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4.2 Definição de missão em serviços Entendido o mercado em que se deseja atuar, o prestador de serviço deve estabelecer a razão da existência de seus serviços. Quando se define a missão das empresas, é preciso encontrar razão para sua existência. Uma definição que toda a equipe entenda e mantenha seus esforços para melhor atingi-la. Para o prestador de serviços, não será diferente. 4.3 Serviços de massa customizados Trata-se de um nicho de prestação de serviço que foi identificado entre os serviços de massa e profissionais. Dessa forma, a empresa oferece os serviços em larga escala a fim de atingir um grande número de clientes. Mas também faz investimento em tecnologia, a fim de proporcionar identificação sobre qual tipo de cliente usa seus serviços. Dessa forma, a empresa procura criar linhas de atendimento por meio de pedidos anteriores e cadastros fornecidos por esses clientes e, em consequência, esta pode oferecer um serviço customizado. Na reatividade, é preciso “saber agir”, pois o cliente quer resposta, mesmo que a empresa não possa prever tudo; Na proatividade, é preciso ter “pensado antes para poder agir”. E empresa deve preparar para o cliente todas as respostas possíveis, com base em situações elaboradas antecipadamente. A 4 pg 6 A estratégia empresarial pode ser entendida como as formas de uma empresa realizar suas atividades e a garantir sua estabilidade no mercado. Pode concentrar-se num nicho de mercado ou ainda em vários nichos de atuação. Planejamento estratégico “é o processo de estruturar e esclarecer os caminhos da organização e os objetivos que ela deve alcançar”. Desta forma, a empresa precisa saber para onde quer ir e como deseja fazer isso. Efetividade é atingir os objetivos da empresa, da melhor forma possível. Para isso entende-se que deverá ocorrer equilíbrio entre eficácia e eficiência, mas esse equilíbrio deverá ser ditado pelo comportamento econômico da empresa e do mercado em que está inserida. 4.1 Serviços de massa Ocorrem esses serviços quando são oferecidos em larga escala, de forma padronizada, sem a oportunidade de se customizar. Normalmente é usado como exemplo o fornecimento de energia elétrica, serviço de fornecimento de água encanada, serviço de esgotos, palestras para grandes públicos, e outros mais. Albrecht e Bradford (1992) apresentam um conceito formal dos chamados... E I, II e III estão corretas A analise externa ou ambiental procura estudar o ambiente na busca... C Somente a proposição II e III estão corretas. A análise SWOT continua a ser um instrumento útil na organização... D Com essa ferramenta, pode-se entender o cenário atual da empresa e preparar prospecções para que as decisões possam ser tomadas com o maior número possível de variáveis estudadas. A fim de facilitar a identificação das necessidades do mercado... B 2 – 4 – 1 – 3 A fim de facilitar a identificação das necessidades do mercado para... (PRODUTO) D Variedade de mercadoria – Seleção de produtos - Serviços a oferecer - Desenho da loja. A finalidade das tarefas realizadas influi no funcionamento... (Sobre a equipe de desenvolvimento de produtos e serviços) C Os participantes podem originar-se de diferentes areas da organização, o que não impede a formação de fortes vinculos emocionais; A finalidade das tarefas realizadas influi no funcionamento... (equipe de produção) A Cada profissional atua espontanea e preventivamente para cobrir dificuldades experimentadas pelos colegas, em beneficio dos resultados coletivos esperados; A gestão somente pode ser realizada por meio de medições... A Planejamento estratégico, sistema e pessoas. As decisões devem ser preparadas e executadas por todos... (Decisão) B Trata-se de uma escolha entre alternativas e possibilidades. São usadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. Chiavenato (2008) cita alguns aspectos fundamentais da moderna gestão de pessoas D I, II, III, IV e V corretas Chiavenato (2008) define a gestão de pessoas (processo de agregar pessoas) A São processos utilizados Chiavenato (2008) define a gestão de pessoas (processos de monitorar pessoas) A São processos utilizados Conforme Chiavenato (2008), a gestão de pessoas refere-se a políticas C I, II, III, IV corretas Conforme defende Bertaglia (2007 p. 479),..Sobre as características de destaque do comércio eletrônico para as empresas, podemos afirmar: B Somente I, II, III e IV Conforme defende Bertaglia (2007 p. 479), o impacto do comércio eletrônico... B Somente as proposições I, II, III e IV estão corretas; Conforme Maximiano (2011, p. 101), o entendimento de estratégia ocorre quando A Pode ser entendida como as formas Conforme Maximiano (2011, p. 63), decisão trata de “uma... B C – A – B Considerando as ainformações acima, verifique qual é a definição para Processos de monitorar pessoas A São os processos utilizados para Considerando o livro base da disciplina....Sobre a eficiência dos serviços, podemos identificar como a correta segundo Kon (2004): D As medidas de eficiencia do serviço são subjetivas, o controle de qualidade envolve o consumidor e está imbutido no processo de produção. Considerando o livro base da disciplina, Gestão de operações de serviços, o autor Robson Seleme, cita outros autores para definir o termo "Serviços"... A Somente as proposições I e II estão corretas; Considerando o livro base da disciplina..Verifique nas proposições abaixo, quais são do autor do livro base: A Somente I e II corretas Considerando o Processo de Agregar Pessoas, qual é a sua definição A São processos utilizados De acordo com Carvalho et al. (2013), muitas empresas já adotaram o modelo de serviços compartilhados... BENEFICIOS TANGIVEIS... C Somente a proposição III e IV estão corretas. De acordo com Carvalho et al. (2013), muitas empresas já adotaram o modelo de serviços compartilhados... Relacione corretamente os beneficios... D 2-2-1-1-2 De acordo com Oliveira (1999 p.45), “os sistemas.. B Qualquer elemento identificado em sua forma De acordo com Schein (1986), há três niveis para o desenvolvimento cultural... B Enraizamento - Desenvolvimento; De acordo com Seleme e Paula (2013), o projeto deve ser pensado... A definição que concerne ao elemento interno - Gestão D Maneira pela qual o administrados, utiliza os recursos para criar produtos e atingir os objetivos da organização, que são a colocação e a manutenção do produto no mercado De acordo com Seleme e Paula (2013), o projeto deve ser pensado... Assinale a alternativa que completa o texto abaixo... A Marca. De forma básica, o serviço não tem forma, não é palpável... (patente de serviços) A Devido a intangibilidade, os serviçoes são dificeis de serem patenteados. Defendem Gianesi e Correia (2007 p. 134) que a análise adequada... A 2 – 3 – 1 Diversos autores produseram a definição para o termo qualidade... A Paladini e Deming Diversos autores produseram a definição para o termo qualidade... Qual o conceito de qualidade que pertence a Deming: D Qualidade não é um luxo, mas sim aquilo que o cliente deseja, necessita e quer. Como seus desejos estão em continua mudança, a solução para definir qualidade é redefinir constantemente as especificações. Em geral, buscar exemplos de empresas de diferentes areas ... A Apresenta um processo continuo e sistematico de pesquisa a fim de avaliar produtos, serviços, processos de trabalho de empresas ou organizações que mostram as melhores práticas, com o proposito de aprimoramento organizacional. Empreendedorismo é um tema bastante discutido e abordado... C Somente as proposições I, III E IV estão corretas; Guimarães e Johnson (2007, p.71) demonstram que as empresas buscam... "Sistemas de Processamento de Transações – SPT": B Geralmente atendem ao nível operacional da empresa... Hoffman e Bateson (2008, p.357) afirmam que é necessário... A Estas duas formas de conceituação estão intrincadas, sem uma explicação clara como se relacionam;Hoffman e Bateson (2008, p.359) defendem que a qualidade... C C – D – A – B Hoffman e Bateson (2008, p.359) defendem que a qualidade... B Diferença entre a qualidade real do serviço e a qualidade divulgada nas comunicações externas da prestadora de serviço; Muitas definições de liderança pressupõe pessoas dotadas de virtudes A I e II corretas Na chamada “Era da Informação”, o mercado em geral tem tido..“SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADA - ERPs” D É um sistema amplo de soluções e informações de software que busca integrar ... No livro base da disciplina, Gestão de operações de serviços... A Comercio varejista e atacadista, transportes e No material disponivel na rota de aprendizagem... (efetividade) C Somente as proposições II, III estão corretas; No material disponivel na rota de aprendizagem... (definições sobre a diferença entre serviço e produto) B Somente as proposições I, II e III estão corretas; O ciclo PDCA serve para a melhoria contínua e continuada dos diversos processos. Portanto, o primeiro passo do gestor é identificar o processo em que se deseja fazer a melhoria. Nas proposições abaixo, qual refere-se a "Do": C Deve-se buscar a aplicação dos itens planejados para saber se estes estão corretos. Neste momento, também é necessário não apenas comunicar, mas saber comunicar à empresa os motivos da mudança para que a cultura organizacional e comportamental não se sinta “agredida” com a proposta de melhoria. O ciclo PDCA serve para a melhoria contínua e continuada dos diversos ... C Somente as proposições II, III E IV estão corretas; O cliente sempre será a pessoa mais importante da empresa... Triangulo de serviços de Albrecht A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. O modelo de Kano (1984), para a qualidade fornece um caminho... Sobre o atendimento dos fatores basicos... C Somente as proposições II, III estão corretas; O planejamento da capacidade produtiva é uma preocupação constante... E II, III e IV. O que demanda dinheiro são itens desprovidos de qualidade (Crosby, 1994) B B-C-A O triangulo de serviços de Albrecht e Bradford (1992) indica os componentes A Estratégia, clientes, pessoas e sistemas. Os estudos de Garvin (1984) apresentam contribuições importantes... C 8-1-7-6-4-2-3-5 Pacheco (2009) destaca que um dos que mais contribuíram nessa época foi B VVV Para Kwasnicka (2004), a maioria das atividades pode ser identificada... D Somente as proposições I, II, III e IV; Para Whiteley (1999), há duas dimensões da qualidade a serem consideradas C Somente a proposição I e II estão corretas. Pessoas que conhecem seus pontos fortes e fracos têm mais chances A MAKSURI,2005 Reativo ou Proativo? Apesar de apresentar um conceito simples... (REATIVIDADE) C Somente a proposição I, III e IV estão corretas; Reativo ou Proativo? Apesar de apresentar um conceito simples C Somente I , II e IV São diversas formas de prover serviços aos consumidores... B Somente a proposição II está correta Sobre a equipe de desenvolvimento de produtos e serviços, podemos afirmar C Os participantes podem Sobre a equipe de produção, podemos afirmar A Cada profissional atua Sobre líder e liderqança na visão de Petrarca D Líderes são os que em grupo Um dos aspectos mais importantes dos serviços é a qualidade... D Somente as proposições I, II, III e IV; Uma empresa de pequeno porte do ramo de sorvetes comercializa uma variedade de 30 sabores de sorvete de massa, além de 10 sabores de picolé, todos com boa aceitação... E De declínio, pois o produto representa um baixo impacto para clientes e receita, devendo-se retirar o sabor que tem um menor impacto nas vendas, enquadrado, na matriz, como Abacaxi. PROCESSO E PRODUÇÃO DE SERVIÇOS AULA 1 Prof. Marlon Gil Lopes 2 CONVERSA INICIAL O entendimento da importância dos serviços na economia atual tem alcançado crescimento exponencial para atendimento adequado a uma sociedade cada vez mais informada e exigente. Além disso, o mercado competitivo tem oferecido oportunidades de negócios nesse segmento, seja na identificação de novos mercados, seja nas atividades de apoio às empresas em proporção ao aperfeiçoamento de seus processos. Ou seja, temos clientes internos e externos. Portanto, nesta aula, trabalharemos a conceituação de serviços e seu entendimento básico seguindo os seguintes temas: 1. Conceito de serviço; 2. Diferença entre serviço e produto; 3. Demais fatores de intangibilidade de serviço; 4. Estágios (tipos) de serviço; 5. Demais conceitos de apoio; Ao final desta aula, o acadêmico deverá estar apto a conceituar serviços, diferencial serviços de produtos e, por meio dos conceitos de apoio, entender que os gestores não podem ser envolvidos no processo e esquecer a lógica competitiva da empresa. TEMA 1 – CONCEITO DE SERVIÇO As pessoas buscam constantemente por melhoria em suas atividades cotidianas, seja com sua família, seja com os integrantes do local de trabalho, ou na comunidade em que estão inseridas ou ainda em sua individualidade. Nessa busca, muitos avanços são realizados, como melhoria de artigos, empresas que oferecem facilidades como agilidade na satisfação de necessidades básicas ou desejos imediatos. Em pouco tempo, o que era realizado de forma artesanal passou a ser feito de forma eletrônica, com resultados melhores e mais rápidos. Nesse viés, muitos profissionais precisaram se atualizar a esse novo mercado, não só com resultados melhores, mas com entendimento de que a concorrência também está em constante crescimento. Atualmente, a nova 3 realidade apresenta pessoas com diversas necessidades e desejos para serem atendidos de forma mais eficaz e eficiente. Para essa nova realidade, empresas investem em tecnologia e demais avanços e, para tanto, surge a necessidade de se melhorarem os serviços para clientes, sejam estes externos ou internos. Mas como se pode melhorar serviço? Afinal, o que é serviço? Serviço é uma atividade que trará benefícios aos clientes. Somente poderão ser avaliadas após serem prestados por ter característica abstrata, ou seja, são intangíveis. Conforme Gianesi e Correia (2007, p. 32), “serviços são experiências que o cliente vivencia enquanto que os produtos são coisas que podem ser possuídas.” Siqueira (2005, p. 257, citado por Machado; Reis; Pillati, 2006) afirma que “Serviço é um produto intangível, que não se vê não se cheira não se pega, e geralmente não se experimenta antes da compra, mas que permite satisfações”. Sobre conceito de serviços, afirmam Corrêa e Caon (2012, p. 76) que “algumas empresas definem o conceito de seu serviço na forma de uma declaração sucinta que carregue consigo a imagem mental pretendida. As declarações sucintas são melhores para serem lembradas e comunicadas.” Johnston e Clark (2002, citados por Corrêa; Caon, 2012, p. 76) sugerem que quatro elementos deveriam estar presentes numa declaração de conceito de serviço: Elementos sobre a experiência do serviço: aspectos sobre a interação direta do cliente com serviço; Elementos sobre resultado da prestação do serviço: o que se espera como saídas de processo de serviço; Elementos sobre a operação do serviço: o serviço deve ser prestado; Elementos sobre o valor do serviço: aspectos sobre os possíveis benefícios obtidos pelo cliente com o serviço. Os exemplos de serviços são descritos como os atendimentos médicos, bancários, odontológicos, manutenção automotiva ou predial, entre outras. Suas características principais são as seguintes: são abstratos e só poderão ser avaliados depois de adquiridos; 4 geralmente são inéditos, ou seja, um serviço para cada momento. Uma consulta ao médico, por exemplo, sempre será diferente de outra consulta com o mesmo profissional. Mais características serão citadas com desenvolvimentodo estudo. TEMA 2 – DIFERENÇA ENTRE SERVIÇO E PRODUTO Para essa diferença, serão usadas algumas “formas de entendimento” comuns aos profissionais de informática, quando diferenciam software de hardware: Software – aquilo que se fala mal; intangível, abstrato; Hardware – aquilo que se chuta; tangível, palpável. Nesse caso, fica fácil o entendimento de que software tratará de serviço, pois é intangível, não pode ser manipulado ou visto, mas se recebe o resultado de sua operação. Ao passo que produto é exemplificado por hardware, que poderá ser avaliado de várias formas antes de ser adquirido. Conforme Hoffman e Bateson (2008, p. 5), “Os bens puros são predominantemente tangíveis, ao passo que os serviços puros são predominantemente intangíveis.” Isso implicará que o cliente poderá avaliar determinado produto, fazendo testes de desempenho, escolha de cores etc. e depois decidirá se fará e em que quantidade fará a sua aquisição. Em relação ao serviço, o cliente não terá a opção da avaliação preliminar, mas buscará o máximo de informações sobre ele com outros clientes que fizeram sua aquisição, tendo o entendimento que cada prestação de serviços é individual e única. Para Corrêa e Caon (2012, p. 50), os estudiosos geralmente diferenciam serviços e produtos conforme abaixo: 1. Serviços devem ser produzidos e consumidos simultaneamente enquanto que produtos não; 2. Serviços necessitam da presença do cliente para sua produção e produtos não necessitam dessa presença; 3. Serviços são intangíveis e produtos são tangíveis 5 2.1 Produção simultânea – consumo e implicações 2.1.1 Serviços não podem ser estocados Produtos podem ser estocados enquanto que o mesmo não ocorre com os serviços. Nessa situação, o profissional deverá atender aos apelos de demanda. No caso de aulas presenciais, o atendimento de demanda seria em ter local e momento disponível para o atendimento do público que contratou esse serviço. Ainda no caso de aulas, nos momentos de intervalos ou recessos, podem ser oferecidos cursos rápidos, de reforço, ou de complementação de estudos, para que os clientes tenham esse serviço à disposição em momento que poderá ser oportuno. O serviço não pode ser desenvolvido para estocagem e depois oferecido. No caso de produtos, a demanda poderá ajudar a entender necessidade de estoque de matérias-primas, de produtos semiacabados e, por fim, de produtos acabados. Dessa forma, a armazenagem deverá ser um cuidado especial para o gestor, afinal nos estudos de logística, os estoques ou armazenagens que apoiam a produção aumentarão os custos da empresa com o uso de armazéns, aluguel do local, compra de equipamentos e contratação de profissionais adequados para essas atividades. 2.1.2 Estoque é dinheiro parado Para a contabilidade, estoques são chamados de dinheiro parado, e o gestor da empresa deverá mostrar a importância em se manterem esses estoques, por exemplo, com atendimento sazonal de demanda futura. Os produtos também poderão passar por controle de qualidade em lotes, a fim de que sejam avaliados antes de chegar ao mercado consumidor e também poderão ter dimensões, cores, acessórios e demais componentes padronizados, o que certamente aperfeiçoará e maximizará sua produção e controle. Por fim, os produtos podem ser consumidos em momentos diferentes de sua produção. Os gestores podem (e devem) aguardar o momento certo para enviar produtos ao mercado consumidor. No caso de produção de chocolates para a páscoa no mercado brasileiro, por exemplo, são produzidos artigos em 6 diversos tamanhos e formas durante o ano, para atender à demanda sazonal de um momento no ano. 2.2 Participação do cliente e implicações 2.2.1 Cliente não presente e presente – serviços Muitos estudiosos defendem que o serviço somente será prestado se ocorrer com a presença do cliente. Mas essa realidade mudou graças à tecnologia disponível e até incentivada no momento atual, pois o uso de computadores, telefones celulares e demais opções favorece a prestação de serviços em que a presença do cliente contratante não é mais indispensável. Dessa forma, para que ocorra a prestação de muitos serviços, a presença do cliente contratante é necessária, como é o caso de consulta ao médico, consulta ao dentista, serviços de cabeleireiro, aulas presenciais, entre outras. Mas compras dos mais diversos artigos poderão ser feitas por meio de lojas virtuais, sejam nacionais, sejam internacionais; por computador, tablet, celular ou afins. Livros usados podem ser comprados e vendidos em sebos virtuais, e livros novos podem ser adquiridos por livrarias e editores em suas lojas eletrônicas. Isso apenas no exemplo de serviço de vendas. O que ocorre não é a presença do cliente e sim algum tipo de relacionamento entre empresa e cliente. 2.2.2 Cliente não presente – produto No caso de produtos, a presença do cliente não se faz necessária, pois as empresas produzem com informações resgatadas do mercado consumidor e entendimento de sua necessidade e comportamento. Um tipo de veículo pode ser produzido por meio de informações do mercado e lançado ao público, na expectativa de que seja adquirido por certo número de clientes que aceitem suas características e valores de comércio. Muitas vezes, os gestores arriscam interpretações de mercado para que possam diferenciar produtos, nesse caso veículos, a fim de agradar ao mercado e obter sucesso em sua produção e vendas. 7 Portanto, para produtos, não é necessária a presença do cliente e para a prestação de muitos serviços, a presença do cliente não é mais necessária. Muitos serviços são prestados de forma remota, graças à expansão da tecnologia nos dias atuais. 2.2.3 Cliente transacional e cliente de relacionamento Com essa expansão tecnológica, outras formas de serviços têm surgido, o que aumenta o relacionamento entre empresa e cliente, de forma a não se limitar ao tempo que dura a negociação. Conforme Corrêa e Caon (2012, p. 61), as iniciativas de interação com o cliente transacional para cliente de relacionamento têm sido cada vez mais frequentes, fazendo com que o tempo de negociação seja aumentado. Ou seja, não é mais necessária a posse do bem, mas sim o benefício que este bem pode oferecer. Em especial, muitas empresas não adquirem computadores e impressoras, mas contratam a prestação de serviços desses equipamentos, com empresas que oferecem o aluguel desses artigos. São várias as formas legais de se contratar o serviço de computadores do que comprar esses equipamentos. As vantagens são a troca de equipamentos que apresentam funcionamento inadequado, manutenção das impressoras, principalmente quanto a cartuchos para impressão. O comodato é realizado por contrato e tem legislação que regula seu uso. Em linhas gerais, trata de empréstimo gratuito. 2.2.4 Parcerias e terceirizações Outro aspecto são as parcerias e terceirizações de profissionais contratados para desenvolver atividades em empresas. Empresas de gestão de pessoas oferecem planejamento estratégico de pessoa com o planejamento de determinado cargo, o recrutamento, a seleção e a contratação, de forma que a empresa que contrata esse serviço possa se dedicar à sua atividade fim e não tenha de parar suas atividades para o atendimento dessa demanda. Indústrias contratam operadores logísticos que oferecem desde transporte e armazenamento até a finalização das atividades para que os produtos sejam colocados no mercado consumidor em tempo adequado. 8 Dessa forma, em vez de vender produtos, muitas empresas preferem oferecer serviços aos clientes para que estes tenham um relacionamento de maior tempo e dessa forma exploram um interessante nicho de negócios, em que empresas e clientes não precisem preocupar-se em adquirir máquinas, equipamentos, instalações etc. que muitasvezes são adquiridas por valores expressivos empresas e clientes não precisem se preocupar com a constante manutenção de equipamentos que sofrerão depreciação e perderão valor contábil; empresas e clientes possam substituir equipamentos e até instalações, porque contrataram os benefícios oferecidos e não os equipamentos e instalações em si; empresas e clientes não precisem acompanhar o mercado para adquirir as inovações tecnológicas que cada vez mais ocorrem em curto período. Essas são apenas algumas das vantagens oferecidas que certamente favorecem um grande nicho de mercado com atenção especial à prestação de serviços de forma a aumentar o tempo de relação com o cliente que o contrata. 2.2.5 Cliente funcionário Corrêa e Caon (2012, p. 62) defendem que quando existe alto contato da empresa com o cliente, por meio de uma participação, algumas tarefas poderão ser delegadas. Os autores citam que os bancos têm incentivado seus clientes ao pagamento de contas pela internet, a fim de expressiva diminuição de custos operacionais, como atendimento por colaboradores, manutenção de instalações como o uso de energia elétrica, serviços de segurança, entre outros. Sem a presença do cliente na agência, esses custos são minimizados e, ao mesmo tempo, sem a perda do cliente em relação à prestação do serviço. Outro exemplo citado é o de recolhimento de sobras e embalagens para os coletores de lixo pelas pessoas que consomem fastfood. Essa atitude pode ser expandida às praças de alimentação de shoppings centers, que incentivam essa mesma prática. Dessa forma, o cliente aceita o tratamento de funcionário por meio do comportamento considerado correto pela ambiente que frequenta, porém instruções para o desenvolvimento adequado deverão ser oferecidas 9 pelas empresas. Como o procedimento bancário “pague sua conta. Siga estes passos”. 2.3 Intangibilidade e implicações 2.3.1 Limites da intangibilidade De forma básica, o serviço não tem forma, não é palpável, por ser abstrato. Mas no caso de aula, a prestação de serviços poderá ter seus conceitos registrados pelos acadêmicos que participam das aulas. Nesse caso, os registros poderão ser armazenados, transportados e utilizados em momentos diferentes. Os estudiosos defendem que a melhor inferência da intangibilidade dos serviços será o grau de avaliação que o cliente terá após a prestação desse serviço (Corrêa e Caon, 2012, p. 64). Certamente, essa inferência dependerá do conhecimento do cliente quanto à prestação do serviço. A prestação do serviço também sofre dificuldade de avaliação pelo seu prestador, pois este nem sempre conseguirá fazer leitura adequada do comportamento do cliente que recebeu o serviço oferecido e contratado. Os comportamentos são muito variáveis, seja para o cliente, seja para o prestador de serviços. Como exemplo, muitas vezes um docente pode preparar uma aula ou treinamento com critérios cuja excelência acredita possuir. Mas excelência para esse docente pode não significar a mesma coisa para o cliente. O público que receberá o treinamento ou aula deverá ter sido preparado para ele ou não será capaz de avaliar corretamente o serviço. O público poderá ficar emotivo, achar interessante ou ainda se desinteressar por não poder acompanhar o raciocínio apresentado. Nesse caso, o profissional preparou-se de forma legítima e comprometida, com seus conceitos e conhecimentos, mas deixou de levar em conta a forma de “traduzir” o conhecimento de forma atingir os discentes de forma adequada. Nesse caso, não somente o conhecimento de técnicas e conceitos, mas também a didática, a pedagogia e o entendimento de comportamentos apresentados no momento farão a diferença para que os alunos façam a medição adequada do serviço proposto. Da mesma forma, esse prestador do serviço deverá dispor de argumentos que o auxiliem a identificação adequada do comportamento de seu público para saber se a aula ou o treinamento atingiram os objetivos propostos ou se somente 10 atingiram o emocional dos discentes. Infelizmente os comentários poderão ser de que o profissional conhece o assunto, articula bem as ideias, mas, em geral, o que ocorreu foi o “deslumbramento” com a situação. Ao prestador de serviço cabe o entendimento de que o objetivo dos alunos poderá ser contrastante em relação ao seu objetivo. Dessa forma, um aluno que faz a avaliação dos conceitos apresentados, mas não consegue aplicá-los em ambiente prático, terá assertividade parcial ou apenas acadêmica em relação a outro aluno que tenha uma avaliação adequada e que consiga aplicar os conhecimentos no ambiente laboral de forma a adquirir resultados prósperos. 2.3.2 Facilidade de avaliar o produto Por serem palpáveis, visuais e muitas vezes ter a possibilidade de serem testados antes da aquisição, os produtos levam relativa vantagem em avaliação com relação aos serviços. Em geral, a maioria dos produtos pode ser testada quase que em sua totalidade, porém será no cotidiano que os clientes farão avaliação completa por meio do uso contínuo. O exemplo poderá ser o recall que ocorre com veículos lançados no mercado. Apesar dos diversos testes, esses veículos somente apresentarão ou não defeitos após o contínuo desempenho que da performance proposta. Muitas vezes, são alguns lotes que acabam por apresentar desempenho insatisfatório, mas fáceis de ser identificados. 2.3.3 Dificuldade de avaliar o serviço Como foi amplamente tratado, o serviço só poderá ser avaliado após ser prestado. Não poderá ser testado antes, ou ainda ser visto ou apalpado por ser abstrato. Geralmente individual e único, também depende do grau de conhecimento do cliente e do prestador em relação ao comportamento do cliente. 11 TEMA 3 – DEMAIS FATORES DE INTANGIBILIDADE DE SERVIÇO 3.1 Falta de proteção 3.1.1 Patenteamento de serviços Defendem Hoffman e Bateson (2008, p. 32) que, devido à intangibilidade, os serviços são difíceis de serem patenteados. Dessa forma, muitos serviços poderão ser copiados sem que a empresa possa reagir a isso. Mesmo a diferenciação dos diversos serviços poderá ser aprendida por concorrentes ou ainda apresentados de forma parcial por valores mais baixos. 3.1.2 Resultados de serviços O que muitas empresas conseguem proteger são os resultados dos serviços que muitas vezes oferecem alguma característica palpável. Uma palestra poderá ser copiada em seus conceitos e entendimento, mas se de alguma forma o palestrante registrar a mídia de apresentação como a gravação em áudio/vídeo dessa palestra, esse resultado, poderá ser protegido. 3.2 Determinação de preços e serviços 3.2.1 Produtos Subtítulo Normalmente, preços de produtos são preparados pela avaliação de seus insumos, como matéria-prima, aquisição de maquinários, determinação de custos fixos e demais custos variáveis, além da aceitação do mercado. 3.2.2 Serviços É difícil se estabelecer preço por procedimentos, uma vez que o conhecimento, o uso do tempo, a articulação da apresentação da prestação do serviço e outros fatores que influenciam não oferecem critérios claros de mensuração. Muitas vezes, a comparação com outras atividades ou ainda preços já existentes oferecem uma pequena base para formulação de valores. 12 TEMA 4 – ESTÁGIOS (TIPOS) DE SERVIÇO Conforme Corrêa e Caon (2012, p. 72), os estágios de serviço possuem certas características comuns em termos de posicionamento para a forma de gerenciamento de operações. São descritos como serviços de massa, serviços profissionais, serviços de massa customizados, serviços profissionais de massa e lojas de serviço. 4.1 Serviços de massa Ocorrem esses serviços quando são oferecidos em larga escala, de forma padronizada, sem a oportunidade de se customizar. Normalmente é usado como exemplo o fornecimento de energia elétrica, serviço de fornecimentode água encanada, serviço de esgotos, palestras para grandes públicos, e outros mais. 4.2 Serviços de profissionais Diferente do anterior, esse estágio contempla a customização, a personalização aos pedidos de cada cliente para atendimento de suas necessidades e desejos. Não são comuns em larga escala, pois contemplam determinado segmento de mercado. É o caso da prestação de serviços especializados para atendimento a clientes específicos, como as consultorias empresariais, determinados serviços de medicina plástica e estética e demais atividades que exijam grau de sofisticação elevada. 4.3 Serviços de massa customizados Trata-se de um nicho de prestação de serviço que foi identificado entre os serviços de massa e profissionais. Dessa forma, a empresa oferece os serviços em larga escala a fim de atingir um grande número de clientes. Mas também faz investimento em tecnologia, a fim de proporcionar identificação sobre qual tipo de cliente usa seus serviços. Dessa forma, a empresa procura criar linhas de atendimento por meio de pedidos anteriores e cadastros fornecidos por esses clientes e, em consequência, esta pode oferecer um serviço customizado. Muitas vezes em compras eletrônicas, ao se fazer escolha de determinado artigo, o próprio site oferece a informação do tipo “quem comprou esse produto também 13 escolheu esse outro...”. As empresas que operam por esse estágio, também enviam aos clientes mensagens por datas importantes como aniversários, primeira compra, atividades publicadas em redes sociais, entre outras, a fim de personalizar a prestação do serviço. O uso de sistema de informação gerencial, aliado às tecnologias existentes, torna-se ferramenta valiosa para esse estágio, devido ao “cruzamento de dados” específicos de cada consumidor, em especial o consumidor eletrônico e a consequente linha de opções de negócios que se destacam a fim de favorecer o oferecimento de prestação serviços mais aprimorados. Portais dos mais diversos oferecimentos de produtos se destacam nesse tipo de serviço de vendas, inclusive aqueles que oferecem a comparação de preços entre as diversas lojas eletrônicas. Outros exemplos são as imobiliárias virtuais, sites de lojas de carros, entre outros. 4.4 Serviços profissionais de massa Na mesma linha de pensamento do estágio anterior, trata-se de um nicho de prestação de serviço especializado, mas que busca atendimento do maior número de clientes possível. Dessa forma, suas operações podem ser reduzidas ao máximo e, ao mesmo tempo em que são personalizadas em sua natureza, poderão ser também desenvolvidas de forma padronizada. Pode ser o caso de um profissional de contabilidade que se especializa em tributação para microempresas de varejo. O serviço oferecido é específico, personalizado, e atende a um segmento de clientes. A preparação das operações oferece poucas variações de forma a facilitar a padronização de procedimentos. 4.5 Lojas de serviços Podem ser tratados também como nichos intermediários de prestação de serviços. São atividades de apoio cotidiano, como restaurantes, hotéis, laboratórios, cursos, e tantos outros. Muitas vezes é um nicho amplo em sua aplicação se serviços, que oferecem dessa forma operações básicas ou ainda peculiares. No caso de muitas instituições de ensino, podem ser especializados como os técnicos, pós-graduações lato sensu, ou ainda regulares de ensino médio, em 14 uma mesma região. Certamente alunos, professores e demais colaboradores necessitarão de serviços de papelaria, refeições rápidas, opções de estacionamento e demais serviços. São oportunidades identificadas por meio do comportamento dos consumidores e das atividades empresariais de serviço oferecidas, que se tornam grandes oportunidades para ingresso de empresas prestadoras de serviços. Para os profissionais atentos, grandes oportunidades podem ser exploradas por meio das lojas de serviços e poderão se tornar mais especializadas no entendimento lógico de que o mercado possui necessidades a serem satisfeitas e que desejos poderão ser transformados em necessidades desses mesmos clientes, como no caso do uso de computadores e aparelhos celulares, que cada vez mais têm seus softwares atualizados. TEMA 5 – DEMAIS CONCEITOS DE APOIO Entender serviços é necessidade básica para que profissionais possam desenvolver suas atividades de forma a prosperar em suas carreiras e nas empresas em que colaboram e operam. Por vezes, o sentido lógico fica envolvido pelos diversos processos e procedimentos e, em consequência, os resultados esperados mostram-se pífios em contraste com a expectativa legítima de sucesso. Para tanto, devem reciclar-se alguns conceitos que são verdadeiros diferenciais em qualquer atividade, principalmente naquelas em que o intangível, o abstrato está presente nos resultados esperados bem como na sua execução pelos profissionais envolvidos nessa operação. Entender que objetivos devem ser atingidos, não a qualquer preço, mas com produtividade e não apenas grande volume de produção. Entender ainda que o cliente espera ser satisfeito em suas necessidades e desejos em um ambiente em que a concorrência é cada dia mais especializada e, em consequência, competitiva. Nesse entendimento, serão vistos (ou revistos) conceitos importantes para o sucesso profissional e empresarial na área de prestação de serviços. 5.1 Qualidade 15 De acordo com Longeneker; Moore e Petty (1997, p. 470, citados por Marin, 2006), “qualidade são os aspectos de um produto ou serviço que lhe permitem satisfazer necessidades”. Miranda (1995, p 5, citado por Marino, 2006) afirma que as “organizações precisam gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos usuários finais – consumidores sob todos os aspectos”. Dessa forma, qualidade pode ser entendida como um modo de organização a fim de garantir produtos e serviços que envolvem alta conformação às especificações, aparência, respostas às mudanças de especificações, entre outras que refletirão no pronto atendimento ao cliente. Longo (1996, p. 6, citado por Lima; Santiago, 2011) alerta que A preocupação com a qualidade de bens e serviços não é recente. Os consumidores sempre tiveram o cuidado de inspecionar os bens e serviços que recebiam em uma relação de troca. Essa preocupação caracterizou a chamada Era da inspeção, que se voltava para o produto acabado, não produzindo assim qualidade, apenas encontrando produtos defeituosos na razão direta da intensidade da inspeção. No caso de qualidade em serviços, a situação se torna peculiar devido às características citadas, como a avaliação da prestação do serviço que ocorrerá apenas após o serviço ser adquirido e prestado. Outro aspecto também verificado é que o serviço, sendo perecível, terá um resultado único, ou seja, será sempre avaliado à proporção que for prestado. Um exemplo é que determinada manutenção em maquinário pode ser executada de forma a satisfazer o cliente que o contratou. Se ocorrer a satisfação, então, em linhas gerais, foi identificada a qualidade, mas isso não é a garantia de que uma próxima manutenção a ser executada vá atingir esses objetivos. O que se tem é a expectativa de que uma próxima prestação desse serviço será satisfatória, seja para o cliente que a experimentou ou para o cliente que recebeu a identificação da empresa prestadora da citada manutenção. 5.2 Eficácia e eficiência Defende Chiavenato (2003, p. 155) que a eficácia e a eficiência deverão estar juntas nas empresas. O importante no estudo desses conceitos é que as empresas muitas vezes se perdem em seus processos e esquecem o objetivo a ser atingido bem como o preço para se chegar ao objetivo proposto. 16 Não adianta apenas trabalhar bem, com mostra de comprometimento legítimo, se a empresa não cumpre seus objetivos principais epropostos. Da mesma forma, apenas o atingir seus objetivos sem entender os procedimentos para isso, poderá destruir equipes e o pior: isso não garante que as metas continuem a ser atingidas, pois ocorre o desconhecimento de critérios em que ocorreu a suposta vitória. Em resumo, pode-se chegar às seguintes conclusões: 5.2.1 Eficácia – atingir o objetivo Por exemplo, em um jogo de futebol, ganha a equipe que mais vezes fizer gols. Aliás, o futebol é um jogo de origem inglesa, o football, assim como o gol provém da palavra goal, que tem o significado de meta. Assim, entende-se que a equipe que mais vezes atingir sua meta será a vencedora. Mas ao atingir a meta, deve-se perguntar: “Quais critérios foram usados para se chegar ao objetivo?” ou ainda: “A empresa pode manter esses objetivos, ou deve expandir ou retrair?” 5.2.2 Eficiência – como atingir o objetivo Usando o mesmo exemplo da partida de futebol, ganha a equipe que apresenta melhor preparação física e técnica, pois poderá criar melhor e mais possibilidades de atingir os objetivos, os goals. Uma equipe que recebe capacitação em sua área, que conhece e entende o negócio em que a empresa está inserida, qual tipo de mercado em que opera, certamente terá melhores condições de satisfação e procura pelo mercado. Se pelo aspecto da eficácia, a empresa deve fazer a medição adequada de seus objetivos e se estes poderão ser repetidos, no aspecto eficiência a forma de se atingir, os processos pelas quais as operações estão inseridas ditarão a forma como a produtividade será maximizada pelo profissional de serviços. Não se pode esquecer a lógica em se atender bem o mercado, com a identificação adequada de suas necessidades. Da mesma forma, muitas vezes o operador de serviços fará as melhorias adequadas ao cliente interno, ou seja, à própria empresa, sendo um empreendedor interno de processos. A gama de trabalho é ampla e poderá (e deverá) atingir cliente interno e cliente externo, em busca de se estabelecer posição e competitividade. 17 Por fim, deve-se trabalhar certo antes de se trabalhar muito. Deve-se buscar produzir corretamente e não de forma a satisfação apenas do setor. 5.3 Efetividade – a junção da eficácia com a eficiência Conforme os estudiosos, efetividade é atingir os objetivos da empresa, da melhor forma possível. Para isso entende-se que deverá ocorrer equilíbrio entre eficácia e eficiência, mas esse equilíbrio deverá ser ditado pelo comportamento econômico da empresa e do mercado em que está inserida. Nesse entendimento, percebe-se que esse ponto de equilíbrio sofrerá mudanças devido às variáveis que inferem sobre ele. Um profissional atento saberá o momento em que serviços deverão atingir as expectativas do mercado, sem onerar a empresa em que está inserido pelo acompanhamento adequado do ponto de equilíbrio econômico garantindo dessa forma a efetividade. 5.4 Contingência – eventualidades e incertezas A prospecção de cenários empresariais é necessária para o bom andamento de empresas. Pelas informações e pelo acompanhamento de mercado, podem-se prevenir certos cenários negativos, porém não se consegue prever tudo, é verdade, mas se deve ter preparações para incertezas que certamente afetarão o mercado e, em consequência, as empresas. Muitos serviços que eram prósperos dão lugar a novas tecnologias. Assim, em pouco espaço de tempo, profissionais que tinham certas habilidades se encontram agora à deriva no mercado por falta de acompanhamento. E a tecnologia torna essa mudança cada vez mais veloz. Trabalhar pontos de proteção para a empresa torna-se o ponto de complemento da efetividade para as empresas e profissionais de serviços. FINALIZANDO Chegamos ao final desta primeira aula. Por meio dos conceitos apresentados, o acadêmico tem condições de dizer o conceito de serviços, bem como fazer a diferenciação adequada entre serviços e produtos. Também está apto a entender a lógica competitiva da empresa, sem estar envolvido apenas nos diversos processos empresariais. 18 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CORRÊA, H. L.; CAON, M. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e satisfação dos clientes. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2012. GIANESI, I. G. N.; CORRÊA, H. L. Gestão estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. HOFFMAN, K. D.; BATESON, J. E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Cenage Learning, 2008. LIMA, J. A. de; SANTIAGO, P. O. Os primeiros conceitos da gestão da qualidade total. In: XIV ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDANTES DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO, CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO, 16 a 22 jan. 2011, São Luís. Anais..., São Luís, 2011. MACHADO, R.; REIS, D. R. dos; PILLATI, L. A. A intangibilidade dos serviços. In: XIII SIMPEP, 6 a 8 nov. 2006, Bauru. Anais... Bauru, 2006. MARINO, L. H. F. C. Gestão da qualidade e gestão do conhecimento: fatores- chave para produtividade e competitividade empresarial. In: XIII SIMPEP, 6 a 8 nov. 2006, Bauru. Anais... Bauru, 2006. 1 Prof. Marlon Gil Lopes Processos e Produção de Serviços Aula 1 Conversa Inicial Conceito de serviço Hoje em dia, há muitas facilidades eletrônicas no lugar das artesanais Manufatura substituída por serviços Mas, afinal, o que é serviço? Serviço é uma atividade que trará benefícios aos clientes. Os serviços somente poderão ser avaliados após serem prestados, pois eles têm características abstratas, ou seja, são intangíveis Os serviços são abstratos, ou seja, intangíveis Irina Adamovich/Shutterstock 2 1) Experiência do serviço 2) Resultado da prestação do serviço 3) Operação do serviço 4) Valor do serviço Conceito de serviço Diferença entre serviço e produto Em geral: Serviço é intangível, abstrato Produto é tangível, palpável S tu ar t M ile s/ S h u tt er st oc k Os serviços não podem ser estocados Os produtos podem ser estocados 1) Produção simultânea: consumo e implicações Cliente presente e não presente Cliente transacional e de relacionamento Parcerias e cliente funcionário 2) Participação do cliente 3 Limites da intangibilidade Facilidade de avaliar os serviços Dificuldade de avaliar os serviços 3) Intangibilidade e implicações Demais fatores de intangibilidade dos serviços Patentear serviços Resultado dos serviços 4) Falta de proteção Serviços: comparação com preços de outras atividades Produtos: insumos e custos 5) Determinação de preços Estágios (tipos) de serviço Serviços de massa Larga escala Padronizados Incomible/Shutterstock 4 Serviços profissionais Customizados Personalizados RomarioIen/Shutterstock Serviços de massa customizados Oferecem em larga escala Identificam quem usa “Quem comprou este também comprou esse” Andris Torms/Shutterstock Serviços profissionais de massa Serviço especializado Atender o maior número El la g ri n /S h u tt er st oc k Lojas de serviços Atividades de apoio Nichos intermediários M as ch a Ta ce /S h u tt er st oc k 5 Demais conceitos de apoio Cliente satisfeito Serviços e produtos que atendem expectativas Qualidade Rawpixel.com/Shutterstock Atingir o objetivo Ganha quem atingir a meta Eficácia alphaspirit/Shutterstock Como atingir o objetivo Trabalhar da melhor forma Eficiência Jirsak/Shutterstock Equilíbrio Junção da eficácia com a eficiência Efetividade Iconic Bestiary/Shutterstock Eventualidades Incertezas Contingência Li g h ts p ri n g /S h u tt er st oc k 6 Finalizando Ao final da primeira aula, com os conceitos apresentados, você tem condições de: Entender o conceito de serviços Diferenciar serviços e produtos Entender a lógica competitiva da empresa, sem estar envolvido apenasnos diversos processos empresariais Referências CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CORRÊA, Henrique L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 2012. 7 GIANESI, Irineu G. N.; CORRÊA, Henrique L. Gestão estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 2006. HOFFMAN, K. Douglas; BATESON, John E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. MACHADO, Rosaly; REIS, Dalcio Roberto dos; PILLATI, Luiz Alberto. A intangibilidade dos serviços. In: SIMPEP, XIII., 2006. Bauru, São Paulo. Disponível em: <www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/ artigos/803.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018. MARINO, Lúcia Helena Fazzane de Castro. Gestão da qualidade e gestão do conhecimento: fatores-chave para produtividade e competitividade empresarial. In: SIMPEP, XIII., 2006. Bauru, São Paulo. Disponível em: <www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/ artigos/598.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018. PROCESSO E PRODUÇÃO DE SERVIÇOS AULA 2 Prof. Marlon Gil 2 CONVERSA INICIAL Na continuação do entendimento da importância dos serviços na economia, nesta aula faremos inferências sobre como os serviços influenciaram as economias remotas e como têm atuado na atualidade, quais são seus expoentes e veremos também algumas das interpretações que alguns estudiosos fizeram ao longo do tempo. Portanto, nesta aula, nossa concentração será sobre o papel dos serviços na economia, com sua atuação no passado e nos dias atuais, com atenção aos seguintes temas: 1. Serviços nas economias antigas e atuais; 2. O mercado em busca dos serviços; 3. Serviços na economia brasileira; 4. Classificação de serviços; 5. Preocupações com o crescimento dos serviços. Ao final desta aula, o acadêmico deverá estar apto ao entendimento de que os serviços terão seu crescimento no mercado e também que o gestor deverá buscar sua profissionalização bem como o aperfeiçoamento de suas atividades. Por fim, deverá entender também que existem as atividades finais da empresa e as atividades de apoio aos processos. TEMA 1 – SERVIÇOS NAS ECONOMIAS ANTIGAS E ATUAIS 1.1 Por que estudar serviços? De acordo com Hoffman e Bateson (2008, p. 15), o ambiente global de negócios apresentou mudanças substanciais nos últimos 30 anos. Atualmente as indústrias cedem espaço para as empresas de serviços, o que significa uma grande demanda por profissionais nesse segmento. Os autores defendem que, em especial para o marketing de serviços, a necessidade de conhecimento nesse nicho de mercado ocorre pelos seguintes motivos: Crescimento de vagas no setor de serviços; Contribuições do setor de serviços para a economia mundial; Desregulamentação de muitas empresas de serviços; 3 Mudanças revolucionárias da filosofia gerencial de como as empresas de serviços devem organizar suas companhias. É sabido que a situação que nunca muda é na verdade a certeza de que a mudança sempre ocorrerá no cotidiano das pessoas, do mercado e das empresas. Adaptar-se às mudanças que se apresentam é questão primordial para a sobrevivência e o crescimento na cadeia evolutiva. Fora dessa adaptação, a estagnação e o desaparecimento são certezas nada agradáveis. Mas o lado bom é que mercados novos estão prontos para serem explorados. Nesse viés, surgem profissionais que se mantêm atentos e preparados para conquistá-los sem ter de enfrentar muita concorrência, pois o pioneirismo se reinventa no mercado. Em novas “terras empresariais”, aventuram-se amadores e profissionais, mas estes apresentam larga vantagem sobre aqueles. Capacitação é um grande recurso para qualquer profissional e no segmento de serviços não é diferente. 1.2 Serviços na economia antiga e na economia atual A história da civilização ocidental oferece diversas contribuições dos serviços nas atividades econômicas. A Grécia clássica tinha como atividade econômica a agricultura e nessa sociedade escravocrata, os serviços se faziam presentes na educação dos jovens, mas eram uma atividade econômica marginal. Na Idade Média, a Rota da Seda, que abrangia desde a Europa até a China, forneceu riquezas para cidades-Estado como Veneza, além de países como Portugal e Holanda, com serviços de transporte de especiarias e tecidos. A primeira Revolução Industrial diminuirá a importância dos serviços, sendo revista a sua importância no século XX até os dias atuais. (Gianesi; Corrêa, (2006, p. 23). Atualmente, países desenvolvidos têm demonstrado, por seus PIBs (Produto Interno Bruto), que a mão de obra tem contribuído de forma exponencial para a geração de riquezas com taxas de crescimento mais elevadas que os demais setores econômicos. As necessidades são identificadas pelos setores de marketing, que encontram nelas nichos de mercado em seu atendimento. Assim, o setor de marketing procura introduzir serviços que, em um primeiro momento, atenderão aos desejos dos consumidores, mas que, à proporção que são aperfeiçoados, 4 tornam-se necessidades para o mercado, muito bem aceitos pela sociedade e até exigidos por ela. Por exemplo, o uso de aparelhos celulares se iniciou como um desejo. O telefone móvel, no início, apresentou alguns serviços tímidos, como rádio, depois registro de fotos, conversas por mensagens de texto. No entanto esse passou a oferecer vários outros serviços pormeio de diversos aplicativos, que permitem que conversas possam ser realizadas em redes sociais, diversos serviços e operações bancárias, pesquisas de lojas, jogos e passatempos eletrônicos e demais funções. Em resumo, pode-se dizer que telefones fixos, relógios de pulso e máquinas fotográficas foram substituídos pela comodidade das operadoras, por meio do desejo em primeiro momento, mas que se transformaram em necessidade nos tempos atuais. TEMA 2 – O MERCADO EM BUSCA DE SERVIÇOS Gianesi e Corrêa (1995) apontam alguns aspectos que favorecem a busca de serviços pelo mercado: Consumidores com demandas mais elaboradas que buscam serviços que atendam a essa demanda; Busca por qualidade de vida e lazer; Identificação das mudanças demográficas, em que a quantidade de crianças e/ou idosos tem aumentado, concorrendo para consumo de maior variedade de serviços; População maior em ambiente urbano, sendo necessário maior uso de serviços; Aspectos socioeconômicos como o aumento da participação do segmento feminino no ambiente de trabalho remunerado e pressões sobre o tempo pessoal; Como citado acima, “mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das telecomunicações) que têm aumentado a qualidade dos serviços, ou ainda criado serviços completamente novos” (Gianesi; Corrêa, 1995). Corrêa e Caon (2012, p. 24) defendem que outras atividades de serviços exercem um papel importante no desempenho de demais setores da economia, 5 principalmente o industrial. Nesse viés, os autores mostram que esse papel pode ser mostrado em três categorias: 2.1 Papel de apoio à criação de diferencial competitivo As atividades de serviços prestados ao cliente (como projeto, crédito, distribuição e assistência técnica) pelas empresas de manufatura têm atuado no sentido de diferenciar o pacote produto/serviço que a empresa oferece ao mercado, gerando um diferencial competitivo em relação aos concorrentes; Os autores explicam que esses serviços oferecem a diferenciação sugerida, por meio dos aspectos adicionados ao valor ofertado ao mercado, como trabalho de pós-venda nas empresas montadoras de veículos. 2.2 Papel de suporte às atividades de manufatura Nesse aspecto, muitas das funções intrínsecas das empresas de manufaturasão, na verdade, operações de serviços (como recursos humanos, manutenção, processamento de dados, entre outros), as quais são fundamentais para o desempenho competitivo da empresa. Destacam-se as atividades de manutenção de máquinas e equipamentos em empresas de manufatura, serviços bancários de análise de crédito e demais formas de financiamentos, o planejamento estratégico do setor de gestão de pessoas em que cargos são criados de forma a atender às necessidades diretas da empresa. Nesse planejamento estratégico, o setor de pessoas não só cria e justifica o cargo, mas também promove o recrutamento interno ou externo para então seguir a seleção por meio de testes e entrevistas para saber como os candidatos podem ser aproveitados. Todos esses procedimentos apresentam custos elevados diretos e indiretos e precisam ser cuidadosamente planejados e operados para que a empresa possa agregar valores e evitar o desperdício de energia, tempo e recursos financeiros. São as chamadas “atividades-meio” da empresa, setores que fazem a empresa prosseguir. Cada vez mais, esses serviços necessitam de profissionalização para que ocorra a maximização de resultados. Não são raros os comportamentos dos consumidores que forçam a mudança no valor de custo, uma vez que o mercado externo utiliza critérios do consumidor para a determinação de preços. Nesse entendimento, a empresa pode não aumentar 6 o preço de seus produtos e serviços no mercado, mas poderá diminuir o custo interno da preparação desses produtos ou da prestação de serviço, garantindo, assim, ganhos competitivos nos processos internos. 2.3 Papel de geradores de lucro Neste aspecto, os autores citam que muitas empresas de manufatura usam atividades de serviços que se desenvolvem de forma a ultrapassar a função de apoio, tornando-se, dessa forma, “centros de lucro” dentro das empresas. É o caso de hospitais que tratam de situações cardiovasculares que oferecem academias para clientes cardiopatas. Ou ainda academias de ginástica em geral que oferecem venda de produtos de suplementação alimentar além de roupas e acessórios de treino. TEMA 3 – SERVIÇOS NA ECONOMIA BRASILEIRA 3.1 A importância dos serviços na economia brasileira Como descrito anteriormente, nos países desenvolvidos o setor de serviços conquistou posições destacadas em várias atividades da economia, sendo que a mão de obra na geração do produto interno bruto se torna um dos indicadores mais utilizados nessa conclusão. Corrêa e Caon (2012, p. 26) destacam que o Brasil segue as mesmas tendências econômicas dos países industrializados, pois, nos últimos tempos, o setor de serviços tem aumentado sua participação na economia brasileira Conforme Gianesi e Corrêa (2012), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE apurou que houve um crescimento no setor de serviços da economia brasileira. Hoje, chega a mais de 60% a população em idade ativa que está alocada ao setor de serviços. O setor chamado serviços envolve o comércio em geral, transportes, instituições financeiras, serviços de comunicações, administração pública. Também foram consideradas muitas empresas que oferecem seus produtos com quase nenhuma percepção de ganhos financeiros, mas que, por meio de fornecimento de serviços de manutenção, tornam seus clientes participantes de fluxo de geração de renda. Dessa forma, descrevem Corrêa e Caon (2012, p. 27) sobre o desenvolvimento de conceitos e técnicas de administração: 7 Parece evidente, portanto, a importância de se desenvolver conceitos e técnicas de administração para as operações de serviços, pelo menos com a mesma ênfase que tem sido dada à manufatura, para que não se corra o risco de ter a economia dominada por uma atividade pouco produtiva e vulnerável à competição internacional. 3.2 Empresas podem aprender umas com as outras Conforme descrevem Hoffman e Bateson (2008, p. 60), as empresas que empreenderam melhor e com sucesso fizeram avaliação sobre as melhores práticas que ocorrem no cenário mundial, deixando de se limitar a seus próprios cenários de atuação. Os autores descrevem ainda três lições corporativas, a saber: 1. Empresas podem aprender com empresas de setores diferentes, buscando as adaptações necessárias ao seu ramo de atuação; 2. Saber criar valor no melhoramento contínuo dos processos, em geral no melhoramento dos detalhes; 3. Observar as melhores práticas das demais empresas e fazer adoção destas para a melhoria da qualidade. Em geral, buscar exemplos de empresas de diferentes áreas de atuação que têm alcançado sucesso no mercado oferece aos gestores das empresas de serviço uma ferramenta valiosa para sua expansão empresarial e econômica. Normalmente, a ferramenta que auxilia essa prática é o benchmarking, cuja aplicação consiste na observação cuidadosa dos exemplos positivos e na criteriosa adaptação das práticas apuradas com a realidade das prestadoras de serviço, a fim de se obterem sucessos, no mínimo, similares. Saiba mais O que é benchmarking? Conforme Chiavenato (2003 p. 588), o benchmarking tem os seguintes aspectos: Surgiu em 1979 pela Xerox, como um “processo contínuo de avaliar produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e daquelas empresas que são reconhecidas como líderes empresariais”; Apresenta um processo contínuo e sistemático de pesquisa a fim de avaliar produtos, serviços, processos de trabalho de empresas ou organizações que 8 mostram as melhores práticas, com o propósito de aprimoramento organizacional. Proporciona comparações de processos e práticas administrativas entre empresas para identificar o “melhor do melhor” e alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva. Encoraja a busca de fatores-chave que influenciam a produtividade e a qualidade. Pode ser aplicada a qualquer função – como gestão de pessoas, vendas, produção, distribuição, engenharia etc. Busca o desenvolvimento de habilidades aos administradores para que possam visualizar no mercado as melhores práticas de gestão das empresas consideradas excelentes (benchmarks) em seus segmentos, comparar as mesmas práticas vigentes na empresa focalizada, avaliar a situação e identificar as oportunidades de mudanças dentro da organização. Portanto, a comparação com processos e procedimentos que fazem muitas empresas atingirem seu sucesso, deve ser avaliado e adaptado em empresas de serviço. Mesmo que as empresas avaliadas sejam de outro segmento. Esses procedimentos são muito estudados na gestão de empresas, empreendedorismo e marketing de empresas de serviços. TEMA 4 – CLASSIFICAÇÃO DE SERVIÇOS 4.1 Classificação de serviços e sua necessidade Classificar produtos auxilia as empresas a entenderem o comportamento de mercado quando este decide pelo tipo, forma e quantidade que querem realizar para aquisição. Lojas de varejo, shopping centers e demais lojas foram montados como reflexo dessa procura e atendimento. Da mesma forma, foram desenvolvidas classificações para oferecimento dos mais variados tipos de serviço. Alguns segmentos são muito próximos, como os caixas de banco e caixas de atendimento de companhias aéreas. Praticamente, a essência de serviços será a mesma, de forma que um segmento poderá buscar contribuições de atendimento com o outro, devido à semelhança do serviço. 9 As empresas precisam saber o segmento em que querem atuar para poder fazer a melhoria de seus serviços e, consequentemente, conquistar fatias mais robustas do mercado consumidor. Um docente precisa saber o segmento de serviços que escolhe para a excelência de seu trabalho. A decisão começa com critérios mais simples, como ser professor na área de saúde, ou ainda ser professor de humanas ou de ciências sociais aplicadas e assim por diante. Outras decisões exigirão critérios mais elaborados,como ser professor de idiomas, mas atuar apenas em determinado idioma, para um curso técnico ou preparatório de vestibular, ou ainda concurso público, ou como revisor de textos etc. Dessa forma, poderá preparar todos os esforços para o atendimento de determinado segmento de mercado e ajustar suas aulas conforme a demanda de seu público, com poucas arestas a corrigir acerca de sua tática e operação na prestação do serviço proposto. Outro exemplo é que, em determinados cursos, o docente se depara com a situação de oferecer a aula, fazer sua preparação, e os alunos oferecerem demandas que no início, tratam realmente de dúvidas sobre o ensino, mas que no decorrer exigem do profissional, serviços de consultoria e não aula proposta. Delimitação de público, mercado e serviço é facilitada com a classificação adequada dos serviços que se querem prestar. 4.1 Empresas de serviços – visão geral Hoffman e Bateson (2008, p. 65) discorrem que vários segmentos de serviços têm crescido em ritmo regular, de forma que quanto maior a mudança, maior também são os seus ganhos. Os segmentos que apresentam maior ganho e maiores mudanças têm sido os seguintes: 4.1.1 Serviços empresariais Os autores (Hoffman e Bateson, 2008) discorrem ainda que o maior ativo de maior despesa de uma organização são os funcionários. Por esse motivo, quando se trata de redução de despesas, muitos cortes de profissionais são perpetrados. É o chamado downsizing corporativo, que, por meio da diminuição do quadro de profissionais, torna a empresa mais competitiva 10 economicamente. Mas a maioria desses profissionais dispensados pelas empresas faz opção por segmentos de consultoria empresarial. Nesse viés, muitos clientes são as próprias empresas para as quais trabalhavam devido ao conhecimento da cultura e da própria atuação da empresa. Os serviços empresariais com maior proporção de crescimento são: Propaganda; Crédito e cobrança; Manutenção predial; Aluguel de equipamentos; Serviços de tecnologia da informação; Agências de detetives; Agências de segurança Serviços temporários. Esses profissionais tornam-se parceiros de empresas e oferecem serviços terceirizados, o que diminui e muito as despesas empresariais desses novos clientes, bem como oferece um nicho de mercado interessante para profissionais que optam por se recolocar no mercado e não esperar a recolocação por outra empresa. 4.1.2 Serviços de saúde Nesse segmento, Hoffman e Bateson (2008) relatam que esses serviços respondem por aproximadamente 66,67% ou dois terços de todas as empresas de serviços. A estrutura competitiva e as operações desse setor têm sofrido mudanças expressivas, por exemplo, hospitais independentes são absorvidos por sistemas hospitalares que aproveitam a economia de custo pela economia de escala. Também são formadas clínicas médicas em que despesas gerais são divididas por médicos que fazem opção por esse tipo de negócio, proporcionando maior autonomia a esses profissionais. Outros profissionais de medicina também têm feito opção por nichos de saúde como centros independentes de cirurgia ou centros de diagnósticos, que se tornam mais simples e vantajosos economicamente. Também ocorrem os serviços profissionais de médicos nas residências dos pacientes em decorrência do aumento dos planos de saúde com cobertura de assistência 11 domiciliar. Esse segmento tem experimentado aumento expressivo de demanda. Os serviços de saúde com maior proporção de crescimento têm sido os seguintes: Médicos e dentistas; Clinicas de enfermagem e assistência individual; Laboratórios médicos; Serviços de saúde domiciliares; Centros de diálise dos rins; Ambulatórios para atendimento de pacientes. 4.1.3 Serviços profissionais Seguindo a mesma ideia dos profissionais de saúde, outros serviços profissionais têm encontrado seus nichos de negócios mais atraentes. Advogados têm feito abertura de escritórios especializados, como cível, trabalhista, tributarista, entre outros. Da mesma forma, empresas especializadas de engenharia ou contadores que atuam para determinadas empresas e oferecem não só serviços contábeis, mas também apoio empresarial e financeiro. 4.1.4 Indústria da hospitalidade Esse segmento de prestação de serviço tem encontrado oportunidades devido ao aumento do padrão de vida de vários segmentos sociais, além de aumento da expectativa de vida, melhor cuidado com a saúde, entre outras variáveis não só de brasileiros, como também do público mundial. Dessa forma, a procura por serviços de hotelaria, turismo nacional e internacional, reuniões e convenções, assim como por serviços especializados em alimentação tem sido cada vez maior e com ótimas perspectivas. Essa tem sido considerada a maior indústria mundial além de maior geradora de postos de trabalho. 12 TEMA 5 – PREOCUPAÇÕES COM O CRESCIMENTO DOS SERVIÇOS 5.1 Indústria e serviço Hoffman e Bateson (2008, p. 84) explicam que o segmento de serviços tem crescido em grande velocidade e isso não tem agradado a muitos setores dos Estados Unidos. A preocupação é de que apenas o setor industrial é capaz de gerar riqueza verdadeira e que os demais setores seriam coadjuvantes dos resultados. Dessa forma, se o setor industrial for enfraquecido, o setor de serviços sofrerá aumento do número de profissionais, com pouca demanda para se atender, o que resultará em remunerações mais baixas e, em consequência, um padrão de vida mais baixo. Pensamento semelhante ocorreu quando a economia iniciou a mudança das atividades de agricultura para as atividades de manufatura. Em meados de 1850, 65% da população trabalhava na agricultura e vários especialistas mostravam preocupação em que a população deixasse o campo em busca de trabalho nas fábricas. Dessa forma, questionavam sobre quem faria o cultivo da terra para proporcionar alimentação. O quadro atual é de que 3% da população estadunidense permanece no campo e proporciona uma quantidade excessiva de alimento, obrigando o governo federal a apoiar preços e oferecer subsídios a fim de que as fazendas mantenham seu funcionamento. Dessa forma, os autores evidenciam que as mudanças sejam do campo para a fábrica nos tempos remotos, e da fábrica para o serviço nos tempos atuais, resultaram em crescimento econômico. A indústria e o serviço são setores interdependentes. 5.2 Dicotomização da riqueza Hoffman e Bateson (2008, p. 85) mostram que, nos últimos 15 anos, aproximadamente 60% da população sofreu um decréscimo de renda enquanto que entre a população mais abastada, cerca de 5% dos mais ricos tiveram aumento de renda de aproximadamente 50%, e ainda 1% do alto da lista dos mais ricos teve sua renda dobrada. Isso reforçou a fala de alguns especialistas de que muitos profissionais de serviços ganham baixos salários devido ao aumento expressivo de oferta em relação à demanda a ser atendida. 13 Porém verifica-se que muitos profissionais de serviços têm alcançado boas remunerações, devido ao aperfeiçoamento de suas habilidades e busca de conhecimentos especializados. Isso torna muito atraente a mão de obra desses profissionais para o mercado que a cada dia aumenta sua exigência. As melhores oportunidades de trabalho estadunidense são encontradas nos setores de finanças, seguros, gestão de propriedades e serviços profissionais que exigem maior nível de capacitação e conhecimento. A realidade é que profissionais de serviço que exercem as atividades principais são bem remunerados enquanto os profissionais de serviço que exercem as atividades de apoio são mal remunerados. Médicos e auxiliares administrativos ou ainda contadores e secretárias são alguns exemplos dessa situação. Ou seja, em reforço, quanto maior a capacitação de habilidades e o conhecimento dos profissionais, mais rápidopoderão alcançar melhores posições de trabalho e remuneração no segmento de serviços. 5.3 Fatores-chave para o sucesso no setor de serviços Hoffman e Bateson (2008, p. 86) falam que, ao estudar a abrangência e expansão do segmento de serviços, diretrizes de sucesso são mais fáceis de serem identificadas. Seguem algumas destas diretrizes: 5.3.1 Escolha de nichos específicos Concentração em lacunas do mercado e em clientes específicos favorece o sucesso das empresas. Outro elemento importante é a busca de locais em que determinados serviços têm demanda, mas quase nenhuma oferta além de crescimento do número de possíveis consumidores. 5.3.2 Entendimento da mudança da tecnologia A mudança tecnológica tem ocorrido com muita rapidez em vários setores e pode oferecer grande competitividade para empresas que entendem tecnologia como inovação e não um modismo ou mal necessário. A tecnologia como inovação oferece diminuição de custos no relacionamento das empresas com os clientes, como também melhor linha de comunicação seja para empresas no oferecimento de serviços como na busca dos clientes por atendimento de demandas específicas. 14 5.3.3 Saber enfrentar seus concorrentes É preciso haver especial atenção ao sistema de prestação de serviços ao cliente a fim de oferecer diferencial da concorrência. A identificação de que se devem vender comportamentos, estilos conforme o público escolhido fará com que a prestação de serviços seja sempre procurada. Por exemplo, profissionais que buscam refeições rápidas devido ao momento escasso que têm para satisfação dessa necessidade certamente serão clientes de um restaurante próximo ao local de trabalho, com preço acessível, e que ofereça cardápio variável na medida do possível. O restaurante vende a ideia da praticidade, com preço acessível, bem como momento de satisfação pela refeição. Pode ainda oferecer promoções para as empresas próximas com cardápios especiais para determinada empresa, elegendo um dia da semana como um prêmio ao grupo de funcionários que buscam suas refeições neste estabelecimento de serviços. 5.3.4 Estratégia de retenção do cliente Normalmente as empresas perdem aproximadamente 50% de seus clientes a cada 5 anos, e a grande maioria dessas empresas não consegue identificar o motivo dessa evasão. Um dos motivos pode ser a atenção voltada apenas para a busca de novos clientes e o esquecimento de se manter bom relacionamento com os clientes já existentes. A venda de serviços para público que já conhece a empresa é mais facilitada, além de que o cliente sempre busca a facilidade de soluções para suas demandas. Se a empresa que ele conhece pode oferecer soluções adequadas, certamente essa empresa terá vantagem competitiva com menor custo. Aspectos importantes podem ser considerados para essa estratégia: 1. Custos de para a retenção de clientes antigos são mais baixos que custos para novos clientes; 2. Clientes antigos têm o comportamento de adquirir serviços com maior frequência; 3. Clientes antigos conhecem melhor a empresa e seus procedimentos, o que facilita a aquisição de serviços; 15 4. A redução de aproximadamente 5% da evasão de clientes poderá aumentar em aproximadamente 50% os lucros da empresa, dependendo do seu segmento de serviço. FINALIZANDO Ao final desta aula, em função dos estudos feitos, o acadêmico possui condições de entender o crescimento dos serviços no mercado, bem como a influência deste nas atividades finais e intermediárias das empresas. Uma das principais atividades é a preparação e adequação ao mercado, com a identificação de nichos e atenção adequada aos clientes. 16 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CORRÊA, H. L.; CAON, M. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e satisfação dos clientes. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2012. GIANESI, I. G. N. CORRÊA, H. L. Gestão estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. _____. Gestão estratégica de operações de serviço. Correa, 1995. Disponível em: <http://www.correa.com.br/biblioteca/artigos/A03_Cladea_1995_Gestao_es trategica_de_operacoes.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2018. HOFFMAN, K. D.; BATESON, J. E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Cenage Learning, 2008. 1 Prof. Marlon Gil Lopes Processos e Produção de Serviços Aula 2 Conversa Inicial Serviços nas economias antigas e atuais Crescimento de vagas no setor de serviços Contribuições do setor de serviços para a economia mundial Motivos para estudar serviços Desregulamentação de muitas empresas de serviços Mudanças revolucionárias da filosofia gerencial de como as empresas de serviços devem organizar suas companhias Economia antiga e economia atual 2 Grécia Antiga: Agricultura Sociedade escravocrata Os jovens e a educação Idade Média: Rota da Seda Da Europa até a China p av ila /S h u tt er st oc k Primeira Revolução Industrial: serviços são “diminuídos” Início do século XX: serviços “retornam” Atualmente: Serviços são necessários Telefones celulares e seus serviços embutidos (aplicativos) O mercado em busca dos serviços 3 1) Demandas mais elaboradas 2) Qualidade de vida e lazer 3) Identificação das mudanças demográficas Aspectos que favorecem a busca 4) População maior em ambiente urbano 5) Aumento da participação do segmento 6) Mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das telecomunicações) Demais atividades de serviços Criação de diferencial competitivo Suporte à manufatura Geradores de lucro O mercado em busca dos serviços Serviços na economia brasileira O Brasil segue os demais países Muitos nichos de mercado identificados Gil C/Shutterstock 4 Aprendizado com as melhores práticas: Empresas de outros setores Melhorar processos Adotar as melhores práticas Serviços na economia brasileira Empresas com sucesso Entender suas práticas Adotar essas práticas com adaptações necessárias Benchmarking g ar ag es to ck /S h u tt er st oc k Classificação dos serviços Entender suas necessidades Nicho de negócios A rt h im ed es /S h u tt er st oc k 5 Serviços empresariais Serviços de saúde Empresas de serviços: visão geral intararit/Shutterstock Serviços profissionais Indústria da hospitalidade Preocupações com o crescimento dos serviços Migração do campo para a indústria Migração da indústria para os serviços Indústria e serviço 6 P h ay ab s/ S h u tt er st oc k Rico mais rico e pobre ainda mais pobre Melhor preparação gera melhor remuneração Dicotomia da riqueza p at h d oc /S h u tt er st oc k Nichos específicos Mudança de tecnologia Enfrentar concorrentes Retenção de clientes Sucesso em serviços takasu/Shutterstock Custos mais baixos Compras mais frequentes Conhecem a empresa Aumento dos lucros Retenção de clientes 7 SkyPics Studio/Shutterstock Finalizando Final da segunda aula. Com os estudos apresentados, você tem condições de compreender: O crescimento dos serviços A influência nas atividades principais e intermediárias A necessidade de identificar nichos A atenção adequada ao cliente Referências CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 8 CORRÊA, Henrique L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 2012. GIANESI, Irineu G. N.; CORRÊA, Henrique L. Gestão estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 2006. HOFFMAN, K. Douglas; BATESON, John E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. PROCESSO E PRODUÇÃO DE SERVIÇOS
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