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Metabolismo de Lipídeos LIPÍDEOS É um grupo de substancias heterogêneas que são solúveis em éter, acetona e clorofórmio e insolúveis em água (com exceção do fosfolipídio). Pode ser chamado de extrato etéreo ou gordura (reserva energética dos animais). Funções: função estrutural (célula) e reserva energética, produz mais energia (2,25) que CHO. Gordura que recobre o corpo – proteção e isolamento, precursor de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e ácido graxo essencial. Participa na formação da bile, na formação de hormônios – reprodução – em privações de água libera agua metabólica, nas rações melhoram a palatabilidade, reduz a poeira e a perda de nutrientes –, facilitam o processo de peletização e melhora a conversão da dieta. São adicionados nas rações, para aumentar o aporte energético da ração. O principal representante das gorduras naturais são os triglicerídeos que são os lipídeos mais importantes, sendo a principal fonte de energia da dieta animal. Composição: combinação de gorduras; fosforo, açucares, nitrogênio e enxofre. Classificação: fosfolipídios – semente e folhas dos vegetais – glicolipídios – contem CHO (galactose) – lipoproteínas – metabolismo de lipídeos e transporte de TG. METABOLISMO EM NÃO RUMINANTES Análise do alimento: quanto de extrato etéreo tem na ração, nutricionalmente o lipídeo mais importante para os não ruminantes é o triglicerídeo que vai estar ligado a um ácido graxo e glicerol. Boca: animais lactantes – lipase vai separar o glicerol do AGL, que poderão ser absorvidos na parede estomacal de neonatos, é uma fonte imediata de energia para esses animais. Intestino delgado: adultos; a digestão ocorre especificamente no duodeno pela ação das enzimas pancreáticas (lipase) que liberam o diglicerídeo e o monoglicerídeo. pH do ID: 7 a 8. Ação dos sais biliares: Emulsificação de gorduras, aumenta a superfície de contato para as enzimas. São produzidos no fígado e armazenados na vesícula biliar. A lipase depende dela. Lembrar que equinos não possuem vesícula biliar. Suco pancreático: responsável pelas enzimas – fosfolipase e hidrolase –, liberando o colesterol da ligação ésteres, responsável pela hidrolise dos ésteres das vitaminas lipossolúveis. Após o processo de digestão, há formação da micela que irá facilitar o transporte para as microvilosidades. METABOLISMO EM RUMINANTES A dieta dos ruminantes precisa ser pobre em lipídeos, a inclusão máxima é de 6 a 7% da dieta total (a gordura em excesso é toxica para os microrganismos). No rúmen irá ocorrer hidrolise dos lipídeos Os lipídeos dietéticos que estão presentes no rúmen irão sofrer ação dos microrganismos, originando ácidos graxos e glicerol (parte do glicerol irá formar o propionato (precursor da glicose no fígado). A hidrólise dos lipídeos no rúmen vai ocorrer por enzimas de microrganismos (principalmente bactérias). Lembrando que a capacidade de hidrólise do rúmen é reduzida pelo aumento do nível de gordura da ração devido a toxicidade, que está ligada principalmente ao pH ruminal –> grande quantidade de gordura vai ocasionar no baixo pH ruminal causando a morte dos microrganismos, para reverter esse quadro é necessário o uso de ionóforos que irão originar grupos de bactérias para digerir esses lipídeos. Intestino delgado: no duodeno ocorre a digestão dos lipídeos que foram saturados no rumen, por ação das enzimas pancreáticas, liberando o diglicerídeo e o monoglicerídeo a partir de ação dos sais biliares (ação detergente) BIOHIDROGENAÇÃO A toxicidade ocorre porque se a taxa de inclusão for maior do que 7%, os microrganismos do rúmen não conseguem realizar a biohidrogenação. A biohidrogenação é um mecanismo de defesa desses microrganismos, no qual eles irão adicionar uma molécula de hidrogênio ao lipídeo, seja ácido graxo livre ou lipídeo esterificado. Então a biohidrogenação consiste em saturar (ligação simples) moléculas de lipídeos quando essas moléculas são insaturadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS As gorduras da dieta aumentam a digestibilidade dos nutrientes das rações Acidos graxos de cadeia longa, principalmente os saturados, serão os menos absorvidos. Já os insaturados (dupla ligação) terão maior digestibilidade. O processo de biohidrogenação é um mecanismo de defesa muito importante para o rúmen. Dietas com níveis acima de 7% de EE resultarão em efeitos negativos na degradação ruminal (recobrimento das partículas alimentares com gordura).
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