Buscar

Arbitragem e Mediação - Documentos Google

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito - Arbitragem e Mediação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno(a) - BRUNA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Técnicas de Mediação e a Constelação Familiar como mecanismo de 
efetivação das mediações” 
 
 
 
 
Quando falamos de conflitos logo nos vem em mente a discussão das partes os 
desagrada , partindo do pressuposto que algo que deveria ser resolvido com rapidez 
e tranquilidade acaba se tornando um problema. Conflito como sabemos é sinônimo 
de embate, oposição, opiniões que são diferentes onde existem ideias ou conflitos 
de interesse. 
 
Em uma sociedade onde as idéias e os interesses são muito diferentes se fa z 
necessário que haja oportunidade de comunicação e métodos que possam resolver 
os conflitos que surgem com os desencontros. 
 
Fernanda Tartuce diz que 
 
No acesso à justiça no modelo tradicional, a busca da solução 
final acaba se resumindo a resolver apenas a crise jurídica, 
deixando em aberto os impasses de outras naturezas; como 
estes não costumam ser conjuntamente dirimidos, a tendência 
é que retornem em um momento futuro “porventura até 
recrudescidas(TARTUCE,2019 - p.11) 
 
 
Atualmente o que notamos é uma evolução do sistema tentando sanar as 
controvérsias por meios alternativos, no próprio ordenamento jurídico temos 
respaldo, dispositivos que buscam soluções alternativas para conflitos o que dispõe 
“Lei de Mediação Brasileira - Lei nº 13.140/2015” 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a mediação como 
meio de solução de controvérsias entre 
particulares e sobre a autocomposição de 
conflitos no âmbito da administração pública. 
 
Parágrafo único. Considera-se mediação a 
atividade técnica exercida por terceiro imparcial 
sem poder decisório, que, escolhido ou aceito 
pelas partes, as auxilia e estimula a identificar 
ou desenvolver soluções consensuais para a 
controvérsia. 
 
A mediação consiste em promover uma comunicação, em 2010 com a Resolução 
nº 125 do Conselho Nacional de Justiça,com intuito de obrigar o judiciário a orientar 
de forma alternativas aqueles que o recorrerem com intuito de sanar o conflito, 
sugerindo assim o “método multiportas” , a própria resolução abriu caminho para o 
uso de constelações familiares para que fosse possível resolver reivindicações 
judiciais. 
 
A mediação pode ter uma abordagem multidisciplinar, além de diligência, 
independência e imparcialidade, o mediador necessita de estar familiarizado com 
determinadas áreas do conhecimento, tendo como principais características a 
fiabilidade,flexibilidade e a informalidade. Método esse alternativo para enfrentar o 
conflito para que se consiga pacificar demandas diferentes, seja no âmbito familiar, 
trabalhista , empresarial e etc. 
 
É importante que o mediador consiga fazer com que as partes conversem sobre, 
que saibam ouvir um ao outro e além de tudo que possam refletir sobre as 
propostas, assim evitando que esta conciliação saia do controle evitando 
discussões do qual não irá levá-los a lugar nenhum. Deve ser transmitida aos 
envolvidos tranquilidade, segurança para que pacientemente e com entendimento 
os litigantes saiam da posição de ataque com intuito de resolver a situação. 
 
A mediação é feita de forma informal, não com base na lei, por isso é um diálogo 
mais descontraído que deixa as partes à vontade, de forma que desconforto não 
seja predominante no momento Fernanda Tartuce menciona que 
 
 
A vantagem da mediação sobre outros métodos é 
permitir, caso as pessoas assim o desejem, a 
continuidade da relação em uma perspectiva de futuro. 
Como ela propõe que se finalize a situação 
controvertida sem comprometer a relação interpessoal 
em sua integralidade, a mediação permite que os 
envolvidos possam cogitar atuações futuras se isso se 
revelar necessário e/ou desejável. (TARTUCE, 2019 - 
p.199) 
 
 
 
Outra forma de resolução de conflitos é a Conciliação, um mecanismo extrajudicial 
ou judicial onde depende da participação de terceiro imparcial e treinado sobre o 
assunto. A conciliação possui correlação com CPC de 1973, a mesma pode vir a ser 
intervinda por um juiz, por um advogado, com intuito de aproximar as partes 
resultando assim uma solução. 
 
Além dos dois métodos mencionados, existe também a Negociação, processo no 
qual é autônomo conduzidos pelas partes para solução entre ambas as partes, onde 
os litigantes irão buscar um diálogo, sem auxílio de terceiros com base em técnicas 
onde juntos consigam chegar a um final que esteja de acordo para os dois, 
Fernanda Tartuce fala que 
 
 A negociação pode ser entendida como a 
comunicação estabelecida diretamente pelos 
envolvidos, com avanços e retrocessos, em busca de 
um acordo; trata-se do mais fluido, básico e elementar 
meio de resolver controvérsias, sendo também o 
menos custoso.(TARTUCE,2019 - p.42) 
 
 
 
Quando falamos em arbitragem no meio jurídico se trata de um dos mais antigos 
meios de conflitos pela heterocomposição , uma solução de conflitos que é dada por 
um terceiro imparcial. A arbitragem prevista legalmente na Lei nº 9.307/96 , onde as 
partes que estiveram envolvidas num conflito podem escolher uma pessoa seja 
física ou jurídica para que os auxilie na solução da lide , a arbitragem só pode ser 
conduzida em conflitos envolvendo direitos disponíveis e partes capazes. Quando 
as partes resolvem escolher uma pessoa jurídica de direito privado. 
 
Um dos pontos vantajosos em relação a arbitragem é sua maior chance de 
efetividade da decisão das partes, como ambas fazem parte da decisão de que irá 
ser o árbitro, normalmente a decisão arbitral proferida venha ser cumprinda , assim 
evitando a necessidade utilizar de outros meios jurídicos, obviamente que sempre 
existe as exceções onde se faz necessário buscar outros meios coercitivos . Outra 
vantagem é a flexibilidade procedimental . Segundo Carlos Alberto Carmona 
diversamente do que vemos em nossas “abafadas cortes estatais”, tal flexibilidade é 
natural e “torna os árbitros muito menos engessados que o juiz togado, 
permitindo-lhes experimentarnovos e variados meios de descobrir fatos e aumentar 
sua capacidade de entender. 
 
 
Das Constelações Familiares 
 
De acordo com a “Lei de Mediação” (Lei nº 13.140 de 2015), a constelação familiar 
vem sendo utilizada como meio de resolução de conflitos pacíficos, método 
extrajudicial positivo,amparado Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 125 
(CNJ) e processos cíveis. Segundo Schneider, as constelações familiares visa 
estudar percepções, insights e experiências denominadas "fenomenologia 
sistemática", que tende a explicar o que ocorre por trás dos distúrbios de 
comportamento e conflitos de um determinado grupo Schneider diz que 
 
A constelação familiar é entendida como um método 
sistêmico, em muitos sentidos. Ela vê o cliente individual, 
desde o princípio, junto com as pessoas relevantes em seus 
campos de relações. Dificilmente haverá um método que 
permita vivenciar tão explicitamente, e de uma forma tão 
condensada, abrangendo espaço e tempo, as influências 
numa família. Nas constelações, vemos os sistemas de 
relações, de certa maneira, “em ação”. O conceito do 
“envolvimento” exprime a interconexão dos destinos que se 
manifestam, em número maior ou menor, mais ou menos 
simultaneamente.( SCHNEIDER, 2007 - p.58) 
 
Para o autor, o método tenta responder a algumas perguntas, utilizado como forma 
terapêutica individual ou em grupo. Bert Hellinger deu origem as constelações 
familiares , o mesmo desenvolveu sua própria terapia sistémica e familiar, com sua 
análise Helling entende que todos nós seguimos um roteiro que não é pessoal e cria 
conexões com outros membros da família. Para ele a compensação do todo será o 
equilíbrio entre dar e receber, além de compreender os direitos e obrigações de 
todos que fazia parte, o autor menciona que o vínculo pode ser de sangue mas 
também um vínculo de destino, e que ao ser excluído do grupo se perde a 
segurança dentro do grupo ou de determinado membro e que são as exclusões que 
geram os desequilíbrios dentro do âmbito familiar . 
 
No meio jurídico, quando Sami Storch iniciou um estudo em 2014, surgiu o termo 
“direito sistemático”, O objetivo do surgimento do direito sistêmico é analisar o nível 
superior de gestão das relações humanas com base na ciência das constelações 
familiares sistêmicas, e aplicá-lo à prática jurídica com conteúdo terapêutico. Storch 
iniciou essa técnica na área da família , no município de Amargosa e Castro Alves 
na Bahia, ganhando uma menção honrosa pelo CNPJ em 2015 pelo projeto 
“Constelações da Justiça”. 
 
Nesse contexto podemos dizer o direito sistêmico torna as pessoas conscientes de 
um novo momento do direito, e esse momento também se estabelece com base na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. O direito de ter uma estrutura de 
compromisso a Liberdade, tolerância, respeito pelos outros e a conexão com os 
direitos humanos são a base para garantir os direitos básicos. É dessa 
compreensão de relacionamentos cheios de conflito que nasce o direito de buscar 
uma solução pacífica. 
 
A primeira vez que Storch utilizou o método foi numa audiência sobre a disputa de 
uma criança, o mesmo relatou que como foi sua experiência , e que com a ajuda do 
método utilizado a constelação revelou que a criança amava a mãe e a avó , porém 
, queria ficar com a mãe, o mesmo falar que são questões como estas que não são 
vistas numa audiência por um juristas. O judiciário vê questões baseada 
socioeconômica , como quem tem condição de ficar com a criança, quem possui a 
melhor estrutura para sua criação , questões das quais são o suficiente para tomada 
de decisão, porém que não são o bastante quando o sentindo da criança também é 
um fator decisivo. 
 
As questões relacionadas à família, são questões delicadas que merecem além de 
norma que cercam o Direito, é necessário analisar também o sentimento que as 
cercam, entender que a técnica pode contribuir para as questões teóricas do 
ordenamento jurídico, a aplicação da constelação familiar possui amparo a lei, com 
a entrada em vigor do novo CPC, regulamentou a obrigatoriedade, onde os 
litigantes e o juíz são submetido a mediação e conciliação. 
 
Atualmente, esse novo campo do Direito Sistêmico vem atuando em diversas áreas, 
no Direito Empresarial, no Direito Penal, Direito Trabalhista Projetado para resolver 
necessidades e demonstrar resultados importantes principalmente no âmbito 
trabalhista obtendo importantes resultados com as conciliações. 
 
A justiça Federal lançou um projeto chamado “Macrodesafio” e em seu 
planejamento estratégico, buscou utilizar meios de soluções de conflitos, a ideia é 
buscar através da participação do cidadão meios que possam solucionar as 
questões , estimulando as pessoas, para que assim elas não vejam a necessidade 
de ajuizar um processo mediante a conciliação, mediação ou arbitragem como meio. 
 
Assim, notamos que a proposta do Direito Sistêmico é encontrar a devida solução 
para o conflito familiar, no caso uma solução aplicada por uma lei ou até mesmo por 
uma sentença causaria certo desconforto para ambas as partes, que por meio disso 
possam a vir a ser odiar para o resto de suas vidas, por não ter sido amigavelmente 
como deveria, por não terem tido a oportunidade de enxergar o conflito de uma 
melhor forma e de não terem feito nada em relação a isso, deixando com o que o 
problema tomasse conta os ânimos e que a solução final não venha agradável 
nenhum e nem o outro. 
 
Entendemos que constelação Familiar pode ser usada juridicamente com intuito de 
alcançar dos envolvimentos uma solução de paz, sem que todos passem por 
desgastes desnecessários, essa pacificação de autocomposição pode ser 
considerada um grande avanço para o nosso ordenamento jurídico, no entanto que 
já é notável o quão positiva vem sendo para a solução dos casos em questão 
quando é utilizada. 
 
A Constelação Familiar já é utilizada vários Estados quais sejam: Goiás, São Paulo, 
Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do 
Sul, Alagoas e Amapá e o Distrito Federal já utilizam adinâmica da Constelação 
Familiar para ajudar a solucionar conflitos na Justiça brasileira. A método está em 
conformidade com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
A importância do método da Constelação Familiar e sua efetividade na resolução 
dos conflitos já é reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça; 
 
A questão do método é conseguir um resultado positivo trazendo ao final paz as 
pessoas e no momento em que elas se resolverem possam seguir suas vidas , sem 
guardar qualquer tipo de sentido negativo sobre aquela determinada situação, que a 
solução que foi acatada no momento seja reflexo do entendimento entre ambas as 
partes. 
 
Embora ainda há quem relute pelo método da constelação familiar, houve uma 
grande ampliação sobre no país, que vem gerando resultados positivos no que diz a 
respeito sobre a solução de conflitos e cada vez mais tem sido adotado por outros 
estados. 
 
De forma que é visível que o judiciário não só pode, como deve ser amparado com 
as demais ciências sendo facilitadora dos meios em que o processo venha ser 
concluído, como sempre foi no decorrer dos séculos, é necessário que a resistência 
seja deixada de lado a fim de abrir as portas para a inovação, nosso sistema ainda é 
arcaico, mas isso não nos impede de dar oportunidade às inovações, aos 
aperfeiçoamentos que venham está a nossa disposição. 
 
Dessa forma fica claro que a utilização do método em si traz apenas aspectos 
positivos junto ao processo, visando sempre satisfazer as partes, juntamente com a 
mediação e a conciliação onde é possível uni-los com o método da Constelação 
Familiar , agregando assim ao meio jurídico métodos científicos de outra área a fim 
de proporcionar aos envolvidos uma forma mais cautelosa e menos invasiva . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
 
 
TARTUCE, Fernanda. Mediação nos conflitos civis . 5. ed. Rio de Janeiro: Forense 
2019. 
 
Manual de Mediação Judicial, Conselho Nacional de Justiça. Brasília, 2016 
 
JUNIOR, Luiz Antonio Scavone, Arbitragem : Mediação, conciliação e 
negociação , 10. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020. 
 
SCHNEIDER, Jakob Robert. A prática das constelações familiares . Patos de 
Minas: Atman, 2007 
 
STORCH, Sami. Artigo: Prática de constelações na Justiça e aplicabilidade do Direito 
Sistêmico .Disponível 
em: https://direitosistemico.wordpress.com/2010/11/29/o-que-e-direito-sistemico/ 
https://direitosistemico.wordpress.com/2010/11/29/o-que-e-direito-sistemico/

Outros materiais