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gorduragordura Fração do leite que mais sofre variação, é parâmetro de qualidade e tem grande importância na variação pagamento do leite e na bonificação por parte das indústrias de laticínios; Concentração pode variar entre 3,2 e 6%; Influência racial = vacas da raça Jersey caracterizam- se pelo menor volume de produção e alto teor de gordura no leite. Já a raça Holandesa apresenta maior volume de produção, mas com menores teores de gordura; Os tipos de lipídeos variam de acordo com a espécie e com o manejo, por exemplo: o leite de cabra apresenta aroma característico pela ação dos AG de cadeia curta e média, presentes em maiores quantidades que o leite de vaca; No leite de vaca, os AG majoritários são os de cadeia longa (C:14, C:16, C:18) e poli-insaturados, que conferem alto valor nutricional; Glóbulos de gorduraGlóbulos de gordura Há diferenças na composição dos glóbulos de gordura dependendo da fração analisada: a membrana possui fosfolipídeos, gangliosídeos e cerebrosídeos. Já no interior do glóbulo, encontra-se glicerídeos, diglicerídeos e triglicerídeos; A membrana confere estabilidade e equilíbrio (distribuição e manutenção) da gordura na fase aquosa, que está dispersa no estado de emulsão; São formados e reunidos nas vesículas do retículo endoplasmático das células do epitélio da glândula mamária, a partir dos AG provenientes da circulação sanguínea. Recebem a membrana e assim são protegidos contra a ação enzimática e secretados no lúmen; É o maior componente em termos de diâmetro (1,5 - 10 µm); CristalizaçãoCristalização Em termos gerais, a gordura do leite é líquida acima de 40ºC e completamente sólida acima de -40ºC e entre esses extremos, há mistura de cristais de gordura; Núcleo de cristalização = membrana do glóbulo; Formam-se pequenos cristais em forma de agulha que aos poucos vão aumentando de tamanho em uma rede aleatória que proporciona estrutura firma ao glóbulo. Processo natural, mas muito utilizado na produção de derivados, por exemplo, da manteiga, conferindo sua importância prática, já que dela dependem em grande parte a estabilidade dos glóbulos de gordura e a consistência dos produtos ricos em gordura; CoalescênciaCoalescência Afetado por fatores: agitação, temperatura, conteúdo de gordura, congelamento, membrana do glóbulo de gordura e tamanho do glóbulo. É um sistema mais permanente, no qual os glóbulos se juntam de forma definitiva, fenômeno acompanhado da ruptura da membrana que os separa e individualiza. Para conseguir coalescência, pode-se aplicar energia, por exemplo, mediante agitação, aumentando a possibilidade dos glóbulos se encontrarem e flocularem. a integridade dos glóbulosa integridade dos glóbulos determina a estabilidade dadetermina a estabilidade da gordura: qualquergordura: qualquer alteração da membranaalteração da membrana favorece a uniãofavorece a união irreversível e a emulsãoirreversível e a emulsão perde sua estabilidade!perde sua estabilidade! Auto-aglutinaçãoAuto-aglutinação Agente responsável: IgM = Aglutinina - procedente do leite/ colostro, atua como ponto de união entre partículas. Ocorre quando o leite cru é mantido em repouso a temperaturas de refrigeração, observada pela separação da nata. Se deve à formação de grandes agregados de glóbulos de gordura, de formas e tamanhos irregulares, firmes e volumosos em temperaturas baixas por quê retém soro em seu interior. macrocomponentes do leitemacrocomponentes do leite Renata Scavazza - Zootecnia UFRGS (AGR01026 - Ciência do Leite) - 2021 - Temperatura ótima de ativação = 37ºC - pH ótimo = 8 - Estimulada pela presença de íons Ca - Ação limitada pelo: pH do leite (6,7) temperatura em refrigeração unida à caseína, diminui concentração de enzima livre membrana do glóbulo de gordura - protege do ataque enzimático inativa com aquecimento a 75ºC durante 20 segundos = condições próximas à da pasteurização - Processo natural - Afeta os AG insaturados livres ou esterificados; - Reação dependente do oxigênio; - Catalisada pela luz, calor e metais (Fe e Cu) - Produtos: hidroperóxidos - não têm aroma mas são instáveis e se degradam formando substâncias, principalmente carbonilas insaturadas de C-6 e C-11 e alguns álcoois e ácidos; - Aroma resultante = ranço; - Se inicia nos fosfolipídeos, ricos em AG insaturados e estão em contato com o cobre; - A quantidade de Cu presente de forma natural pode aumentar por contaminações na superfície do úbere, equipamentos de ordenha e processamento; - A exposição à luz solar desenvolve sabor de ranço no leite em apenas 12h por causa da indução à oxidação (resolvida pelo uso de embalagens opacas); auto-oxidaçãoauto-oxidação LIPASEs extracelularesLIPASEs extracelulares - Origem microbiana - Produzidas fundamentalmente por bactérias psicotróficas, Pseudomonas e enterobactérias - Atuam otimamente em pH alcalino - Temperaturas entre 40 - 50ºC - Algumas resistem a tratamentos UHT - Hidrólise dos triglicerídeos aumenta os AG livres conferindo formação de sabores indesejados, como rançoso ou de sabão (C-4 a C-12); - Expressa-se como índice de acidez da gordura; - A partir de 1,4 mmol de AG livre/ 100 g de gordura já se percebe o gosto de ranço; - Processo natural e nem sempre prejudicial - Alguns tipos de queijo como o cheddar, gouda e o queijo azul, devem seu sabor, em parte, à presença de AG livres; É possível a separação tecnológica da gordura a partir de centrifugação e retirada para utilização em produtos lácteos. principais alterações que afetam os lipídeos:principais alterações que afetam os lipídeos: lipóliselipólise LIPASE ENDÓGENALIPASE ENDÓGENA padronização Resolve a auto-aglutinação e os primeiros processos de coalescência pela redução do tamanho dos glóbulos de gordura de forma controlada para evitar aglomerados no produto em repouso. homogeneização Renata Scavazza - Zootecnia UFRGS (AGR01026 - Ciência do Leite) - 2021
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