Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
↳Tumores sólidos ou neoplasias solidas são identificados como de crescimento anormal de células em um tecido, com exceção do hematopoiético. A partir disso, esses tumores podem ser divididos em benignos e malignos, sendo classificados de acordo com o tecido de origem. ↳As neoplasias sólidas são restritas ao seu local de formação e as barreiras teciduais, formando massas tumorais, nos seus estágios iniciais. Entretanto, nos estágios mais avançados essas massas tumorais adquirem a capacidade de ser invasivas conseguindo romper as barreiras teciduais e se expandir para órgãos vizinhos e colonizar novos sítios. Além disso, esse conteúdo tumoral/ novas células se tornam mais heterogêneas, com mais mutações, se tornando mais agressivas. ↳As neoplasias surgidas de células mesenquimais sanguíneas, se originam na medula óssea ou em tecidos linfáticos. Essas células anômalas se infiltram a medula óssea, impedindo a produção das restantes células normais e invadem o sangue e outros órgãos, sendo chamadas de leucemias ou linfomas. Dessa forma, os tumores não sólidos/ neoplasias hematológicas (NH) são canceres resultantes do crescimento anormal de células hematopoiéticas, sendo classificados como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo (MM) e síndromes mielodisplásicas (SMD). As neoplasias originadas a partir de células da medula óssea são chamadas de neoplasias mieloides, sendo classificadas as leucemias mieloides aguda (LMA) e crônica (LMC) e as SMD. As neoplasias advindas do sistema linfático são denominadas neoplasias linfoides, sendo elas o linfoma de Hodgkin (LH), linfoma não-Hodgkin (LNH) e as leucemias linfocíticas aguda (LLA) e crônica (LLC), além do mieloma múltiplo (MM). Tumores Sólidos e não Sólidos Linhagem HematopoiéticaLinhagem Hematopoiética Introdução a Linhagem Hematopoiética ↳A hematopoiese (ou hemopoese) é processo pelo qual são formadas as células do sangue. Ela abrange todos os fenômenos relacionados com a origem, a multiplicação e a maturação de células primordiais ou precursoras das células sanguíneas. A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Essas três linhagens celulares, apesar de serem distintas umas das outras, são oriundas de uma célula-mãe única, denominada célula pluripotente, toipotente, stem–cell ou célula- tronco. Hematopoiese no período intra-uterino ↳As diferentes células maduras do sangue apresentam algumas características semelhantes, como a vida-média curta (horas a dias) e a origem comum a partir de Células-Tronco Hematopoéticas (CTHs) presentes na Medula Óssea (MO). Essas células caracterizam-se por serem as mais imaturas na hierarquia de diferenciação para células sanguíneas. As CTHs são aquelas capazes de dar origem às mais diversas linhagens hematopoéticas, como eritroides, mieloides e linfoides, além de apresentarem a capacidade dè reconstituir a hematopoese, no longo prazo e de forma completa, de um indivíduo (humano ou cobaia animal), após terapias supressoras como radioterapia ou quimioterapia. ↳Em humanos, a hematopoese inicia-se trinta dias após a formação do embrião. Nesta fase, chamada primitiva , as CTHs estão localizadas no saco vitelínico e são capazes de dar origem apenas a eritrócitos. A capacidade de gerar todas as linhagens hematopoéticas e de autorrenovação das CTHs (fase d efinitiva ou adulta ) emerge na quarta semana de gestação, quando o nicho hematopoético passa a localizar-se na mesoderme (mais especificamente, nas regiões da Aorta-Gônadas-Mesonefro (AGM). Ainda na vida intrauterina, a hematopoese migra da AGM para a placenta e fígado fetal em torno da quinta semana e, definitivamente, para a medula óssea na décima segunda semana de gestação. Hematopoiese no período extra-uterino ↳Após o nascimento, a MO é a única responsável pela produção de células hematopoéticas, salvo em alguns casos patológicos quando pode ocorrer m etaplasia — expansão de tecido hematopoético para regiões extramedulares, como baço e fígado. Nos primeiros anos da infância, a atividade hematopoética pode ser detectada em todos os ossos e em toda a medula óssea. Próximo da puberdade, há a substituição gradual da medula hematopoética ativa (chamada vermelha), por um tecido gorduroso (amarelo). Esse processo ocorre principalmente em ossos longos e inicia-se nas diáfases, restringindo gradualmente o tecido hematopoético ativo às epífises, além de ossos chatos como pélvis, crânio, vértebras, costelas e esterno. ↳A medula hemopoética no adulto (fase adulta) é confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do úmero (convergência troncular da hematopoiese). Mesmo nessas regiões, aproximadamente 50% da medula é composta de gordura. Após os 50 anos há a produção de medula cinza pela substituição do tecido adiposo medular pela proliferação de fibroblastos nos ossos longos (fase senil) Formação de células do Sangue ↳A medula é muito vascularizada e consiste em tecido conjuntivo contendo células livres, sendo, as mais primitivas chamadas de células -tronco–ou células matrizes que são precursoras de duas linhagens diferentes de células: a linhagem mielóide e a linhagem linfoide. • Linhagem mielóide- inclui eritrócitos, vários tipos de leucócitos e as plaquetas; • Linhagem linfóide- diferencia-se em linfócitos; As células tronco se diferenciam e originam as células do sangue através da diferenciação sanguínea. Nem todos os elementos figurados do sangue se constituem em células. ↳As hemácias ou eritrócitos, ou glóbulos vermelhos são as únicas células anucleadas, pois se originam de células embrionárias que perdem por expulsão o seu núcleo inteiramente. Possuem vida limitada, cerca de 100 dias e estão presentes em grande quantidade no sangue (3 a 4 milhões/ cm3 de sangue). São células indivisíveis e flexíveis que passam facilmente pelos capilares. Têm a responsabilidade de transportar o O2 e o CO2 através da corrente sanguinea. ↳ Possuem aspecto discóide com nítida depressão na região mediana. Esse aspecto das hemácias tão importante para execução do seu papel é devido à organização e a distribuição das moléculas de proteínas e da hemoglobina no seu interior. Devido à forma bicôncava das hemácias que a hemoglobina contida no seu interior se mantém homogeneamente distribuída nas proximidades da membrana plasmática, facilitando a hematose. A hemoglobina é um pigmento avermelhado encontrado no interior das hemácias, responsável por levar oxigênio aos tecidos e remover gás carbônico das células para ser eliminado. ↳Para uma produção normal de eritrócitos, a medula óssea requer ferro, vitamina B12, ácido fólico, vitamina B6(piridoxina) e outros fatores. A deficiência desses fatores durante a eritropoiese resulta na diminuição da produção de hemácias e consequentemente o surgimento das anemias. ↳As hemácias velhas são removidas do corpo particularmente pelo fígado e baço. A partir da hemoglobina liberada pelas hemácias velhas é produzido um pigmento chamado bilirrubina; esta é uma escória que é excretada na bile para ser liberada do organismo junto com as fezes. O ferro liberado da hemoglobina durante a formação da bilirrubina é carreada no plasma ligado a uma proteína e segue para medula óssea a fim de formar nova hemoglobina. ↳Os leucócitos ou glóbulos brancos são células nucleadas, incolores que desempenham mecanismo de defesa do organismo contra infecções. São células de vida curta, duram cerca de sete dias e estão presentes no sangue em uma quantidade menor que as hemácias, em torno de 5 a 9 mil leucócitos por milímetros de sangue. Cada pessoa possui um número de leucócitos específicos que permanece ao longo dos anos. Assim, uma diminuição na contagem dos leucócitos(leucopenia) ou um aumento na quantidade das células brancas(leucocitose) são o indicativo de algum problema pode estar acontecendo._ ↳Existem três grandes classes de leucócitos: 1. Granulócitos: Originam-se da linhagem mielóide e são células que possuem grânulos em seu citoplasma. Os granulócitos são de 3 tipos: neutrófilo, eosinófilo e basófilo.• Neutrófilo- são os leucócitos mais numerosos. Desempenham por fagocitose função essencial para luta contra invasões microbianas. • Eosinófilo- representam 2 a 4% do total de leucócitos e estão geralmente aumentados nos estados de intoxicação e presença de helmintos. • Basófilo- existem na proporção de 0 a 1% do total de leucócitos. Apresentam resposta imunitária com liberação de histamina e outros mediadores químicos vasoativos. 2. Linfócitos: Representam no sangue do adulto de 20 a 30% do total de leucócitos. Não possuem grânulos no seu citoplasma e são originários da linhagem linfoide da medula óssea. Os linfócitos são do tipo T e B. Os linfócitos do tipo B saem maduros da medula óssea, mas os linfócitos T precisam migrar para o timo para se tornarem maduros. • Linfócito T- responsável pela imunidade celular do tipo tardio. Ex: defesa contra vírus, fungos e micobactérias; • Linfócito B- responsável pela imunidade humoral, mediada por anticorpos(imunoglobulinas), contra reações de hipersensibilidade imediata. 3. Monócitos: representam de 4 a 8% do total de leucócitos e se desenvolvem nos tecidos linfoides e migram facilmente pela parede dos vasos e se transformam em células fagocitárias, passando a se chamar macrófagos. ↳As plaquetas ou trombócitos são fragmentos de células megacariócitos(células especiais nativas da medula óssea) e liberados na circulação. Possuem papel fundamental no controle do sangramento. Quando ocorre uma lesão as plaquetas se acumulam no local, promovendo a adesão plaquetária entre si e a formação de um trombo, fazendo o sangramento cessar temporariamente. ↳As plaquetas possuem um tempo de vida em torno de nove a dez dias e seu quantitativo normal no sangue de um indivíduo varia de 150 mil a 450 mil por mililitro cúbico de sangue. Observações ↳Estes três tipos de células formam os elementos figurados do sangue,entretanto, toda a parte líquida do sangue forma o plasma sanguíneo. Cerca de 90% do plasma é constituído de água e dissolvidas nesta, numerosas substâncias existentes no sangue, tais como: sódio, cloro, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e outros. Além das proteínas que também estão dissolvidas no plasma. Em cada litro de sangue há cerca de 60 a 80gr. de proteínas, principalmente, em maior quantidade, por albumina, e em menor proporção estão as globulinas, relacionadas com a produção de anticorpos, e o fibrinogênio, fundamental no processo de coagulação sanguínea. As proteínas controlam a viscosidade do sangue, a osmose e outros. Dissolvidos no plasma também encontramos: 02, CO2, uréia, ácido úrico, creatinina, glicose e gorduras. ↳A hemocitopoese depende de microambiente adequado e de fatores de crescimento fornecidos pelas células do estroma dos órgãos hemocitopoéticos. Esses fatores, denominados fatores de crescimento hemocitopoéticos, regulam a proliferação, a diferenciação e a apoptose de células imaturas, assim como a atividade funcional de células maduras. Dentre eles, encontram-se pelo menos 18 diferentes interleucinas (IL), diversas citocinas (p. ex., interferona) e fatores estimuladores de colônias (CSF, colony stimulating factors). Embora um fator de crescimento em particular possa mostrar especificidade para determinada linhagem, ele é geralmente capaz de influenciar outras linhagens também, atuando sinergicamente com outros fatores. Por exemplo, embora o fator estimulador de colônias granulocíticas (G-CSF) estimule a proliferação de progenitores de granulócitos, ele atua sinergicamente com a IL-3 para aumentar a formação de megacariócitos. ↳De maneira geral, os fatores de crescimento hemocitopoéticos podem ser divididos em fatores multipotentes, que atuam precocemente, e fatores que atuam tardiamente, mais específicos para cada linhagem. ↳Os diversos tipos de cânceres são classificados de acordo com o tipo de tecido onde eles surgem; os principais tipos se dividem em: Carcinomas (tecido epitelial), sarcomas (tecido conjuntivo), linfomas (tecido linfático), gliomas (células da glia do SNC) e as leucemias (órgãos hematopoiéticos). A classificação das leucemias é dependente de marcadores celulares presentes na membrana e no citoplasma de cada célula leucêmica. Desse modo, elas podem ser classificadas em Leucemias Agudas (LA) e Leucemias Crônicas (LC). ↳Dos cânceres do sangue, as leucemias são um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos e que produz os componentes do sangue: hemácias ou glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação de nosso organismo; leucócitos ou glóbulos brancos, que combatem as infecções; e as plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias.A leucemia acontece quando certos tipos de glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada.São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão divididas em dois grandes grupos: mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica.Elas também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas, ou crônicas, caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais. ↳As LA são neoplasias primárias da Medula Óssea (MO), acontece a substituição de células medulares e sanguíneas normais por células imaturas. Como as células leucêmicas tem capacidade proliferativa exarcebada, o seu número cresce rapidamente e a doença se agrava em um curto intervalo de tempo. Divide-se em Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e Leucemia Mieloide Aguda (LMA). ↳Já nas LC, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho das células normais. É uma doença que se agrava lentamente e quando surgem, os sintomas são brandos. São classificam em Leucemia Linfoide Crônica (LLC) e Leucemia Mieloide Crônica. ↳Resumindo:A leucemia é uma neoplasia maligna derivada das células hematopoiéticas. Esta doença inicia de uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade e essa sofre uma mutação genética e se transforma em uma célula anormal, que se multiplica rápido, com proliferação exacerbada, sofre pouco apoptose e não funciona de forma adequada. Dessa forma, essas células cancerosas vão substituir as células sanguíneas saudáveis. Entretanto, o local de produção das células sanguíneas é na medula óssea, por isso essa neoplasia começa neste e posteriormente invadem o sangue periférico, podendo atingir vários órgãos do paciente afetado. Principais Leucemias ↳As leucemias são conhecidas como tumores líquidos ou tumores não sólidos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer: “Leucemia é uma doença maligna dosglóbulos brancos, geralmente, d e origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.” Segundo esse mesmo Instituto as leucemias são divididas em 4 grupos principais: Leucemia mieloide crônica (LMC); Leucemia mieloide aguda (LMA); Leucemia linfocítica aguda (LLA); Leucemia linfocítica crônica (CLL). LeucemiaLeucemia Fisiopatologia Leucemia Mieloide Crônica Destaques A leucemia mieloide crônica é uma doença rara, com incidência estimada de 1 a 2 casos para cada 100 mil pessoas por ano, com mediana de idade ao diagnóstico de 55 anos. A doença é causada pela translocação recíproca t(9;22) (q34;q11.2) que resulta em um cromossomo 22 encurtado, chamado de cromossomo Philadelphia (Ph), que codifica a proteína citoplasmática de fusão BCR-ABL Existem três fases distintas da leucemia mieloide crônica: a fase crônica, a fase acelerada e a crise blástica. O imatinibe é o tratamento de primeira linha padrão para a leucemia mieloide crônica em fase crônica. Atualmente, com os excelentes resultados obtidos com os ITQ, o TCPH tem sido reservado como terapia de segunda ou terceira linha para pacientes bem selecionados.Fisiopatologia A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa crônica decorrente de mutação adquirida da célula progenitora hematopoética. Resumo:A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença caracterizada pela perda progressiva da diferenciação celular. Essa patologia está associada à anormalidade citogenética no cromossomo Philadelphia (Ph), que resulta em uma translocação recíproca entre os cromossomos 9-22, levando à formação de um novo gene, que é detectável por exames inespecíficos de rotina, como o hemograma e para diagnóstico confirmatório podese realizar citogenética, ensaio de reação em cadeia polimerase (PCR, sigla em inglês) ou o exame de hibridização in situ por fluorescência (FISH, sigla em inglês). A fusão desses genes codifica uma proteína que apresenta uma atividade tirosina-quinase elevada. Sabe-se que a LMC está associada à presença do cromossomo Ph. Embora ele seja observado em outras leucemias e até mesmo em condições neoplásicas não hematopoiéticas, ele é reconhecido como marcador da LMC. A translocação recíproca t(9;22)(q34;q11.2) resulta em um cromossomo 22 encurtado chamado de cromossomo Philadelphia (Ph) que codifica a proteína citoplasmática de fusão BCR-ABL. Essa proteína tem atividade tirosina-quinase constitucional que estimula a transformação hematopoética. Diferentes pontos de clivagem e processamentos de RNA mensageiro resultam em diferentes isoformas de BCR-ABL, associados a tipos específicos de leucemia. A isoforma predominante de BCR-ABL é uma proteína de 210 kDa, presente em mais de 90% dos pacientes com LMC13. O produto do gene BCR-ABL é uma versão anormal da tirosina- quinase ABL. Essa quinase regula alvos como o c-Myc, o Akt e o Jun, todos de grande importância para a proliferação e sobrevida das células normais. Entretanto, a hiperatividade da quinase BCR-ABL rompe esse equilíbrio e induz as células a se proliferarem e sobreviverem de modo descontrolado, levando o clone maligno a ter vantagem proliferativa sobre as células normais. Embora a doença seja relacionada à presença de uma única alteração genética, a progressão clínica apresenta-se heterogênea em várias fases da doença classificando-se em fase crônica (FC), fase acelerada (FA) e crise blástica (CB). Fase Crônica (FC): a FC, benigna, é caracterizada por marcada hiperplasia medular e capacidade de maturação das células mielóides, e tem suas manifestações no sangue periférico facilmente controladas pela terapia medicamentosa convencional.essa fase ocorre de forma assintomática e de curta duração, de 3 a 5 dias. Caso haja sintomas, como perda de peso, febre e palidez, eles estarão associados a anemia; Fase Acelerada ou de Transformação (FA): a LMC em FA é resistente à terapia medicamentosa, tendo por características a evolução clonal e, no sangue periférico, ≥ 15% de blastos, ≥ 30% de blastos e pró-mielócitos, ≥ 20% de basófilos e, não relacionado à quimioterapia, < 100.000 plaquetas/mm3. Nessa etapa observa-se, a presença de sintomas com duração de alguns meses; Fase Blástica ou Aguda (FB): a LMC em FB, também resistente à terapia convencional, é agressiva, com quadro clínico da leucemia aguda e permitindo ao doente uma sobrevida muito curta. Essa fase se caracteriza seja por ≥ 30% de blastos no sangue periférico ou na medula óssea, seja por infiltrado extramedular de células blásticas. Nota-se, nessa fase o comportamento de uma doença aguda e caso não haja o tratamento correto pode ser fatal, com o tempo de sobrevida de 3 a 6 meses. Epidemiologia A LMC é uma doença rara, com incidência estimada de 1 a 2 casos para cada 100 mil pessoas por ano. Existe discreto predomínio do sexo masculino (relação M:F de 1,4/1,3), e as mulheres parecem apresentar vantagem na sobrevida. Representa 15% das leucemias do adulto, ocorrendo em frequência semelhante no mundo todo. Pode acometer indivíduos de qualquer idade, com mediana ao diagnóstico de 55 anos. A incidência aumenta progressivamente com a idade, sendo que menos de 10% dos casos ocorrem antes dos 20 anos. Entretanto, na maioria dos estudos clínicos, a mediana de idade é mais baixa, mostrando que os pacientes mais idosos com LMC estão mal representados na maioria dos estudos de intervenção terapêutica. Diagnóstico Fases O diagnóstico de LMC é geralmente simples e objetivo. Na maioria dos casos, o diagnóstico é suspeitado por alterações características do hemograma como leucocitose com intensa granulocitose (neutrofilia) com desvio à esquerda da granulopoese. No diferencial dessas condições, devem sempre ser consideradas outras doenças mieloproliferativas como a mielofibrose em fase celular. A confirmação do diagnóstico deve ser realizada pela identificação do cromossomo Ph ou do transcrito BCR-ABL, podendo ser realizada tanto em material de sangue periférico como de medula óssea. Em cerca de 5% dos casos o Ph não pode ser detectado para o diagnóstico. É obrigatória a confirmação da presença do transcrito BCR-ABL por reação em cadeia da polimerase (polymerase chain reaction - PCR) ou hibridização fluorescente in situ (fluorescent in situ hybridisation - FISH). Em alguns pacientes exclusivamente com alterações características de outras doenças mieloproliferativas como trombocitose (trombocitemia essencial) ou eritrocitose (policitemia vera), é obrigatória a pesquisa do transcrito BCR-ABL, uma vez que a LMC pode apresentar-se inicialmente de modo incaracterístico, como outras doenças mieloproliferativas. E em alguns pacientes com alterações típicas de LMC, nem o Ph nem o transcrito BCR-ABL são identificados. Os pacientes são, então, classificados como LMC atípica, representando possivelmente outra entidade patológica. Leucemia Mieloide Aguda A leucemia mieloide aguda é a mais comum nos adultos e tem incidência estimada de 3 a 5 casos para 100 mil, mas esse número sobe para 12,2 entre os idosos. Estão relacionadas à leucemogênese: a exposição ambiental ou ocupacional a agentes carcinogênicos, tabagismo, benzeno, derivados de petróleo, radiação ionizante. O modelo patogênico atualmente aceito propõe que as mutações responsáveis pela transformação leucêmica e progressão da doença ocorram nas células-tronco primitivas multipotentes. Destaques A avaliação laboratorial inclui hemograma completo com análise diferencial dos leucócitos. A grande maioria dos pacientes apresenta citopenias ao diagnóstico e células blásticas no sangue periférico. Para o diagnóstico de leucemia mieloide aguda é necessária a presença de mais de 20% de blastos na medula, exceto para os casos com alterações cromossômicas recorrentes. O cariótipo com banda-G é um componente obrigatório, ao diagnóstico, na leucemia mieloide aguda. As anormalidades cromossômicas são encontradas em aproximadamente 55% dos pacientes e são relacionadas ao prognóstico da doença e ao planejamento terapêutico. A terapia pós-remissão baseia-se na estratificação de risco citogenético e molecular. Pacientes com cariótipo desfavorável e intermediário e idade <60 anos são candidatos a transplante alogênico de células precursoras hematopoéticas. A fisiopatologia da LMA envolve “N” fatores, sendo eles: fator genético, clonalidade e célula de origem, citogenética e biologia molecular e morfologia. A LMA possui oito subtipos que acabam facilitando o plano de tratamento quando identificadas (M0, M1, M2, M3, M4 e M4 eos, M5, M6, M7). Esses subtipos levam em conta ao desenvolvimento das células, por exemplo, M0 é a leucemia mieloblástica aguda indiferenciada já a M2 é a leucemia mieloblástica aguda com maturação, diferentemente a M5 é a leucemia monocítica aguda. A causa da leucemia mieloide aguda é uma série de aberrações genéticas adquiridas. A malignização costuma ocorrer nas células-tronco pluripotentes, embora, de vez em quando, ocorra na célula-tronco diferenciada com capacidade mais limitada de autorrenovação. Proliferação anormal, expansão clonal, diferenciação aberrante e diminuição da apoptose (morte celular programada) levam à substituição dos elementos sanguíneos normaispor células malignas. Leucemia mieloide aguda (LMA) é termo abrangente e que se refere a um grupo de neoplasias que se originam em células progenitoras hematopoéticas ou em células-tronco primitivas com potencial de multilinhagem. A LMA é doença clonal neoplásica heterogênea, caracterizada pela proliferação de precursores mieloides, resultando no seu acúmulo na medula óssea e no sangue periférico. As células doentes Leucemia Mieloide Aguda na LMA são capazes de se dividirem e proliferarem, mas não são capazes de se diferenciarem em células hematopoéticas maduras (neutrófilos). Clinico A apresentação clínica da LMA pode ser dividida em dois grandes grupos de síndromes: a síndrome da falência medular e a tumoral. Habitualmente os sintomas que precedem a LMA são de curta duração (semanas, raramente meses) e, muitas vezes, inespecíficos (fraqueza, astenia e perda ponderal). No que tange à síndrome da falência medular, o tecido hematopoético normal é rapidamente substituído por células blásticas leucêmicas, o que leva à redução dos constituintes normais do sangue (hemácias,leucócitos e plaquetas). A anemia por diminuição da produção de hemácias leva a sintomas constitucionais de palidez, astenia, escotomas, vertigem, dispneia. A redução dos leucócitos manifesta-se clinicamente por infecções, muitas vezes, sem foco definido. A redução das plaquetas cursa com manifestações clínicas de sangramentos cutâneo-mucosos, púrpuras, petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragias oculares e de sistema nervoso central (SNC). Pacientes com leucemia promielocítica aguda (LPA) costumam apresentar sangramentos e coagulopatia associada, a coagulação intravascular disseminada (CIVD). A síndrome tumoral é representada por infiltração de órgãos (em geral nas leucemias com componente monocítico), cursando com hipertrofia gengival, adenomegalias, hepato e/ou esplenomegalia, infiltração de pele e neuro-menínges (< 5% dos casos, meningite leucêmica e paralisia de pares cranianos). Nas situações de leucostase há elevação abrupta da leucometria (> 100 x 109/L) e são detectados infiltrados pulmonares, dispneia, sangramento pulmonar e de SNC, e cursam com alta mortalidade. O sarcoma mieloide (ou sarcoma granulocítico ou tumor mieloide extramedular) pode ocorrer em qualquer sítio fora da medula óssea, sendo mais frequente na pele, linfonodos, trato disgestivo, partes moles e testículos. Dor óssea é achado pouco comum, exceto nas leucemias agudas da infância. Fisiopatologia Epidemiologia A LMA é a leucemia mais comum nos adultos (80% das leucemias) e tem incidência estimada de 3 a 5 casos para 100 mil habitantes por ano, mas esse número sobe para 12,2 entre os idosos. De fato, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, a idade média de apresentação da LMA é em torno dos 65 anos. Os pacientes do sexo masculino são mais frequentemente acometidos pela doença quando comparados ao sexo feminino, na razão de cinco homens para cada três mulheres. Entretanto, não se sabe a razão da maior incidência entre os homens. A LMA acomete todos os grupos étnicos, embora seja ligeiramente mais frequente nos caucasianos do que nos negros e nos pacientes de origem hispânica, e menos frequente em descendentes de índios norte- americanos e asiáticos. No Brasil, dados do Ministério da Saúde demonstram que as leucemias (agudas e crônicas) ocupam o 8º lugar entre as neoplasias malignas mais prevalentes e foram estimados cerca de 3.300 casos novos para o ano de 20103. .A leucemia linfoide crônica é responsável por cerca de um quarto dos novos casos de leucemia. O risco de uma pessoa desenvolver leucemia linfoide crônica é de 0,57%. Esse risco é um pouco maior em homens do que em mulheres.A leucemia linfoide crônica afeta principalmente adultos mais velhos. A idade média no momento do diagnóstico é de 70 anos. Raramente é diagnosticada em pessoas com menos de 40 anos e é extremamente rara em crianças. Fisiopatologia Leucemia Linfócitica Crônica Destaques A LLC se da por conta de um erro genético se desenvolvendo de forma desordenada e parando de realizar suas funções. Essa se da o crescimento desordenado de linfócitos B porem não impede a produção de células normais. Portanto a LLC é uma doença adquirida e não hereditária, atingindo em sua maioria pessoas acima de 50 anos. As anomalias mais conhecidas são: deleção de 17p, deleção de 11p, trissomia do cromossomo 12 e deleção de 13q sendo essa a mais comum. Na leucemia linfocítica crônica, os linfócitos B CD5+ sofrem transformação maligna. Os linfócitos B são continuamente ativados pela aquisição de mutações que levam à linfocitose de linfócitos B monoclonais (LBM). Acúmulo adicional de anomalias genéticas e subsequente transformação oncogênica dos linfócitos B monoclonais levam à LLC. Os linfócitos inicialmente se acumulam na medula óssea e então se disseminam para os linfonodos e outros tecidos linfoides, com o tempo induzindo à esplenomegalia, hepatomegalia e sintomas sistêmicos como fadiga, febre, sudorese noturna, saciedade precoce e perda ponderal não intencional.Com o progresso da doença, a hematopoese anormal resulta em anemia, neutropenia, trombocitopenia e diminuição da produção de imunoglobulina. A hipogamaglobulinemia pode se desenvolver em até dois terços dos pacientes, aumentando o risco de complicações infecciosas. Os pacientes têm maior suscetibilidade a anemias hemolíticas autoimunes (com um teste de antiglobulina direto positivo) e trombocitopenia autoimune. Dados americanos mostram que no período de 2002-2006 a incidência foi de 4,1 casos por 100 mil pessoas/ano, com mediana de idade ao diagnóstico de 72 anos. Os subtipos de leucemia linfoide crônica (LLC), com ou sem mutação dos genes da IGVH, possuem comportamento biológico distinto. Cerca de 25% dos pacientes com diagnóstico de LLC são assintomáticos, e são encaminhados para o hematologista após detecção de linfocitose em hemograma de rotina. As manifestações autoimunes são complicações frequentes em LLC. Ocorrem em 10-25% dos casos e,usualmente, são dirigidas contra células do sistema hematopoiético. Na prática clínica, pacientes assintomáticos em estádio Rai “0” e Binet “A” devem ser apenas observados, a menos que se tornem sintomáticos ou evidenciem progressão de doença. Epidemiologia O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 5.920 casos novos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres Manifestações Clínicas Os sintomas da leucemia linfoide crônica aparecem gradualmente e podem incluir:Sensação de fraqueza.Sensação de cansaço.Perda de peso.Febre.Sudorese noturna.Aumento dos linfonodos.Sensação de saciedade.A maioria dos sinais e sintomas da leucemia linfoide crônica ocorre porque as células leucêmicas substituem as células normais produzidas pela medula óssea. Como resultado, as pessoas não produzem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas suficientes:Anemia. A falta de glóbulos vermelhos pode causar cansaço, fraqueza e falta de ar.Leucopenia. A falta de glóbulos brancos normais aumenta o risco de infecções.Trombocitopenia. A falta de plaquetas pode levar a sangramento nas gengivas e hemorragias nasais frequentes. Os pacientes com leucemia linfocítica crônica têm um risco aumentado de desenvolver infecções, devido ao funcionamento inadequado do sistema imunológico. A leucemia linfoide crônica é um câncer dos linfócitos B, que normalmente produzem os anticorpos que ajudam a combater as infecções. A leucemia linfoide crônica também pode afetar o sistema imunológico de outras maneiras. Em algumas pessoas as células do sistema imunológico produzem anticorpos que atacam as células sanguíneas normais, o que é conhecido como autoimunidade, que pode levar à baixa importante do número de células sanguíneas.Os sinais e sintomas descritos podem ser causados também por outras doenças, dessa maneiraé importante sempre consultar um médico se apresentar qualquer sintoma, para que a causa seja diagnosticada e tratada. Leucemia Linfócitica Aguda Esse tipo de leucemia deriva da multiplicação desordenada das células linfoides imaturas (linfoblastos). Essas células estão comumente presentes na medula óssea, no timo e nos gânglios linfáticos. O linfoblasto, em condições normais, sofre processo de multiplicação e amadurecimento diferenciando-se progressivamente até o estágio de linfócito maduro. A perda dessa capacidade de diferenciação e maturação associada a uma multiplicação desordenada (em ordem geométrica) faz com que essas células imaturas não só se acumulem na medula óssea, diminuindo drasticamente a hematopoiese normal, como migrem e invadam outros órgãos: linfonodos, baço, rins, sistema nervoso central, gônadas etc. Fisiopatologia Com a invasão dessas células não existe mais a formação normal das células brancas (série granulocítica) e vermelhas (série eritrocítica) como também das plaquetas (série megacariocítica). Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula óssea, assim como em outros órgãos: sistema nervoso central e testículo, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo urgência no tratamento logo após o seu diagnóstico RESUMINDO: Em uma medula saudável, as células-tronco tornam- se maduras e adultas por meio do processo chamado “diferenciação”. Na leucemia linfoide aguda (LLA) surge um linfócito imaturo e danificado na medula óssea, devido a um erro em seu material genético (DNA). Esses erros genéticos podem dar origem a uma célula blástica leucêmica (linfoblasto ou blasto leucêmico) que fica parada nos primeiros estágios do desenvolvimento celular. A célula blástica imatura não amadurece e não se transforma em uma célula sanguínea funcional.Os erros genéticos fazem com que a célula mutante cresça e se divida continuamente, ao passo que uma célula saudável, cessa de se dividir e acaba morrendo. Cada linfoblasto que surge, depois do aparecimento da leucemia, tem o DNA mutante e se multiplica incontrolavelmente. Os blastos leucêmicos rapidamente se acumulam na medula óssea, suprimindo o desenvolvimento de células sanguíneas normais e saudáveis. Como resultado, há um acúmulo de linfoblastos que não funcionam e poucas células sanguíneas maduras. Epidemiologia A LLA incide na população numa frequência de 1:25.000 indivíduos do grupo etário de 0 a 14 anos. O risco de uma criança desenvolver leucemia nos primeiros 10 anos de vida é de 1: 2.880 No mundo são diagnosticados a cada ano cerca de 75.000 novos casos de LLA em crianças. Nos Estados Unidos, a cada ano são diagnosticados aproximadamente2. 500 a 3.000 crianças com LLA, com incidência de 3 a 4 casos para 100.000 crianças brancas e incide principalmente na faixa etária de 2 a 5 anos. O Brasil apresenta estatística semelhante á dos Estados Unidos. Na América do Norte, Austrália e Oceania a LLA representa em torno de75 a 80% dos casos de leucemias na infância. . Na África as leucemias linfóides agudas, LLA, ocorrem predominantes na Argélia 37% e no Zimbábue, 21%. Nos demais países as leucemias são em torno de0 a 15% das neoplasias malignas pediátricas Na Costa Rica, 42% no Equador 45%%, Hong Kong 41% e nas Filipinas 48% Na Nigéria a LLA corresponde 4,5% dos cânceres em crianças Os sintomas da LLA podem ser agudos ou lentamente progressivos. Resultam de uma insuficiência da medula óssea pela invasão medular por linfoblastos ou do envolvimento extra- medular pela invasão linfoblástica em outros órgãos. Os sintomas mais comuns são: febre, dores ósseas, anemia, sangramento, adinamia e infecções Achados físicos consistem principalmente de: palidez, petéquias equimoses, sangramento das membranas mucosas e viscero-megalias. Pode haver ainda envolvimento do sistema nervoso central logo ao diagnóstico. Os lactentes apresentam quadro clínico mais grave e pior resposta ao tratamento Quadro Clínico Exames Utilizados para Diagnóstico das Leucemias Leucemia Mieloide Crônica Como muitas pessoas com LMC não apresentam sintomas, o diagnóstico da Leucemia Mieloide Crônica muitas vezes acontece apenas quando, em exames de rotina, um número muito alto de glóbulos brancos são detectados no sangue.O diagnóstico definitivo da LMC inclui estudos nas células do sangue e da medula óssea. O hematologista e o patologista são os médicos especialistas capacitados para identificar doenças, estudando as células do sangue e da medula óssea com um microscópio. Hemograma Completo O Hemograma completo com contagem diferencial é usado para medir o número de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas em uma amostra de sangue. Também mede a quantidade de hemoglobina dentro das células vermelhas e a porcentagem de glóbulos vermelhos na amostra. O hemograma completo deve incluir a contagem diferencial dos diferentes tipos de glóbulos brancos. Pessoas com LMC costumam ter: -Aumento na contagem dos glóbulos brancos, muitas vezes a níveis muito altos -Redução na contagem dos glóbulos vermelhos -Possível redução ou aumento no número de plaquetas, dependendo da gravidade da LMC Exame PCR é o teste mais sensível para detectar e medir a quantidade de genes BCR-ABL na amostra de sangue ou de medula óssea. Pode detectar quantidades muito pequenas do gene BCR-ABL, mesmo quando o cromossomo Ph não pode ser detectado pelo teste de citogenética. O nível de sensibilidade deste exame é alto, uma vez que pode detectar uma célula de LMC em uma quantidade de 100.000 a 1.000.000 de células normais. A contagem das células do sangue, exames de medula óssea, FISH e PCR exame também podem ser usados para medir como a pessoa está reagindo ao tratamento depois que ele já tiver começado. É recomendado fazer o exame de sangue PCR a cada 3 meses durante os primeiros 2 anos de tratamento. Depois de 2 anos, se o paciente estiver reagindo bem, o teste deve ser feito a cada 6 meses. FISH é um exame laboratorial usado para examinar genes e cromossomos nas células. O FISH é um método mais sensível para detectar o cromossomo Ph do que testes normais de citogenética e pode identificar a presença do gene BCR-ABL No caso da LMC, o FISH usa sondas de cor que se ligam a segmentos específicos do DNA dos genes BCR e ABL nos cromossomos. Os genes BCR e ABL são marcados com diferentes substâncias químicas, cada uma das quais libera uma cor diferente, permitindo sua identificação. A cor aparece no cromossomo que contém o gene, isto é, no cromossomo 9 para ABL e no cromossomo 22 para BCR e, portanto, pode detectar o pedaço do cromossomo 9 que se moveu para o cromossomo 22 nas células de LMC. A fusão do gene BCR-ABL é mostrada pela sobreposição de cores nas duas sondas. A figura abaixo mostra o momento em que o Gene BCR-ABL está sendo identificado nas células, usando o FISH. Análise da mutação do gene BCR-ABL Esses exames são usados para examinar as células da medula óssea em busca de anormalidades. Normalmente a coleta dos dois exames é feita ao mesmo tempo. O hematologista faz uma anestesia local no osso do quadril do paciente para que ele não sinta dor. Para fazer a aspiração da medula óssea (mielograma), uma agulha oca é inserida no osso do quadril até a medula óssea e coleta-se uma amostra de sangue com as células. Para a biópsia da medula óssea, uma agulha mais larga é usada para remover um pequeno pedaço de osso que contenha medula óssea. Ambas as amostras são examinadas em um microscópio para procurar células doentes. Análise Citogenética Citogenética é o estudo dos cromossomos e suas possíveis anormalidades. Amostras da medula óssea são examinados em um microscópio para encontrar mutações cromossômicas como as do cromossomo Philadelphia (Ph). A presença do cromossomo Ph na medula óssea, juntamente com o aumento da contagem dos glóbulos brancos e outros achados característicosdo hemograma e da medula óssea confirmam o diagnóstico de LMC. Como já comentado, uma pequena porcentagem das pessoas que tem LMC não apresentam o cromossomo Ph detectável por citogenética, mas quase sempre eles têm um teste positivo para a fusão do gene BCR-ABL no cromossomo 22 por meio de outros tipos de exames. Algumas vezes, ocorrem mutações no gene BCR-ABL que produz a proteína BCR-ABL. Essas mutações alteram a forma da proteína BCR-ABL, podendo afetar como os inibidores de tirosina quinase ligam-se à proteína BCR-ABL para bloquear os sinais de crescimento.A análise da mutação genética BCR-ABL é um teste que procura por mutações nesse gene que podem fazer com que certos inibidores de tirosina quinase parem de funcionar. Deve ser feito quando: -Resposta inadequada a terapia inicial com inibidores de tirosina quinaseFalha em cumprir a meta do tratamento -Perda de resposta hematológica, citogenética, aumento de 1 log nos níveis de BCR-ABL ou a perda da resposta molecular maior -Progressão para a fase acelerada ou blástica -Uma análise de mutação não precisa ser feita em pacientes que estejam trocando de medicamento devido a efeitos colaterais. Esfregaço Periférico As células do sangue são colocadas em uma lâmina, tingidas e examinadas com um microscópio. Este exame mostra: -O número, tamanho, forma e tipo das células sanguíneas - A forma específica dos glóbulos brancos -A proporção de células imaturas (blastos) comparadas com a proporção de células amadurecendo e glóbulos brancos totalmente maduros. Os blastos não devem estar presentes no sangue de pessoas saudáveis. Aspirado e Biópsia da Medula Óssea Exame Fish (HIBRIDIZAÇÃO IN SITU FLUORESCENTE) PCR – Reação em Cadeia Da Polimerase Quantitativa É um tipo de exame de sangue que identifica o tipo HLA de uma pessoa. Os antígenos leucocitários são proteínas encontradas na superfície da maior parte das células. Elas têm um importante papel imune, ajudando o corpo a distinguir suas próprias células das células doadas. O exame de HLA não faz parte do diagnóstico da leucemia, mas é necessário para identificar um doador compatível, caso o transplante alogênico de medula óssea seja indicado. Os achados para o sangue e medula óssea são usados para um diagnóstico mais preciso. Amostras de sangue são geralmente tiradas de uma veia no braço do paciente. Já na aspiração da medula, uma agulha é inserida no quadril, até a medula, para aspirar um líquido com amostras de células. No laboratório, o médico irá examinar todo este material O diagnóstico da Leucemia Mieloide Aguda, geralmente requere a identificação de 20% ou mais de blastos no sangue periférico e/ou medula óssea. A LMA não é uma doença única, e sim um conjunto de doenças que são caracterizadas por muitos cromossomos e genes anormais. A LMA é dividida em subtipos, que serão baseados nos resultados do laboratório. Amostra de Sangue e Medula Óssea Tipo HLA ImunofenotipagemLeucemia Mieloide Aguda Leucemia Mieloide Aguda Hemograma Completo, Com Diferencial Este exame é usado para mensurar o número de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas nas amostras de sangue. Ele também mostra a quantidade de hemoglobina nas células vermelhas e a porcentagem destas células nas amostras. Este exame deve incluir um diferencial: os diversos tipos de células brancas. Pessoas com LMA podem apresentar: -Baixo número de células vermelhas -Baixo número de plaquetas -Um número elevado de glóbulos brancos (muitos imaturos que não são encontrados normalmente no sangue periférico) -Blastos, que são células doentes e aparecem em pacientes com leucemias Estes achados podem sugerir leucemia, mas normalmente o diagnóstico só será confirmado com outros exames complementares. Mielograma É um exame onde o médico analisará tamanho, formato, tipo e fará contagem dessas células. Quando a porcentagem de blastos (célula imatura e doente) é igual ou maior a 20%, temos o diagnóstico de leucemia aguda.SangramentosOutros sintomas comunsPerda de apetitePerda de peso sem motivo aparenteBaço e fígado aumentados É um exame é usado para classificar as células conforme o tipo de antígeno em sua superfície. As células da leucemia podem ter diferentes antígenos em sua superfície que irão depender de sua linhagem, ou seja, se são mieloide ou linfoide, e também de seu estágio de desenvolvimento. Existem certos antígenos mais associados às células da LMA, como a CD13, CD14, CD33 ou CD34. Este exame é realizado ao diagnóstico e também é usado para analisar a doença residual mínima. Análise Citogenética Um microscópio é utilizado para examinar os cromossomos dentro das células. Para as pessoas com LMA, este exame é capaz de de identificar mudanças anormais nos cromossomos das células doentes. As células humanas normais contêm 23 pares de cromossomos, e cada um deles tem um certo tamanho, formato e estrutura. Em alguns casos de LMA, os cromossomos de células doentes têm alterações que podem ser vistas pelo microscópio, como as translocações cromossômicas, por exemplo. O teste de citogenética é feito como uma amostra de sangue periférico ou sangue de medula óssea.Tais informações podem ajudar a prever como a doença irá responder ao tratamento. Por exemplo, uma translocação entre os cromossomos 15 e 17 está associada com o diagnóstico da leucemia promielocítica aguda (LPA), um subtipo da LMA que é tratado de maneira diferente dos outros tipos e tem um melhor prognóstico. Exame Fish Este é um exame bastante sensível, usado para procurar genes ou cromossomos em células e tecidos. Nos casos de LMA, os médicos usam o FISH para detectar certas anormalidades nos cromossomos e genes das células doentes. Teste Molecular As mutações genéticas têm mostrado um importante papel para o prognóstico da LMA. O teste molecular não substituí o exame de citogenética, mas juntos conseguem definir o prognóstico e quais as melhores opções de tratamento. Leucemia Linfoide Crônica Teste de Sangue Também chamado de hemograma, este é o primeiro a ser pedido. Com a LLC presente, já será possível notar importantes alterações na contagem das células sanguíneas. Mielograma e Biópsia da Medula Solicita-se o mielograma para avaliação da porcentagem de linfócitos na medula óssea. No mielograma é coletada uma pequena quantidade de sangue da medula óssea, por meio de uma agulha especial. Na presença de dúvida diagnóstica, solicita-se o exame de biópsia de medula óssea e imuno histoquímica. Na biópsia de medula óssea, por meio de uma agulha é retirado um pequeno fragmento da região do osso da bacia. É um tipo de exame de sangue que identifica o tipo HLA de uma pessoa. Os antígenos leucocitários são proteínas encontradas na superfície da maior parte das células. Elas têm um importante papel imune, ajudando o corpo a distinguir suas próprias células das células doadas. O exame de HLA não faz parte do diagnóstico da leucemia, mas é necessário para identificar um doador compatível, caso o transplante alogênico de medula óssea seja indicado. O FISH (hibridização por fluorescência in situ) também é utilizado no diagnóstico. Coleta-se uma amostra da medula óssea ou do sangue periférico (se tiver mais de 20% de células doentes no sangue) e por meio dele podemos detectar alterações que o exame de cariótipo não visualizou.Por meio das alterações encontradas na imunofenotipagem e cariótipo/FISH analisaremos a presença de prognóstico favorável ou não. Este exame deve vir seguido do hemograma. A imunofenotipagem de sangue periférico é o exame essencial para diagnóstico de leucemia linfocítica crônica. O cariótipo coletado juntamente com o mielograma analisa as células de maneira bem específica, auxiliando na escolha de uma terapêutica mais dirigida. Imunofenotipagem e Citogenética Imunofenotipagem Biópsia de Gânglio O paciente pode apresentar aumento dos gânglios linfáticos (carocinhos detectados mais facilmente na região da virilha, pescoço e axilas) e na dúvida diagnóstica o médico poderá solicitar biópsia deste gânglio. Mielograma É um exame onde o médicoanalisará tamanho, formato, tipo e fará contagem dessas células. Quando a porcentagem de blastos (célula imatura e doente) é igual ou maior a 20%, temos o diagnóstico de leucemia aguda.SangramentosOutros sintomas comunsPerda de apetitePerda de peso sem motivo aparenteBaço e fígado aumentados É um exame é usado para classificar as células conforme o tipo de antígeno em sua superfície. As células da leucemia podem ter diferentes antígenos em sua superfície que irão depender de sua linhagem, ou seja, se são mieloide ou linfoide, e também de seu estágio de desenvolvimento. Existem certos antígenos mais associados às células da LMA, como a CD13, CD14, CD33 ou CD34. Este exame é realizado ao diagnóstico e também é usado para analisar a doença residual mínima. Análise Citogenética Um microscópio é utilizado para examinar os cromossomos dentro das células. Para as pessoas com LMA, este exame é capaz de de identificar mudanças anormais nos cromossomos das células doentes. As células humanas normais contêm 23 pares de cromossomos, e cada um deles tem um certo tamanho, formato e estrutura. Em alguns casos de LMA, os cromossomos de células doentes têm alterações que podem ser vistas pelo microscópio, como as translocações cromossômicas, por exemplo. O teste de citogenética é feito como uma amostra de sangue periférico ou sangue de medula óssea.Tais informações podem ajudar a prever como a doença irá responder ao tratamento. Por exemplo, uma translocação entre os cromossomos 15 e 17 está associada com o diagnóstico da leucemia promielocítica aguda (LPA), um subtipo da LMA que é tratado de maneira diferente dos outros tipos e tem um melhor prognóstico. Exame Fish Este é um exame bastante sensível, usado para procurar genes ou cromossomos em células e tecidos. Nos casos de LMA, os médicos usam o FISH para detectar certas anormalidades nos cromossomos e genes das células doentes. Teste Molecular As mutações genéticas têm mostrado um importante papel para o prognóstico da LMA. O teste molecular não substituí o exame de citogenética, mas juntos conseguem definir o prognóstico e quais as melhores opções de tratamento. Leucemia Linfoide Aguda Teste de Sangue Também chamado de hemograma, este é o primeiro a ser pedido. Com a LLC presente, já será possível notar importantes alterações na contagem das células sanguíneas. Mielograma e Biópsia da Medula Solicita-se o mielograma para avaliação da porcentagem de linfócitos na medula óssea. No mielograma é coletada uma pequena quantidade de sangue da medula óssea, por meio de uma agulha especial. Na presença de dúvida diagnóstica, solicita-se o exame de biópsia de medula óssea e imuno histoquímica. Na biópsia de medula óssea, por meio de uma agulha é retirado um pequeno fragmento da região do osso da bacia. Fish
Compartilhar