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Helmintos do sistema digestório

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M.A.D 2
Helmintos do sistema digestório 
Conceitos 
• Geofagia = comer terra 
Ascaris lumbricoides 
Características 
- É anaeróbia facultativa
- Os ovos e larvas fazem metabolismo em 
aerobiose
- Os vermes adultos fazem metabolismo em 
anaerobiose (devido á escassez de O2 no 
intestino delgado) 
- É um nematelminto (helminto com corpo 
cilíndrico) 
Morfologia do ovo 
- Cor castanha / Oval
- Faz adesão à superfície, propiciando sua 
disseminação
- Não são removidos com facilidade (são 
resistentes a maioria dos desinfetantes e 
antiparasitários)
- Viabilidade: 1 ano, em média
Morfologia da larva 
- Sofre mudas (amadurecimento) progredindo 
de larva L1 -> L2 -> L3 -> L4 -> L5
- L3 = larva infectante (filarióide) presente 
dentro do ovo (não perde a cutícula, não se 
alimenta, reduz seu metabolismo e aguarda 
a oportunidade e entrar em contato com seu 
hospedeiro)
- Possui cutícula (proteção contra agentes 
externos, serve como exoesqueleto para a 
ação muscular)
- São submetidas a 4 mudas/ecdises (em cada 
muda a cutícula que reveste a superfície do 
corpo despende-se e é substituída por 
outra) 
Verme adulto 
- É longo, cilíndrico e com extremidade 
afilada, coloração leitosa
- Há dimorfismo sexual
- Fêmea é maior e mais robusta
- Macho possui enrolamento na extremidade 
com espículas
- Longevidade = 1 a 2 anos
- Lábios com dentículos
- O tamanho pode variar de acordo com a 
carga parasitária e estado nutricional do 
hospedeiro
M.A.D 2
- Local de reprodução = intestino delgado 
(jejuno e íleo) 
- Localização ectópica = deslocamento do 
verme adulto, do intestino delgado, para 
outras regiões, como ductos colédoco e 
pancreático, boca, narinas, apêndice 
Fatores de virulência 
- Enzimas (para digestão de proteínas, lipídeos 
e carboidratos do alimentos semidigeridos)
- Atividade contínua (movem-se contra o 
peristaltismo)
- Lábios com dentículos (para fixação à 
mucosa intestinal)
Resposta imune
- É mais alérgica do que protetora
- Reação de hipersensibilidade do tipo I (com 
altas concentrações de IgE, desgranulação 
de mastócitos, urticária, problemas 
respiratórios)
- Há presença de eosinófilos no sangue e 
tecidos
- Há presença de neutrófilos
- Resposta imune adaptativa celular Th2, 
principalmente
Manifestações clinicas 
- Ação espoliativa = consumo de nutrientes
- Ação tóxica = reação entre antígenos 
parasitários e IgE (edema, urticária e 
convulsões)
- Ação mecânica = irritação na parede 
intestinal
- Pano = manchas circulantes no rosto, tronco 
e braços 
Ascaridíase (lombriga) 
- Patógeno = ascaris lumbricoides e ascaris 
suum (parasito do porco) 
- Forma ativa no homem = verme adulto
- Forma infectante ao homem = ovo com larva 
L3
- Forma diagnostica e forma de resistência = 
ovo 
- Classificação do parasito = monoxeno
- Classificação do hospedeiro = homem 
(definitivo) 
Transmissão 
- Consumo de frutas, hortaliças e água 
contaminados com ovos embrionados (ovo 
com larva L3)
- Contato fecal-oral (ex: mãos contaminadas 
com ovos com a larva L3 são levadas até a 
boca)
- Papel dos vetores mecânicos (moscas, 
baratas)
Ciclo biológico 
1- Ovos não embrionados são eliminados, 
através da fezes, no meio ambiente 
2- Amadurecimento da larva dentro do ovo 
fértil (L1 evolui para L2), mediante condições 
favoráveis de temperatura, umidade e oxigênio
3- Amadurecimento da larva dentro do ovo 
fértil (L2 evolui para L3 filarióide, forma 
infectante)
4- Ingestão de ovos com a larva L3 
(transmissão oral-fecal) 
5- Rompimento dos ovos no intestino delgado e 
liberação das larvas L3
6- Larvas L3 invadem parede intestinal e 
atingem vasos linfáticos, veia mesentéria 
M.A.D 2
superior, fígado, coração e pulmão (no pulmão 
L3-L4 e nos alvéolos L4-L5)
7- Migração L5 para brônquio, traqueia, 
laringe e faringe
8- Expulsão da larva por expectoração ou 
deglutição da mesma
9- L5 deglutida atinge o intestino delgado e 
evolui para forma adulta (macho ou fêmea), 
copulam e fazem a oviposição
10- Os ovos, ainda não embrionados são 
eliminados pelas fezes
Manifestações clinicas 
- Síndrome de loeffler decorrente da 
passagem das larvas pelos pulmões (febre, 
tosse produtiva , dispneia, pneumonia 
eosinofílica, eosinofilia no hemograma, 
pneumonite difusa)
- Manchas circulares no rosto, tronco e braços 
- Asma e urticária 
- Edemaciação dos alvéolos ou ruptura 
- Pontos hemorrágicos nos pulmões 
Diagnóstico 
- Clínico = inconclusivo
- Parasitológico/complementar = pesquisa de 
ovos nas fezes (exame direto). Encontrados 
com 40 dias após contaminação
- Eliminação diária de ovos
Tratamento 
- Uso de medicamentos como Albendazol, 
Mebendazol, Ivermectina, Levamisol, 
Pirantel que agem nos vermes adultos (não 
agem em larvas) e poucos tem ação ovicida 
(apenas o tiabendazol)
- Em caso de obstrução intestinal é feito uso 
de piperazina (paralisa os vermes adultos)/
laparotomia
- Atenção à alimentação (organismo debilitado)
- Sonda nasogástrica
Profilaxia 
- Educação sanitária
- Saneamento Básico
- Tratamento do indivíduo infectado
- Proteção e higienização dos alimentos
- Higienização das mãos
- Tomar água potável
Enterobius vermiculares
Características 
- É um nematelminto (helminto com corpo 
cilíndrico)
- Morfologias = ovo, larvas (L1, L2, L3, L4 e 
L5) e vermes adultos macho e fêmea 
- A infectividade rápida de ovos e sua 
presença em poeira permitem a 
disseminação rápida da doença nos membros 
da família do indivíduo infectado e em 
ambientes coletivos fechados, onde possuem 
indivíduos com Enterobiose
M.A.D 2
Fatores de virulência 
- Enzimas (para digestão de proteínas, lipídeos 
e carboidratos do alimentos semidigeridos)
- Atividade contínua (movem-se contra o 
peristaltismo)
- Lábios com dentículos (para fixação à 
mucosa intestinal)
Resposta imune 
- Resposta imune significativa contra estágios 
larvários no intestino (MUDAS) = resposta 
inflamatória no intestino 
- Movimentação da fêmea para o reto -> 
liberação de enzimas -> eclosão dos ovos 
->↑proteínas antigênicas -> inflamação local 
-> ativação de mastócitos -> prurido anal 
(coceira) e eritema
- Componentes imunológicos = neutrófilo, 
eosinófilo significativo no sangue e tecido, 
mastócito, IgA, IgE e secreção de muco
- Reação de hipersensibilidade tipo I
Enterobiose/lagartinha 
- Patógeno = enterobius vermiculares 
- Forma ativa do homem = verme adulto 
- Forma infectante ao homem = ovo contendo 
a larva 
- Forma diagnóstica e de resistência = ovo 
- Classificação do parasito = monoxeno
- Classificação do hospedeiro = homem 
(definitivo) 
Transmissão 
- Heteroinfecção = os ovos presentes na 
poeira ou alimentos são eliminados por um 
determinado hospedeiro e atingem um novo 
hospedeiro
- Retroinfecção = na região perianal as larvas 
são liberadas dos ovos -> penetram no ânus 
-> migram para o ceco e transformam-se em 
vermes adultos
- Autoinfecção externa direta = os ovos 
presentes na região perianal são levados à 
boca do mesmo indivíduo, através de suas 
mãos não higienizadas devidamente
- Autoinfecção externa indireta = os ovos 
presentes na poeira ou alimentos atingem o 
mesmo hospedeiro que os eliminou
- Autoinfecção interna = ainda no reto, as 
larvas são liberadas dos ovos -> migram até 
o ceco e transformam-se em vermes adultos 
(processo raro)
Ciclo biológico 
1- O ser humano elimina através das fezes, os 
ovos para o meio ambiente, que se tornam 
infectantes rapidamente
2- Os ovos infectantes, por via oral atingem o 
ser humano, podendo ser o mesmo indivíduo ou 
indivíduos diferentes
3- No intestino delgado (duodeno), as larvas 
são liberadas dos ovos e continuam seu 
desenvolvimento nas regiões do jejuno e íleo
4- No intestino grosso (ceco), as larvas se 
desenvolvem em vermes adultos machos e 
fêmeas, que realizam fecundação e 
permanecem no cólon
5- Em torno de 5 semanas após a transmissão, 
as fêmeas migram para a região perianal 
geralmente à noite e liberam ovos ( a maioria 
ficam retidos na região perianal e outros são 
misturados nas fezes)M.A.D 2
Manifestações clinicas 
. Infecções de baixa intensidade
- É assintomática, não há nenhuma alteração
. Infecções intensas
- Há presença de sintomas como náuseas, 
vômitos, cólica, tenesmo, prurido anal 
característico (exacerba à noite devido ao 
calor do local onde o parasita se movimenta), 
perturbação do sono, nervosismo e 
irritabilidade.
. Infecções mais intensas com ↑ parasitas
- Sintomas como colite crônica, produção de 
fezes diarreicas, perda de apetite e 
emagrecimento
* Nas mulheres a presença do verme na região 
genital feminina (erotismo) resulta em 
sintomas como prurido vulvar, vaginites e 
ovarite
* O ato de coçar lesiona mais a pele e 
promove rompimento da fêmea grávida e 
liberação dos ovos
Diagnóstico 
- Clínico = inconclusivo, a presença de prurido 
anal noturno resulta em suspeita clínica
- Complementar = pesquisa de ovos e fêmeas 
adultas nas fezes e método do swab anal ou 
fita gomada (é o método mais eficiente, os 
ovos se encontram aderidos á região 
perianal)
Tratamento 
- Uso de medicamentos anti-helmínticos como 
Albendazol, Mebendazol, Pirantel 
- É necessário repetir dose)
Profilaxia 
- Higienização das mãos e alimentos crus
- Corte das unhas
- Tratamento do indivíduo infectado e membros 
da família
- Não sacudir roupas de cama, lavar roupas 
de cama em água fervente e limpar a casa 
com aspirador de pó ou pano úmido (não 
varrer)
- Educação em saúde

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