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Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello MÉTODO DAS FORÇAS (FLEXIBILIDADE OU COMPATIBILIDADE) A metodologia utilizada pelo Método das Forças para analisar uma estrutura hiperestática é: • Somar uma série de soluções básicas que satisfazem as condições de equilíbrio, mas não satisfazem as condições de compatibilidade da estrutura original, para a superposição restabelecer as condições de compatibilidade. Cada solução básica (chamada de caso básico) não satisfaz isoladamente todas as condições de compatibilidade da estrutura original, as quais ficam reestabelecidas quando se superpõem todos os casos básicos. A estrutura utilizada para a superposição de soluções básicas é, em geral, uma estrutura isostática auxiliar obtida a partir da estrutura original pela eliminação de vínculos. Essa estrutura isostática é chamada Sistema Principal (SP). As forças ou os momentos associados aos vínculos liberados são as incógnitas do problema e são denominados hiperestáticos 1 - GRAU DE ESTATICIDADE OU GRAU DE HIPERESTATICIDA DE ( gh) 1a) Hiperestaticidade Externa – ge Sejam as estruturas abaixo, a primeira possui 4 (quatro) reações de apoio a determinar e, para tal, dispomos das 3 (três) equações universais da Estática no plano ( ∑Fx=0 , ∑Fy=0 , ∑Mz=0 ). A segunda possui 5 (cinco) reações de apoio a determinar e 4 (quatro) equações para tanto, isto é, as três equações fundamentais da Estática no plano (∑Fx=0 , ∑Fy=0 ,∑Mz=0 ) e de mais uma (momento fletor nulo em B). Observa-se, desta forma, deficiência de uma equação para resolver o problema de cálculo das reações vinculares nos dois casos analisados. Esta deficiência é chamada de Grau de Hiperestaticidade Externo da Estrutura. Assim, pode-se definir Grau de Hiperestaticidade Externo da Estrutura como sendo o número de equações suplementares necessárias para o cálculo das reações de apoio da estrutura. Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 1b) Hiperestaticidade Interna – gi Vejamos o exemplo abaixo: Para calcularmos as solicitações internas, temos que romper a estrutura em uma seção “ S ", porém observa-se que qualquer seção que cortarmos a estrutura ficaremos com 6 (seis) incógnitas e possuímos somente 3(três) equações (∑Fx=0 , ∑Fy=0 , ∑Mz=0 ) para tal. Assim pode-se definir Grau de Hiperestaticidade Interno da Estrutura como sendo o número de equações suplementares que necessitamos conhecer para traçar os diagramas de esforços internos Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 1c) Hiperestaticidade total – gh Sabemos que para resolver uma estrutura necessitamos conhecer as reações vinculares e as solicitações internas. Desta forma, define-se Grau de Hiperestaticidade Total da Estrutura como sendo a soma de seus graus hiperestáticos externo e interno. gh=ge+gi 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO À ESTATICID ADE Quanto à estaticidade as estruturas são classificadas em: HIPOSTÁTICAS se gh < 0 ISOSTÁTICAS se gh = 0 HIPERESTÁTICAS se gh > 0 Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello EXEMPLOS: Classifique quanto à estaticidade e determine o grau de hiperestaticidade total. 1. R: g h= 0 (isostática) 2. R: gh = 0 (hipostática) ineficácia vincular 3. R: gh = -2 (hipostática) 4. R: gh = 3 (hiperestática) 5. R: gh = 2 (hiperestática) Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 6. R : gh = 3 (hiperestática) 7. R: gh = 0 (isostática) 3 – O MÉTODO DAS FORÇAS 3a) A idéia do processo Seja a estrutura abaixo, uma vez hiperestática: Nenhuma alteração do ponto de vista estático ocorrerá se encararmos a estrutura na forma abaixo: Conhecido o gh, liberamos o número de graus de liberdade necessários para converter a estrutura em uma estrutura isostática. Esta estrutura chamamos de forma principal ou sistema fundamental. Para preservar a compatibilidade Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello estática introduzimos o esforço (no caso X1) existente no vínculo rompido, que continua sendo incógnita do problema. Observe-se que na passagem da estrutura para a forma principal, liberamos uma deformação, que não existe. Assim devemos impor a estrutura na forma principal, a condição de serem nulos os deslocamentos na direção da incógnita X1, isto é: A equação acima é conhecida como EQUAÇÂO DE COMPATIBILIDADE DE DESLOCAMENTOS. Chamaremos de Estado 0 o diagrama de momentos fletores da estrutura submetida somente ao carregamento externo e de Estado 1 o diagrama de momentos fletores da estrutura submetida somente a uma força ou momento unitário aplicado na direção da incógnita 1. Assim, para calcular δ10 basta integrar os momentos do estado 0 com o do estado 1 e para calcular δ11 basta integrar os momentos do estado 1 com ele mesmo. Isto é: Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello Levando os valores de δ10 e δ11 na equação de compatibilidade de deslocamentos tem-se: As demais reações e esforços internos podem ser obtidos por superposição de efeitos, ou diretamente na forma principal. Utilizando o princípio da superposição de efeitos temos: Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 3b) O Método das Forças propriamente Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello Seja a estrutura abaixo, 3 (três) vezes hiperestática que desejamos resolver: 3b2) Forma Principal 3b3) Aplicando o Princípio da Superposição de Efeit os Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 3b4) Equações de Compatibilidade O giro em A deve ser nulo, pois temos um vínculo perfeito de terceira espécie (engaste) O giro em B deve ser nulo, pois temos um vínculo perfeito de terceira espécie (engaste) O deslocamento horizontal em B deve ser nulo, pois temos um vínculo perfeito de terceira espécie (engaste) Assim possuímos um sistema de 3 (três) equações e com 3(três) incógnitas, que pode ser resolvido por qualquer processo. Os deslocamentos são os deslocamentos em uma estrutura isostática onde: Observe-se que � ij �corresponde ao deslocamento (linear/angular) no grau de liberdade i devido à uma força/momento unitário aplicado no grau de liberdade j. Reescrevendo o sistema de equações de forma matricial teremos: Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello 3b6) Cálculo das solicitações finais que podem ser obtidas pelo Princípio da Superposição de Efeitos. 4) Fórmulas Matriz de Flexibilidade Vetor de incógnitas Vetor de Termos Independentes Método das Forças - Teoria das Estruturas – Prof. Esp. Talles Mello