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Clínica De Grandes Animais I
Semiologia do Sistema Respiratório
As vias anteriores superiores são antes da traqueia, e as posteriores, depois da traqueia. 
· As conchas nasais servem para filtrar e aquecer o ar que está entrando. Os seios paranasais servem para deixar a cabeça do animal mais leve, por serem cavidades ósseas aéreas que dão leveza a cabeça do animal. Os cavalos permaneceram com as bolsas guturais, são duas grandes bolsas, tem uma relação intima com o sistema respiratória, ajudando a resfriar o sangue, e são altamente vascularizadas, e ajudam na vocalização também, além de ter relação direta com os ouvidos serve como uma caixa de amplificação do som, capaz de ouvir de 1 a 2 km de distância possivelmente por conta dessas bolsas. Muito mais comum os animais adultos equinos terem problemas nas vias aéreas anteriores, do que nas posteriores.
Função do sistema respiratório
· Hematose: trocas gasosas, distribuindo oxigênio pelo organismo, eliminando gás carbônico
· Equilíbrio ácido básico: em pacientes que tem acidose metabólica, eles apresentam taquipneia, ou seja, aumenta a frequência respiratória, para eliminar mais co2, e trazer mais oxigênio, tentando trazer uma alcalose metabólica. Caso eu tenha uma alcalose metabólica severa, o animal terá bradpnéia, para manter o gás carbônico, entrando menos oxigênio, para tentar acidificar mais o equilíbrio 
· Termorregulação: nos grandes animais, não é muito usado como nos pequenos animais. O cavalo faz termorregulação pelo sistema tegumentar, banhando a pele de suor, mantendo a temperatura corpórea dentro da normalidade. O cavalo não consegue respirar pela boca porque o palato mole dele é muito longo, fazendo com que ele não consiga fazer uma respiração oral. 
· Olfação: Os animais são menos visuais, enxergam menos cores quentes, os equinos mal enxergam essas cores quentes, o entendimento do mundo deles é bastante auditivo e olfativo. 
Fisiologia do sistema Respiratório
· Inspiração: ativo, depende do gasto de energia e de uma pressão negativa para acontecer.
· Expiração: processo passivo, não requer gasto de energia. O esvaziamento desse pulmão nos equinos demora mais para acontecer do que nos outros animais.
Defesas do sistema respiratório
Existem 3 sistemas que tem contato direto com o meio ambiente digestório, respiratório e tegumentar. Por eles terem esse contato direto, eles estão suscetíveis a patógenos externos.
· Depende do tamanho da partícula, quanto maior, mais ela vai ser filtrada pela cavidade nasal, principalmente a coana, particular grandes devem ser mantidas nas cavidades nasais. 
· A tosse e o espirro é uma maneira de expelir algo que está nas vias aéreas incomodando o animal. Não é comum o animal ficar espirrando um monte de vezes seguidas que nem nós humanos.
· O movimento muco ciliar ajuda na formação dessas partículas limpando o ar que está entrando pela narina deste animal Tudo isso citado acima são defesas das vias superiores contra os patógenos. Caso eles não sejam suficientes, se alguma partícula ganhar espaço pulmonar, terão os macrófagos para fagocitar essas partículas, com o auxílio das imunoglobulinas do tipo G fazendo a apresentação dos antígenos para criar anticorpos. 
Anamnese e histórico
· Exame clínico: inspeção, identificação, anamnese histórica, exame físico e exames complementares. 
1. Na anamnese vamos avaliar se o animal apresenta tosse, secreção nasal, queda de rendimento. Importante saber onde o animal vive, se ele vive em uma baia, no manejo higiênico desse animal e assim vai. Importante saber se o animal é vacinado e vermifugado. Como é a alimentação do animal, se ele se alimenta de feno, de concentrado farelado, ou não. Se ele foi transportado recentemente ou não pneumonia pós transporte. Tenho que verificar se tem mais de um animal acometido na propriedade com os mesmos sintomas para ver se não é uma doença infecto contagiosa. 
2. Na inspeção vamos avaliar as narinas, ver se tem secreção ou não, vejo os membros torácicos também porque eles limpam nos membros torácicos. Devo ver se é uma secreção uni ou bilateral se for de problemas posteriores, serão secreções bilaterais, e secreções unilaterais normalmente são do sistema inferior. Secreção aquosa em equinos é comum neles, e lacrimal também, o que não pode ter é uma secreção mucosa, e serosa.
3. Palpação: palpar os linfonodos submandibulares e tentar identificar os linfonodos, tem doenças que alteram os tamanhos e a sensibilidade. Posso mensurar o reflexo da tosse também, fazendo uma digipressão no início da traqueia, na transição da traqueia o animal pode até ter 1 tosse, acima de 1 tosse, não é normal. 
4. Percussão: devemos percurtir os seios paranasais, os seios paranasais frontais estão na linha entre os olhos, e os seios maxilares estão entre as orbitarias da cabeça. Na percussão, encontramos 3 sons: claro, maciço ou timpânico. No seio paranasal, irei escutar som claro. Se tiver secreção, escutarei som maciço. 
5. Auscultação: no ponto médio da traqueia terço médio do pescoço, som laringotraqueal propagado. Deve auscultar os pulmões também murmúrio vesicular começo ouvindo pelo ponto mais dorsal e migrando para o espaço mais ventral, depois sentido cranial e sempre em sentido caudal, podendo fazer vários pontos de auscultação, sempre bilateral, porque existem pneumonias unilaterais. Vou segurar as narinas dele e tapar brevemente, para ele ampliar o tórax, posso fazer um breve exercício nele também caso não de certo tapar as narinas. Ele pode apresentar som de crepitação fina, sibilo(gatinho no pulmão, alvéolos comprimidos) e crepitação grossa.
6. Exames complementares: hemograma, endoscopia(bem utilizada), rinoscopia, laringoscopia, traquioscopia, broquioscopia. Radiografias fazemos apenas de cabeça no caso de sinusites, de tórax não fazemos, ultrassonografia pode ser bastante utilizada. Lavado ou aspirado ou traqueal ou brônquio alveolar lavado eu lavo para recolher essa secreção, aspirado eu apenas aspiro. Se for traqueal se encontra na traqueia, se for brônquio alveolar se encontra nessa região citologia, antibiograma, posso usar um cateter longo se não for por endoscopia. Posso fazer toracocentese também para colher material. 
Principais Afecções respiratórias nos Equinos
Sinusite
O acúmulo de secreção nas cavidades sinusais processo inflamatório dessas cavidades em decorrência de outros problemas, secundaria a alguma outra afecção, principalmente problemas dentários. As mais comuns são as sinusites de seios maxilares, decorrentes de processos primários dentários. Pode ter sinusites de seios frontais também, por processos infecciosos mais comum em humanos porque nossas cabeças são achatadas.
 o seio frontal fica entre os olhos do cavalo. Os seios maxilares são divididos por um septo, quando o animal tem sinusite, acomete os dois, tanto o maxilar caudal quanto o rostral. O 4 pré molar tem uma raiz caudal no seio maxilar, o 1, 2 molar tem raiz dentro do maxilar, o 3 molar tem raiz fora do seio maxilar já. O 4PM+1M+2M são os dentes que devemos nos preocupar quando falamos de sinusites nos equinos.
Devo sempre examinar a boca dos equinos quando ele apresenta sinusite para ver se ele apresenta algum problema nesses dentes citados. 
Sintomas
· Cefaleia: dor na região em cima dos olhos, podendo doer até o olho, na região frontal. Essa dor ocorre porque tem uma pressão aumentada por causa do acúmulo de secreção animal não reclama, ele vai apresentar hiporexia. Essa hiporexia ocorre porque o alimento se apresenta na maioria das vezes no chão, fazendo com que quando o cavalo vá pegar, a pressão aumente ainda mais na cabeça. Se eu oferecer o alimento na boca e ele aceitar, provavelmente esse animal apresenta uma sinusite. 
· Descarga nasal unilateral sintoma mais comum. Crônica, que pode aumentar durante o exercício e pode ser fedida, por ficar reclusa no seio nasal por um período até ser expelida, e quando expelida, já contém células mortas causando esse odor fétido.
· Alteração de contorno facial dilatação dos seios,inchando os seios.
· Febre não é um sintoma comum visto nos equinos
· Dor a percussão ou som maciço do seio acometido.
Exames complementares
· Radiografia de crânio identifica secreção nos seios paranasais.
Tratamento
· Caso o problema primário seja dentário ou traumático que causou alguma lesão dentária, teremos que partir para uma abordagem mais severa tratamento cirúrgico, trepanação do seio acometido lavagem do seio, extração do dente e fechamento do alvéolo. 
· Caso a sinusite seja o problema primário no animal antimicrobiano sistêmico, antiinflamatorios não esteroidais e lavagens locais.
1. Antimicrobiano sistêmico: Sulfa + Trimetoprim (20 -30mg/kg, oral, BID), por 10 ou até 15 dias.
2. Anti-inflamatório não esteroidal: Cetoprofeno (2,2mg/kg, SID, IM/IV), por 3 dias e ir acompanhando, no máximo 5 dias, se for mais de 5 dias, preciso cuidar do estomago desse equino.
3. Lavagens locais via sonda ou dreno: servem para purificar a secreção nasal e ajudar a expectorar a secreção
Garrotilho (Adenite Equina)
Afecção comum em animais jovens até cerca de 3 a 4 anos de idade. Causa de origem da vasculite. É uma doença respiratória, doença causada por uma bactéria gram positiva, quando encontramos essa bactéria no equino, ele é o causador da doença. Essa doença é muito contagiosa, causa muita endemia nos planteis. Apenas de um animal respirar perto um do outro, tossir, espirrar, usar o mesmo cabestro, manta, passar a bactéria para diversos animais. 
Sintomas
· Apatia
· Febre 
· Descarga nasal bilateral
· Tosse e dificuldade na deglutição sintoma mais comum.
· Linfoadenopatia dos linfonodos submandibulares ou retrofaringeos (aumentados, firmes, doloridos). Pode haver ruptura dos linfonodos (abscedação).
Exames complementares 
· Cultura de secreção dos linfonodos, caso ele se rompa posso tentar fazer uma cultura para ver se eu vejo a presença do streptococus equi.
Tratamento
· Antibioticoterapia: penicilina (20.000 a 40.000UI/KG, BID, IM), utilizo de 5 a 7 dias.
· Anti inflamatório não esteroidais: sempre costumo usar os não esteroidais para não causar laminite nos equinos. 
· Antipiréticos caso o cavalo tenha febres: dipirona (22mg/kg, IV/IM)
· Se houver abscedação dos linfonodos, eu devo fazer curativo e descartar adequadamente porque ele está soltando muito abcesso, podendo contaminar os outros animais.
Gripe Equina
Alguns grupos virais que são os causadores da gripe. Existem vacinas para esses grupos virais que podem causar gripe equina. Elas vão causar rinite, traqueite, faringite, sinusite, secundarias as presenças desses vírus esses virus fazem replicação na mucosa, ocorrendo muita morte celular, inflamando as mucosas, tendo descamação, hipersecreção, etc. 
Sintomas
· Perda de rendimento
· Apatia
· Febre
· Corrimento nasal
· Tosse
· Epifora e ceratoconjuntivite herpes virus
· Mialgias dores musculares por conta da dispneia 
Exames Complementares
· Hemograma não é muito característico pedirmos
· Pcr de secreções- swab nasal para ver se encontramos os vírus
Caso dê positivo, é obrigatória a notificação já que é de fácil transmissão.
Tratamento
O tratamento neste caso será sintomático porque não tem remédio que ataque diretamente o vírus. É bom manter a hidratação deste animal, manter repouso, não estressar o animal, dar anti inflamatórios e antipiréticos caso tenha febre 
Podemos fazer a prevenção dessa gripe fazendo a vacinação nesses animais de 6 em 6 meses.
Obstrução crônica das vias aéreas
Uma doença das vias aéreas posteriores, causa um broncoespasmo alveolar não permitindo uma respiração adequada. Pode ser chamada de asma equina também. Tem um caráter hereditário bem grande. Para os equinos, poeira, acaro, fungo, bolor, todas essas coisas causam hipersensibilidade causando uma crise de asma nesses animais. Animais muito tempo em baia costumam apresentar essa asma.
Sintomas
· Dificuldade respiratória
· Presença de sibilos da auscultação pulmonar
· Intolerância ao exercício
· Tosse associada ao exercício e alimentação
· Reflexo da tosse muito positivo
Exames complementares
· Posso fazer uma endoscopia conseguindo pegar o exsudato abundante na traqueia defesa do organismo, faço a citologia e vejo muita célula de defesa nessa citologia e não vejo bactéria, vejo apenas se tiver uma doença secundaria, porque é uma doença alergia a asma.
Tratamento
· Alteração completa de manejo reduzindo toda a poeira que tem de contato com o animal
· Broncodilatadores- clembuterol (0,8uq/kg, oral, BID)
· Corticoide nas crises (prednisona 2mg/kg, SID)
· Inalação com solução inalatória, acetilcisteina. 
OBS: posso molhar a ração desse animal para diminuir a poeira. Ele pode comer por no máximo 2 horas essa ração molhada, se não pode causar problemas intestinais nesse equino. Esses tratamentos serão feitos no mínimo por 10 dias, se não por uso continuo pela vida toda do equino.