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RESENHA AÇÃO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA BOM DESPACHO MG
EDUARDA VEIGA PAIVA SIMÕES
FABIANA EDUARDA DA COSTA
GABRIEL SERGIO GONTIJO
JÉSSICA LARISSA ALVES DA SILVA 
AÇÃO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS
BOM DESPACHO
2020
AÇÃO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Os autos são os registros do desenvolvimento de um processo, como a peça e provas apresentadas pelas partes, ou seja, tudo aquilo que for útil ao processo. Devida a possibilidade de desaparecimento desses registros foi estabelecida a “ação de restauração de autos”, utilizada no caso em que houver perca ou extravio dos autos do processo, por qualquer que seja o motivo, ou mesmo culpa de uma das partes, desde que não exista nessa hipótese os autos complementares, que nesse caso substituirá o que foi perdido. 
 Existem duas maneiras de realizar a restauração, sendo ela total quando houve a perda ou destruição dos autos por inteiro, como também pode ocorrer de forma parcial, no caso de desaparecimento ou destruição de apenas parte dos documentos, sendo que nesse pressuposto, por não ser necessária a reconstrução dos autos, será constituída nos mesmo autos, caracterizando-a como uma decisão interlocutória. 
Essa ação pode ser interposta por meio de iniciativa oficial, ou por vontade das partes, uma vez que autos são documentos públicos, de interesse e utilidade do judiciário, para o exercício da jurisdição. 
“Para Pontes de Miranda, aqueles que tenham interesse, como o terceiro embargante ou mesmo o Ministério Público, serão também partes legitimas para propor a ação de restauração.
A ação de restauração de autos tem previsão no art. 712 e seguintes do NCPC, nos quais também abordam requisitos para que ela ocorra.”
 É dever que a parte exponha como se encontrava o processo até o momento do desaparecimento dos autos, apresentando copias das peças, certidões dos autos e demais documentos que ajudem na restauração, sendo que é direito da parte contrária ser citada para realizar a contestação dentro de cinco dias, munida de documentos e copias dos autos que possuir, todavia, se a outra parte estiver de acordo com a restauração, se fará aceito o exposto pelo requerente e será o auto lavrado, assinados por ambas as partes e homologado pelo juiz. 
 Pode acontecer que o desaparecimento dos autos ocorra em audiência, após a produção de provas, o que irá gerar uma nova reprodução das mesmas, de forma que as testemunhas, por exemplo, não devem se alterar, podendo ser subtituidas por oficio ou a requerimento da parte apenas em caso que exista impossibilidade de testemunhar. 
 Como mencionado anteriormente há a possibilidade de que o desaparecimento tenha ocorrido por culpa de uma das partes, sendo assim, restando provado tal ato, a parte causadora deverá arcar com as despesas e honorários referentes à restauração, de modo que, agido de má-fé caberá também responder, de acordo com o que foi praticado, na esfera penal ou civil. 
 É uma ação com procedimento regulado pelos arts. 712 a 718 no Novo CPC tem como obejetivo a restauração dos autos – fisicos ou eletronicos – que por alum motive tenham desaparecido.
Existem varios motivos que levam ao desaparecimento dos autos, por exemplo: fenomeno naturais, tais como alagamentos e incendios, ou atos humanos que deteriorem os autos, como a perda desmotivada dos autos em arquivos desorganizados, o desvio e/ou destruição dolosa, podendo ser tanto em processos fisicos como eletronicos.
Preceitua o art. 712, caput, no Novo CPC que qualquer das partes do processo que era representado documentalmente pelos autos desaparecidos poderão ingressar com ação de restauração de autos, bem como o Ministerio Publico que possui legitimidade ativa. Excepcionalmente, o terceiro juridicamente interessado, também tera legitimidade ativa para ingressar.
Salvo na excepcional hipotese de o procedimento ser instaurado de oficio pelo juiz, o autor da ação de restauração de autos devera apresentar a petição inicial nos termos dos arts. 319 a 320 do Novo CPC.
O autor devera instruir sua petição inicial com os seguintes documentos certidoes de atos constantes do protocol de audiencia do cartorio onde haja corrido o processo; copia das peças que tenha em seu poder, qualquer outro document que facilite a restauração, o que pode significar praticamente a juntada de copias “capa-a-capa” quando o advogado da parte mantem em seus arquivos copias ao menos dos autos processuais principais.
Estando em ordem a petição inicial, o juiz determinara a citação do reu, que no prazo de cinco dias devera contester o pedido, cabendo a ele eximir as copias, contrafes e mais as reproduções dos atos e documentos que estiverem em seu poder. Não cabem exceção de incompetencia – a competencia é absoluta – nem reconvenção – a ação tem natureza dúplice sendo cabivel o ingress de exceções de suspeição e impedimento, hipoteses que raramente ocorrem.
Se o desaparecimento dos autos ocorrer apos a produção de prova no processo principal, o art. 715 preve determinados aspectos procedimetais para a restauração dos autos.
Serão reinquiridas as mesmas testemunhas, que poderão ser sustituidas quando houver impedimeto na repetição da oitiva. Por exemplo, no caso de falecimento da testemunha, da parte de sua capacidade de depor ou de sua não localização.
Caso não exista certidão ou copia do laudo, se possivel sera realizada uma nova pericia, de preferencia pelo mesmo perito, a repetição da pericia não é impositiva, e sua necessidade sera avaliada pelo juiz.
Caso já tenha sido proferida sentença, a copia que o escrivão ou o juiz eventualmente tenha sera juntada aos autos e valera como original com isso, inova o CPC de 2015 unicamente no ponto em que dispoe que a copia podera ser fornecida pelo escrivão.
O processo de restauração de autos deve ser extinto por meio de sentença, e no caso de aparecimento superveniente dos autos originais a extinção devera ocorrer por meio de sentença terminative fundada na perda superveniente do interesse de agir, cabendo o processo principal prosseguir nos autos originais, sendo os autos da restauração apensados.
A ação de restauração de autos deve ser proposta no mesmo juizo em que tramita o processo cujos autos desapareceram. Apesar da omissão legal, tratando-se de processo incidental é aplicavel o art 61 do Novo CPC, sendo essa competencia absoluta, de natureza functional, sendo que, se o processo estiver em tramite, sera competente o orgão jurisdictional pelo qual esse tramitava no momento de desaparecimento dos autos.
No tocante as verbas de sucumbencia deve-se aplicar a teoria da causalidade, devendo ser responsabilizada pelo pagamento a parte responsavel pelo desaparecimento dos autos .
Por fim, as alterações trazidas pelo Novo Codigo de Processo Civil, flexibilizaram a medida de restauração de autos. Além de adequar e atualizar o procedimento á pratica forense, o novo diploma priorizou mais a finalidade do que a forma, contemplando os principios da economia processual e da instrumentalidade das formas.
 Bibliografias:
https://www.direitocom.com/novo-cpc-comentado/capitulo-xiv-da-restauracao-de-autos
https://domtotal.com/artigo/6335/29/11/da-restauracao-dos-autos-do-processo-em-razaodo-desaparecimento-dos-autos-principais/

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