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Pneumopatias em Pediatria

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Prof Msd. Jhon Wesley Bragança
Pneumopatias em
pediatria
Pneumologia - Pneumopatias
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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
• Insuficiência respiratória aguda;
• Insuficiência respiratória crônica;
Doenças Infecciosas
• Pneumonias adquiridas na comunidade (PAC);
• Aspectos da pneumonia pneumocócica em crianças
internadas em hospital geral;
• Derrame pleural;
• Tuberculose e outras micobacterioses;
• Abscesso pulmonar;
DOENÇAS OBSTRUTIVAS
• Asma de difícil controle;
• Síndrome do lactente sibilante;
• Bronquiectasias;
• Fibrose cística;
• Displasia bronco pulmonar;
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Bronquiolite
Bronquiolite viral aguda (BVA) consiste em uma
afecção viral que acomete lactentes com idade inferior a
dois anos, sendo o pico de incidência abaixo de seis meses
de vida (INGELFINGER, 2016).
A prevalência é maior durante os meses de outono e
inverno. O agente etiológico mais frequente é o vírus
respiratório sincicial, seguido pelo rinovírus, parainfluenzae
e metapneumovírus. O quadro pode recidivar e mais de um
vírus pode ser isolado durante o episódio (BOURKE, 2015).
Os fatores de risco para o desenvolvimento de BVA
consistem em prematuridade extrema (idade gestacional
inferior a 29 semanas), doença pulmonar crônica (displasia
broncopulmonar) e cardiopatia congênita (BOURKE, 2015).
Do ponto de vista fisiopatológico, são descritos
inflamação, necrose celular, edema, aumento da produção
de muco, além de broncoespasmo que ocorre no epitélio
brônquico (RALSTON, 2014).
Os achados ao exame físico podem variar, podendo
haver roncos, sibilos e/ou crepitações na ausculta
pulmonar. Sinais de esforço respiratório podem estar
presentes, como tiragem intercostal, batimento de aleta
nasal, retração xifoide e balanço toracoabdominal. A
taquipneia é achado frequente, e pode haver aumento de
tempo expiratório ( RALSTON, 2014).
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Tratamento
• A oxigenoterapia é a única terapia que é
comprovadamente benéfica no tratamento de
pacientes com BVA. Alguns autores indicam
oxigenoterapia para pacientes com saturação de
oxigênio abaixo de 90%, enquanto outros o indicam
quando esse valor é abaixo de 92%.
• A hidratação oral deve ser estimulada, mas se houver
indisponibilidade da aceitação oral, sonda enteral ou
acesso venoso deve ser providenciado imediatamente.
• A fisioterapia respiratória não tem indicação rotineira
em pacientes com BVA.
• A literatura provou que o uso de corticoide, tanto oral,
como inalatório ou venoso, não tem indicação no
tratamento de BVA, sendo os riscos maiores que o
benefício.
• O uso de antibioticoterapia somente será indicado em
casos de infecção bacteriana secundária associada.
Alguns sinais de alerta são essenciais para se pensar em
infecções secundárias, como a necessidade de fração
inalada de oxigênio (FiO2 ) maior que 50%, febre alta
(superior a 39 graus centígrados) e piora clínica
progressiva, apesar dos cuidados de suporte
adequados.
• Broncodilatadores não são indicados em todo paciente
com BVA, pois na literatura os trabalhos mostram que
não há relato de melhora na evolução da doença, na
necessidade de hospitalização ou no tempo de
internação, apesar dessa medicação ser muito usada na
prática clínica
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• A profilaxia da BVA é fundamental, sendo a lavagem das
mãos e o uso de álcool, de máscaras e de luvas essenciais
para prevenção da doença. Evitar o contato de lactentes
jovens com pessoas doentes é um dos pilares da
prevenção da BVA.
• O anticorpo monoclonal, palivizumabe, é indicado
profilaticamente, em casos selecionados. O Ministério da
Saúde atualmente indica o uso nos prematuros com
idade gestacional inferior a 28 semanas e com menos de
um ano durante a sazonalidade, além de crianças com
menos de dois anos e diagnóstico de broncodisplasia ou
doença cardíaca com repercussão hemodinâmica. A
medicação deve ser administrada por cinco meses
consecutivos, iniciando um mês antes da sazonalidade,
sendo de março a julho.
Derrame Pleural
O derrame pleural ocorre frequentemente em
crianças com pneumonia, com incidência variando de 21 a
91% . A análise macroscópica, bioquímica e bacteriológica
deste líquido pleural parapneumônico avalia a necessidade
da drenagem cirúrgica.
O derrame pleural associado à pneumonia é
denominado derrame parapneumônico. Esse derrame é
classificado como complicado e não complicado.
O derrame parapneumônico não complicado é um
exsudato reacional à infecção pulmonar adjacente e, em
geral, é reabsorvido com o tratamento antibiótico e a cura da
infecção pulmonar. Ele é um derrame não purulento, sem
germens no exame direto (Gram) ou na cultura, com análise
bioquímica mostrando pH maior que 7,2, glicose maior que
40 mg/dl e desidrogenase láctica (LDH) menor do que 1.000
UI/l .
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Pneumonias
Pneumonias
• Conceito:
Processo inflamatório que compromete a via aérea distal, o 
alvéolo e o interstício
Pode ser infecciosa ou não infecciosa
Infecciosas são as mais comuns:
Vírus
Bactérias 
Fungos
Parasitas
• Não infecciosas:
Agentes físicos
Agentes químicos
Pneumonias
• Segundo o local de aquisição:
Pneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias associadas à cuidados de saúde 
Pneumonias adquiridas no hospital
Pneumonias associadas à ventilação mecânica
Pneumonias
• Segundo o tipo de hospedeiro:
 Imunocompetente
 Imunodeprimido
HIV positivo
Oncológico
Uso de imunossupressores
Transplantado de órgão sólido
Transplantado de medula óssea
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Pneumonia adquirida na 
comunidade (PAC)
Pneumonias
• Patógeno chega ao pulmão:
Microaspiração do microorganismo da orofaringe
Inalação do microorganismo
Disseminação hematogênica de um foco 
extrapulmonar
Extensão direta do mediastino e espaço subfrênico
Essencial para manejo adequado
• Diagnóstico correto
• Reconhecer fatores de risco
• Avaliar a gravidade da pneumonia
• Decidir o local de tratamento
• Escolher o antibiótico
Achados Radiológicos nas 
Pneumonias
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Achados Radiológicos nas 
Pneumonias
Achados Radiológicos nas Pneumonias
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Etiopatogenia
 Inalação de partículas pequenas, entre 1 a 2 m, imersas no ar, contendo 
microorganismos.
 Partículas provenientes de tosse ou espirros de pessoas doentes ou 
colonizadas.
 Aspiração de conteúdo gástrico e via sistêmica tb podem ocasionar infecção 
pneumônica.
 Fatores específicos: virulência do organismo, qde germe aspirado e condições 
imunológicas do hospedeiro determinam ocorrência e gravidade.
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Patógenos Predominantes
Idade Bactérias Vírus Outros
Neonato Strepto Grupo B
Gram Negativos
Stafilo aureus
VSR
Herpes simplex
Citomegalo
Ureaplasma
1-3 m Strepto pneumoniae
Haemophilus B
VSR
Adenovírus
C trachomatis
4 m - 5 a Strepto pneumoniae
Haemophilus B
VSR
Adenovírus
Parainfluenza 1 e 3
Influenza A e B
>5a Strepto pneumoniae Mycoplasma
Chlamydia
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Manifestações Clínicas
• Presença de tosse e aumento da FR, caracterizam doença
respiratória baixa.
• Segundo OMS:
 FR > 60 em menores de 2 meses.
 FR > 50 dos 2 aos 12 meses.
 FR > 40 de 1 a 4 anos.
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Manifestações Clínicas
 Febre 
 Dimimuição do apetite
 Irritabilidade
 Apatia
 Dor abdominal
 Distensão abdominal
 Vômitos
 Meningismo
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Manifestações Clínicas
 Batimento de asa do nariz
 Gemido
 Cianose
 Retrações (Subdiafragmática, esternais) *
* Sinais de insuficiência respiratória,
presentes em casos mais avançados.
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Manifestações Clínicas
• Propedêutica Pulmonar:
 Retrações da parede torácica
 Macicez ou submacicez à percussão
 Estertores crepitantes, sopro tubário
e diminuição do MV à ausculta
 Frêmito toracovocal aumentado em condensações e 
diminuído em DP
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Manifestações Clínicas
 Ausculta, percussão e frêmito toracovocal tem boa 
especificidade, porém pouca sensibilidade.
 O aumento da FR é o dado mais sensível.
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Etiologia
Pneumonia pneumocócica
S. pneumoniae: principal agente causador de 
pneumonia comunitária em todas as faixas etárias
após
período neonatal.
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Pneumonia pneumocócica
• Quadro Clínico:
Geralmente precedida IVAS
Febre, taquipnéia e tosse
Dor abdominal
Crepitantes
Macicez ou submacicez
Derrame pleural (frequente)
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Pneumonia por H influenzae
 Segundo agente bacteriano mais frequente associado 
a pneumonia na infância.
 Maior incidência nos 3 primeiros anos de vida 
declinando após esta idade, devido a imunidade 
adquirida.
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Tratamento
Domiciliar:
É o tratamento de escolha, com acompanhamento 
ambulatorial a cada 24-48 h no início, sendo a hospitalização 
reservada para casos especiais.
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Tratamento
Hospitalar: 
 sinais de insuficiência respiratória (gemido, cianose, retrações)
 sinais de sepse (letargia, má perfusão)
 idade menor que 3 meses
 pneumonia em imunodeprimidos
 pneumonia extensa ou com complicações (Rx)
 outras condições (sociais, falha de tto prévio, desidratação, etc...)
Tratamento da PAC 
Ambulatorial
previamente hígidos
Doenças associadas
Antibióticos – 3 meses
Betalactâmicos†
Fluorquinolonas‡
ou betalactâmicos
+ macrolídeos
Internados não graves Fluorquinolonas ou betalactâmicos 
+ macrolídeos
Macrolídeos
Tratamento da PAC
Internados na UTI
Com risco para
Pseudomonas
Betalactâmico + Fluorqui-
nolona ou Macrolídeos
Betalactâmicos*
+ Quinolona**
Sem risco para
Pseudomonas
*Cefalosporina de 4ª.geração, Piperacilina/Tazobactam
** Ciprofloxacina
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Tratamento Etiológico:
Penicilinas (benz., proc., crist.)
Amoxacilina
Cloranfenicol
Ampicilina
• Pneumonia Pneumocócica:
• Pneumonia por H. influenzae:
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Tratamento Etiológico:
Oxacilina
Vancomicina
Eritromicina
Roxitromicina
Claritromicina
• Pneumonia Estafilocócica:
• Pneumonia por Mycoplasma:
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Tratamento empírico Pn
Idade Tratamento 
Recomendado
Tratamento 
Alternativo
< 3 m Ampi + Gentamicina Ampi + Cefalosporina 3ª
3 m - 5 a
Domicílio
Hospital
Amoxacilina
Pen Cristalina
Amox + Clav/Cefuroxima
Ampi/Cloran/Cefolosp 3ª
> 5 a
Domicílio
Hospital
Amoxa/Macrol
Pen Cristalina
Cefuroxima
Ampi/Cloran/Cefalosp 3ª
Oxigenoterapia
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Cateter Nasal
Cateter Nasal Máscara Facial simples - Macro
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Máscara não reinalante- com 
reservatório
Hood
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Máscara de Venturi
Ventilação Mecânica
Ventilação Invasiva x Não Invasiva
Ventilação Não Invasiva
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Máscara nasal Full Face
Pronga nasal TOT
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Classificação
● Ventilação mecânica invasiva
● Ventilação mecânica não invasiva
III Consenso Brasileiro de VM, 2007
Sistema de ventilação
Sarmento, George V., 2007
P Respiração 
Espontânea
Inspiração
Expiração
Ciclo respiratório
t
* P - pressão, t - tempo
Ciclo respiratório
Variáveis durante o ciclo respiratório:
•VOLUME: quantidade de gás que o pulmão acomoda até o 
final da inspiração.É definido como a integral do fluxo em 
relação ao tempo. Sua unidade de medida pode ser em ml ou 
litros.
•FLUXO: velocidade de entrada do ar. Pode-se ter uma 
velocidade maior ou menor. Sua unidade de medida é litros por 
minuto.
•PRESSÃO: é a tensão que as moléculas de gás exercem dentro 
do pulmão. A unidade de medida é cmH2O.
Sarmento, George V., 2007

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