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PAPMLJB_U01 a LUDICO E JOGOS

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ESTUDO DO PROCESSO ENSINO 
E APRENDIZAGEM POR MEIO 
LÚDICO
Professora:
Me. Sonia Maria de Campos Silva
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Marcus Vinicius Almeida Machado 
Design Gráfico Bruna Stefane Martins Marconato 
Ilustração Bruna Stefane Martins Marconato 
Qualidade Textual Estela Pereira dos Santos
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SILVA, Sonia Maria de Campos.
 
 Os Processos de Aprendizagem por Meio Lúdico: Jogos e 
Brincadeiras. Sonia Maria de Campos Silva.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 29 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Processos de aprendizagem. 2. Brincadeiras. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 370.1
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| O QUE É O LÚDICO?
10| O INCENTIVO DA LUDICIDADE ÀS CRIANÇAS COMO UMA 
DAS PRINCIPAIS FONTES DE APRENDIZAGEM
14| NECESSIDADE DE SE ESTABELECER A CONSCIÊNCIA DA 
IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NO 
DESENVOLVIMENTO E NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Apresentar conceituação sobre o lúdico.
 • Entender o que é lúdico e sua importância no desenvolvimento cogniti-
vo da criança.
 • Destacar as ideias do brincar, brincadeiras, jogos e brinquedos.
 • Demonstrar a importância do brincar para a educação, em especial, para a 
educação infantil.
 • Ressaltar a necessidade de incentivar a ludicidade como prática pedagógica.
 • Salientar que é preciso uma conscientização acerca da relevância da lu-
dicidade para a aprendizagem da criança, sua formação e a busca pelo 
conhecimento.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • O que é o lúdico? 
 • O incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de 
aprendizagem
 • Necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e 
das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança
ESTUDO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM POR MEIO 
LÚDICO
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, querido(a) aluno(a). Iniciaremos o nosso estudo sobre o processo de apren-
dizagem, no qual o lúdico figura como uma das principais fontes, ou seja, sobre 
a importância do brincar, dos jogos e dos brinquedos para a formação da apren-
dizagem e respectivo processo de conhecimento pelo aluno.
A ludicidade deve ser encarada como um aporte didático, como uma prática 
pedagógica, como um instrumento a ser utilizado pelo educador, e não mero 
“brincar por brincar”.
Trata-se de uma prática muito importante para a criança, pois o “brincar” 
precisa fazer parte do seu cotidiano, e trazê-lo para o ambiente escolar não 
apenas aproxima o aluno, como desperta sua atenção e seu interesse, além de 
facilitar o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, psíquicas e sociais. 
O lúdico deve, por conseguinte, ser incentivado, em especial na educação 
infantil, como uma das principais fontes de aprendizagem, sendo igualmente 
necessário que haja a conscientização de tal prática, face sua relevância para a 
aprendizagem e para o direito à educação propriamente dito. 
Em verdade, o universo lúdico, se incentivado e realizado de forma cons-
ciente e informada, vai ao encontro com os objetivos e as finalidades do direito 
à educação, previstos na Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação e do Estatuto da Criança e do Adolescente, como exemplo (dentre 
outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente.
Estes serão os conteúdos que abordaremos em nossas aulas.
Bom estudo!
Pós-Universo 6
o que é
o lúdico?
Caro(a) aluno(a), o presente estudo possui como escopo trazer considerações acerca 
do processo de aprendizagem por meio lúdico. A referida ideia inicial nos remete 
ao seguinte questionamento: é possível jogar e brincar como forma de educar? Ou 
ainda: o lúdico na aprendizagem, em especial na educação infantil, é importante?
Para tanto, é preciso conceituar o que seria o processo de ensino e aprendiza-
gem que utiliza o método lúdico, ou seja, responder às seguintes indagações: o que 
é o lúdico? Será que essa metodologia apenas induz à ideia do “brincar por brincar”? 
Este será o nosso objeto de estudo nesta primeira aula. 
A educação é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 a todos, 
sendo insculpida como dever do Estado e da família, devendo, ainda, haver a cola-
boração da sociedade (conforme nos aponta o artigo 205, da Constituição Federal). 
Ressalta-se também o dever do Estado em relação à prestação da educação básica, 
no artigo 208, incisos I e IV, obrigação que foi reiterada na Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação.
Pós-Universo 7
Ao Estado, segundo referidos diplomas, compete garantir a educação infantil, em 
creche e pré-escola, para crianças de até 5 (cinco) anos de idade. A educação infantil 
é um dos estágios da educação básica que é obrigatório e engloba a educação dos 
4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos.
É, em especial, no contexto da educação infantil que reside à importância do 
lúdico.
E, afinal, o que podemos entender pelo lúdico? O que vocês acadêmicos esperam 
de tal método de aprendizagem?
Há diversas definições para o termo lúdico, sendo que no dicionário Michaelis 
([2018], online)1 podemos extrair a seguinte conceituação: “1. Relativo a jogos, brin-
quedos ou divertimentos. 2. Relativo a qualquer atividade que distrai ou diverte. e 3. 
PEDAG Relativo a brincadeiras e divertimentos, como instrumento educativo”.
Da leitura do conceito acima, podemos afirmar que o lúdico não é apenas o 
“brincar por brincar”. O lúdico pode ser analisado como instrumento educativo.
Nesse sentido, Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos (2007) afirmam 
que:
 “
O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade 
das crianças quando não estão dedicadas às suas necessidades de sobrevi-
vência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças brincam se não estão 
cansadas, doentes e impedidas. Brincar é envolvente, interessante e informa-
tivo. Envolvente porque coloca a criança em um contexto de interação em 
que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem 
de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topoló-
gico. Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança, 
dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse con-
texto, ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos 
pensados e imaginados (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2007, p. 13-14).
A atividade lúdica, por conseguinte, surgiu como forma de abordar o conhecimen-
to de diferentes maneiras que favorece, por exemplo, a interdisciplinaridade, sendo 
que o “lúdico é reconhecido como elemento essencial para o desenvolvimento das 
várias habilidades em especial a percepção da criança”, isto é, “refere-se a uma di-
mensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação” 
(SANTOS, 2012, p. 3-4).
Pós-Universo 8
Além disso, os jogos lúdicos possibilitam uma educação cooperativa e interacio-
nal, logo, estimulam a convivência em grupo (FRIEDMANN, 1996,41).
Portanto, é possível afirmar que o lúdico não se trata de mero “brincar” ou “jogar”, 
mas, sim, de uma prática com embasamento pedagógico. É, pois, um mecanismo be-
néfico não apenas à criança, que está familiarizada com o brincar, mas também aos 
docentes, que encontram em tal mecanismo, um aporte para enfrentar as dificulda-
des existentes no ambiente escolar, como exemplos: desatenção, falta de motivação 
das crianças etc. 
As atividades lúdicas, nesse contexto, possibilitam que a criança aprenda com 
prazer, alegria e entretenimento. Não é, desse modo, um processo pedagógico mais 
interessante às crianças? Há descompasso com a finalidade da educação? Qual a 
opinião de vocês alunos(as) a respeito?
“Educar é ir em direção à alegria” (SNEYDERS, 1996, p. 36), é possibilitar o conhe-
cimento com qualidade, desenvolver a pessoa e formar sua personalidade, e, ao 
fazê-lo com recursos pedagógicos, como o lúdico, mais dinâmico e proveitoso será.
Caros acadêmicos(as), qual a atividade desenvolvida, em essência, pelas crianças 
fora do ambiente escolar? E se perguntarmos para uma criança o que ela gostaria de 
fazer, qual provavelmente seria a resposta?
O brincar está associado à vida da criança, faz parte de sua rotina. Para a criança, 
brincar é viver (SANTOS, 1999). Dessa feita, “a criança brinca porque brincar é uma 
necessidade básica, assim como, a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são 
vitais para o desenvolvimento do potencial infantil” (DALLABONA; MENDES, 2004, 
p. 108).
Ocorre que, não raras vezes, a criança está submetida a uma série de ativida-
des, que a afasta dessa característica de “ser criança”, de poder brincar. Por exemplo, 
uma série de obrigações é imposta às crianças, sem que se dê o devido respeito à 
importância do brincar. Reside aí mais um aspecto de importância do lúdico como 
instrumento pedagógico, como resgate dessa necessidade que a criança possui, 
favorecendo seu aprendizado, o desenvolvimento de suas habilidades e seu relacio-
namento com as outras pessoas.
Pós-Universo 9
A charge abaixo retrata essa situação:
Hoje às dezesseis 
horas você vai ao 
Inglês…
Tenho sim 
mamãe!
Quando 
vou ter 
tempo para 
ser criança? 
… Às dezoito você vai a 
natação, às vinte horas 
tem aula de violino.
Não se esqueça!
Você tem alguma dúvida?
Fonte: adaptado de Alexandre Beck ([2018], on-line)2.
Qual o papel do lúdico no contexto da educação infantil? A prática da ludici-
dade no ambiente escolar pode exercer benefícios para criança, em relação 
à sua formação e manutenção de suas peculiaridades e direitos? 
reflita
Na próxima aula, abordaremos a questão objeto de reflexão acima, isto é, sobre a im-
portância da ludicidade no ambiente escolar, em especial para a aprendizagem na 
educação infantil. 
O universo lúdico abrange os termos “brincar, brincadeira, jogo e brinquedo”, 
sendo que o termo “brincar” caracteriza tanto a brincadeira quanto o jogo 
e o brinquedo, sendo estes objetos suporte da brincadeira e/ou do jogo. 
Entretanto, há doutrinadores que apontam diferença entre as referidas ter-
minologias (brinquedo, jogo e brincadeira). Em linhas gerais, o brinquedo 
seria um objeto suporte da brincadeira, sendo que a estruturação se distin-
gue por alguma estruturação ou utilização de regras, por exemplo, brincar 
de casinha, polícia e ladrão, podendo ser tanto coletiva quanto individual. 
Por sua vez, a noção de jogo estaria ligada tanto ao objeto (brinquedo) 
quanto à brincadeira, sendo uma atividade estruturada e estabelecida por 
regras mais explícitas, como o jogo de mímica, por exemplo. Para saber mais, 
acesse: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/
definicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo/35529>.
Fonte: a autora.
saiba mais 
Pós-Universo 10
o incentivo da ludicidade 
às crianças como uma 
das principais fontes de 
aprendizagem
Vimos, na aula anterior, que o brincar é uma prática importante para a criança, 
faz parte de seu cotidiano, sendo imperioso respeitar a realidade vivenciada pela 
criança. Contudo, caros(as) alunos(as), podemos falar que a ludicidade é uma fonte 
de aprendizagem?
Sim, podemos, conforme já induzido na aula anterior. Não só podemos como é 
preciso um incentivo para a adoção do lúdico como instrumento pedagógico, a ser 
utilizado, em especial, na educação infantil.
Pós-Universo 11
O lúdico integra o mundo infantil de todo ser humano, desse modo, “os jogos e 
brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta 
intercalam-se”, logo, “o olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, 
mas sim, de grande importância no processo de ensino e aprendizagem na fase da 
infância” (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). Acrescentam as autoras que:
 “
Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre 
os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, 
desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, 
cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao 
brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo 
que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O 
brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se 
mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadei-
ras através de uma forma intensa e total (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013).
Além disso, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está 
inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70).
Desse modo, é possível falarmos que é um grande desafio da atualidade extrair 
a ideia que muitas crianças têm de que a brincadeira não é um elemento existente 
na vida diária em sala de aula. Nesse sentido: “o desafio, para as escolas e sociedade 
hoje e do futuro, é encontrar maneiras para as crianças experimentarem, até mesmo 
aprenderem a brincar, oferecendo a liberdade para desenvolverem a variedade de 
habilidades fundamentais para a aprendizagem e a vida adulta” (BROCK et al, 2011, 
p.192).
A referida circunstância vai ao encontro dos preceitos e objetivos da educação, 
pois, conforme Vygotsky (1989, p. 5), a educação promove a construção de estruturas 
e sistemas psicológicos complexos, podendo-se apontar, a título de exemplificação, 
a compensação e os mecanismos de correção (1989, p.5). Nesse contexto,
 “
A prática docente, nessa perspectiva, possibilita que os alunos possam rea-
lizar suas atividades por si mesmos, desenvolvendo tarefas cada vez mais 
complexas, com a mediação do profissional ou de outras crianças. A ação 
pedagógica deve conduzir o aluno à independência, autonomia e autoes-
tima (ROSS, 2006, p. 276).
Pós-Universo 12
O lúdico, dessa maneira, é uma prática pedagógica que está em consonância com a refe-
rida necessidade, pois possibilita que a criança tenha a liberdade, ou seja, independência 
e autonomia no processo de aprendizagem e formação do conhecimento.
Podemos falar, então, que a ludicidade é fator relevante para aprendizagem da criança, 
logo, para construção do conhecimento. Isso porque é necessário assegurar a “capaci-
dade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, interpretar, compreender” (ROSS, 
2006, p. 276).
O lúdico enseja uma contribuição para o aprendizado do aluno, em especial da 
criança, pois através da aludida prática pedagógica, o aluno interage mais em sala de 
aula, uma vez que desperta a vontade de aprender, assim como o seu interesse no con-
teúdo, de forma que a criança aprende o que foi ensinado, estimulando o pensamento 
e o questionamento, ou seja, não incentiva a mera repetição de ideias (LISBOA, 2009).
Brenelli (2005) acrescenta que, por meio de jogos, estimula-se o aluno a superar os de-
safios, já que precisa utilizar a criatividade para lidar com situações imprevisíveis. Ademais,
 “
A ascensão do abstrato para o concreto semove do geral para o particular 
porque os estudantes inicialmente buscam e registram o “germe” primário 
geral, em seguida deduzem vários aspectos particulares do assunto usando 
esse “germe” como esteio principal. Segundo essa estratégia é essencialmente 
genética, visando descobrir e reproduzir as condições de origem dos con-
ceitos a serem adquiridos (ENGESTROM, 2002, p. 185).
Além do mais, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que 
está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70).
Infere-se, caros(as) acadêmicos(as), que “a atividade lúdica pode ser um eficien-
te recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de 
seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual” (RIZZO, 2001, p. 40).
Por isso, é muito importante que ocorra o incentivo às práticas pedagógicas 
lúdicas, sobretudo, na educação infantil, pois “o educador possui um papel nesse 
processo (educação), que é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de 
forma crítica e reflexiva na sociedade” (RAU; ROMANOWSKI; MARTINS, 2005, p. 650).
A ludicidade é uma das principais fontes de aprendizagem, na educação infantil, porém 
não se trata da única fonte. Isso porque “a aprendizagem é um fenômeno extremamente 
complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e cul-
turais”, é, em verdade, “resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, 
bem como da transferência destes para novas situações” (LEAL, 2011, p. 14).
Pós-Universo 13
Sendo assim, é de suma relevância que seja reconhecida a importância do lúdico 
como método, como fonte de aprendizagem na educação infantil, devendo haver 
o seu incentivo, para que os educadores possam atrelar tal prática às outras fontes, 
de forma a possibilitar o desenvolvimento pleno do educando, propiciar que seja as-
segurado o desenvolvimento das suas aptidões, habilidades, e, consequentemente, 
do conhecimento propriamente dito.
Conforme está contido no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 
criado pelo Ministério da Educação e do Desporto:
 “
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e 
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para 
o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e 
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confian-
ça, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade 
social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvi-
mento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades 
corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir 
para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23).
A criança precisa de uma riqueza e uma diversidade nas experiências que são oferta-
das nas instituições para que possa exercer sua capacidade de criar, daí a importância 
do lúdico como fonte de aprendizagem, porém é preciso que haja consciência de 
tal circunstância, sobretudo, por parte dos docentes, conforme abordaremos na ter-
ceira aula.
Neste estudo ressaltamos a importância da ludicidade na educação infantil. 
Porém é preciso mencionar que a aludida prática pedagógica também é rele-
vante no ensino fundamental, ensino médio e até mesmo nas universidades.
Fonte: adaptado de Roloff (2010).
atenção
Pós-Universo 14
necessidade de se 
estabelecer a consciência 
da importância dos jogos 
e das brincadeiras no 
desenvolvimento e na 
educação da criança
Nas aulas anteriores, vimos o conceito e as noções gerais sobre o lúdico e também 
a importância do lúdico para a aprendizagem para as crianças. Porém, há, de fato, 
uma consciência acerca da relevância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento 
e na educação da criança? Podemos falar que os docentes possuem ciência da im-
portância de tal fonte de aprendizagem e do seu papel nesse contexto?
Pós-Universo 15
As atividades lúdicas geram várias contribuições ao desenvolvimento da criança, 
seja de forma específica, ou de forma generalizada, uma vez que motivam a criança 
em todos os seus sentidos (OLIVEIRA, 2016, p. 7-8). No mesmo viés, afirma Airton 
Negrine (1994, p. 19) que:
 “
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam 
que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança 
e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a 
afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetivi-
dade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, 
intelectual e motriz da criança.
Em face da importância da ludicidade, é preciso que haja uma conscientização sobre a 
aludida prática enquanto meio pedagógico, ou seja, que haja a conscientização acerca 
de sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da 
criança, seja em relação aos próprios alunos, seja em relação aos familiares, docentes 
e a sociedade em si considerada. Não se pode perder de vista, também, que o Estado 
precisa exercer seu papel, isto é, precisa conscientizar e incentivar a prática lúdica, tanto 
em relação às escolas públicas, quanto em relação às instituições educacionais privadas.
Um dos principais participantes no contexto lúdico é o docente. Isso porque
 “
É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a 
estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente 
é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados 
objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços 
e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem ob-
servar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças 
em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de 
uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos 
afetivos e emocionais que dispõem (BRASIL, 1998, p. 28).
O incentivo da ludicidade e sua execução pelos docentes, mediante materiais 
adequados, permite que a criança possa enriquecer em termos de competências 
imaginativas, criativas e organizacionais. No entanto, é preciso que o professor se 
atente às peculiaridades da turma, dos alunos, de forma a propiciar que os jogos e 
as brincadeiras ocorram de forma diversificada.
Pós-Universo 16
É preciso que:
 “
O professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e esta-
bilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, 
em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve 
confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relati-
vas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais 
os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e des-
tituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os 
jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáti-
cas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não 
estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos 
em questão (BRASIL, 1998, p. 29).
Portanto, é preciso que o professor tenha consciência e acredite na ludicidade como 
método de aprendizagem, pois, caso contrário, o método pode se perder no discur-
so, e, dessa forma, dificultar o acesso ao conhecimento, ao invés de facilitá-lo. Em 
verdade, não basta que o docente desperte a atenção do aluno através dos jogos e 
brincadeiras, é preciso que o ajude, de forma efetiva, a construir seus conhecimen-
tos (ROLOFF, 2010, p. 9).
Melo e Cavalari (2010, p. 158), também ressaltam a importância da atividade lúdica 
para o desenvolvimento integral da criança: 
 “
Para Educação Infantil, a atividade recreativa tem aspectos importantíssimos, 
pois o brincar não constitui apenasuma atividade para passar o tempo, mas 
tem uma função primordial nos aspectos que envolvem a criança, possibili-
tando o desenvolvimento integral, já que ela está inserida em um ambiente 
no qual se torna na maioria das vezes uma parte do seu lar, assim a criança 
enreda-se afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente ações. A 
criança brinca e ao mesmo tempo adquire o autoconhecimento que parte da 
descoberta do próprio corpo e engloba naturalmente a cultura e se conhece 
num determinado contexto.
Pós-Universo 17
Por conseguinte, a atividade lúdica caminha em compasso com as diretrizes consti-
tucionais da educação, pois favorece o pleno desenvolvimento da pessoa (artigo 205, 
caput, da Constituição Federal/1988), assim como, em relação aos ditames da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (artigo 2º) e do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(artigo 3º e artigo 53).
Os referidos diplomas (constitucionais e legais) embora tenham redações distin-
tas, estipulam que a educação deve assegurar o pleno desenvolvimento da pessoa 
humana, em especial da criança e do adolescente, de forma a facultar o “desenvol-
vimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de 
dignidade”, conforme disposto no art. 3º, da Lei nº 8.069 sobre o ECA (BRASIL, 1990, 
on-line).
Ademais, o ato de brincar é um direito reconhecido na Declaração dos Direitos 
da Criança, de 1959, expresso no artigo 7º: “A criança deve ter todas as possibilida-
des de se entregar a jogos e atividades recreativas, que devem ser orientadas para 
os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se 
por favorecer o exercício deste direito” (BRASIL, 1990, on-line).
Dessa forma, à luz dos ensinamentos descritos neste primeiro momento do nosso 
estudo, podemos afirmar, caros(as) acadêmicos(as), que a ludicidade, isto é, o incen-
tivo ao “brincar” no ambiente educacional, de forma pedagógica, é uma prática que 
precisa ser incentivada, pois há inúmeros benefícios em tal modalidade de apren-
dizagem para a criança, sendo necessário que haja a conscientização em relação à 
essa prática, principalmente por parte dos docentes.
A ludicidade possui importância e relevância para a formação da criança e do 
adolescente, sendo um mecanismo eficaz, se realizado de forma adequada, com 
diversidade e estímulo ao aprendizado, para o conhecimento, moldando-se à fina-
lidade do direito à educação: o pleno desenvolvimento da pessoa humana, dentre 
outras finalidades.
atividades de estudo
São diversas as práticas lúdicas que podem ser utilizadas pelo educador no ambiente escolar, 
dentre as quais é possível citar o jogo “Pega Varetas”. Segundo Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty 
e Christe Passos, “ao jogar pega-varetas, por exemplo, uma criança precisa observar a cada 
captura, todas as varetas vizinhas àquela que pretende resgatar”, ressaltando que “essa simples 
ação é consequência de várias outras: considerar as regras, prestar atenção a elas, observar a 
configuração do maço espalhado na mesa e os diferentes pontos de contato entre as varetas 
e, só então, tomar uma decisão, escolhendo a melhor” (2011, p. 24). Isso significa que o jogo 
estimula a análise das possibilidades, a organização das ações e a resolver referido problema.
Afinal, qual a sistemática do referido jogo?
A criança (ou outro jogador) deve soltar um maço composto por 41 varetas, sendo de 
cores amarelas, vermelhas, verdes, azuis e uma preta. Cada cor possui uma pontuação es-
pecífica. Cada um dos jogadores irá capturar uma a uma, sem mover as demais, e, se isso 
ocorrer, “passa a vez” para o outro e assim sucessivamente. Vence aquele que, ao final, obter 
a maior pontuação.
O jogo, sendo assim, requer organização e planejamento, respeito às regras, atenção e an-
tecipação das ações.
Após a reflexão acerca do jogo acima mencionado, em compasso com a leitura do nosso 
material de apoio e respectiva aula, responda:
1. O “Jogo de Varetas” (ou “Pega Varetas”) como o próprio nome sugere consiste em um 
jogo, uma brincadeira. Sobre referida atividade podemos afirmar que:
a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo 
educador, já que estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como 
exemplo: a concentração.
b) Não pode ser considerada como uma prática lúdica, não havendo qualquer fina-
lidade pedagógica.
c) Trata-se de uma atividade apenas de entretenimento, podendo ser sugerida pelo 
educador apenas como prática a ser realizada pelas crianças no recreio.
d) Embora estimule a organização e o desenvolvimento, não possui qualquer bene-
fício relacionado ao aprendizado da criança.
e) Nenhuma das afirmativas anteriores está correta.
atividades de estudo
2. A respeito do lúdico, ou seja, do universo dos jogos e das brincadeiras, na escola, 
analise as assertivas abaixo, verificando se consistem em afirmações verdadeiras (V) 
ou falsas (F):
( ) O educador possui papel fundamental na realização da atividade lúdica, como, 
por exemplo, no “Jogo de Varetas”, pois, poderá propor desafios, instigar a refle-
xão e ajudar os educandos a perceberem semelhanças entre os contextos do 
jogo e da escola.
( ) Caso o educador não participe da atividade, corre-se o risco de que o jogar caia 
no seu uso comum, ou seja, mero “brincar por brincar”.
( ) O jogo não possui qualquer relevância para a construção de relações sociais da 
criança com as demais, sua adaptação ao ambiente escolar, ao contrário, estimu-
la a competição e a rivalidade entre as mesmas.
Com base nas assertivas acima, assinale a alternativa que corresponde à sequên-
cia correta:
a) V – V – V.
b) F – V – F.
c) V – V – F.
d) V – F – F.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
atividades de estudo
3. O jogo “Pega Varetas” possibilita ao educador a análise dos alunos, dos seus compor-
tamento e das suas habilidades, podendo vincular o cenário ocorrido na brincadeira 
ao contexto do aprendizado, por exemplo, apurar eventual “baixo rendimento” da 
criança. No jogo “Pega Varetas” como causas do “baixo rendimento” é possível citar: 
em primeiro lugar, a criança não teve domínio das regras; em segundo, não houve 
concentração, a criança não prestou atenção no jogo; em terceiro, tentou jogar da 
melhor maneira, porém não conseguiu acertar. O professor precisa observar a brin-
cadeira para que possa averiguar o motivo e direcionar a criança para que ela supere, 
na próxima vez, os obstáculos enfrentados
Sobre o cenário narrado, é correto dizer que:
a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levanta-
mento das dificuldades enfrentadas pela criança e de seus erros, questionando, 
por exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determina-
do problema, pois assim compreenderá sua forma de raciocinar.
b) Não há qualquer relação com os métodos pedagógicos e com o aprender, não 
gerando benefícios ao aprendizado.
c) O professor deve apenas focar no resultado final, não sendo relevante a estraté-
gia utilizada pela criança.
d) A brincadeira não possibilita que o professor avalie as competências e as dificul-
dades da criança, não sendo possível a identificação de eventual problema, como 
a falta de concentração, por exemplo.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
atividades de estudo
4. Os jogos, segundo os autores retratados nas considerações iniciais do estudo de caso 
proposto, na obra Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar: “podem constituir 
um excelente instrumento para ajudar nossos alunos a se envolverem em projetos 
que representem situações significativas e que, simultaneamente, darão subsídios 
e/ou suporte para acontecimentos futuros” (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2011, p. 29).
Assinale a alternativa que corresponde à vinculação da ideia acima descrita 
pelos autores ao contexto do jogo “Pega Varetas”:
a) A criança no jogo sugerido apenas seráincentivada a pensar antes de agir.
b) Apenas estimula a criança a planejar as suas ações.
c) O objetivo do jogo é estimular apenas a concentração, que será importante para 
o aprendizado.
d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas 
ações, o que é relevante para a obtenção de bons resultados, estimulando-se, 
ainda, a concentração e a criatividade.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
resumo
O “brincar” faz parte do cotidiano, em especial, para as crianças, sendo um grande desafio na atua-
lidade inseri-lo no ambiente escolar. O universo lúdico representa tal finalidade, ou seja, inserir o 
contexto do brincar, das brincadeiras e dos jogos como método educativo.
O lúdico deve ser incentivado, pois consiste em uma principal fonte de aprendizagem, já que se 
trata de uma prática envolvente, interessante e informativa e que possibilita o desenvolvimen-
to de diversas habilidades.
Ademais, por meio do lúdico, a criança aprende consigo mesma, assim como aprende com os 
objetos e demais pessoas envolvidas nas brincadeiras, favorecendo não apenas seu aprendizado, 
mas também sua interação social. As atividades lúdicas fazem com que, nesse cenário, o apren-
der seja uma realidade divertida e alegre, ou seja, possibilita que a criança seja criança, mas que 
se desenvolva ao mesmo tempo.
Portanto, o lúdico deve ser encarado como um fator importante no processo de ensino-apren-
dizagem, em especial na educação infantil, podendo ser apontado como elo integrador entre os 
aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
Trata-se, pois, de um desafio na atualidade executar atividades lúdicas que possibilitem o de-
senvolvimento de habilidades fundamentais para a aprendizagem e para a vida adulta, uma vez 
que a ação pedagógica deve conduzir o aluno para a independência, autonomia e autoestima.
O lúdico enseja contribuição para o aprendizado da criança, pois possibilita uma maior interação, 
desperta o interesse em aprender, estimula o pensamento e o questionamento, dissociando-se 
da mera repetição de ideias, podendo apontar, ainda, o estímulo à superação dos desafios, e, por 
consequência, da criatividade.
É um eficiente recurso, aliado do educador, sendo imperiosa a consciência da importância de tal 
prática para o aprendizado e para a educação em si considerada.
Impõe-se, assim, que haja conscientização acerca da ludicidade enquanto método pedagógico, 
ou seja, sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, 
assim como é necessária uma conscientização por parte do educador do seu papel nesse cenário. 
resumo
O professor precisa ter consciência sobre a ludicidade, de sua importância para a educação, sob 
pena de se tornar mero discurso, ou seja, é preciso que o educador tenha convicção de que se 
trata de uma atividade didática, que existem objetivos didáticos nas brincadeiras e jogos a serem 
desenvolvidos.
Havendo consciência sobre as práticas lúdicas e incentivadas como fonte de aprendizagem, 
essas práticas caminharão em compasso com a finalidade do direito à educação, a qual é (dentre 
outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente.
material complementar
Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar
Autor: Lino de Macedo; Ana Lúcia Sícoli Petty; Norimar Christe Passos
Editora: Artmed
Sinopse: Há 14 anos, os integrantes do Laboratório de Psicopedagogia 
(LaPp), do Instituto de Psicologia da USP, estudam e fazem pesquisas com 
jogos, visando contribuir para o professor aprender a utilizá-los como 
um importante instrumento em seu dia-a-dia. Este segundo livro de Lino 
de Macedo, Ana Lúcia Sícoli Petty e Norimar Christe Passos é um novo recurso valioso para 
professores que trabalham com oficinas de jogos no ensino fundamental, com vistas a fa-
cilitar o desenvolvimento da leitura e da escrita de seus alunos. Além disso, o trabalho com 
jogos proposto neste livro permitirá criar e gerir situações de aprendizagem mais condizen-
tes com a diversidade e a tornar realidade a tão necessária avaliação formativa, porque faz 
da observação e da regulação uma nova e melhor forma de se atribuir valor e promover as 
produções de cada criança. Trata-se de um subsídio ricamente ilustrado que, assim como o 
Aprender com jogos e situações-problema, título anterior, será de grande ajuda para a qua-
lificação do cotidiano pedagógico.
Tarja Branca - A revolução que faltava
Ano: 2014
Sinopse: A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e 
profissões diferentes, o documentário discorre sobre a pluralidade do ato 
de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que mora 
dentro dele. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas 
de como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode 
estar interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu “espírito lúdico”.
referências
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2018.
resolução de exercícios
1. a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo edu-
cador, já que estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como exemplo: 
a concentração.
2. c) V – V – F.
3. a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levanta-
mento das dificuldades enfrentadas pela criança e de seus erros, questionando, por 
exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determinado pro-
blema, pois assim compreenderá sua forma de raciocinar.
4. d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas 
ações, o que é relevante para a obtenção de bons resultados, estimulando-se, ainda, 
a concentração e a criatividade.

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