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OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 10 OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO INTRODUÇÃO AO PARTO OBS.: paciente que pariu gêmeos é chamada de primípara. PARTO PREMATURO Pré-termo: < 37 sem Extremo: < 28 sem; Muito pré-termo: 28 – 30 sem; Precoce: 31 – 33s6d; Tardio: 34 – 36s6d; FR: anemia, desnutrição, polidramnia, infecção, drogas, tabagismo, parto prematuro anterior...; Predição: USG (20 – 24 sem): avalia colo se < 20 mm; Se colo curto ou prematuro anterior: fazer progesterona vaginal até 3º trimestre para evitar; Conduta de TP: (fazer pen. G. cristalina até clampear cordão) > 34 sem: PARTO + avaliar profilaxia para GBS (estreptococo do grupo B); 24 – 34 sem: Corticoide: 2x betametasona 12mg IM 24/24h; Tocólise: inibe o TP por 48h para ter melhor benefício do corticoide – não fazer se sofrimento agudo fetal ou corioamnionite o Β-agonista: evitar se cardiopata e DM; o Indometacina: evitar se > 32 sem (fecha ducto venoso); o Nifedipina (+ usado): evitar se cardiopata, ↓ PA; o Atosiban (Antagonista de ocitocina): menos efeito CDV, melhor, maior custo; Neuroproteção: Sulfato de Mg se < 32 sem. Amniorrexe prematura (RPMP): Diagnóstico: exame especular (PO), teste de nitrazina (↑pH – passagem de LA, confirma), teste de cristalização (na RPMO – ruptura prematura de memb. ovular – há cristalização), pesquisa de elementos fetais, pesquisa de alfamicroglobulina placentária (amnisure), USG (oligodramnia); CD: o Corioamnionite: febre + 2 (leucocitose ou ↑FC ou ↑BCF ou dor uterina ou líquido fétido) – PARTO. Se não tiver, avaliar IG, se > 32 – 34 sem: parto e se 24 – 32/34 sem: corticoide + atb (para ↑ o tempo de latência e ↓ chance de corioamnionite). INDUÇÃO DO PARTO Indicações: ≥ 42 sem, corioamnionite, RPMO > 32 – 34 sem, morte fetal; CD: Avaliar Índice de Bishop (determina o melhor método para indução) o Ocitocina: Bishop ≥ 9 (colo amolecido, apagado, anterior, dilatado); o Misoprostol: Bishop desfavorável (< 5) – preparo cervical. Cicatriz uterina não usar misoprostol: OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 10 OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO o Krause: preparo do colo com sonda Foley. PRÉ-PARTO 37 – 42 sem; Estática: Atitude: partes fetais entre si o + comum: flexão generalizada (ovóide fetal); Situação: > eixo fetal com > eixo uterino o Longitudinal: + comum, quando ambos coincidem; o Transverso: quando são perpendiculares; o Oblíquo: quando são cruzados; Posição: dorso fetal (identificar BCF); Apresentação: relação entre o dorso fetal e os pontos de referência do abdome materno; o Cefálico: + comum; o Pélvico; o Córmico: transverso; Flexão X deflexão: o Fletida ou occipital: a referência é a Lambda (MELHOR PROGNÓSTICO); o Defletida de 1º grau ou bregmática: a referência é o Bregma; o Defletida de 2º grau ou fronte: a referência é a glabela (PIOR PROGNÓSTICO); o Defletida de 3º grau ou face: a referência é o mento. A: apresentação cefálica fletida; B e C: apresentação cefálica defletida (de 1º grau ou bregmática e 2º grau ou de fronte); D: apresentação de face. Variedade de posição: OP: occipitopúbica OEA: occipitoesquerda anterior OET: occipitoesquerda transversa OEP: occipitoesquerda posterior OS: occipitossacra ODP: occipitodireita posterior ODT: occipitodireita transversa ODA: occipitodireita anterior Sinclitismo (A): ausência de flexão lateral, mantendo- se a sutura sagital equidistante do sacro e do púbis; Assinclitismo: Posterior (B): quando a sutura sagital está próxima do púbis e o parietal posterior é o primeiro a penetrar na escavação; Anterior (C): quando a sutura sagital está mais aproximada do sacro e o parietal anterior desce em primeiro lugar. OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 10 OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO Manobras de Leopold: Trajeto: Estreito superior: o Anatômica; o Obstétrica: diagonalis – 1,5 cm; o Diagonalis; Estreito médio: espinhas isquiáticas (mede no mínimo 10 cm, marca o plano 0 de DeLee – onde tem mais distócia); Estreito inferior: conjugata exitus (aumenta com a retropulsão do coccige) e ângulo subpúbico (ideal > 90°); Motor: Dilatação do trabalho de parto: 2 a 3 contrações por 10 min, 30 a 40 seg, 30 a 40mmHg, 0 a 120 UM; Período expulsivo: 5 a 6/ 10min, 60 a 80 seg; 50 a 60 mmHg e 250 UM; Discinesias quantitativas (dificuldade de contração uterina): o Hipoatividade: hipossistolia (intensidade inferior a 25mmhg) e bradissistolia (frequência < 2 contrações/10min. CD: ocitocina, prostaglandina, descolamento das membranas; o Hiperatividade: hipersistolia (intensidade > 50mmhg) e taquissistolia (frequência superior a 5 contrações/10min). CD: parar uterotônicos, DLE, analgesia, tocolíticos; o Hipertonia: por taquissistolia, por incoordenação, por sobredistensão e autêntia (descolamento prematuro da placenta); Discinesias qualitativas: o Inversão do tríplice gradiente: predominância nas partes baixas; o Incoordenação uterina: 1º grau (ação alternada dos dois marca- passos), 2º grau (marca-passos ectópicos – fibrilação); o CD: DLE, ocitocina (doses fisiológicas), analgesia, amniotomia. MECANISMO Cefálico: tempos: Insinuação: é a passagem da maior circunferência da apresentação através do estreito superior. Tem como tempo preliminar a redução dos diâmetros, o que, nas apresentações cefálicas, é conseguido por flexão ou deflexão; Descida: o feto chega até o estreito médio. Durante esse mecanismo, a cabeça faz movimento turbinal: à medida que o polo cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto descendente. Ocorre rotação interna da cabeça (permitindo orientar a sutura sagital no sentido AP do estreito médio) e insinuação das espáduas; Ginecóide: quase um círculo; o encaixamento se dá pelo diâmetro transverso (oblíquo); Antropóide: elipse anteroposterior; o encaixamento se dá pelo diâmetro posterior (OP); Andróide: aproximadamente triangular; o encaixamento se dá pela posição transversa; Platipelóide: achatada; o encaixamento se dá pelo diâmetro transverso (OS); OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 10 OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO Desprendimento: ocorre por movimento de deflexão e rotação externa da cabeça. Pélvico: são 3 (cintura pélvica, cintura escapular e cabeça derradeira) Cintura pélvica: a insinuação é feita pelo diâmetro bitrocanteriano em oblíquo e depois faz a rotação interna em 45°, com assinclitismo da crista ilíaca. O desprendimento da cabeça é sacro esquerda transversa ou sacro direita transversa; Cintura escapular: insinuação em diâmetro biacromial em oblíquo, a descida e rotação interna em 45° e o desprendimento da espádua anterior e seguida da posterior. Manobra de Bracht (2 dedões no dorso do RN e o joga em direção ao dorso materno). Se ainda com a manobra o ombro permanecer preso, faz-se o desprendimento in situ (levanta a perna do RN, coloca o dedo no canal vaginal e abaixa o braço do RN), se ainda assim não deu certo, faz-se Lovset/Rojas (movimentação de fazer rotações com o RN); pode-se fazer ainda a manobra de Deventer-muller (lateralização do RN e realização de movimentos antero- posteriores). A manobra de Pajot, é quando se tem o braço (rendido) do RN para cima e tem que colocar a mão na prega do cotovelo e abaixar os braços; Cabeça derradeira: insinuação em diâmetro subocciptofrontal em obliqua, a descida e rotação interna em 45º e o desprendimento é primeiro o mento, seguido da boca, nariz, fronte e occipital. Manobra de Bracht tambémserve para liberar a cabeça. Manobra de Liverpool, deixa-se o RN pendendo por 20s (com a intenção que o peso faça a cabeça descer) e depois faz o movimento da manobra de Bracht. Não deu certo Liverpool, faz fórcipe de piper. Já a manobra de Mauriceau consiste em apoiar o RN em seu antebraço, apoiar a mão na mandíbula e fletir a cabeça. ASSISTÊNCIA AO PARTO Fases clínicas: Dilatação: inicia com o TP e termina com dilatação total o Colo do útero: 3 – 4cm de dilatação progressiva; o Contrações: 2 – 3 a cada 10 min, rítmicas e regulares; o Dura de 10 – 12h em nulíparas e 6 – 8h em multíparas; o CD: dieta líquida (água e chás), deambulação livre (evitar decúbito dorsal - ↓ retorno venoso e DC), DLE, tricotomia S/N, toques a cada 1 – 2h, ausculta 30/30min (se alto risco 15/15min); Expulsivo: inicia após dilatação total e termina após expulsão completa do feto o CD: qualquer posição, ausculta 15/15min (se alto risco 5/5min), episiotomia (avaliar: feto grande, parto fórcipe); o Tipos de episio: Mediana (perineotomia): < dor, < sangramento, < lesão muscular, > risco de lesão no reto; Médio-lateral: > dor, > sangramento, > lesão muscular, < lesão de reto; o Como proteger o períneo? Manobra de Ritgen modificada; OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 10 OBSTETRÍCIA – MEDCURSO - PARTO Secundamento: saída da placenta (< 30 min) o Mecanismos: Schultze: expõe a face brilhante; Duncan: expõe a face cruenta; o Manobras auxiliares: 10UI ocitocina IM pós expulsão fetal; Tração controlada do cordão; Manobra de Fabre (avalia se já descolou); 4º período (Greenberg): monitora a 1ª hora após a saída da placenta (hora de ouro). o Hemostasia: Miotamponamento (útero contraído); Trombotamponagem (trombo na saída do vaso). Partograma: representação gráfica do trabalho de parto que possibilita acompanhar a sua evolução, documentar, diagnosticar alterações e indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção dos desvios, evitando intervenções desnecessárias. Após 4cm de dilatação, a velocidade aumenta espontaneamente. Essa diferenciação na velocidade da cervicodilatação caracteriza a fase latente (inicial – conduta expectante) e a fase ativa (final – TP, inicia > 4 – 6cm, presença de 2 – 3 contrações em 10min). Quando a dilatação atinge ou cruza a linha de alerta, significa a necessidade de melhor observação clínica; a intervenção médica torna-se necessária somente quando a curva de dilatação atinge a linha de ação, o que não significa conduta cirúrgica. Legendas: o Apresentação: ⃝ ; o Dilatação: ; o Atividade uterina: Fraca: ; Moderada: ; Forte: . Patológicos: o Fase ativa prolongada: hipoatividade uterina, dilatação < 1 cm/h em intervalo de 2h – CD: ocitocina ou amniotomia; o Parada secundária da dilatação (geralmente há sofrimento fetal): dilatação mantida em 2h (desproporção céfalo-pélvica? Falta de motor?) – CD: cesárea; o Parada secundária da descida: dilatação completa e não há evolução da descida, altura mantida por 1h (desproporção céfalo-pélvica?) – CD: cesárea; o Período pélvico prolongado: descida lenta (mas não parou) – CD: ocitocina ou fórceps; o Parto precipitado (taquitócito): paciente com infecção, dilatação e expulsão ≤ 4h (↑ risco de laceração) – CD: hifratar, O2, DLE. OBS.: 1- Acima das espinhas espinhas ciáticas do estreito médio (plano zero de DeLee) estão os valores negativos e, abaixo, os positivos; 2- Inicia-se o registro gráfico quando a parturiente estiver na fase ativa do trabalho de parto (2 a 3 contrações em 10 min, dilatação cervical mínima de 5 cm); 3- A dilatação deve estar sempre acima da linha de alerta, passou da linha de ação, medida imediata; 4- O ideal da dilatação é aumentar 1cm/hora; 5- A bolsa pode ser íntegra ou rôta e no caso de rôta, pode ter LA claro ou meconial; 6- A dose de ocitocina é de 5UI; 7- Passou da linha de alerta, deve administrar ocitocina ou amniotomia; 8- Fase ativa prolongada: hipoatividade uterina → ocitocina ou amniotomia; 9- A dilatação para antes da descida.
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