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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 PRINCÍPIOS DE DIREITO DO TRABALHO Princípios do Direito do Trabalho. Princípios constitucionais do Direito do Trabalho. Princípio da proteção e trabalhador hipersuficiente. Indisponibilidade de direitos. Renúncia e transação no Direito do Trabalho. Comissões de Conciliação Prévia. Homologação judicial de acordo extrajudicial. Arbitragem 1. Princípios gerais – também aplicáveis em outros ramos . Lealdade e boa-fé . Não alegação da própria torpeza . Vedação ao abuso do direito . Razoabilidade e proporcionalidade Princípios gerais (constitucionais) do trabalho Princípio da valorização do trabalho art. 1º, IV CRFB Art. 170, VIII CRFB Princípio da justiça social Art. 3º, III CF Art. 170 CF Art. 193 CF Princípio da função social da propriedade Art. 5º, XXII, da CRFB Art. 5º, XXIII, da CRFB Art. 186 da CRFB Princípio da proporcionalidade 2. Princípios do Direito do Trabalho 2.1) Princípio da proteção . Pode ser identificado com o princípio da igualdade substantiva ou igualdade proporcional em aplicação específica para o direito do trabalho . Dá substância, característica a todo o ramo do direito do trabalho. . Américo Plá Rodriguez: 3 regras (in dubio pro misero, norma mais favorável e condição mais benéfica) - consequência: essas regras seriam aplicadas apenas ao empregado . MGD: abrange todos os outros princípios do direito do trabalho . Tendência moderna a se amenizar o princípio protetor; não afastar, mas rever seus contornos - flexibilização 2.2) Princípio da norma mais favorável . Aplicável no conflito de normas . Teorias: - conglobamento - acumulação (tomista ou atomista) - institutos (intermediária ou eclética – ver Lei 7.064/82 art. 3º, II - Especificidade - art. 620 CLT (Lei 13.467/17) - especificidade www.cers.com.br 3 (especialidade ou prevalência da norma coletiva específica – prevista no Código do Trabalho de Portugal de 2009, art. 482) - prevalência do Acordo Coletivo desde que a Convenção Coletiva contenha cláusula de adaptação mais recente - cronológico 2.3) Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas . Existem normas imperativas (cogentes) e dispositivas - Imperativa: * impositivas ou * proibitivas (devem ser observadas como estatuídas – ex: assinatura da CTPS) - Complementares (estabelecem mínimos – ex: adicional de horas extras em 50%) . Outras nomenclaturas: caráter de ordem pública; limitação à autonomia da vontade; vício de consentimento presumido do empregado; . No DT, prevalecem as cogentes: restrição à autonomia da vontade das partes para proteção das garantias fundamentais dos trabalhadores em face do desequilíbrio entre as partes – estatuto mínimo do trabalhador 2.4) Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas . Consequência da imperatividade. . Alguns chamam de Irrenunciabilidade . Distinção entre renúncia e transação. 2.5) Princípio da Condição Mais Benéfica Preservação do direito adquirido (art. 5°, XXXVI CF/88) Relação de trato sucessivo Respeito aos atos pretéritos Não confundir - origem dos direitos: Contratual ou por regulamento de empresa (que também fica na seara do contrato), pode-se afirmar que não mais há possibilidade de supressão do mesmo – art. 468 da CLT (Súmulas 51 e 288 do TST) – direito adquirido . Por outro lado, concedido o direito por fonte formal, o direito fica condicionado à vigência daquela fonte. Assim, suprimida a norma jurídica, perde o empregado o direito em questão – teria então efeito imediato e não retroativo Logo, direitos previstos em constituição ou leis existem enquanto o diploma estiver em vigor (regra geral) problema das convenções e acordos coletivos (S. 277 TST - STF) e questão sentenças normativas PN 120: a) Direitos sempre incorporam direito adquirido Súmulas 51 e 288 TST art. 468 da CLT afronta o negociado b) Direitos que vigoram apenas pelo prazo de vigência críticas aos acima preserva a negociação coletiva - adotada pela RT: art. 614, §3º CLT c) Ultratividade – aplica-se até norma posterior tratar do assunto art. 114, § 2° CF evita conflitos crítica: emperra a negociação – STF tinha suspendido e RT acaba Obs.: vantagem individualmente adquirida – OJ 41 da SDI-I TST Obs.: Princípio da inalterabilidade contratual – decorrência da condição mais benéfica – estudado com profundidade no tópico contrato de trabalho: alteração do contrato www.cers.com.br 4 2.6) Princípio da primazia da realidade dos fatos Divergência entre o pactuado e o que ocorre na realidade. Deve ser objeto de prova. Aplicação para ambos: empregado e empregador? O empregador, na verdade, deve demonstrar algum tipo de vício da vontade ou fraude. Ex: cartões de ponto maliciosamente registrados com horas extras inexistentes; empregado que de má-fé registra aumento de salários para colegas etc. 2.7) Princípio da continuidade da relação de emprego Trato sucessivo Prazo indeterminado como garantia para o trabalhador Induzido do art. 7°, I CF – problemática da interpretação do artigo art. 10, I ADCT – 40% (limita) Consequências: • preferência pelos contratos por prazo indeterminado; contratos a termo surgem como exceção. • possibilidade modificações no contrato (mais benéficas – promoções) • resistência à dispensa – art. 7°, I CF – 40%, aviso prévio. • possibilidade de interrupções e suspensões • possibilidade de continuidade do contrato mesmo com mudança de empregador – sucessão • empregador tem o ônus de provar o motivo da dispensa – Súmula 212 TST 2.8) Princípio in dubio pro misero Informa a interpretação Não confundir com regra de julgamento – aplica-se o ônus da prova Renúncia e transação no direito do trabalho a) Renúncia: forma de extinção de direitos quanto ao sujeito; é ato unilateral pelo qual o titular de um direito dele se despoja, sem transferi-lo a outrem. - produz a perda absoluta do direito pela manifestação de vontade - pode visar quaisquer direitos que protegem interesses privados - não cabem nos direitos personalíssimos e os de ordem pública - diferente abandono: não há manifestação de vontade b) Transação: concessões recíprocas para evitar ou para extinguir litígios, sendo o objeto uma coisa duvidosa. - pressupões incerteza - é bilateral Diferenças para composição: as partes não querem fazer concessões, mas apenas constatar a existência, a natureza ou os limites de um direito ou de uma situação jurídica que se apresenta subjetiva ou objetivamente incerta (ex: função não pactuada no contrato de trabalho – art. 456, p.u. CLT) Transação = conciliação? Questão de a conciliação ser em juízo. c) Requisitos para validade da renúncia e da transação: Observar a natureza do direito Capacidade do agente Livre manifestação de vontade Forma (se estabelecida em lei) Ato explícito, de interpretação restritiva. www.cers.com.br 5
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