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tipos de cancer mais letais

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TIPOS DE CÂNCER MAIS MORTAIS EM MULHERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE CÂNCER MAIS MORTAIS EM MULHERES 
 
CÂNCER DE MAMA 
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação 
desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se 
multiplicam, formando um tumor. 
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de 
diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros 
crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a 
característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete 
homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. 
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece 
atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Estatísticas 
Estimativa de novos casos: 66.280 (2020 - INCA) 
Número de mortes: 18.295, sendo 18.068 mulheres e 227 homens (2019 - Atlas de 
Mortalidade por Câncer - SIM). 
 
O que aumenta o risco? 
 
Fatores ambientais e 
comportamentais 
Fatores da história reprodutiva 
e hormonal 
Fatores genéticos e 
hereditários* 
Obesidade e sobrepeso após 
a menopausa; 
Primeira menstruação antes de 12 
anos; 
História familiar de câncer de 
ovário; 
Sedentarismo e inatividade 
física; 
Não ter tido filhos; 
Casos de câncer de mama na 
família, principalmente antes 
dos 50 anos; 
Consumo de bebida 
alcoólica; 
Primeira gravidez após os 30 anos; 
História familiar de câncer de 
mama em homens; 
Exposição frequente a 
radiações ionizantes (Raios-
X). 
Parar de menstruar (menopausa) 
após os 55 anos; 
Alteração genética, 
especialmente nos genes 
BRCA1 e BRCA2. 
 
Uso de contraceptivos hormonais 
(estrogênio-progesterona); 
 
 
 
Ter feito reposição hormonal pós-
menopausa, principalmente por 
mais de cinco anos. 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais 
importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos 
ocorrem após os 50 anos). 
 
 Outros fatores que aumentam o risco da doença são: 
 
 
A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/hereditários é 
considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama. 
O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 
5% a 10% do total de casos da doença. 
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa 
que a mulher necessariamente terá a doença. 
É importante ressaltar que não ter amamentado não é fator de risco para 
câncer de mama. Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de 
proteção para o câncer. Então, o não aleitamento promove a perda de um fator 
de proteção, o que é diferente de significar fator de risco. 
Exposição a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, 
benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos magnéticos, 
compostos orgânicos voláteis (componentes químicos presentes em diversos 
tipos de materiais sintéticos ou naturais, caracterizados por sua alta pressão de 
vapor sob condições normais, fazendo com que se transformem em gás ao 
entrar em contato com a atmosfera), hormônios e dioxinas (poluentes orgânicos 
persistentes altamente tóxicos ao ambiente. São normalmente subprodutos de 
processos industriais e de combustão) pode estar associada ao desenvolvimento 
da doença. 
Os profissionais que apresentam risco aumentado de desenvolvimento de 
câncer de mama são os cabeleireiros, operadores de rádio e telefone, 
enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo, trabalhadores 
noturnos. As atividades econômicas que mais se relacionam ao desenvolvimento 
da doença são as da indústria da borracha e plástico, química e refinaria de 
petróleo. 
 
Como prevenir? 
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a 
adoção de hábitos saudáveis como: 
 Praticar atividade física; 
 Alimentar-se de forma saudável; 
 Manter o peso corporal adequado; 
 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas; 
 Amamentar 
 Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de 
reposição hormonal. 
 
Sinais e sintomas 
 
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos 
casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas: 
 Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da 
doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer 
é percebido pela própria mulher 
 Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja 
 Alterações no bico do peito (mamilo) 
 Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço 
 Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos 
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para 
que seja avaliado o risco de se tratar de câncer. 
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se 
sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou 
em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a 
descoberta casual de pequenas alterações mamárias. 
Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os 
serviços de saúde para avaliação diagnóstica. 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/prevencao-e-fatores-de-risco/atividade-fisica
https://www.inca.gov.br/alimentacao
https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/prevencao-e-fatores-de-risco/peso-corporal
https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/prevencao-e-fatores-de-risco/bebidas-alcoolicas
https://www.inca.gov.br/alimentacao/amamentacao
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é 
fundamental para a detecção precoce do câncer da mama. 
 
Detecção precoce 
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte 
dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos 
e com taxas de sucesso satisfatórias. 
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas 
a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. 
A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. 
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de 
rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) 
seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. 
A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial da 
Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico. 
 Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de 
raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer 
antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer 
alteração nas mamas. Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem 
conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser 
adotada. 
A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por 
câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Os principais 
benefícios e riscos desse exame são: 
 
Benefícios: 
Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo. 
Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do 
tratamento precoce. 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
Riscos: 
Resultados incorretos: 
Suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. Esse 
alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse, além da 
necessidade de outros exames. 
Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse 
erro gera falsa segurança à mulher. 
Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial 
ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que nãoameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de 
câncer de mama. 
Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto 
aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Esse dado não deve 
desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição 
ao Raio X durante esse exame é bem pequena, tornando o método bastante 
seguro para a detecção precoce. 
A mamografia diagnóstica, exame realizado com a finalidade de 
investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer 
idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica não apresenta 
uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são 
mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos. 
O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, conforme 
indicação médica. 
 
Diagnóstico 
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado 
para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do 
exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como 
mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação 
diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na 
retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
(extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é 
analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico. 
 
 
 
Tratamento 
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas 
últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de 
apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis. 
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se 
encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, 
quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). 
Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior 
potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer 
se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e 
melhorar a qualidade de vida. 
ESTADIAMENTO 
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as 
características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já 
passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências). 
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas 
em: 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
 Tratamento local: cirurgia e radioterapia. 
Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 
Estádios I e II 
A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia, que 
pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou mastectomia (retirada da 
mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária. 
Após a cirurgia, tratamento complementar com radioterapia pode ser 
indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre 
considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos físicos e 
emocionais do tratamento. 
O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será indicado de acordo 
com a avaliação de risco de a doença retornar (recorrência ou recidiva) e 
considera a idade da paciente, o tamanho e o tipo do tumor e se há 
comprometimento dos linfonodos axilares. 
A mensuração (medição) dos receptores hormonais (receptor de 
estrogênio e progesterona) do tumor, por meio do exame de imunohistoquímica, 
é fundamental para saber se a hormonioterapia pode ser indicada (tratamento 
de uso prolongado em forma de comprimidos para diminuir a produção dos 
hormônios femininos do organismo). A informação sobre a presença do HER-2 
(fator de crescimento epidérmico 2) também é obtida por meio desse exame e 
poderá indicar a necessidade de terapia biológica anti-HER-2. 
Para algumas pacientes com tumores medindo entre 2,1cm e 5cm com 
comprometimento dos linfonodos axilares, embora sejam entendidas como 
estadiamento II, pode ser considerado iniciar o tratamento por terapias 
sistêmicas (quimioterapia) dependendo da imuno-histoquímica (o chamado down 
stage [redução de estágio]. Essa decisão individualizada permite que pacientes 
que seriam submetidas à retirada da mama e dos linfonodos axilares possam, 
eventualmente, ter essas áreas preservadas. 
 
 
 
https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/bem-estar-qualidade-de-vida-e-reducao-do-estresse-durante-o-tratamento
Estádio III 
Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, 
enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria 
das vezes, com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor 
promovida pela quimioterapia, segue-se com o tratamento local (cirurgia e 
radioterapia). 
Estádio IV 
Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se espalhou para outros 
órgãos) é fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível 
aumento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos 
colaterais do tratamento. 
A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser 
preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo 
terapêutico. 
 
CÂNCER DE COLÓN RETAL 
O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do 
intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes 
do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal. 
É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado 
precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte 
desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer 
na parede interna do intestino grosso. 
Estatísticas 
 
Estimativa de novos casos: 40.990, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres 
(2020 - INCA) 
Número de mortes: 20.578; sendo 10.191 homens e 10.385 mulheres (2019 - 
Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM). 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
O que aumenta o risco? 
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer 
do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e 
alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos 
que contenham fibras). O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, 
linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão 
excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por 
semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer. 
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da 
doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de 
intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas 
alcoólicas. 
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e 
doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como 
doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer 
colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças 
devem ter acompanhamento individualizado. 
A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, 
pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da 
radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos. 
Como prevenir? 
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, 
assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do 
câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por 
alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, 
legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. 
Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom 
funcionamento do intestino, também ajuda no controledo peso corporal. Manter 
o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-
se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a 
prevenção deste tipo de câncer. 
Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC. 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
Não fumar e não se expor ao tabagismo. 
 
Sinais e sintomas 
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: 
 sangue nas fezes; 
 alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); 
 dor ou desconforto abdominal; 
 fraqueza e anemia; 
 perda de peso sem causa aparente. 
 alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas) 
 massa (tumoração) abdominal 
 
Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como 
hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para 
seu diagnóstico correto e tratamento especifico. 
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, 
mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se 
não melhorarem em alguns dias. 
Detecção precoce 
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor 
numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. 
 A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, 
laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da 
doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames em pessoas sem sinais 
ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter 
a doença. 
Os tumores de cólon e reto (ou colorretal) podem ser detectados 
precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas 
fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias). 
Os principais sinais e sintomas sugestivos deste câncer são: 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
 Sangramento nas fezes 
 Massa (tumoração) abdominal 
 Dor abdominal 
 Perda de peso e Anemia 
 Mudança de hábito intestinal 
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, 
mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se 
não melhorarem em alguns dias. 
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde preconiza 
que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência 
e tratamento, realizem o rastreamento do câncer do colon e reto em pessoas 
acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Os casos 
positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, 
onde o médico visualizará a parte interna do intestino buscando o câncer ou 
pólipos que possam vir a se transformar em câncer. 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado 
da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido 
pelo reto (endoscópio). 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
Tratamento 
 
O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A 
cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios 
linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) 
dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de 
radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para 
diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor. 
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão 
do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, 
pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. 
Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para 
monitoramento de recidivas ou novos tumores. 
 
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 
 
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é 
causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - 
HPV (chamados de tipos oncogênicos). 
A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença 
na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares 
que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente 
no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau), 
e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização 
periódica desse exame. 
Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor 
maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do 
colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
Estatísticas 
Estimativas de novos casos: 16.590 (2020 - INCA) 
 
Número de mortes: 6.596 (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM) 
 
O que aumenta o risco? 
 
 Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. 
 Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de 
cigarros fumados). 
 Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. 
 
Como prevenir? 
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à 
diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A 
transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de 
abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. 
Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) 
durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo 
HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região 
perineal, perianal e bolsa escrotal. 
Vacinação contra o HPV 
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a 
vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, 
o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 
14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois 
primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca 
de 70% dos casos de câncer do colo do útero. 
A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se 
complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as 
mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 
anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não 
protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV. 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
Sinais e sintomas 
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que 
pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode 
evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação 
sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias 
ou intestinais. 
Detecção precoce 
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor 
numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. 
 A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, 
laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da 
doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas 
sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior 
chance de ter a doença. 
Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, 
em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da 
doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando 
diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 
100%. A doença é silenciosaem seu início e sinais e sintomas como 
sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da 
doença 
 
Exame preventivo 
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal 
estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da 
doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública 
que tenham profissionais capacitados. Sua realização periódica permite reduzir 
a ocorrência e a mortalidade pela doença. 
O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar 
um pequeno desconforto. Para garantir um resultado correto, a mulher não deve 
ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior ao exame; evitar 
também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 
48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres 
grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde 
ou a do bebê. 
Como é feito o exame 
Para a coleta do material, é introduzido na vagina um instrumento 
chamado espéculo (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu 
formato); 
O profissional de saúde faz a inspeção visual do interior da vagina e do 
colo do útero; 
O profissional promove a escamação da superfície externa e interna do 
colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha; 
As células colhidas são colocadas numa lâmina de vidro para análise em 
laboratório especializado em citopatologia. 
Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo 
Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 
anos de idade. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado 
a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros 
exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição 
só será necessária após três anos. 
O que fazer após o exame? 
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, 
posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber 
instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e 
apresentá-lo ao médico. 
Resultado 
Se o seu exame acusou: 
 Negativo para câncer: Se esse for o seu primeiro resultado negativo, você 
deverá fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um 
resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame 
preventivo daqui a três anos; 
 Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: Você deverá repetir o exame 
daqui a seis meses; 
 Lesão de alto grau: O médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar 
fazer outros exames, como a colposcopia; 
 Amostra insatisfatória: A quantidade coletada de material não foi 
suficiente para fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for 
possível. 
Em todos as situações, é importante seguir as recomendações médicas. 
Diagnóstico 
 
Os seguintes testes podem ser utilizados: 
Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, 
ovário e reto através de avaliação com espéculo, Papanicolau, toque vaginal e 
toque retal. 
Exame Preventivo (Papanicolau) 
Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um 
aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas 
regiões 
Biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo 
(Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena 
amostra de tecido para análise no microscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
Tratamento 
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um 
médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a 
quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento 
(estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como 
idade da paciente e desejo de ter filhos. 
Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a 
nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia. 
 
CÂNCER DE FÍGADO 
O câncer de fígado pode ser de dois tipos: primário (que começa no 
próprio órgão) e secundário ou metastático (tem origem em outro órgão e, com 
a evolução da doença, atinge também o fígado). O tipo secundário é mais 
frequentemente decorrente de um tumor maligno no intestino grosso ou no reto. 
Dentre os tumores iniciados no fígado, o mais comum é o 
hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Agressivo, ocorre em mais de 
80% dos casos. Existem também o colangiocarcinoma (originado nos dutos 
biliares do fígado), o angiossarcoma (câncer raro que se origina nos vasos 
sanguíneos do fígado) e o hepatoblastoma, tumor maligno raro que atinge 
recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida. 
 
Estatísticas 
Número de mortes: 10.902, sendo 6.317 homens e 4.584 mulheres (2019 - Atlas 
de Mortalidade por Câncer - SIM) 
 
O que aumenta o risco? 
O tabagismo e a poluição ambiental da fumaça do tabaco influenciam no 
risco de desenvolvimento do câncer de fígado em geral. Em relação aos tipos 
específicos, outros fatores de risco são: 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
Hepatocarcinoma 
Cerca de 50% dos pacientes com hepatocarcinoma apresentam cirrose 
hepática, doença grave associada ao alcoolismo ou à hepatite crônica. O 
causador predominante da hepatite crônica é a infecção pelos vírus da hepatite 
B ou C, também relacionados ao desenvolvimento de câncer de fígado. 
Em áreas endêmicas, a esquistossomose (doença conhecida por barriga 
d’água) é considerada fator de risco. Atenção especial deve ser dada à ingestão 
de grãos e cereais. Quando armazenados em locais inadequados e úmidos, 
esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo aspergillus flavus, que 
produz a aflatoxina, substância cancerígena. 
Outro fator de risco importante é o excesso de gordura corporal. Verifique 
se seu peso está adequado. 
Pessoas que trabalham na assistência e serviços gerais em 
estabelecimentos de saúde, mecânicos de veículos a motor, agricultores e 
trabalhadores da indústria de plásticos podem apresentar risco aumentado de 
desenvolvimento da doença devido à exposição a arsênio, cloreto de vinila, 
solventes, fumos de solda e bifenil policlorado. 
Colangiocarcinoma 
O colangiocarcinoma está relacionado com inflamações das vias biliares, 
principalmente com a clonorquíase - infestação pelo verme clonorchis 
sinensis, bastante frequente nos países asiáticos e africanos -, entre outros 
fatores, alguns desconhecidos. 
Angiossarcoma 
O potencial carcinogênico de substâncias químicas como cloreto de vinil, 
arsenicais inorgânicos e o solução de dióxido de tório (que podem ser 
encontradas nos agrotóxicos e no amendoim mal estocado) está associado a 
este tipo de câncer de fígado. 
 
 
Como prevenir? 
 
No caso dos tumores primários do fígado, a prevenção está em: 
 Evitar o contágio pelos vírus das hepatites B e C; 
 Prevenir doenças metabólicas, como a esteatose (acúmulo de gordura no 
fígado) e diabetes; 
 Evitar o consumo de álcool; 
 Nunca usar esteroides anabolizantes (bombas); 
 Evitar lesões pré-malignas como os adenomas de fígado, muitos 
relacionados ao uso de anticoncepcionais orais; 
 Manter o peso corporal adequado; 
 Não consumir alimentos contaminadas por aflatoxina, substância produzida 
por dois tipos de fungos (bolores) encontrados em grãos e alguns vegetais, 
especialmente amendoim, milho e mandioca, se armazenados em condições 
inadequadas. 
 Não fumar e evitar o tabagismo passivo (inalação da fumaça de produtos 
derivadosdo tabaco por pessoas não fumantes que convivem com fumantes em 
ambientes fechados). 
Sinais e sintomas 
 
 Hepatocarcinoma, colangiocarcinoma ou metástases hepáticas 
 
Os sintomas mais comuns são: dor abdominal, massa abdominal, distensão 
addominal, perda de peso inexplicada, perda de apetite, mal-estar, icterícia 
(tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (acúmulo de líquido no 
abdômen). 
 
Detecção precoce 
 
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor 
numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. 
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, 
laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da 
doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior 
risco de ter a doença. 
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de fígado 
traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é 
recomendado. 
Já o diagnóstico precoce desse câncer possibilita melhores resultados em 
seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de: 
 Massa (tumor) na parte superior do abdômen 
 Cansaço, perda de apetite e de peso 
 Icterícia (pele e mucosas amarelas) 
 Dor no abdômen superior 
 
Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, 
mas é importante que eles sejam investigados por um médico. 
 
 
 
Diagnóstico 
Devido ao curto tempo de evolução do hepatocarcinoma, geralmente o 
tumor se encontra avançado quando é feito o diagnóstico. O tempo de 
duplicação do volume de massa é de, em média, quatro meses. Alguns exames 
vão ajudar o médico a confirmar o diagnóstico: 
 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
Tomografia computadorizada 
Exame que utiliza Raios X e tecnologia do computador para produzir 
imagens como se fosse um “corte” do corpo e serve para descobrir e localizar os 
tumores. 
 
Ressonância Nuclear Magnética (RNM) 
Não apresenta grande diferença em relação à tomografia computadorizada 
no que se refere à capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou 
metastáticos, mas não utiliza Raios X. Esse exame pode definir um pouco melhor 
a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática. 
Laparoscopia (investigação direta do interior do abdômen) 
Permite visualização direta do órgão e a biópsia (remoção de uma pequena 
quantidade de tecido para análise laboratorial que vai determinar se o tumor é 
maligno ou não). É mais eficaz quando associado à ultrassonografia 
videolaparoscópica. 
Tratamento 
 
A remoção cirúrgica (ressecção) do câncer é o tratamento mais indicado 
quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário) e também 
nos tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é 
passível de ser ressecada de maneira curativa. 
 
CÂNCER DE PULMÃO 
 
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no 
Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o 
mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% 
de todos os casos novos de câncer são de pulmão. 
A última estimativa mundial (2012) apontou incidência de 1,8 milhão de 
casos novos, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado
A taxa de incidência vem diminuindo desde meados da década de 1980 entre 
homens e desde meados dos anos 2000 entre as mulheres. Essa diferença 
deve-se aos padrões de adesão e cessação do tabagismo constatados nos 
diferentes sexos. 
No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do 
século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte 
evitáveis. 
O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de 
risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. 
Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está 
associado ao consumo de derivados de tabaco. 
O cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o 
desenvolvimento do câncer de pulmão. A taxa de mortalidade de 2011 para 2015 
diminuiu 3,8% ao ano em homens e, 2,3% ao ano em mulheres, devido à 
redução na prevalência do tabagismo. 
A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% 
(15% para homens e 21% para mulheres). Apenas 16% dos cânceres são 
diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de 
sobrevida de cinco anos é de 56%. 
 
Estatísticas 
Estimativas de novos casos: 30.200, sendo 17.760 homens e 12.440 
mulheres (2020 - INCA); 
Número de mortes: 29.354, sendo 16.733 homens e 12.621 mulheres (2019 
- Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM). 
 
O que aumenta o risco? 
 
O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão. 
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, 
deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica 
(enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de 
câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer. 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
Idade avançada: a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 
anos. 
O risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença 
aumenta quanto maior a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade 
por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre 
pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro 
vezes maior. 
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos 
ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio entre 
outros), água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de 
betacaroteno em fumantes e ex-fumantes. 
Os trabalhadores rurais, da construção civil, curtume, fundição de metais, 
indústrias (alumínio, borracha, cimento e gesso, gráfica e papel, têxtil, 
metalúrgica, metal pesado, nuclear, eletroeletrônicos, aeronaves, aparelhos 
médicos, vidro; fertilizantes), mineração, fábrica de baterias, produção de 
pigmentos, bombeiros hidráulicos, encanadores, eletricistas, mecânicos de 
automóvel, mineiros, pintores, soldadores, sopradores de vidro, trabalho com 
isolamento, em navios e docas, conservação do couro, limpeza e manutenção 
podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença. 
Se o trabalhador exposto a algum dos agentes ou circunstâncias de 
exposição citados acima também fumar, o risco de câncer pode ser bem maior, 
devido ao efeito sinérgico entre tabagismo e alguns agentes químicos e/ou 
físicos. 
 
Como prevenir? 
As seguintes práticas contribuem para prevenção do câncer de pulmão: 
 Não fumar 
 Evitar o tabagismo passivo 
 Evitar a exposição a agentes químicos (como arsênico, asbesto, berílio, 
cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil), 
presentes em determinados ambientes de trabalho. 
 
 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
Sinais e sintomas 
Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado, 
mas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam 
sintomas. 
 Os mais comuns são: 
 Tosse persistente 
 Escarro com sangue 
 Dor no peito 
 Rouquidão 
 Piora da falta de ar 
 Perda de peso e de apetite 
 Pneumonia recorrente ou bronquite 
 Sentir-se cansado ou fraco 
 Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em 
horários incomuns 
 
Se você for ao médico quando perceber algum desses sintomas pela 
primeira vez eestiver com câncer de pulmão, a doença pode ser diagnosticada 
em estágio inicial, quando é mais provável que o tratamento seja efetivo. 
Detecção precoce 
 
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em 
fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. 
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, 
laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da 
doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas 
sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior 
chance de ter a doença. 
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de pulmão na 
população geral traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, 
ele não é recomendado. Estudos recentes mostraram a possibilidade de que a 
realização de uma tomografia de baixa dose de radiação em grandes fumantes 
(um maço por dia por 30 anos), com mais de 55 anos de idade, possa reduzir a 
mortalidade por esse câncer. Entretanto, há riscos ligados à investigação que se 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
segue nos casos positivos. Por isso, a decisão de fazer ou não esse exame deve 
ser discutida entre o paciente e o médico. 
Já o diagnóstico precoce do câncer de pulmão é possível em apenas parte 
dos casos, pois a maioria dos pacientes só apresenta sinais e sintomas em fases 
mais avançadas da doença. Os sinais e sintomas mais comuns e que devem ser 
investigados são: 
 Tosse e rouquidão persistentes 
 Sangramento pelas vias respiratórias 
 Dor no peito 
 Dificuldade de respirar 
 Fraqueza e perda de peso sem causa aparente 
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas 
é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não 
melhorarem em poucos dias. 
 
Diagnóstico 
 
Raio-X do tórax, complementado por tomografia computadorizada são os 
exames iniciais para investigar uma suspeita de câncer de pulmão. Em pacientes 
assintomáticos sob risco de câncer de pulmão ou com sintomas precoces 
sugestivos (emagrecimento, tosse persistente, padrão de tosse diferente do 
habitual) a realização do Raio-X de tórax é de grande valor. 
A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser feita para avaliar a árvore 
traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia (retirada de pedacinhos do 
tumor com uma agulha para exame). É fundamental obter um diagnóstico de 
certeza pela patologia. 
Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia 
o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou 
disseminada para outros órgãos. O estadiamento é feito por meio de vários 
exames, como biópsia pulmonar guiada por tomografia, biópsia por 
broncoscopia, tomografia de tórax, ressonância nuclear, PET-CT, cintilografia 
óssea, mediastinoscopia, ecobroncoscopia, entre outros. 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
 
 
Tratamento 
 
O tratamento do câncer de pulmão requer a participação de um grupo 
multidisciplinar, formado por oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, 
radioterapeuta, radiologista intervencionista, médico nuclear, enfermeiro, 
fisioterapeuta, nutricionista e assistente social. 
Para o adequado planejamento do tratamento, é necessário fazer o 
diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está localizada 
no pulmão ou se existem focos em outros órgãos. Para os pacientes com doença 
localizada, e, particularmente, sem linfonodo (gânglio) aumentado (íngua) no 
mediastino (região entre os dois pulmões), o tratamento é cirúrgico, seguido ou 
não de quimioterapia e/ou radioterapia. 
Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o 
tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. 
Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é 
com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em 
terapia-alvo. 
Portanto, o tratamento do câncer de pulmão depende do tipo histológico 
e do estágio da doença, podendo ser tratado com cirurgia, quimioterapia ou 
radioterapia, e/ou modalidades combinadas. 
 
Modalidades de tratamento 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
Cirurgia 
 
A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma 
margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e 
localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores 
resultados e controle da doença. Cerca de 20% dos casos são passiveis de 
tratamento cirúrgico. Porém, na grande maioria (80-90% dos casos) a cirurgia 
não é possível na ocasião do diagnóstico, devido à extensão da doença (estágio 
avançado) ou à condição clínica debilitada do paciente. 
 
As cirurgias para tratamento do câncer de pulmão podem ser: 
 
Segmentectomia e ressecção em cunha: Quando se retira uma parte pequena 
do pulmão (somente o segmento ou parte do segmento que envolve o tumor), 
reservada para pacientes com tumores pequenos e que não suportam cirurgias 
maiores por apresentarem idade ou condições clínicas e/ou respiratórias 
limitadas. 
Lobectomia: É a cirurgia de escolha para o tratamento do câncer de pulmão. 
Retira-se todo o lobo pulmonar (grupo de segmentos), onde o tumor está situado. 
É o mais adequado por remover toda a doença de forma anatômica. 
Pneumectomia: É a retirada de um pulmão inteiro (suas indicações são 
limitadas e restritas). Procedimento com morbidade maior e não tolerado por 
alguns pacientes. 
 
Quimioterapia 
O tratamento quimioterápico visa a destruir as células cancerígenas, 
assim como reduzir o crescimento do tumor ou amenizar os sintomas da doença. 
Pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis, não sendo tolerada por todos os 
pacientes. 
 
 
 
 
Radioterapia 
Utiliza radiação para destruir as células cancerígenas. Pode ser utilizada 
antes ou após a cirurgia. Também pode ocasionar uma série de efeitos colaterais 
(como pneumonite e esofagite). 
 
Terapia-alvo: 
Trata-se de uma nova forma de tratamento de câncer, frequentemente 
usada em pacientes cujo tumor tenha determinadas características moleculares 
(genéticas). Essas medicações têm sido reservadas para o tratamento de 
doenças avançadas. Novos estudos estão em andamento para selecionar o 
grupo de pacientes que melhor se beneficiará deste tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao. Acesso em 18 de mar de 2021. 
 
 
 
 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao

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