Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Higiene, Vigilância Sanitária e controle e qualidade Higiene: consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os seres humanos. → Em seu sentido mais comum, pode-se dizer que significa limpeza acompanhada do asseio. → Em sentido mais amplo, compreende todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças e manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo. Tipos de higiene: • Higiene coletiva • Higiene pessoal • Higiene dos alimentos • Higiene do ambiente • Higiene mental • Higiene espiritual Segurança Alimentar X Segurança dos alimentos Segurança: visa à sobrevivência digna do ser humano Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança - Declaração Universal de Direitos Humanos CF/88, art. 5°: garante a todos os cidadãos o direito à segurança Segurança alimentar: o termo “ segurança alimentar”: final da Primeira Guerra Munidal – preocupação de que um pais pudesse dominar outro, caso tivesse controle sobre fornecimento de alimentos. Até meados dos anos 1990, a “segurança alimentar! Se relacionava a aspectos de disponibilidade, acesso e estabilidade. “Realização do direito ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural, e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis” (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em agosto de 2008). Segurança dos alimentos: termo usado para se referir à pratica de medidas que permitam o controle de agentes que representam qualquer risco à saúde ou integridade física do consumidor Permeia todas as etapas da cadeia produtiva, desde o campo até o consumo; Conceito compatível com o PAS/OPAS e ANVISA Segurança alimentar e nutricional: → Soberania alimentar → Disponibilidade e abastecimento de alimentos → Direito humano à alimentação → Consumo de alimentos: • Consumo alimentar da população brasileira • Aproveitamento dos alimentos Julyana Van-Derlinden Fares| @juvanderlindenutri – Estudante de Nutrição → Alimentos seguros • Proteção ao consumidor • Código de defesa do consumidor Higiene X segurança Higiene: Prevenção e Segurança Regras de Ouro da OMS: 1. Adquirir protudos de bom procedimento 2. Cozinhas bem os alimentos – atentar se o interior dos alimentos está cozido 3. Comer imediatamente alimentos cozidos 4. Armazenar alimentos cozidos não consumidos – os alimentos devem ser mantidos a temperaturas acima de 70°C ou abaixo de 10° 5. Reaquecer bem os alimentos – acima dos 70°C 6. Evitar contato entre alimentos crus e cozidos 7. Lavar as mãos constantemente 8. Manter limpas as superfícies da cozinha 9. Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais 10. Utilizar água potável HIGIENE DOS ALIMENTOS A NÍVEL ENTERNACIONAL Codex alimentar aborda: • higiene de alimentos • aditivos alimentares • resíduos de pesticidas • contaminantes • rotulagem e apresentação • métodos de análise Vigilância Sanitária: Art. 6°, parag. 1° da Lei 8.080/90: Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.” RISCO: “É a medida da probabilidade e da severidade de efeitos adversos”. ( Corway, 1982 .) “É a possibilidade de ocorrência de um evento indesejável que diz respeito ao contexto social, bem como elementos históricos, culturais, econômicas, políticos e ambientais”. ( De Kadt e Tasca, 1993 ) RISCO ≠ PERIGO RISCO ≠ PERIGO Probabilidade de ocorrência de dano, combinada à gravidade desse dano como consequência da ação de um perigo FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http%3A%2F%2Fwww.anvisa.gov.br%2Fhotsite%2Fcinco_pontos%2Findex.htm&psig=AFQjCNE3SeeR9QDWLo4iv5H15axPXjNKWw&ust=1456185306004570 ANÁLISE DE RISCO AVALIAÇÃO DO RISCO CAMPOS DE ATUAÇÃO DA ANVISA: Proteção do ambiente e defesa do desenvolvimento sustentável; Saneamento Básico; Ambiente e processos de trabalho e saúde do trabalhador; Alimentos, água e bebidas para o consumo humano; Medicamento, equipamentos e insumos de interesse para a saúde; Produção, transporte, guarda e utilização de outros bens, substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; Serviços de assistência à saúde; Radiação de qualquer natureza; Sangue e hemoderivados; Portos, aeroportos e fronteiras VISA DE PRODUTOS RELACIONADOS À SAÚDE: Indústria de alimentos Indústria de saneantes Indústria de cosméticos Indústria de produtos p/ saúde Indústria de medicamentos Farmácia comercial Farmácia com manipulação Distribuidoras Transportadoras Comércio VISA DE SERVIÇOS RELACIONADOS À SAÚDE: Hospitais Serviços de Hemoterapia Quimioterapia Bancos de Olhos, Medula ou Leite Humano Serviços de Terapia Renal Substitutivo Lavanderias Hospitalares Casas de Repouso, Idosos e Asilos Laboratórios de Análises Clínicas Unidades Odontológicas Clínicas de Fisioterapia Óticas Unidades de transporte de pacientes Academias AVALIAÇÃO DO RISCO GERENCIAMENTO DO RISCO COMUNICAÇÃO DO RISCO VIGILÂNCIA SANITÁRIA AGRAVOS E PROBLEMAS AÇÕES DE CONTROLE RISCO Institutos de beleza Lavanderias Públicas INSPEÇÃO SANITARIA: ➢ Identifica riscos; ➢ Verifica BPF – aplica check list; ➢ Concede prazos para a adoção de medidas corretivas; ➢ Procede reinspeção para monitorar o risco; ➢ Desenvolve ações de intervenção; ➢ Inicia processo administrativo. ATUAÇÃO DA VISA: PROCESSO ADMINISTRATIVO Laudo de inspeção → auto de infração → 15 dias para defesa → parecer do supervisor da vida → aplicação de penalidades. Vigilância Sanitária: → Legislação → Inspeção sanitária → Poder de polícia VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ALIMENTOS → ALIMENTOS → MAPA| MS| ANVISA → EMPRESA → BPF | POP | APPCC → PRODUTOS → AVISA| MS – REGISTRO DO PRODUTO – PRODUTOS DISPENSADOS DE REGISTRO ATENDIMENTO A LEGISLAÇÃO LAUDO DE INSPEÇÃO LIBERAÇÃO DO ALVARÁ SANITÁRIO NÃO ATENDIMENT O À LAUDO DE INSPEÇÃO COM AS NÃO- CONFORMIDADES REINSPEÇÃO NÃO ATENDIMENTO PROCESSO ADMINISTRAT ATENDIMENTO LIBERAÇÃO DO ALVARÁ SANITÁRIO LAUDO DE INSPEÇÃO AUTO DE INFRAÇÃO 15 DIAS PARA DEFESA PARECER DO SUPERVISOR DA VISA APLICAÇÃO DE PENALIDADES ASSESSORIA JURÍDICA DA SESA LEI FEDERAL 6.437/77 LEI ESTADUAL 10.760/82 REGULARIZAÇÃO DO PRODUTO: ANVISA → ação desconcentrada • Registro de alimentos – Nacionais e Importaos • Dispensa da Obrigatoriedade de Registro Resolução RDC n° 23/2000 ANVISA/ MS Resolução RDC n° 22/2000 ANVISA/ MS ALIMENTOS COM REGISTRO OBRIGATÓRIO • adoçantes • água mineral • água natural • águas purificadas adicionadas de sais • alimentos adicionados de nutrientes essenciais • alimentos c/ alegações de propriedades funcionais e ou de saúde • alimentos infantis • alimentos para controle de peso • alimentos para dietas com restrição de nutrientes ALIMENTOS DISPENSADOS DA OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO • açúcares • alimentos e bebidas com informaçã0 nutricional complementar • alimentos congelados • amidos e féculas • aditivos aromatizantes/aromas • balas, bombons e similares • biscoitos • cafés • cereaise derivados • chás ROTULAGEM DE ALIMENTOS Resolução RDC nº 259/2002 – ANVISA/MS Informações Obrigatórias Resolução RDC nº 360/2003 – ANVISA/MS Rotulagem Nutricional DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ASPECTOS GERAIS Doenças transmitidas por alimentos: é uma síndrome que pode causar anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, atribuída a ingestão de alimentos ou água contaminadas. Sintomas: digestivo ou afecções extra intestinais, em diferentes órgãos e sistemas como meninges, rins, sistema nervoso central, terminações nervosas periféricas dentre outros. informação nutricional ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DTA´s FATORES QUE CONTRIBEUM PARA A EMERGÊNCIA DAS DTA´s → Crescente aumento das populações; → Existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; → Processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala; → Deficiente controle dos órgãos públicos e privados no tocante a qualidade dos alimentos ofertados as populações; → Maior exposição das populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo – fast- foods/ food truck; → O consumo de alimentos em vias públicas; → Utilização de novas modalidades de produção; → Mudanças de hábitos alimentares; → Globalização e as facilidades atuais de deslocamento da população, inclusive no internacional. QUANDO UMA DTA OCORRE: O patógeno deve estar em quantidade suficiente para causar uma infecção ou para produzir toxinas; O alimento deve ser capaz de sustentar o crescimento dos patógenos; Os alimentos devem permanecer na zona de perigo de temperatura por tempo suficiente para que o organismo se multiplique e/ou produza toxina; Deve-se ingerir uma quantidade suficiente do alimento de modo a ultrapassar o limiar de susceptibilidade do indivíduo que ingere o alimento. DTA HIGIENE TÉCNICA TEMPERATURA TEMPO - Ambiental (vetores e pragas) - Alimentos - Mãos - Utensílios - Equipamentos - Adequação do cardápio - Pré-preparo - Preparo final - Temperatura e tempo - Refrigeração - Manipulação - Cocção - Distribuição - Armazenamento - Manipulação pré- preparo - Manipulação preparo - Distribuição Distribuição Geográfica UNIVERSAL INCIDÊNCIA • Educação • Condições socioeconômicas • Saneamento • Fatores ambientais e culturais • Outros • Morbidade • Mortalidade • Letalidade • Modo de transmissão • Modo de contaminação • Período de incubação • Suscetibilidade e resistência Microrganismo patogênicos: → Alimentos favoráveis: • Sobrevivência | cocção inadequada • Multiplicação o Fatores intrínsecos o Fatores extrínsecos → Indivíduos susceptíveis ASPECTOS CLÍNICOS E ETIOLÓGICOS DAS DTA´s → Infecções: causadas pela ingestão de micro- organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como diarreias frequentes, mas não volumosas, contendo sangue e pus, dores abdominais intensas, febre e desidratação leve, sugerindo infecção do intestino grosso. → Agentes etiológicos: Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni. Agentes virais, protozoários e helmintos. → Toxinfecções – são causadas por micro- organismos toxigênicos, cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise no trato intestinal. As toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino, provocando diarreias intensas, sem sangue ou leucócitos, febre discreta ou ausente, desidratação. → Agentes etiológicos: Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica). → Intoxicações –provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento. Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando as diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS ALIMENTOS FAVORÁVEIS INDIVÍDUOS SUSCEPTÍVEIS SOBREVIVÊNCIA COCÇÃO INADEQUADA FATORES EXTRÍNSECOS FATORES INTRÍNSECOS MULTIPLICAÇÃO → Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética – toxina cereulide) e Clostridium botulinum. → Intoxicações não bacterianas –Intoxicações por metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres, plantas e animais tóxicos (Ex.: moluscos, peixes). CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS DTA´s MAIS FREQUENTES FONTE: Soares, Pereira e Barroso. UECE Obs: não se aplicam a todas as DTA´S MECANISMOS DE PATOGENICIDADE E VIRULÊNCIA → PATOGENICIDADE: capacidade que um agente infeccioso tem de provocar sintomas, de maior ou menor proporção, em homens e animais. → VIRULÊNCIA: grau de patogenicidade de um determinado gênero ou espécie. → FATORES RELACIONADOS A VIRULÊNCIA: o - Microrganismos o - Hospedeiro o - Interação entre microrganismos e hospedeiro. VARIÁVIES DO HOSPEDEIRO • Idade • Estado de saúde geral • Uso de medicamento • Desordens metabólicas • Alcoolismo, cirrose • Quantidade de alimentos ingerido • Variação da acidez gástrica – uso de antiácidos • Distúrbios genéticos • Estado nutricional • Histórico cirúrgico MECANISMO DE DEFESA DO INDIVÍDUO → Microbiota intestinal → Presença de fagócitos (mecanismos microbicidas) → Mediadores: anticorpos (imunoglobulinas) ANÁLISE DE RISCO SURTOS DE DTA´s Surto de DTA: ocorrência de dois ou mais casos de uma manifestação clínica semelhante, relacionados entre si no tempo e espaço, e AVALIAÇÃO DO RISCO GERENCIAME NTO DO RISCO COMUNICAÇÃO DO RISCO caracterizados pela exposição comum a um alimento suspeito de conter microrganismos patogênicos, toxinas ou produtos químicos. O QUE FAVORECE OS SURTOS DE DTA • Origem do Alimento • Descongelamento de Alimentos • Manipulação e Processamento • Cocção • Manipulação pós-cocção • Conservação pelo calor • Resfriamento • Reaquecimento • Aspectos ligados à Higiene INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA A investigação objetiva identificar: → O alimento responsável; → O agente etiológico envolvido; → Os fatores determinantes; → Quadro clínico predominantes METODOLOGIA PARA INVESTIGAÇÃO DO SURTO DE DTA Quatro fases: 1ª - Conhecimento da ocorrência; 2ª - Investigação de campo; 3ª - Processamento e análise de dados; 4ª - Acompanhamento.
Compartilhar