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RESUMO_ Bronquite infecciosa aviária

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Bronquite infecciosa aviária
Adrielly Alves Araújo
Doença altamente contagiosa de
caráter agudo, que causa sinais
respiratórios e por vezes renais, devido
a cepas nefrotrópicas, ou reprodutivos
devido ao acometimento do trato
reprodutivo.
Etiologia
É causada por um Coronavírus
aviário que possui 3 diferentes
sorogrupos. São RNA vírus envelopados
de fita simples, o que lhes confere baixa
resistência ao meio, UV e à
desinfetantes, porém com alta taxa de
mutação, respectivamente. Mesmo
sendo envelopados eles são altamente
resistentes à tratamentos ácidos, de pH
2 ou menor, além de serem resistentes
à tripsina.
Epidemiologia
Causa grandes prejuízos devido
às quedas nos ganhos de peso, queda
na postura, má formação dos ovos e
mortalidade, principalmente de aves
jovens acometidas.
Existem cepas que afetam o trato
respiratório, reprodutivo, urinário e
digestivo de aves de postura e de corte -
é exclusivo de galinhas. O trato
respiratório é o principal acometido,
sendo sempre o sítio primário de
replicação viral, independente da cepa.
Os portadores podem apresentar
cura clínica e permanecerem
transmitindo o vírus por aerossóis ou
fezes (quando infecção no trato
digestivo) sem a necessidade da
presença de vetores para sua
disseminação.
A mistura de idades é
considerada um fator predisponente.
Além disso, por ser um vírus
altamente mutagênico existe uma
preocupação quanto a pressão de
seleção exercida por vacinas vivas que
podem sofrer mutação e recombinação
na ave e voltar a serem infectantes,
gerando surtos.
Sua mortalidade pode ser alta,
principalmente quando acomete aves
nos primeiros dias de vida ou quando
são cepas nefrotrópicas (mais
virulentas). As aves mais velhas quando
infectadas pelas cepas respiratórias
geralmente não apresentam
mortalidade, apresentam sinais
respiratórios inespecíficos e se
recuperam em 10-20 dias quando não
ocorrem infecções secundárias, que
podem agravar os quadros respiratório
e genitourinário podendo causar
septicemia e levar ao óbito.
Patogenia
Após a transmissão direta ou
indireta, o vírus faz sua replicação
primária no trato respiratório superior
independentemente do tropismo final
da cepa infectante, primariamente eles
sempre são epiteliotrópicos se
replicando nas células produtoras de
muco e células epiteliais ciliadas dos
pulmões e sacos aéreos causando
deciliação e descamação do epitélio.
Após essa replicação eles se
disseminam causando viremia e
chegando nos órgãos preferenciais que
podem ser os rins, trato gastrointestinal
ou reprodutivo dependendo do
tropismo final da cepa.
Sinais clínicos
Sempre ocorrem sinais
respiratórios devido ao caráter
epiteliotrópico primário desse
coronavírus, mas são inespecíficos.
Aves jovens, pintinhos, podem
apresentar sinais respiratórios mais
graves como inflamação catarral dos
seios nasais e vias respiratórias, com
descargas nasais, dispneia,
lacrimejamento e conjuntivite,
agravadas por infecções bacterianas
secundárias.
Algumas aves podem apresentar
a “síndrome da cabeça inchada” quando
associada à agentes causadores de
edema, com ocorrência de edema de
crista e barbela, sinusite, conjuntivite.
Lesões
Respiratórias
Edema e exsudação mucosa
/catarral na traqueia e brônquios,
congestão pulmonar, inflamação
catarral/fibrinosa dos sacos aéreos,
pericárdio e pleuras, o que pode levar a
morte súbita em aves jovens.
Lembrar que sempre tem os
respiratórios já que é o local de
replicação primária do vírus.
Renais
Aumento do consumo de água,
fezes pastosas, a replicação viral
secundária nos rins causa falência renal
aguda com nefrite, nefrose e urolitíase,
desidratação, diarreia moderada a
severa.
Inicialmente aumento dos rins
pela inflamação seguida da
degeneração, atrofia e fibrose renal
com mortalidade de 2-50% das aves
que geralmente apresentam gota úrica
visceral ou articular observadas na
necropsia.
A gota úrica articular dificulta a
locomoção das aves que passam a não
se alimentarem adequadamente ou
beber água, agravando a perda de peso
e quadro renal.
Queda acentuada na produção de
ovos, porém permanecem produtivas se
½ dos rins permanecerem funcionais.
Reprodutivos
Queda acentuada na produção de
ovos (ocorre nas acometidas pelos
outro patótipos também, basta estar
doente, é um sinal que sempre ocorre
em aves), deformação dos ovos,
alteração da casca que fica fina e
porosa, comprometimento na
deposição do albúmen por hipoplasia
glandular no epitélio do oviduto.
Em aves com menos de 2 meses
podem ocorrer danos irreversíveis no
trato reprodutivo como saco sego
diretamente ligado a cloaca = falsas
poedeiras.
Sistema digestório
Diarreia profusa por síndrome de
má absorção devido a destruição das
microvilosidades pela replicação viral
secundária, sem acentuada queda na
produção.
As vacinas atenuadas não são
altamente eficientes contra esses
sinais, sendo indicadas as vacinas
inativadas.
Diagnóstico
Pelo histórico e sinais, que são
em sua maioria inespecíficos. A maior
suspeita é quando se tem alta
mortalidade associada a queda na
produção de ovos.
Diagnóstico direto
Imunofluorescência direta,
isolamento viral a partir de pulmões,
traqueia, rins, tonsilas cecais, fragmento
de oviduto, em vivos a partir de swabs
traqueais. O isolamento viral a partir de
amostras de TGI só é possível após
algumas semanas após os sinais
respiratórios - isolamento tardio já que
tem que se replicar antes no trato
respiratório para depois se disseminar
para os outros sítios de replicação.
Histopatologia não se observa
corpúsculos de inclusão, apenas lesões
nos cílios e epitélio do trato respiratório
e entérico, nefrite intersticial, ela é feita
principalmente para classificação da
virulência e avaliação da resposta
imune vacinal- se tiver lesões é porque
a vacina não foi eficaz.
PCR permite identificar sorotipo e
patótipos, além de diferenciar os vírus
vacinais e de campo.
Diagnóstico diferencial por
exclusão de Newcastle, Laringotraqueíte
e Coriza aviária.
Controle e profilaxia
Medidas gerais de
biosseguridade.
Vacinação: vacinas vivas
atenuadas utilizam a cepa Mass
administradas por água de bebida,
ocular, intranasal ou aspersão, possuem
boa proteção quando administrada no
pintinho de 1 dia e depois reforçada por
cepa heteróloga; Vacinas inativadas
administradas por injeção é usada em
aves de maior tempo de vida, poedeiras
e matrizes de corte, para aumentar a
imunidade após primovacinação com
vacina viva.
Me ajudou:
https://www.scielo.br/pdf/cr/v39n8/a339cr1716.pdf

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