1º Bloco- AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E DAAVALIAÇÃO EDUCACIONAL E DA
APRENDIZAGEM ESCOLARAPRENDIZAGEM ESCOLAR
CONCEITO HISTÓRICO DACONCEITO HISTÓRICO DA
AVALIAÇÃO EDUCACIONALAVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Autor: Me. Fábio Paiva de Souza
Revisor : Renée Coura Ivo V i tur i
I N I C I A R
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introduçãoIntrodução
Nosso objetivo é apresentar a você os primeiros conteúdos da disciplina “Avaliação
Educacional e da Aprendizagem Escolar”. A avaliação é parte integrante do
processo de ensino-aprendizagem – são avaliados o desempenho do aluno e do
professor, o ensino e a escola –, e está sempre presente no cotidiano escolar dos
professores e dos alunos nas escolas brasileiras. Por esses motivos, dentre outros,
constitui-se como um elemento que merece atenção e re�exão. O conteúdo
abordado nesta primeira unidade será referente à trajetória histórica da avaliação,
incluindo o conceito e as concepções da avaliação, as categorias, os parâmetros
avaliativos, o processo de seleção para exame escolar e a avaliação da
aprendizagem. A intenção deste material é trazer subsídios e servir de apoio, tanto
para o seu processo de formação acadêmica quanto para a sua prática docente.
Esperamos que você possa reconhecer o papel da avaliação na educação e
compreender em que a avaliação consiste.
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O termo “avaliar” vem do latim “a-valere”, que signi�ca “dar valor a algo”. Enquanto
o conceito de “avaliação” tem a ver com ato de avaliar, de mensurar ou de
determinar o valor de alguma coisa.
Podemos dizer que a avaliação da aprendizagem teve início durante o século XVI,
com a pedagogia dos jesuítas, e no período do século XVII, com as teorias
educacionais de Comênio, sistematizando os exames escolares. Anteriormente, a
avaliação era utilizada dentro da perspectiva industrial, como forma de controle de
funcionários. A escola sofreu essa in�uência da perspectiva industrial,
reproduzindo o mesmo mecanismo por meio da conferência de resultados da
aprendizagem dos alunos dentro do sistema escolar. Tem-se, ainda, a iniciativa de
Ralph Tyler em estabelecer a avaliação no âmbito educacional por meio da
orientação aos professores, mostrando que estes deveriam ter preocupação com a
aprendizagem dos alunos, em decorrência dos altos índices de reprovação.
A avaliação de Tyler foi caracterizada e conhecida como “avaliação por objetivos”,
sendo calcada em pressupostos positivistas. A avaliação da aprendizagem
continuou a ser compreendida como uma dimensão de controle do planejamento
curricular. Assim, a in�uência do pensamento positivista, no que se refere à
avaliação da aprendizagem:
O Conceito e asO Conceito e as
Concepções deConcepções de
AvaliaçãoAvaliação
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[...] impregnou o ambiente acadêmico brasileiro, tendo se projetado e
difundido através dos autores mencionados, cujas obras foram adotadas
nos cursos de formação de professores e �guram inclusive na bibliogra�a
de vários concursos [...] (SAUL, 1999, p. 32).
Adiante, no Brasil, a discussão se iniciou a partir de 1960, estando vinculada às
legislações educacionais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 e,
também, a de 1971, dando conotações diferentes à avaliação da aprendizagem.
Na Lei nº 4.024 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961), a avaliação da
aprendizagem era entendida como “apuração de rendimento escolar”, sendo que,
“na avaliação do aproveitamento do aluno, preponderarão os resultados
alcançados, durante o ano letivo, nas atividades escolares [...]” (BRASIL, 1961, on-
line).
Art. 39. A apuração do rendimento escolar �cará a cargo dos
estabelecimentos de ensino, aos quais caberá expedir certi�cados de
conclusão de séries e ciclos e diplomas de conclusão de cursos. 
§ 1º Na avaliação do aproveitamento do aluno preponderarão os
resultados alcançados, durante o ano letivo, nas atividades escolares,
asseguradas ao professor, nos exames e provas, liberdade de formulação
de questões e autoridade de julgamento (BRASIL, 1961, on-line).
Enquanto, na legislação educacional seguinte, Lei nº 5.692, de 1971, a avaliação da
aprendizagem se deu como “veri�cação do rendimento escolar”, que tinha por
meta que a avaliação do aproveitamento deveria ser expressa em notas ou
menções, nas quais “[...] preponderarão os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova
�nal [...]” (BRASIL, 1971, on-line). Já de acordo com a Lei nº 9.394 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional 1996), em relação à avaliação:
Art. 9º A União incumbir-se-á de: 
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no
ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas
de ensino, objetivando a de�nição de prioridades e a melhoria da
qualidade do ensino (BRASIL, 1996, on-line).
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Nessa lei, um ponto a ser destacado é a veri�cação do rendimento escolar na
educação básica, que segue os critérios de “avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
�nais” (BRASIL, 1996, on-line).
Na educação infantil, a avaliação da aprendizagem ocorre de outra forma,
“avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças,
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”
(BRASIL, 1996, on-line).
Ainda na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o artigo 32
apresenta que:
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série
podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão
continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-
aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino
(BRASIL, 1996, on-line).
Por sua vez, no ensino médio: “É competência da União estabelecer os padrões de
desempenho esperados, considerando que estes deverão servir como referências
nos processos de avaliação nacional, como preconiza a Base Nacional Comum
(BNCC)” (BRASIL, 1996, on-line).
No contexto das legislações educacionais nacionais, podemos perceber que a
avaliação da aprendizagem se constituiu ao longo do tempo com características
das avaliações somativa e formativa.
Aqui, cabe dizer que, segundo Rampazzo (2012, p. 50), a “avaliação formativa é
realizada durante o processo, ou seja, enquanto o assunto vem sendo trabalhado
pelo professor e alunos”.
Em relação à avaliação somativa, a autora preconiza que “é realizada no �nal de
um estudo, de uma unidade, de um período de semestre ou ano letivo, expondo os
resultados alcançados pelos alunos, tomando como base os objetivos propostos”
(RAMPAZZO, 2012, p. 51).
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Nesse sentido, Both (2012, p. 30) revela que “as avaliações formativa e somativa
compõem a coluna central da qual derivam todas as demais iniciativas
consequentes da ação de avaliar”.
Podemos dizer, com base na legislação educacional, que, no âmbito escolar, há
recomendações o�ciais no sentido de que a ênfase em aspectos qualitativos
(avaliação formativa) seja valorizada e utilizada na prática de avaliação.
Porém, a avaliação somativa também tem seu espaço nos processosavaliativos
internos da escola. Sendo também utilizada para avaliações em grande escala,
como exames ou avaliações nacionais, por exemplo: Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade), entre outros.
Para Both (2012, p. 31), a avaliação formativa cumpre o papel de exercer a função
contínua no processo de ensino-aprendizagem. Enquanto a avaliação somativa
consiste em intervir nesse processo, de forma pontual. O autor ressalta que a
avaliação somativa, ainda que menos recomendada pedagogicamente, tem seu
valor nos meios escolares e não deixa de ter importância na prática avaliativa do
professor. A seguir, abordaremos a avaliação na atualidade do cotidiano escolar.
A Avaliação na Atualidade
De início, é preciso dizer que a avaliação possui um caráter racional, que serve de
base para tomada de decisões e condutas. Quando acrescentamos a palavra
“educacional”, ela ganha um sentido mais amplo, com diversas interpretações. Os
estudiosos da educação, como Cervi (2008), Both (2012) e Rampazzo (2012),
reconhecem a avaliação como um componente fundamental no processo de
ensino-aprendizagem, na trajetória do aluno e no trabalho do professor na escola.
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Do ponto de vista metodológico, Cervi (2008) diz que as escolas desenvolveram
uma avaliação em que predominou a aferição da inteligência e do desempenho do
aluno apoiado na psicometria.
Essa regra testava a capacidade de memorização do aluno referente ao
conhecimento transmitido pelo professor, ou seja, não avaliava a capacidade do
aluno em situações que exigissem re�exão e raciocínio. Outra característica desse
tipo de avaliação é a utilização da avaliação para explorar o fracasso escolar,
denominado “avaliação como medida”, cuja pauta é avaliar os fatores externos
sobre os resultados de aprendizagem. Segundo Cervi (2008, p. 66), “o conceito de
avaliação como medida refere-se ao juízo relativo ou à interpretação da qualidade
ou do valor do objeto estudado”.
Como podemos destacar, a avaliação, como um processo avaliativo, é composta
por etapas avaliativas a serem executadas. Sendo formada pela “de�nição de
propósito ou função, seleção e coleta de dados, análise e confronto da informação
obtida, e formulações conclusivas, estabelecimentos de juízos de valor e
formulação de alternativas de intervenção” (CERVI, 2008, p. 82).
Em sua obra, Rampazzo (2012) menciona as contribuições de Scriven para o campo
da avaliação, com a introdução e a distinção dos papéis das avaliações formativa e
somativa. Para ele, a avaliação formativa é a que ocorre durante o processo de
ensino, fornecendo dados parciais de aprendizagem, a �m de que se possam
realizar intervenções no processo. Já a avaliação somativa é realizada ao �nal do
processo, para veri�car o que o aluno aprendeu.
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Scriven (apud RAMPAZZO, 2012) também introduziu o conceito de meta-avaliação,
que é a avaliação da avaliação e a preocupação com o estabelecimento de critérios
para avaliação de qualquer produto educacional.
Penna Firme (apud BOTH, 2012, p. 47) revela que:
Avaliar é um ato espontâneo e sempre presente em qualquer
acontecimento, mas deve ser realizado adequadamente para não
ocasionar prejuízo ao avaliado. [...] avaliar é momento inevitável de
qualquer atividade humana. [...] se a falta de avaliação é grave,
geralmente prejudicial é a sua inadequação.
praticarVamos Praticar
Leia o excerto a seguir:
Concepções de avaliação existem inúmeras, mas a sua prática nem sempre corresponde
às necessidades educacionais. É pena que muitas das práticas avaliativas ainda
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permaneçam mais em torno do que o aluno não sabe, em detrimento dos conhecimentos
que domina.
BOTH, I. J. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2012.
As práticas avaliativas que ocorrem em torno do que o aluno não sabe, em detrimento
dos conhecimentos que domina, referem-se à:
a) avaliação emancipatória
b) avaliação classificatória
c) avaliação somativa
d) avaliação contextual.
e) avaliação psicomotora
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Considerando os aspectos históricos, sociais e culturais, não cabe mais “restringir a
questão do processo ensino-aprendizagem apenas à questão da dimensão
cognitiva, dado que a afetividade também é parte integrante do processo” (KAGER,
2011, p. 114). A autora destaca que o professor, ao elaborar o planejamento do
curso, deve ter a convicção de que provocará consequências afetivas no aluno,
sobretudo, em sua relação com o docente.
Afetiva
Sabemos que é por meio do convívio social que se estabelecem as relações sociais
na sociedade, e um dos locais de convivência social é a escola. Nela, o aluno
permanece durante horas de seu dia. No ambiente escolar, ocorrem relações
sociais e afetivas, entre o aluno e o professor e, também, entre os alunos.
Este tipo de concepção tem um papel importante no ensino, sobretudo, na
educação infantil, quando existe um acompanhamento pedagógico maior do
professor com o educando. Nesse sentido, mesmo não havendo uma avaliação
formal do aluno nessa etapa, a afetividade presente na interação entre professor e
aluno contribui para o desenvolvimento cognitivo do aluno.
As Categorias daAs Categorias da
AvaliaçãoAvaliação
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Cabe dizer que uma avaliação de cunho afetivo ou na perspectiva de afetividade é
parecida com a autoavaliação, na medida em que propõe também fazer uma
avaliação de si próprio – se a interação mantida com o aluno é positiva e se vai
além de uma relação fria, entre outras possibilidades.
Outro ponto de vista é dos autores Silva e Schneider (2007), os quais dizem em que
existem implicações da afetividade no processo de avaliação, que podem ser
negativas (como gerar a falta de con�ança do aluno, devido à ausência de
afetividade na relação com o aluno) ou positivas (com o professor valorizando os
erros e os acertos do aluno durante o processo de aprendizagem). Assim, a
afetividade é um componente importante, que deve ser considerado pelo
professor, de forma que este não tenha como referência apenas as avaliações
somatórias.
Os autores destacam também que se deve considerar que “a avaliação está
associada a impressões e experiências negativas para a criança e que podem ser
desmisti�cadas quando o professor utilizar a afetividade como recurso na prática
educativa” (SILVA; SCHNEIDER, 2007, p. 86).
Cabe dizer que este tipo de avaliação é muito signi�cativo na educação infantil, na
fase pré-escolar e nos outros níveis de ensino.
Social
Atualmente, a escola é uma instituição especializada em ensinar crianças,
adolescentes, jovens e adultos. Portanto, podemos dizer que acompanha o
indivíduo durante um longo período de sua vida. Além disso, a escola é um grupo
social, formado por alunos, professores e funcionários.
Contudo, apesar do aumento de matrículas e do acesso à educação, sobretudo no
ensino fundamental, a desigualdade social ainda está presente e se re�ete na
escola, pois alunos oriundos de classe média ou alta conseguem concluir seus
estudos, em detrimento dos alunos de baixa renda e pobres que não os concluem.
Dessa maneira, a desigualdade se apresenta no fracasso escolar, fundamentado na
repetência e na evasão escolar.
Piletti (1993) diz que a escola possuiuma função social de educar as gerações
futuras. Embora essa função não seja cumprida de forma e�ciente, cabe ao
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professor, como elemento fundamental na educação, re�etir sobre a sua prática
docente, veri�cando se é excludente ou inclusiva, assim como avaliar o aluno,
também com um olhar social.
Podemos dizer que a avaliação social do aluno implica considerar o seu grupo
familiar, a sua localidade e a sua rotina, usando perspectivas pessoais e sociais
para conceber uma prática avaliadora que seja abrangente e inclusiva para o aluno
do ponto de vista social e pedagógico.
Psicomotora
A avaliação psicomotora analisa o desenvolvimento psicomotor, como a maneira
de andar e correr, a postura física e os re�exos da criança, com o objetivo de
identi�car problemas relativos à sua própria evolução. Outro ponto a ser
destacado é que possibilita reduzir efeitos negativos, como a mobilidade
comprometida, decorrentes da não intervenção de especialistas. Segundo Brêtas et
al. (2005, p. 404), “a educação psicomotora é válida tanto para a criança da pré-
escola quanto para a escola normal”, ou seja, outras etapas do ensino regular.
Brêtas et al. (2005, p. 404) também destacam que a relação da criança com o meio
ambiente proporciona “a vivência de toda gama de relações que resultam em
explorações sensório-motoras, coordenação visomotora, espaço perceptivo-motor,
equilíbrio, tempo, ritmo, linguagem e esquema corporal”.
Nesse sentido, o professor deve avaliar se os aspectos psicomotores não estão
afetando negativamente a aprendizagem dos alunos, seja na escrita ou na fala.
Cabe ao professor, sobretudo se for professor de educação física, conversar com
os alunos sobre esse assunto e dar prosseguimento caso haja alguma di�culdade,
encaminhando-os à rede pública de saúde.
Cognitiva
Dentro do contexto escolar, no qual o professor convive com os alunos durante as
atividades educacionais, é importante que seja realizada a avaliação cognitiva, para
veri�car em que nível de conhecimento os alunos estão em relação aos conteúdos
escolares.
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O processo avaliativo, na perspectiva cognitiva, tem por meta veri�car o
desenvolvimento cognitivo, inerente à aquisição de conhecimentos, referente à
inteligência dos alunos. Assim, não está apenas relacionado a avaliar determinado
tipo de conteúdo, mas a avaliar habilidades e competências do aluno em relação às
áreas como escrita, leitura, fala, interpretação, entre outras.
Esta categoria de avaliação é utilizada em todos os níveis da educação, seja
educação básica ou ensino superior. Na educação infantil, o professor desenvolve
o registro e o acompanhamento da criança, avaliando, também, os aspectos
cognitivos do aluno. No ensino fundamental, essa avaliação é realizada sobretudo
com crianças com necessidades especiais. Ademais, abrange também alunos do
ensino médio.
En�m, existem diversos instrumentos avaliativos que auxiliam o psicopedagogo e o
professor a aferir ou veri�car os aspectos cognitivos de alunos, como:
instrumentos de Desenho da Figura Humana – DFH III; WISC – III; Matrizes
Progressivas de Raven; R-2. 
praticarVamos Praticar
Leia o texto a seguir:
“Porém, as decisões sobre a organização dos espaços �carão condicionadas à
disponibilidade da escola em cada caso, mantendo o critério de oferecer os espaços de
fácil acessibilidade para grupo em que se encontram alunos com limitações motoras ou
que precisem de um acesso fácil a rampas, elevadores etc…”.
ARREDONDO, C. S. Práticas de avaliação educacional materiais e instrumentos. 20.
ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 37.
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Considerando o excerto apresentado, assinale a categoria de avaliação mais pertinente à
ideia do texto de mobilidade e acessibilidade.
a) Cognitiva
b) Afetiva
c) Social
d) Psicomotora
e) Processual
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Os parâmetros avaliativos consistem em critérios de avaliação, pois é fundamental
que haja parâmetros preestabelecidos como referência no juízo de valor de uma
avaliação. Nessa perspectiva, é importante considerar e adaptar os critérios à
realidade local avaliada.
A seguir, apresentaremos alguns parâmetros avaliativos presentes na educação.
Processual
No cenário educacional brasileiro, a avaliação faz parte da rotina escolar. A
avaliação processual possibilita que o professor realize avaliações durante todo o
processo educativo. Dessa forma, a performance do aluno pode ser aferida com
instrumentos avaliativos diversi�cados que terão resultados integrados à sua
média �nal. Both (2012, p. 30) revela que “a avaliação sob os aspectos processual
(qualitativo) e somativo (quantitativo) compreende um conjunto de orientações e
valores que responde de forma bastante positiva e real às necessidades do homem
referente ao processo educativo”.
Outro ponto é que o aspecto processual, também denominado formativo,
encontra-se presente na vida acadêmica ou escolar ao longo de todo o transcurso
ParâmetrosParâmetros
AvaliativosAvaliativos
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da formação do estudante.
Both (2012, p. 39) também destaca que há vários instrumentos de avaliação
formativa, como: observação de desempenho, conselho pedagógico, estudo de
caso, seminário, debate, trabalho em grupo e relatório individual.
Global
Na perspectiva educacional, a principal característica da avaliação global é a sua
abordagem ampla ou holística, referente ao todo, isto é, ao total de suas partes.
Podemos dizer que o conhecimento de um aluno não consiste somente em
aspectos inerentes a conteúdos escolares (apesar de a educação brasileira possuir
uma abordagem demasiadamente conteudista), pois existem também
competências e habilidades dos alunos que são re�etidas em posturas e atitudes
referentes à vida em sociedade, especialmente no mundo do trabalho, que a
escola não avalia e muito menos, considera importante.
Both (2012, p. 38) revela que a aprendizagem cumpre melhor “sua função de
apoiadora do ensino e da aprendizagem [...] quando é �el aliada do ser humano
em seu esforço de competência, capacidade, habilidade e de convivência social”.
Ainda, no âmbito educacional, a avaliação global, além de envolver aspectos como
a aferição e a veri�cação da aprendizagem do aluno, avalia o sistema escolar, a
escola, a infraestrutura, o corpo docente, o corpo de funcionários e as condições
de trabalho.
Contextual
Dentro da complexidade da ação de avaliar, há um componente que é a avaliação
contextual, a qual busca avaliar o contexto da escola.
O instrumento utilizado por este parâmetro avaliativo é o questionário, o qual tem
como público-alvo os professores, os alunos, os pais de alunos, o pessoal de apoio
pedagógico, a direção e os funcionários. Assim, envolve as dimensões que
compõem aspectos pedagógicos e de gestão escolar. 
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praticarVamos Praticar
Leia o excerto a seguir:
“O aspecto somativo, por sua vez, representa o desempenho do estudante de forma
pontual, no qual os resultados são demonstrados numericamente”.
BOTH,I. J. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2012.
p. 31.
Considerando o excerto apresentado, assinale um instrumento inerente à avaliação
somativa:
a) Portfólio.
b) Estudo de caso.
c) Prova.
d) Debate.
e) Trabalho em grupo.
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Luckesi (2011, p. 54) propõe que “a avaliação do aproveitamento escolar seja
praticada como a atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem” do
educando e como “uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e o
desenvolvimento do educando”. Para o autor, ao avaliar, o professor deverá
coletar, analisar e sintetizar as manifestações de condutas cognitivas, afetivas e
psicomotoras do educando.
Deve-se, ainda, “atribuir uma qualidade a essa con�guração de aprendizagem a
partir de um padrão preestabelecido admitido por educadores e especialistas nos
conteúdos” (LUCKESI, 2011, p. 55).
Outra recomendação é “a partir desta quali�cação, tomar uma decisão sobre as
condutas docentes e discentes a serem seguidas”, com “a reorientação imediata da
aprendizagem” e “o encaminhamento dos educandos para passos subsequentes
da aprendizagem caso considerem que qualitativamente atingiram o nível
satisfatório” de aprendizagem (LUCKESI, 2011, p. 55).
Avaliação da Aprendizagem
O Processo deO Processo de
Seleção para oSeleção para o
Exame EscolarExame Escolar
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Atualmente, podemos destacar que a avaliação da aprendizagem se divide entre as
avaliações escolares, dadas pelo professor em sala de aula, e as avaliações de larga
escala aplicadas aos alunos pelos órgãos o�ciais. Na avaliação escolar, do ponto de
vista da prática avaliativa do professor, podemos dizer que são utilizados
instrumentos avaliativos de aspecto processual ou formativo e, também, de caráter
mais somativo.
Destaca-se que as avaliações podem ser consideradas conforme os níveis: macro
(avaliação dos sistemas educacionais); meso (avaliação das escolas); micro
(avaliação da aprendizagem); mega (avaliação desenvolvida por organismos
internacionais, como o Pisa).
Mas, antes de falarmos sobre os instrumentos avaliativos, cabe dizer que Both
(2012) aponta uma série de elementos que são componentes da didática e da
avaliação. Na visão desse autor, tais componentes são essenciais para que o
professor possa desempenhar as funções pedagógicas com condições de
desenvolvimento: planejamento de ensino; de�nição de objetivo de aprendizagem;
seleção de conteúdos; escolha de metodologia adequada de aprendizagem;
saibamaisSaiba mais
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma
instituição antiga que realiza pesquisas sobre
avaliação no âmbito escolar e, também, é
responsável por aplicar diversas avaliações,
como Enade e Saeb.
Fonte: Elaborado pelo autor.
ACESSAR
http://www.inep.gov.br/
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promoção da avaliação comprometida com a aprendizagem; relação professor-
aluno e conteúdo; produção de conhecimento para aprendizagem.
A partir dessa compreensão, segundo Both (2012), podemos destacar os
instrumentos de avaliação que fazem parte de todos os níveis escolares, que são:
seminário; trabalho em grupo; relatório individual; autoavaliação; observação;
conselho de classe/conselho pedagógico; entrevista; estudo de caso; tribunal de
júri simulado.
Para Both (2012), este tipo de instrumento de avaliação tem o objetivo de instigar a
aprendizagem, na medida em que esteja su�cientemente bem organizado e
implementado.
Por outro lado, há instrumentos de avaliação com aspectos classi�catórios e
somativos, como a prova ou o teste presencial. Geralmente, composto por
questões discursivas e objetivas, utilizado pelos professores desde os primórdios
da escola.
reflitaRe�ita
O tema avaliação, pelo fato de se fazer
presente em qualquer circunstância da
vida de todo ser humano, constitui
amplitude e abrangência muito grande.
Re�ita sobre o tema.
Fonte: Both (2012, p. 28).
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Dessa maneira, podemos compreender como se dá a avaliação no âmbito escolar.
Contudo, a avaliação educacional extraescolar, realizada em grande escala, possui
�ns classi�catórios, de certi�cação e de veri�cação de aprendizagem, estando
presente nos níveis da educação brasileira. Envolve grande parte da sociedade,
com milhões de estudantes, abrangendo instituições públicas e privadas, quase
sempre sob a coordenação do Inep. Segundo Ragazzo (2012), as principais provas
são: Enem; Saeb e exames complementares; Prova Brasil; Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), Exame Nacional para Certi�cação de Competências
de Jovens e Adultos (Encceja); Provinha Brasil.
praticarVamos Praticar
Leia o excerto a seguir:
“O aspecto processual, também denominado formativo, encontra-se presente na vida
acadêmica ou escolar ao longo de todo transcurso de formação”.
BOTH, I. J. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2012.
Considerando o excerto apresentado, assinale um instrumento inerente à avaliação
formativa.
a) Seminário
b) Exame
c) Teste
d) Prova escrita
e) Prova oral
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indicações
Material
Complementar
FILME
Alien: Covenant
Ano: 2017
 Comentário: O �lme é bem interessante se formos
considerá-lo como um exemplo da importância da
avaliação e do juízo de valor a uma decisão. No �lme, o
comandante da nave se empolga ao descobrir um planeta
por meio de uma suposta mensagem de socorro. Ao
consultar os tripulantes da nave, o comandante recebe um
conselho de não ir a esse planeta. No entanto, apesar dos
apelos, ele decide que a nave deve ir rumo ao planeta
desconhecido, desviando-se da rota original e segura. O
�lme mostra que o comandante tomou uma decisão
equivocada, trazendo sérias consequências à tripulação.
T R A I L E R
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LIVRO
Instrumentos de avaliação e pesquisa:
caminhos para construção e validação.
Ligia Gomes Elliot
Editora: Wak
ISBN: 978-85-7854-226-9
Comentário: O livro aborda os principais instrumentos que
podem ser utilizados na prática avaliativa, assim como
orienta a construção de outros instrumentos de avaliação.
Trata-se de um livro muito importante para professores
que desejam se aperfeiçoar no uso desses instrumentos
avaliativos.
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conclusão
Conclusão
A re�exão sobre avaliação, sua trajetória, suas concepções e seus parâmetros
contribui para a prática avaliativa do professor na escola e, também, para a
formação dos futuros professores e pro�ssionais de educação. Cabe dizer que este
trabalho aborda o conteúdo essencial de avaliação, servindo de subsídio para
debates e re�exões sobre a prática avaliativa. Contudo, o contexto apresentado
sobre avaliação também promove esclarecimentos e instrumentaliza a ação
docente na avaliação da aprendizagem. Dessa maneira, podemos concluir que o
professor deve se preocupar em realizar uma avaliação voltada para a promoção
da aprendizagem do aluno, e não para avaliá-lo de formaexcludente e
classi�catória, sem considerar aspectos sociais e cognitivos.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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Publicado pelo canal 20th Century Studios Brasil. Disponível em:
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ARREDONDO, C. S. Práticas de avaliação educacional materiais e
instrumentos. 20. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=5incfB5jHWU
17/03/2021 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670594… 25/26
BOTH, I. J. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Intersaberes,
2012.
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ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da
República, [1971]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-
1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 16
jan. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [2009] Disponível em:
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17/03/2021 Ead.br
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