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BRONQUITE INFECCIOSA AVIÁRIA

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BRONQUITE INFECCIOSA AVIÁRIA (BIA)
Doença altamente contagiosa de caráter agudo, que causa sinais respiratórios e
por vezes renais, devido a cepas nefrotrópicas, ou reprodutivos devido ao
acometimento do trato reprodutivo.
ETIOLOGIA
● Coronavírus aviário que possui 3 diferentes sorogrupos.
● São RNA vírus envelopados de fita simples, o que lhes confere baixa
resistência ao meio, UV e à desinfetantes, porém com alta taxa de
mutação, respectivamente.
● Mesmo sendo envelopados eles são altamente resistentes à tratamentos
ácidos, de pH 2 ou menor, além de serem resistentes à tripsina.
EPIDEMIOLOGIA
⇨ Causa grandes prejuízos devido às quedas nos ganhos de peso, queda na
postura, má formação dos ovos e mortalidade, principalmente de aves jovens
acometidas.
⇨ Existem cepas que afetam o trato respiratório, reprodutivo, urinário e digestivo
de aves de postura e de corte - é exclusivo de galinhas.
⇨ O trato respiratório é o principal acometido, sendo sempre o **** sítio primário
de replicação viral, independente da cepa *******
⇨ Os portadores podem apresentar cura clínica e permanecerem transmitindo o
vírus por aerossóis ou fezes (quando infecção no trato digestivo) sem a
necessidade da presença de vetores para sua disseminação.
⇨ A mistura de idades é considerada um fator predisponente.
⇨ Além disso, por ser um vírus altamente mutagênico existe uma preocupação
quanto a pressão de seleção exercida por vacinas vivas que podem sofrer
mutação e recombinação na ave e voltar a serem infectantes, gerando surtos.
⇨ Sua mortalidade pode ser alta, principalmente quando acomete aves nos
primeiros dias de vida ou quando são cepas nefrotrópicas (mais virulentas).
⇨ As aves mais velhas quando infectadas pelas cepas respiratórias geralmente
não apresentam mortalidade, apresentam sinais respiratórios inespecíficos e se
recuperam em 10-20 dias quando não ocorrem infecções secundárias, que
podem agravar os quadros respiratório e genitourinário podendo causar
septicemia e levar ao óbito.
PATOGENIA
Após a transmissão direta ou indireta, o vírus faz sua replicação primária no
trato respiratório superior independentemente do tropismo final da cepa
infectante
⇨ Primariamente eles sempre são epiteliotrópicos se replicando nas células
produtoras de muco e células epiteliais ciliadas dos pulmões e sacos aéreos
causando deciliação e descamação do epitélio.
⇨ Após essa replicação eles se disseminam causando viremia e chegando nos
órgãos preferenciais que podem ser os rins, trato gastrointestinal ou
reprodutivo dependendo do tropismo final da cepa.
SINAIS CLÍNICOS
⇨ Sempre ocorrem sinais respiratórios devido ao caráter epiteliotrópico primário
desse coronavírus, mas são inespecíficos.
⇨ Aves jovens, pintinhos, podem apresentar sinais respiratórios mais graves
como inflamação catarral dos seios nasais e vias respiratórias, com descargas
nasais, dispneia, lacrimejamento e conjuntivite, agravadas por infecções
bacterianas secundárias.
⇨ Algumas aves podem apresentar a “síndrome da cabeça inchada” quando
associada à agentes causadores de edema, com ocorrência de edema de crista e
barbela, sinusite, conjuntivite.
LESÕES
⇨ Respiratórias: Edema e exsudação mucosa /catarral na traqueia e brônquios,
congestão pulmonar, inflamação catarral/fibrinosa dos sacos aéreos, pericárdio e
pleuras, o que pode levar a morte súbita em aves jovens. Lembrar que sempre
tem os respiratórios já que é o local de replicação primária do vírus.
⇨ Renais: Aumento do consumo de água, fezes pastosas, a replicação viral
secundária nos rins causa falência renal aguda com nefrite, nefrose e urolitíase,
desidratação, diarreia moderada a severa.
Inicialmente aumento dos rins pela inflamação seguida da degeneração,
atrofia e fibrose renal com mortalidade de 2-50% das aves que geralmente
apresentam gota úrica visceral ou articular observadas na necropsia.
A gota úrica articular dificulta a locomoção das aves que passam a não se
alimentarem adequadamente ou beber água, agravando a perda de peso e
quadro renal. Queda acentuada na produção de ovos, porém permanecem
produtivas se ½ dos rins permanecerem funcionais
⇨ Reprodutivos: Queda acentuada na produção de ovos (ocorre nas acometidas
pelos outro patótipos também, basta estar doente, é um sinal que sempre ocorre
em aves), deformação dos ovos, alteração da casca que fica fina e porosa,
comprometimento na deposição do albúmen por hipoplasia glandular no epitélio
do oviduto. Em aves com menos de 2 meses podem ocorrer danos irreversíveis
no trato reprodutivo como saco sego diretamente ligado a cloaca = falsas
poedeiras.
⇨ Sistema Digestório: Diarreia profusa por síndrome de má absorção devido a
destruição das microvilosidades pela replicação viral secundária, sem acentuada
queda na produção. As vacinas atenuadas não são altamente eficientes contra
esses sinais, sendo indicadas as vacinas inativadas.
DIAGNÓSTICO
● Pelo histórico e sinais, que são em sua maioria inespecíficos.
● A maior suspeita é quando se tem alta mortalidade associada a queda na
produção de ovos.
DIAGNÓSTICO DIRETO
⇨ Imunofluorescência direta, isolamento viral a partir de pulmões, traqueia, rins,
tonsilas cecais, fragmento de oviduto, em vivos a partir de swabs traqueais.
⇨ O isolamento viral a partir de amostras de TGI só é possível após algumas
semanas após os sinais respiratórios - isolamento tardio já que tem que se
replicar antes no trato respiratório para depois se disseminar para os outros
sítios de replicação.
⇨ Histopatologia não se observa corpúsculos de inclusão, apenas lesões nos
cílios e epitélio do trato respiratório e entérico, nefrite intersticial, ela é feita
principalmente para classificação da virulência e avaliação da resposta imune
vacinal- se tiver lesões é porque a vacina não foi eficaz.
⇨ PCR permite identificar sorotipo e patótipos, além de diferenciar os vírus
vacinais e de campo.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
● Exclusão de Newcastle, Laringotraqueíte e Coriza aviária.
CONTROLE E PROFILAXIA
● Medidas gerais de biosseguridade.
● Vacinação:
○ Vacinas vivas atenuadas utilizam a cepa Mass administradas por
água de bebida, ocular, intranasal ou aspersão, possuem boa
proteção quando administrada no pintinho de 1 dia e depois
reforçada por cepa heteróloga;
○ Vacinas inativadas administradas por injeção é usada em aves de
maior tempo de vida, poedeiras e matrizes de corte, para aumentar
a imunidade após primovacinação com vacina viva.
ATIVIDADE DA AULA
Considerando o diagnóstico da BIA, explique, resumidamente, porque
precisamos sempre colher amostras do trato superior de aves infectadas,
mesmo que estas apresentem somente sinais clínicos reprodutivos ou urinários.
Pois o local primário e principal ponto de replicação do vírus, independente
da cepa, é o tecido epitelial do trato superior, isso pois o vírus é epiteliotrópico e
irá causar desciliação e descamação do epitélio da traqueia, posteriormente a sua
replicação inicial, ocorrerá uma viremia e assim ele irá atingir outros tecidos,
atingindo e gerando os sinais clínicos como reprodutivos e urinário.

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