Buscar

Fase de campânula, coroa e raiz Odontogênese


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fase de campânula 
Os processos de morfogênese e diferenciação celular iniciam-se na fase de campânula
Após a fase de capuz, a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte vão diminuindo. 
A parte epitelial do germe dentário (órgão do esmalte) exibe o aspecto de um sino com sua cavidade mais acentuada e suas margens mais aprofundadas.
Contudo, quando diminui a divisão celular tanto no órgão do esmalte quanto nas células ectomesenquimais, ocorre a diferenciação das diversas células do germe dentário, fazendo com que essa fase também seja chamada de `fase do morfo e histodiferenciação`. 
 As células do epitélio externo do órgão do esmalte são achatadas, tornando-se pavimentosas, enquanto as do epitélio interno, por sua vez, alongam-se, constituindo células cilíndricas baixas com núcleo central e citoplasma contendo ribossomas livres. 
entre o epitélio interno e o retículo estrelado, duas ou três camadas de células pavimentosas que constituem o estrato intermediário, que acredita-se participar da formação do esmalte.
De outra forma , na campânula, na região em que os epitélios externo e interno do órgão do esmalte se encontram, ao nível da borda do sino, forma-se um ângulo agudo. Essa região,é denominada alça cervical, local em que, por volta do final da fase de coroa, tanto as células do epitélio externo quanto as do interno irão ramificar para constituir a bainha radicular de Hertwig, que estimulam a formação da raiz do dente.
Figura 6.13 Fase de campânula. Observe o germe dentário com todos os seus componentes (ML)
Fase da coroa 
A fase de coroa é denominada também "fase avançada de campânula’' e corresponde à deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente.
Esta fase progride, desde os locais correspondentes às cúspides para a região cervical. Portanto, embora nesta fase ocorram também os eventos de diferenciação, estes não se restringem aos locais das futuras cúspides. Isso significa que um mesmo germe dentário poderá ser observado nas regiões próximo a alça cervical, onde as células do epitélio interno do órgão do esmalte se mantém, onde ainda não sofreram inversão da sua polaridade.
Se for examinada uma região adjacente na mesma vertente, porém mais próxima da cúspide, observam-se pré-ameloblastos; já na papila, os pré-odontoblastos começam sua diferenciação para se tornarem odontoblastos. Ainda examinando regiões da mesma direção, odontoblastos secretam os constituintes da matriz orgânica da primeira camada de dentina, representando, portanto, um estágio posterior. 
A fase de coroa caracteriza-se pela deposição de dentina, de fora para dentro, e de esmalte, de dentro para fora.
Figura 6.23 Fase de coroa em que se observa a diferenciação progressiva de odontoblastos e ameloblastos em relação à futura cúspide (ML).
Fase de Raiz
Ao final da fase de coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios interno e externo do órgão do esmalte que constituem a alça proliferam em sentido apical para induzir a formação da raiz do dente. As células resultantes da proliferação não se aprofundam verticalmente, por esse motivo, o epitélio resultante da proliferação das duas camadas da alça cervical sofre uma dobra, constituindo o diafragma epitelial. As células epiteliais continuam a proliferar, originando outra estrutura: a bainha epitelial radicular de Hertwig.
Como a continuação da proliferação da bainha coincide com o início do processo de erupção dentária, enquanto vai sendo formada a raiz do dente, o germe dentário movimenta-se no sentido coronário.
Para a formação da dentina radicular, as células da camada interna da bainha radicular de Hertwig induzem as células ectomesenquimais da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos. As células da região da bainha que exerceram a indução cessam sua proliferação, secretando, sobre a dentina radicular em formação, uma fina matriz cuja composição é similar à matriz inicial do esmalte. Enquanto isso, os odontoblastos recém-diferenciados formam dentina radicular, aumentando gradualmente o comprimento da raiz.
Apenas as células da bainha localizadas imediatamente adjacentes ao diafragma epitelial continuam proliferando, enquanto as mais afastadas, que já induziram a diferenciação dos odontoblastos, não mais se dividem, gera-se uma defasagem em relação ao crescimento da raiz. A contínua formação de dentina e a parte da bainha que não acompanha esse crescimento são responsáveis por esse fato. 
Apenas a porção mais apical da bainha de Hertwig continua em contato com a raiz. No restante da bainha, localizado mais cervicalmente, aparecem espaços devido ao aumento da superfície de dentina radicular subjacente, fenômeno denominado "fragmentação da bainha de Hertwig': Com o progresso dessa fragmentação, os cordões se rompem, constituindo grupos isolados de células, denominados restos epiteliais de Malassez. 
A fase de raiz e o processo de odontogênese propriamente dito, é concluída com a formação da dentina radicular, até o fechamento do ápice. Os tecidos que compõem o periodonto de inserção são também formados durante a fase de raiz.
Após entrar em contato com a dentina, as células ectomesenquimais do folículo diferenciam-se em cementoblastos, secretando a matriz orgânica do cemento. Simultaneamente, as células do lado externo do folículo diferenciam-se em osteoblastos, formando o osso alveolar, enquanto as da região central tornam-se principalmente fibroblastos e formam o ligamento periodontal. 
Enquanto ocorre a fase de raiz e o dente erupciona, na coroa, aumenta o teor de mineral do esmalte durante sua maturação pré-eruptiva. Então, o órgão do esmalte colapsa completamente, constituindo o epitélio reduzido do esmalte, recobrindo esse tecido até o aparecimento da coroa na cavidade oral. Após a completa erupção do dente, o epitélio reduzido contribui para a formação do epitélio juncional da gengiva.
A sequência do desenvolvimento dos tecidos dentários anteriormente descrita é idêntica para os dentes decíduos e permanentes.