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ESTUDO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM POR MEIO LÚDICO Professora: Me. Sonia Maria de Campos Silva DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Projeto Gráfico Thayla Guimarães Design Educacional Marcus Vinicius Almeida Machado Design Gráfico Bruna Stefane Martins Marconato Ilustração Bruna Stefane Martins Marconato Qualidade Textual Estela Pereira dos Santos C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; SILVA, Sonia Maria de Campos. Os Processos de Aprendizagem por Meio Lúdico: Jogos e Brincadeiras. Sonia Maria de Campos Silva. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 29 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Processos de aprendizagem. 2. Brincadeiras. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 370.1 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| O QUE É O LÚDICO? 10| O INCENTIVO DA LUDICIDADE ÀS CRIANÇAS COMO UMA DAS PRINCIPAIS FONTES DE APRENDIZAGEM 14| NECESSIDADE DE SE ESTABELECER A CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO E NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar conceituação sobre o lúdico. • Entender o que é lúdico e sua importância no desenvolvimento cogniti- vo da criança. • Destacar as ideias do brincar, brincadeiras, jogos e brinquedos. • Demonstrar a importância do brincar para a educação, em especial, para a educação infantil. • Ressaltar a necessidade de incentivar a ludicidade como prática pedagógica. • Salientar que é preciso uma conscientização acerca da relevância da lu- dicidade para a aprendizagem da criança, sua formação e a busca pelo conhecimento. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • O que é o lúdico? • O incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de aprendizagem • Necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança ESTUDO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM POR MEIO LÚDICO INTRODUÇÃO introdução Olá, querido(a) aluno(a). Iniciaremos o nosso estudo sobre o processo de apren- dizagem, no qual o lúdico figura como uma das principais fontes, ou seja, sobre a importância do brincar, dos jogos e dos brinquedos para a formação da apren- dizagem e respectivo processo de conhecimento pelo aluno. A ludicidade deve ser encarada como um aporte didático, como uma prática pedagógica, como um instrumento a ser utilizado pelo educador, e não mero “brincar por brincar”. Trata-se de uma prática muito importante para a criança, pois o “brincar” precisa fazer parte do seu cotidiano, e trazê-lo para o ambiente escolar não apenas aproxima o aluno, como desperta sua atenção e seu interesse, além de facilitar o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, psíquicas e sociais. O lúdico deve, por conseguinte, ser incentivado, em especial na educação infantil, como uma das principais fontes de aprendizagem, sendo igualmente necessário que haja a conscientização de tal prática, face sua relevância para a aprendizagem e para o direito à educação propriamente dito. Em verdade, o universo lúdico, se incentivado e realizado de forma cons- ciente e informada, vai ao encontro com os objetivos e as finalidades do direito à educação, previstos na Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Estatuto da Criança e do Adolescente, como exemplo (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. Estes serão os conteúdos que abordaremos em nossas aulas. Bom estudo! Pós-Universo 6 o que é o lúdico? Caro(a) aluno(a), o presente estudo possui como escopo trazer considerações acerca do processo de aprendizagem por meio lúdico. A referida ideia inicial nos remete ao seguinte questionamento: é possível jogar e brincar como forma de educar? Ou ainda: o lúdico na aprendizagem, em especial na educação infantil, é importante? Para tanto, é preciso conceituar o que seria o processo de ensino e aprendiza- gem que utiliza o método lúdico, ou seja, responder às seguintes indagações: o que é o lúdico? Será que essa metodologia apenas induz à ideia do “brincar por brincar”? Este será o nosso objeto de estudo nesta primeira aula. A educação é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 a todos, sendo insculpida como dever do Estado e da família, devendo, ainda, haver a cola- boração da sociedade (conforme nos aponta o artigo 205, da Constituição Federal). Ressalta-se também o dever do Estado em relação à prestação da educação básica, no artigo 208, incisos I e IV, obrigação que foi reiterada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Pós-Universo 7 Ao Estado, segundo referidos diplomas, compete garantir a educação infantil, em creche e pré-escola, para crianças de até 5 (cinco) anos de idade. A educação infantil é um dos estágios da educação básica que é obrigatório e engloba a educação dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos. É, em especial, no contexto da educação infantil que reside à importância do lúdico. E, afinal, o que podemos entender pelo lúdico? O que vocês acadêmicos esperam de tal método de aprendizagem? Há diversas definições para o termo lúdico, sendo que no dicionário Michaelis ([2018], online)1 podemos extrair a seguinte conceituação: “1. Relativo a jogos, brin- quedos ou divertimentos. 2. Relativo a qualquer atividade que distrai ou diverte. e 3. PEDAG Relativo a brincadeiras e divertimentos, como instrumento educativo”. Da leitura do conceito acima, podemos afirmar que o lúdico não é apenas o “brincar por brincar”. O lúdico pode ser analisado como instrumento educativo. Nesse sentido, Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos (2007) afirmam que: “ O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas às suas necessidades de sobrevi- vência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes e impedidas. Brincar é envolvente, interessante e informa- tivo. Envolvente porque coloca a criança em um contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topoló- gico. Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança, dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse con- texto, ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados e imaginados (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2007, p. 13-14). A atividade lúdica, por conseguinte, surgiu como forma de abordar o conhecimen- to de diferentes maneiras que favorece, por exemplo, a interdisciplinaridade, sendo que o “lúdico é reconhecido como elemento essencial para o desenvolvimento das várias habilidades em especial a percepção da criança”, isto é, “refere-se a uma di- mensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação” (SANTOS, 2012, p. 3-4). Pós-Universo 8 Além disso, os jogos lúdicos possibilitam uma educação cooperativa e interacio- nal, logo, estimulam a convivência em grupo (FRIEDMANN, 1996,41). Portanto, é possível afirmar que o lúdico não se trata de mero “brincar” ou “jogar”, mas, sim, de uma prática com embasamento pedagógico. É, pois, um mecanismo be- néfico não apenas à criança, que está familiarizada com o brincar, mas também aos docentes, que encontram em tal mecanismo, um aporte para enfrentar as dificulda- des existentes no ambiente escolar, como exemplos: desatenção, falta de motivação das crianças etc. As atividades lúdicas, nesse contexto, possibilitam que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento. Não é, desse modo, um processo pedagógico mais interessante às crianças? Há descompasso com a finalidade da educação? Qual a opinião de vocês alunos(as) a respeito? “Educar é ir em direção à alegria” (SNEYDERS, 1996, p. 36), é possibilitar o conhe- cimento com qualidade, desenvolver a pessoa e formar sua personalidade, e, ao fazê-lo com recursos pedagógicos, como o lúdico, mais dinâmico e proveitoso será. Caros acadêmicos(as), qual a atividade desenvolvida, em essência, pelas crianças fora do ambiente escolar? E se perguntarmos para uma criança o que ela gostaria de fazer, qual provavelmente seria a resposta? O brincar está associado à vida da criança, faz parte de sua rotina. Para a criança, brincar é viver (SANTOS, 1999). Dessa feita, “a criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como, a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil” (DALLABONA; MENDES, 2004, p. 108). Ocorre que, não raras vezes, a criança está submetida a uma série de ativida- des, que a afasta dessa característica de “ser criança”, de poder brincar. Por exemplo, uma série de obrigações é imposta às crianças, sem que se dê o devido respeito à importância do brincar. Reside aí mais um aspecto de importância do lúdico como instrumento pedagógico, como resgate dessa necessidade que a criança possui, favorecendo seu aprendizado, o desenvolvimento de suas habilidades e seu relacio- namento com as outras pessoas. Pós-Universo 9 A charge abaixo retrata essa situação: Hoje às dezesseis horas você vai ao Inglês… Tenho sim mamãe! Quando vou ter tempo para ser criança? … Às dezoito você vai a natação, às vinte horas tem aula de violino. Não se esqueça! Você tem alguma dúvida? Fonte: adaptado de Alexandre Beck ([2018], on-line)2. Qual o papel do lúdico no contexto da educação infantil? A prática da ludici- dade no ambiente escolar pode exercer benefícios para criança, em relação à sua formação e manutenção de suas peculiaridades e direitos? reflita Na próxima aula, abordaremos a questão objeto de reflexão acima, isto é, sobre a im- portância da ludicidade no ambiente escolar, em especial para a aprendizagem na educação infantil. O universo lúdico abrange os termos “brincar, brincadeira, jogo e brinquedo”, sendo que o termo “brincar” caracteriza tanto a brincadeira quanto o jogo e o brinquedo, sendo estes objetos suporte da brincadeira e/ou do jogo. Entretanto, há doutrinadores que apontam diferença entre as referidas ter- minologias (brinquedo, jogo e brincadeira). Em linhas gerais, o brinquedo seria um objeto suporte da brincadeira, sendo que a estruturação se distin- gue por alguma estruturação ou utilização de regras, por exemplo, brincar de casinha, polícia e ladrão, podendo ser tanto coletiva quanto individual. Por sua vez, a noção de jogo estaria ligada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira, sendo uma atividade estruturada e estabelecida por regras mais explícitas, como o jogo de mímica, por exemplo. Para saber mais, acesse: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/ definicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo/35529>. Fonte: a autora. saiba mais Pós-Universo 10 o incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de aprendizagem Vimos, na aula anterior, que o brincar é uma prática importante para a criança, faz parte de seu cotidiano, sendo imperioso respeitar a realidade vivenciada pela criança. Contudo, caros(as) alunos(as), podemos falar que a ludicidade é uma fonte de aprendizagem? Sim, podemos, conforme já induzido na aula anterior. Não só podemos como é preciso um incentivo para a adoção do lúdico como instrumento pedagógico, a ser utilizado, em especial, na educação infantil. Pós-Universo 11 O lúdico integra o mundo infantil de todo ser humano, desse modo, “os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se”, logo, “o olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino e aprendizagem na fase da infância” (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). Acrescentam as autoras que: “ Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadei- ras através de uma forma intensa e total (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). Além disso, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70). Desse modo, é possível falarmos que é um grande desafio da atualidade extrair a ideia que muitas crianças têm de que a brincadeira não é um elemento existente na vida diária em sala de aula. Nesse sentido: “o desafio, para as escolas e sociedade hoje e do futuro, é encontrar maneiras para as crianças experimentarem, até mesmo aprenderem a brincar, oferecendo a liberdade para desenvolverem a variedade de habilidades fundamentais para a aprendizagem e a vida adulta” (BROCK et al, 2011, p.192). A referida circunstância vai ao encontro dos preceitos e objetivos da educação, pois, conforme Vygotsky (1989, p. 5), a educação promove a construção de estruturas e sistemas psicológicos complexos, podendo-se apontar, a título de exemplificação, a compensação e os mecanismos de correção (1989, p.5). Nesse contexto, “ A prática docente, nessa perspectiva, possibilita que os alunos possam rea- lizar suas atividades por si mesmos, desenvolvendo tarefas cada vez mais complexas, com a mediação do profissional ou de outras crianças. A ação pedagógica deve conduzir o aluno à independência, autonomia e autoes- tima (ROSS, 2006, p. 276). Pós-Universo 12 O lúdico, dessa maneira, é uma prática pedagógica que está em consonância com a refe- rida necessidade, pois possibilita que a criança tenha a liberdade, ou seja, independência e autonomia no processo de aprendizagem e formação do conhecimento. Podemos falar, então, que a ludicidade é fator relevante para aprendizagem da criança, logo, para construção do conhecimento. Isso porque é necessário assegurar a “capaci- dade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, interpretar, compreender” (ROSS, 2006, p. 276). O lúdico enseja uma contribuição para o aprendizado do aluno, em especial da criança, pois através da aludida prática pedagógica, o aluno interage mais em sala de aula, uma vez que desperta a vontade de aprender, assim como o seu interesse no con- teúdo, de forma que a criança aprende o que foi ensinado, estimulando o pensamento e o questionamento, ou seja, não incentiva a mera repetição de ideias (LISBOA, 2009). Brenelli (2005) acrescenta que, por meio de jogos, estimula-se o aluno a superar os de- safios, já que precisa utilizar a criatividade para lidar com situações imprevisíveis. Ademais, “ A ascensão do abstrato para o concreto semove do geral para o particular porque os estudantes inicialmente buscam e registram o “germe” primário geral, em seguida deduzem vários aspectos particulares do assunto usando esse “germe” como esteio principal. Segundo essa estratégia é essencialmente genética, visando descobrir e reproduzir as condições de origem dos con- ceitos a serem adquiridos (ENGESTROM, 2002, p. 185). Além do mais, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70). Infere-se, caros(as) acadêmicos(as), que “a atividade lúdica pode ser um eficien- te recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual” (RIZZO, 2001, p. 40). Por isso, é muito importante que ocorra o incentivo às práticas pedagógicas lúdicas, sobretudo, na educação infantil, pois “o educador possui um papel nesse processo (educação), que é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de forma crítica e reflexiva na sociedade” (RAU; ROMANOWSKI; MARTINS, 2005, p. 650). A ludicidade é uma das principais fontes de aprendizagem, na educação infantil, porém não se trata da única fonte. Isso porque “a aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e cul- turais”, é, em verdade, “resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações” (LEAL, 2011, p. 14). Pós-Universo 13 Sendo assim, é de suma relevância que seja reconhecida a importância do lúdico como método, como fonte de aprendizagem na educação infantil, devendo haver o seu incentivo, para que os educadores possam atrelar tal prática às outras fontes, de forma a possibilitar o desenvolvimento pleno do educando, propiciar que seja as- segurado o desenvolvimento das suas aptidões, habilidades, e, consequentemente, do conhecimento propriamente dito. Conforme está contido no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, criado pelo Ministério da Educação e do Desporto: “ Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confian- ça, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvi- mento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23). A criança precisa de uma riqueza e uma diversidade nas experiências que são oferta- das nas instituições para que possa exercer sua capacidade de criar, daí a importância do lúdico como fonte de aprendizagem, porém é preciso que haja consciência de tal circunstância, sobretudo, por parte dos docentes, conforme abordaremos na ter- ceira aula. Neste estudo ressaltamos a importância da ludicidade na educação infantil. Porém é preciso mencionar que a aludida prática pedagógica também é rele- vante no ensino fundamental, ensino médio e até mesmo nas universidades. Fonte: adaptado de Roloff (2010). atenção Pós-Universo 14 necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança Nas aulas anteriores, vimos o conceito e as noções gerais sobre o lúdico e também a importância do lúdico para a aprendizagem para as crianças. Porém, há, de fato, uma consciência acerca da relevância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança? Podemos falar que os docentes possuem ciência da im- portância de tal fonte de aprendizagem e do seu papel nesse contexto? Pós-Universo 15 As atividades lúdicas geram várias contribuições ao desenvolvimento da criança, seja de forma específica, ou de forma generalizada, uma vez que motivam a criança em todos os seus sentidos (OLIVEIRA, 2016, p. 7-8). No mesmo viés, afirma Airton Negrine (1994, p. 19) que: “ As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetivi- dade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. Em face da importância da ludicidade, é preciso que haja uma conscientização sobre a aludida prática enquanto meio pedagógico, ou seja, que haja a conscientização acerca de sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, seja em relação aos próprios alunos, seja em relação aos familiares, docentes e a sociedade em si considerada. Não se pode perder de vista, também, que o Estado precisa exercer seu papel, isto é, precisa conscientizar e incentivar a prática lúdica, tanto em relação às escolas públicas, quanto em relação às instituições educacionais privadas. Um dos principais participantes no contexto lúdico é o docente. Isso porque “ É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem ob- servar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem (BRASIL, 1998, p. 28). O incentivo da ludicidade e sua execução pelos docentes, mediante materiais adequados, permite que a criança possa enriquecer em termos de competências imaginativas, criativas e organizacionais. No entanto, é preciso que o professor se atente às peculiaridades da turma, dos alunos, de forma a propiciar que os jogos e as brincadeiras ocorram de forma diversificada. Pós-Universo 16 É preciso que: “ O professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e esta- bilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relati- vas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e des- tituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáti- cas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão (BRASIL, 1998, p. 29). Portanto, é preciso que o professor tenha consciência e acredite na ludicidade como método de aprendizagem, pois, caso contrário, o método pode se perder no discur- so, e, dessa forma, dificultar o acesso ao conhecimento, ao invés de facilitá-lo. Em verdade, não basta que o docente desperte a atenção do aluno através dos jogos e brincadeiras, é preciso que o ajude, de forma efetiva, a construir seus conhecimen- tos (ROLOFF, 2010, p. 9). Melo e Cavalari (2010, p. 158), também ressaltam a importância da atividade lúdica para o desenvolvimento integral da criança: “ Para Educação Infantil, a atividade recreativa tem aspectos importantíssimos, pois o brincar não constitui apenasuma atividade para passar o tempo, mas tem uma função primordial nos aspectos que envolvem a criança, possibili- tando o desenvolvimento integral, já que ela está inserida em um ambiente no qual se torna na maioria das vezes uma parte do seu lar, assim a criança enreda-se afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente ações. A criança brinca e ao mesmo tempo adquire o autoconhecimento que parte da descoberta do próprio corpo e engloba naturalmente a cultura e se conhece num determinado contexto. Pós-Universo 17 Por conseguinte, a atividade lúdica caminha em compasso com as diretrizes consti- tucionais da educação, pois favorece o pleno desenvolvimento da pessoa (artigo 205, caput, da Constituição Federal/1988), assim como, em relação aos ditames da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (artigo 2º) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 3º e artigo 53). Os referidos diplomas (constitucionais e legais) embora tenham redações distin- tas, estipulam que a educação deve assegurar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, em especial da criança e do adolescente, de forma a facultar o “desenvol- vimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”, conforme disposto no art. 3º, da Lei nº 8.069 sobre o ECA (BRASIL, 1990, on-line). Ademais, o ato de brincar é um direito reconhecido na Declaração dos Direitos da Criança, de 1959, expresso no artigo 7º: “A criança deve ter todas as possibilida- des de se entregar a jogos e atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o exercício deste direito” (BRASIL, 1990, on-line). Dessa forma, à luz dos ensinamentos descritos neste primeiro momento do nosso estudo, podemos afirmar, caros(as) acadêmicos(as), que a ludicidade, isto é, o incen- tivo ao “brincar” no ambiente educacional, de forma pedagógica, é uma prática que precisa ser incentivada, pois há inúmeros benefícios em tal modalidade de apren- dizagem para a criança, sendo necessário que haja a conscientização em relação à essa prática, principalmente por parte dos docentes. A ludicidade possui importância e relevância para a formação da criança e do adolescente, sendo um mecanismo eficaz, se realizado de forma adequada, com diversidade e estímulo ao aprendizado, para o conhecimento, moldando-se à fina- lidade do direito à educação: o pleno desenvolvimento da pessoa humana, dentre outras finalidades. atividades de estudo São diversas as práticas lúdicas que podem ser utilizadas pelo educador no ambiente escolar, dentre as quais é possível citar o jogo “Pega Varetas”. Segundo Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos, “ao jogar pega-varetas, por exemplo, uma criança precisa observar a cada captura, todas as varetas vizinhas àquela que pretende resgatar”, ressaltando que “essa simples ação é consequência de várias outras: considerar as regras, prestar atenção a elas, observar a configuração do maço espalhado na mesa e os diferentes pontos de contato entre as varetas e, só então, tomar uma decisão, escolhendo a melhor” (2011, p. 24). Isso significa que o jogo estimula a análise das possibilidades, a organização das ações e a resolver referido problema. Afinal, qual a sistemática do referido jogo? A criança (ou outro jogador) deve soltar um maço composto por 41 varetas, sendo de cores amarelas, vermelhas, verdes, azuis e uma preta. Cada cor possui uma pontuação es- pecífica. Cada um dos jogadores irá capturar uma a uma, sem mover as demais, e, se isso ocorrer, “passa a vez” para o outro e assim sucessivamente. Vence aquele que, ao final, obter a maior pontuação. O jogo, sendo assim, requer organização e planejamento, respeito às regras, atenção e an- tecipação das ações. Após a reflexão acerca do jogo acima mencionado, em compasso com a leitura do nosso material de apoio e respectiva aula, responda: 1. O “Jogo de Varetas” (ou “Pega Varetas”) como o próprio nome sugere consiste em um jogo, uma brincadeira. Sobre referida atividade podemos afirmar que: a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo educador, já que estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como exemplo: a concentração. b) Não pode ser considerada como uma prática lúdica, não havendo qualquer fina- lidade pedagógica. c) Trata-se de uma atividade apenas de entretenimento, podendo ser sugerida pelo educador apenas como prática a ser realizada pelas crianças no recreio. d) Embora estimule a organização e o desenvolvimento, não possui qualquer bene- fício relacionado ao aprendizado da criança. e) Nenhuma das afirmativas anteriores está correta. atividades de estudo 2. A respeito do lúdico, ou seja, do universo dos jogos e das brincadeiras, na escola, analise as assertivas abaixo, verificando se consistem em afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) O educador possui papel fundamental na realização da atividade lúdica, como, por exemplo, no “Jogo de Varetas”, pois, poderá propor desafios, instigar a refle- xão e ajudar os educandos a perceberem semelhanças entre os contextos do jogo e da escola. ( ) Caso o educador não participe da atividade, corre-se o risco de que o jogar caia no seu uso comum, ou seja, mero “brincar por brincar”. ( ) O jogo não possui qualquer relevância para a construção de relações sociais da criança com as demais, sua adaptação ao ambiente escolar, ao contrário, estimu- la a competição e a rivalidade entre as mesmas. Com base nas assertivas acima, assinale a alternativa que corresponde à sequên- cia correta: a) V – V – V. b) F – V – F. c) V – V – F. d) V – F – F. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. atividades de estudo 3. O jogo “Pega Varetas” possibilita ao educador a análise dos alunos, dos seus compor- tamento e das suas habilidades, podendo vincular o cenário ocorrido na brincadeira ao contexto do aprendizado, por exemplo, apurar eventual “baixo rendimento” da criança. No jogo “Pega Varetas” como causas do “baixo rendimento” é possível citar: em primeiro lugar, a criança não teve domínio das regras; em segundo, não houve concentração, a criança não prestou atenção no jogo; em terceiro, tentou jogar da melhor maneira, porém não conseguiu acertar. O professor precisa observar a brin- cadeira para que possa averiguar o motivo e direcionar a criança para que ela supere, na próxima vez, os obstáculos enfrentados Sobre o cenário narrado, é correto dizer que: a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levanta- mento das dificuldades enfrentadas pela criança e de seus erros, questionando, por exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determina- do problema, pois assim compreenderá sua forma de raciocinar. b) Não há qualquer relação com os métodos pedagógicos e com o aprender, não gerando benefícios ao aprendizado. c) O professor deve apenas focar no resultado final, não sendo relevante a estraté- gia utilizada pela criança. d) A brincadeira não possibilita que o professor avalie as competências e as dificul- dades da criança, não sendo possível a identificação de eventual problema, como a falta de concentração, por exemplo. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. atividades de estudo 4. Os jogos, segundo os autores retratados nas considerações iniciais do estudo de caso proposto, na obra Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar: “podem constituir um excelente instrumento para ajudar nossos alunos a se envolverem em projetos que representem situações significativas e que, simultaneamente, darão subsídios e/ou suporte para acontecimentos futuros” (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2011, p. 29). Assinale a alternativa que corresponde à vinculação da ideia acima descrita pelos autores ao contexto do jogo “Pega Varetas”: a) A criança no jogo sugerido apenas seráincentivada a pensar antes de agir. b) Apenas estimula a criança a planejar as suas ações. c) O objetivo do jogo é estimular apenas a concentração, que será importante para o aprendizado. d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas ações, o que é relevante para a obtenção de bons resultados, estimulando-se, ainda, a concentração e a criatividade. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. resumo O “brincar” faz parte do cotidiano, em especial, para as crianças, sendo um grande desafio na atua- lidade inseri-lo no ambiente escolar. O universo lúdico representa tal finalidade, ou seja, inserir o contexto do brincar, das brincadeiras e dos jogos como método educativo. O lúdico deve ser incentivado, pois consiste em uma principal fonte de aprendizagem, já que se trata de uma prática envolvente, interessante e informativa e que possibilita o desenvolvimen- to de diversas habilidades. Ademais, por meio do lúdico, a criança aprende consigo mesma, assim como aprende com os objetos e demais pessoas envolvidas nas brincadeiras, favorecendo não apenas seu aprendizado, mas também sua interação social. As atividades lúdicas fazem com que, nesse cenário, o apren- der seja uma realidade divertida e alegre, ou seja, possibilita que a criança seja criança, mas que se desenvolva ao mesmo tempo. Portanto, o lúdico deve ser encarado como um fator importante no processo de ensino-apren- dizagem, em especial na educação infantil, podendo ser apontado como elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Trata-se, pois, de um desafio na atualidade executar atividades lúdicas que possibilitem o de- senvolvimento de habilidades fundamentais para a aprendizagem e para a vida adulta, uma vez que a ação pedagógica deve conduzir o aluno para a independência, autonomia e autoestima. O lúdico enseja contribuição para o aprendizado da criança, pois possibilita uma maior interação, desperta o interesse em aprender, estimula o pensamento e o questionamento, dissociando-se da mera repetição de ideias, podendo apontar, ainda, o estímulo à superação dos desafios, e, por consequência, da criatividade. É um eficiente recurso, aliado do educador, sendo imperiosa a consciência da importância de tal prática para o aprendizado e para a educação em si considerada. Impõe-se, assim, que haja conscientização acerca da ludicidade enquanto método pedagógico, ou seja, sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, assim como é necessária uma conscientização por parte do educador do seu papel nesse cenário. resumo O professor precisa ter consciência sobre a ludicidade, de sua importância para a educação, sob pena de se tornar mero discurso, ou seja, é preciso que o educador tenha convicção de que se trata de uma atividade didática, que existem objetivos didáticos nas brincadeiras e jogos a serem desenvolvidos. Havendo consciência sobre as práticas lúdicas e incentivadas como fonte de aprendizagem, essas práticas caminharão em compasso com a finalidade do direito à educação, a qual é (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. material complementar Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar Autor: Lino de Macedo; Ana Lúcia Sícoli Petty; Norimar Christe Passos Editora: Artmed Sinopse: Há 14 anos, os integrantes do Laboratório de Psicopedagogia (LaPp), do Instituto de Psicologia da USP, estudam e fazem pesquisas com jogos, visando contribuir para o professor aprender a utilizá-los como um importante instrumento em seu dia-a-dia. Este segundo livro de Lino de Macedo, Ana Lúcia Sícoli Petty e Norimar Christe Passos é um novo recurso valioso para professores que trabalham com oficinas de jogos no ensino fundamental, com vistas a fa- cilitar o desenvolvimento da leitura e da escrita de seus alunos. Além disso, o trabalho com jogos proposto neste livro permitirá criar e gerir situações de aprendizagem mais condizen- tes com a diversidade e a tornar realidade a tão necessária avaliação formativa, porque faz da observação e da regulação uma nova e melhor forma de se atribuir valor e promover as produções de cada criança. Trata-se de um subsídio ricamente ilustrado que, assim como o Aprender com jogos e situações-problema, título anterior, será de grande ajuda para a qua- lificação do cotidiano pedagógico. Tarja Branca - A revolução que faltava Ano: 2014 Sinopse: A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, o documentário discorre sobre a pluralidade do ato de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que mora dentro dele. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas de como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode estar interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu “espírito lúdico”. referências BRASIL. Decreto-lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>. Acesso em: 23 fev. 2018. ______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec. gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2018. BRENELLI, R. O jogo como espaço para pensar. 5. ed. Campinas: Papirus, 2005. BROCK, A. et al. Brincar: Aprendizagem para a Vida. São Paulo: ArtMed, 2011. DALLABONA, S. R.; MENDES, S. M. S. 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Acesso em: 23 fev. 2018. resolução de exercícios 1. a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo edu- cador, já que estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como exemplo: a concentração. 2. c) V – V – F. 3. a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levanta- mento das dificuldades enfrentadas pela criança e de seus erros, questionando, por exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determinado pro- blema, pois assim compreenderá sua forma de raciocinar. 4. d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas ações, o que é relevante para a obtenção de bons resultados, estimulando-se, ainda, a concentração e a criatividade.