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Alterações enzimáticas · Enzimas: ↪ Reações ao longo do processamento/ armazenamento ↪ Perda de qualidade do produto final ↪ Rejeição pelo consumidor Fatores que influenciam a atividade enzimática: · Efeito do pH: As diferentes formas de ionização dos AA interferem: ↪ na conformação da enzima ↪ na ligação E+S ↪ na capacidade da enzima de realizar a reação · Efeito da temperatura Quando passa da T ótima, ocorre a destruição térmica, podendo até ocorrer a desnaturação proteica. · Ativadores de enzima COFATORES ↙ ↘ COENZIMAS ATIVADORES Coenzimas: outras proteínas que são necessárias para que essa reação ocorra. Inibição irreversível: Inibição reversível: Principais classes de enzimas: 1.Oxiredutases: realizam reações de oxi-redução 2. Transferases: transferem grupos químicos de uma substância para outra. 3. Hidrolases: realizam reações de hidrólise 4. Liases: quebram ligações químicas gerando uma dupla ligação em um dos compostos 5. Isomerases: transformam um isômero em outro 6. Ligases: formam ligações químicas com auxílio da lise de ATP. 7. Translocases: transporta íons e moléculas através de membranas. Alterações Bioquímicas na Qualidade dos Alimentos: Alterações da Cor – Escurecimento Enzimático ↪ Polifenol Oxidase Alterações de Aroma ↪ Rancidez Hidrolítica (Lipase) ↪ Rancidez Oxidativa (Lipoxigenase) • Alterações de Textura/Turbidez ↪ Pectinases 1. Alteração da cor – Escurecimento Enzimático: • surgimento de cor escura em certos vegetais, fungos e crustáceos quando seus tecidos são cortados e expostos ao ar. • Pigmentos escuros → rejeição do consumidor • Formação de odores indesejados (“off-flavor”) e perda nutricional – principalmente por destruição de aminoácidos (tirosina, por ex.). Polifenol oxidase: Formação de pigmentos em 3 Etapas 1. Rompimento dos tecidos → encontro enzima + substratos (fenólicos + O2) 2. Etapa Bioquímica PFO – oxidação de fenóis a quinonas 3. Etapa Química – quinonas (incolores) → formação de Melaninas (escuras) • Polifenol oxidases são enzimas de baixa especificidade: catequinas, ácido clorogênico, ácido caféico, tirosina, antocianinas. • Dependem apenas do contato com o oxigênio molecular. Formas de evitar o escurecimento enzimático: • Por tratamento térmico (ou branqueamento): ↳ pH ácido → reduz tempo/temperatura – Desvantagens: • Pode alterar o sabor de produtos vegetais (sabor de cozido); • Permite que as reações aconteçam até que a temperatura acabe por desnaturar a enzima. O escurecimento causado neste período é irreversível. – Usos • Produtos que sofrerão outros tratamentos – enlatados; secos, etc. • Por acidificação do meio: polifenol oxidases são inativadas em valores de pH inferiores a 4,0. • Para garantia da eficiência do método, a acidificação deve ser rápida após descascamento/corte. Este método depende de dois fatores: – o produto deve ser compatível com a acidez desejada (sabor);. – o produto deve ser de um tamanho tal que o acidulante seja capaz de penetrar até o centro. • Por adição de inibidores químicos: ↪Sulfitos: – Atuam no sítio ativo de polifenol oxidases, inibindo sua ação; – Reagem com quinonas impedindo que elas polimerizam; – São de baixo custo; – Apresentam atividade anti-microbiana. • Ácidos orgânicos: os mais aplicados são o cítrico, o ascórbico e o málico. – Atuam como inibidores enzimáticos e contribuem para o abaixamento do pH do meio. ↪ O ácido ascórbico: • Capaz de se oxidar, reduzindo orto-quinonas de volta a difenóis. • Apresenta alto custo • Sua forma oxidada pode se degradar gerando escurecimento não enzimático no produto. • Sais: polifenol oxidases são inibidas na presença de halogenetos. – NaCl – ZiCl2 e CaCl2 com ácido ascórbico • Agentes redutores: substâncias que reagem preferencialmente com as quinonas gerando compostos incolores. – Produtos aplicados: • cisteína, • N-acetil-cisteína • Glutationa reduzida • Uso é limitado pelo alto custo. 2. Alterações do aroma • Rancidez Hidrolítica – Formação de odor desagradável – Produtos ricos em lipídeos – Liberação de ác. graxos voláteis (quanto menor, mais volátil ele é) • Óleos e gorduras – contaminação microbiana • Leite e laticínios – enzima nativa • Esterases que atuam sobre substratos insolúveis em água • Produzidas por animais, vegetais e microrganismos Rancidez oxidativa: • Odor característico de ranço • Oxidação de ác. graxos insaturados • Formação de hidroperóxidos • Decomposição e liberação de produtos voláteis • processo de oxidação de ácidos graxos que leva à formação de hidroperóxidos. • Pode ser iniciado pela ação de lipoxigenases. • Lipoxigenases são específicas para ácidos graxos com ao menos dupla insaturação e que apresentam um grupo metileno no carbono 8 (ác. linoléico, linolênico). Quanto mais ácidos graxos livres presentes no azeite, maior é sua acidez e de pior qualidade ele é. • Soja, milho, trigo e ervilha: formação de odor desagradável e destruição de vitaminas lipossolúveis e de ácidos graxos essenciais. • Lipoxigenase: – não é afetada pela presença de anti-oxidantes – enzimas termolábeis (branqueamento). 3. Alterações na textura • Amolecimento excessivo • Perda da textura desejável • Fim da vida-de-prateleira - Frutas e vegetais in natura • Separação de fases em sucos • Enzimas Pectinolíticas – Pectina Metilesterase (PME), Poligalacturonase (PG) e Pectina-Liase (PL) •Pectinases: Pectina Metilesterase, Poligalacturonase, Pectina Liase • Em Frutas e Hortaliças in natura – Amolecimento • Amadurecimento → Perda de vida-de-prateleira • Espécie/variedade – produção de etileno – atmosfera de armazenamento • Em sucos e néctares – Remoção de turbidez – Formação de precipitado Pectinases: • Enzimas Termolábeis – Inativadas por tratamento térmico (Branqueamento) • Aplicação da enzima na Indústria de Alimentos – Extração de sucos – aumento rendimento – Redução de viscosidade – concentração – Filtração – vida útil de filtros – Vinhos – melhores cor e aroma
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