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OFTALMOLOGIA - Pálpebras

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DOENÇAS DASpalpebras
OFTALMOLOGIA – Doenças das pálpebras 2
ALTERAÇÕES NOS CÍLIOS
Triquíase
Consiste no mau posicionamento dos cílios, é muito comum, pode ocorrer isoladamente ou decorrente de uma cicatrização da margem palpebral secundária a blefarite crônica, herpes-zóster oftálmico e tracoma. 
Madarose
Diminuição do número de cílios ou a perda completa deles. Causas: tumores infiltrativos, alopecia generalizada, psoríase, mixedema, lúpus eritermatoso sistêmico, sífilis. 
ALERGIAS
Edema alérgico agudo
Pode ser causado por picada de insetos, angioedema, urticária ou drogas. É um edema súbito, indolor, depressível na região periorbitária e palpebral. 
• Tratamento: anti-histamínicos sistêmicos. 
Anti-histamínicos ou antialérgicos, são substancias que agem no organismo inibindo a histamina, que é responsável pelos processos alérgicos. 
Exemplos de anti-histamínicos: etirizina, levocetirizina, desloratadina, fexofenadina e loratadina.
Dermatite de contato
Causada por sensibilidade por sensibilidade á medicação tópica. A neomicina, o cloranfenicol e dorzolamida, geralmente causam este tipo de dermatite. 
Edema e eritema palpebrais associados a descamação e prurido. Se o agente causador não for retirado, o edema diminui, mas o eritema persiste e a pele se torna espessa e com crostas. 
• Tratamento: envolve a identificação e remoção da causa, e aplicação de creme contendo um esteróide, como a hidrocortisona. 
Esteroides ou corticoesteroides, inibem a ação da enzima fosfolipase A2, que resulta na redução da expressão de prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório. Usados também para asma, lúpus, rinite, conjuntivite alérgica. 
Exemplos: cortisona e prednisona. 
Os não-esteroides, inibem a COX, relacionados a formação de prostaglandina e tromboxanos, essenciais no processo inflamatório e dor. Usados para tratar artrite reumatóide, artrose, bursite, cólicas menstruais, traumas e contusões. 
Exemplos: ácido acetilsalicílico, dipirona sódica e ibuprofeno. 
INFECÇÕES
Herpes zoster oftálmico
Infecção frequente, unilateral, afeta geralmente idosos, mas pode ocorrer em jovens; é mais grave em indivíduos imunocomprometidos. 
Os sintomas ocorrem em uma ordem cronológica: rash maculopapular, desenvolvimento de vesículas, pústulas e ulceração com descamação. O edema periorbitário pode afetar o outro olho também, causando a impressão errônea que a condição é bilateral. 
• Tratamento: valaciclovir ou famciclovir, durantes 7 dias (sistêmico), aciclovir ou peciclovir pomada e esteroides e antibióticos cp, ácido fucídico (tópico).
Impetigo
Infecção cutânea superficial, pouco frequente, ocorre geralmente em crianças, causada pelo Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. 
Máculas eritematosas que evoluem para vesículas e bolhas que se rompem e produzem crostas amarelo-douradas. 
• Tratamento: antibióticos tópicos e flucloxacilina ou eritromicina oral. 
Flucloxacilina é útil no tratamento de infecções devido ao Streptococcus A beta-hemolíticos; como úlceras na garganta, erisipelas e queimaduras. 
Erisipela
Celulite difusa, subcutânea, aguda, causada pelo Streptococcus pyogenes infectado a partir de um local de pequeno trauma de pele. 
É uma placa subcutânea, eritematosa, endurecida e bem definida. 
• Tratamento: fenoximetilpenicilina oral. 
Blefarite
Pode ser:
Seborreica: está geralmente associada á dermatite seborreica, que pode envolver o couro cabeludo, sulco nasolabial, áreas retroauriculares e esterno. 
Posterior: disfunção da glândula meibomiana (rosácea ocular) que pode estar relacionada com a rosácea facial. 
Anterior: associada a infecções bacterianas (Staphylococcus), viral (herpes) e parasitária (ptiríase). Os sintomas são queimação, sensação de areia, fotofobia leve, descamação e vermelhidão das margens palpebrais. Pioram pela manhã e são marcadas por remissões e exacerbações. 
• Tratamento: higiene local com xampu neutro de bebe diluído em água morna ou géis oftalmológicos, que ajudam na drenagem da secreção proveniente das glândulas de Meibomius. Pode ser usado antibiótico tópico (colírios ou pomadas), como eritromicina, cloranfenicol ou ciprofloxacino. 
NÓDULOS E CISTOS
Calázio
Infamação da glândula sebácea. 
 É uma lesão inflamatória crônica, granulomatosa, estéril, causada por bloqueio dos orifícios das glândulas meibomianas e estagnação das secreções sebáceas. Pacientes com acne rosácea ou dermatite seborreica tem risco aumentado. 
Diferente do hordéolo, o calázio é uma infecção dentro da própria glândula, sem reação granulomatosa adjacente. 
O paciente nota o crescimento de um nódulo indolor, se acometer a pálpebra superior, pode causar visão borrada, devido a pressão na córnea. Consiste em uma lesão firme, endurecida, arredondada, tamanho variável, bilateral ou múltipla. 
• Tratamento:
Cirurgia: eversão da pálpebra, curetagem do conteúdo do cisto. 
Injeção de esteróides: diacetato de triancinolona, diluído em lidocaína. 
Tetraciclina sistêmica: profilaxia em pacientes com calázio recorrente. 
Hordéolo
Interno: abcesso causado por uma infecção aguda estafilocócica das glândulas meibomianas. Consiste em um edema inflamatório doloroso da placa tarsal. A lesão pode aumentar e drenar posteriormente através da conjuntiva, ou anteriormente através da pele. 
• Tratamento: incisão e curetagem. 
Externo: abcesso estafilocócico agudo do folículo piloso de um cílio e sua glândula de Zeis ou Moll associada. Afeta mais as crianças. Consiste em um edema inflamatório na margem palpebral, que aponta anteriormente através da pele. 
•Tratamento: compressas quentes, epilação do cílio associado ao folículo infectado. 
Xantelasma
Condição comum, frequentemente bilateral, que em geral acomete pacientes de meia idade e idosos ou com hipercolesterolemia. 
Placas subcutâneas amareladas, que consistem em colesterol e lipídeos geralmente localizados nas porções mediais das pálpebras. 
• Tratamento: excisão, por vaporização com laser de argônio ou dióxido de carbono. 
ANOMALIAS DA MARGEM
Ectrópio
Eversão da borda palpebral, expondo a conjuntiva palpebral. 
Pode ser classificado em:
Senil: ocorre devido ao músculo orbicular pré-tarsal não conseguir manter a borda palpebral em contato com o globo ocular. 
Cicatricial: surge sempre que se destrói a pele palpebral. As causas mais comuns são queimaduras com álcalis, ácidos, térmicas e processos inflamatórios. 
Espasmódico: depende do espasmo dos fascículos musculares pré-marginais, sendo a pálpebra impulsionada para baixo e para fora. 
Paralítico: ocorre na pálpebra inferior e é causado por lesão no nervo facial. 
• Tratamento: correção cirúrgica. 
Entrópio
Reversão ou pálpebra virada para dentro. 
Pode ser:
Congênito: comum na pálpebra inferior, associado a outras patologias. 
Espasmódico: provocado pela contração excessiva das fibras marginais do músculo orbicular do olho, localizado na pálpebra inferior, pode ocorrer devido a atrofia do olho ou quando o tecido palpebral perde a resistência e elasticidade (idosos). 
Cicatricial: retração do tarso ou processos destrutivos da conjuntiva tarsal, devido ao tracoma. 
A complicação pode ser a triquíase, com o desvio dos cílios para a córnea, causando irritação e ulceração corneana. 
Ptose
Abaixamento da pálpebra superior, uni ou bilateral, constante ou intermitente, congênita ou adquirida. 
Neurogênica: defeito inervacional, como paralisia do terceiro nervo e oculossimpática. 
Miogênica: miopatia do músculo elevador da pálpebra ou por defeito na transmissão de impulsos ao nível da junção neuromuscular. Miastenia grave, distrofia miotonica, miopatias oculares são algumas causas. 
Aponeurotica: defeito na aponeurose do elevador. 
Mecânica: efeito gravitacional de uma massa ou cicatriz. 
• Tratamento: correção cirúrgica. 
Lagoftalmia
Defeito no fechamento das pálpebras, cujas as bordas não se encontram. Pode ser:
Cicatricial: consequência de grandesretrações palpebrais ou perda de substancia. 
Paralítica: decorrente da paralisia facial periférica. 
ATERAÇÕES CONGENITAS
Epicanto
Dobra da pele que formam pregas verticais, bilaterais que se estendem da pálpebra superior ou inferior ao canto medial. 
Comum nos povos mongólicos e caucasianos; comumente é associado a blefaroptose e é um dos sinais oculares da síndrome de Down.
TUMORES BENIGNOS
Verruga viral
Papiloma de células escamosas, tumor benigno mais comum das pálpebras, principalmente em adultos. É uma lesão pedunculada ou de base ampla (séssil), com uma superfície semelhante a uma framboesa. 
• Tratamento: excisão ou ablação a laser. 
Ceratose actínica
Lesão cutânea pré-malígna mais comum, raramente se desenvolve nas pálpebras. Afeta principalmente idosos de pele clara com história de exposição excessiva á luz solar; ocorrendo com mais frequência na fronte e dorso das mãos. 
Lesão hiperceratótica plana, esfoliativa; pode ser nodular ou verrucoide, pode estar associada a corno cutâneo. 
• Tratamento: biópsia, excisão ou crioterapia. 
Ceratose seborreica
Papiloma de células basais, crescimento lento, encontrada na face e pálpebras de indivíduos idosos. É uma lesão discreta, gordurosa, marrom, plana, com superfície verrucosa friável de aspecto aderido, pode ser pedunculada. 
Corno cutâneo
Lesão incomum, pode estar associado a ceratose actínica ou carcinoma de células escamosas. É uma lesão hiperceratótica que se projeta através da pele.
• Tratamento: biópsia, excisão. 
Granuloma piogênico
Proliferação vascularizada de tecido granulomatoso de crescimento rápido e geralmente precedida por cirurgia, trauma ou infecção. 
Massa rosada pedunculada ou séssil que pode sangrar com pequenos traumas. 
• Tratamento: excisão. 
Nevo melanocítico
Composto por malanócitos atípicos. 
Intradérmico: mais comum, geralmente elevado, com configuração papilomatosa. As células estão confinadas na derme e não tem potencial maligno. 
Juncional: plano, bem circunscrito, coloração marrom uniforme. As células estão entre a epiderme e derme, tem baixo potencial de transformação maligna. 
Composto: coloração marrom, possui componentes intradermicos e juncionais. 
Congênito: idêntico ao adquirido, porém com extensão muito maior. 
Hemangioma capilar
Raro na vida adulta, porem comum na infância, se manifesta logo após o nascimento, lesão vermelha muito vascularizada. 
Lesão vermelha, elevada, unilateral que descora á pressão e pode inchar com o choro. Cresce rapidamente no primeiro ano de vida e paralisa durante o segundo ano. 
No segundo ano, a lesão começa a involuir espontaneamente, resolvendo em 40% dos casos atéos 4 anos e 70% aos 7 anos. 
TUMORES MALIGNOS
Melanoma
Raramente se desenvolve nas pálpebras, é potencialmente letal, metade dos melanomas de pálpebra é clinicamente não-pigmentada. 
Melanoma difuso superficial: é caracterizado por uma placa com limite irregular e pigmentação variável. 
Melanoma nodular: nódulos geralmente preto-azulados com pele normal ao redor. 
Sarcoma de Kaposi
Tumor vascular que afeta pacientes com síndrome da imunodeficiencia adquirida. Muitos tem a doença sistemica avançada. O tumor pequeno é uma lesão de coloração vermeho violeta a marrom, que pode ser confundida com hematoma ou nevo. Tumor grande, de crescimento rápido, pode ulcerar e sangrar. 
• Tratamento: radioterapia ou excisão. 
Carcinoma
Carcinoma de células basais (basocelular): responsáveis por mais de 90% das neoplasias malignas, sendo mais comum em homens com idade superior a 50 anos. Acomete principalmente a pálpebra inferior e canto interno do olho. A lesão começa com um pequeno nódulo, com borda irregular e perolada. 
Carcinoma de células escamosas (espinocelular): mais agressivos que os basocelulares, ocorrem principalmente em homens e na pálpebra inferior. Começam como uma verruga que pode lembrar o carcinoma de células basais. A lesão aumenta e se torna uma ulceração rasa, granular e com base vermelha. 
Carcinoma de glândulas sebáceas: tem evolução insidiosa, cor branco-amarelada, que se instalam na porção tarsal da pálpebra, podem ser confundidos com calázio.

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