) e se essa mandíbula crescer um pouco, p/ evitar que cruzem na 
região anterior, os IIs retrinincliam, acabam consumindo espaço, e assim, apinham.