Buscar

Dor Pélvica Crônica docx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Do� Pélvic� Crônic�
Dor com duração maior que seis meses, localizada
na pelve anatômica não menstrual ou não cíclica,
suficientemente intensa para provocar
incapacidade funcional ou exigir tratamento clínico
ou cirúrgico.
Fatore� d� risc�
Abuso de drogas ou álcool, abortos, fluxo
menstrual aumentado, doença inflamatória pélvica,
patologia pélvica, partos cirúrgicos e comorbidades
psicológicas
Fisiopatologi�
Inflamação prolongada ou lesão nervosa levam à
sensibilização dos nociceptores = interpretação de
estímulos inócuos como dolorosos = liberação de
sinalizadores pelas fibras aferentes = os
sinalizadores interagem com elementos celulares
envolvidos no processo inflamatório ou
regenerativo = vasodilatação e processo
inflamatório de origem neurogênica.
Etiologi�
- Dor de origem somática: pele, músculos, fáscias,
ossos e articulações. Menos intensa, em pontadas,
e localizada
- Dor de origem visceral: mal localizada, em
cólicas, possível associação com náuseas e
vômitos
★ Origem ginecológica: Endometriose,
doença inflamatória pélvica crônica,
aderências pélvicas, congestão pélvica
(varicose pélvica), adenomiose, síndrome
do ovário remanescente, síndrome do
ovário residual, leiomioma,
endossalpingiose, neoplasia, prolapso da
tuba uterina (pós histerectomia), salpingite
tuberculosa, mesotelioma cístico benigno,
cisto Peritoneal pós-operatório.
★ Origem mental: Somatização, abuso de
substâncias, abuso físico e sexual,
depressão, distúrbios do sono.
★ Origem urinária: Cistite intersticial/síndrome
da bexiga dolorosa, infecção urinária
recorrente, divertículo uretral, síndrome
uretral crônica, neoplasia, cistite por
radiação.
★ Origem gastrointestinal: Síndrome do
intestino irritável, doença inflamatória do
intestino ou outras causas de colite, colite
diverticular, obstrução intestinal intermitente
crônica, neoplasia, constipação crônica,
doença celíaca (sprue).
★ Origem musculoesquelética: Síndromes
miofasciais, hérnia de disco, fibromialgias,
inadequação postural, espasmo da
musculatura do assoalho pélvico, síndrome
do piriforme.
Clínic�
☆ Anamnese voltada para a pesquisa das
possíveis etiologias
☆ Utilizar escala de mensuração da dor de
sua preferência
☆ Realizar Manobra de Valsalva e o teste de
Carnett (que consiste na avaliação do
abdômen com músculos tensos, cabeça
elevada fora da mesa ou elevação da perna
reta, para diferenciar dor de origem
abdominal e a dor de origem visceral). A
dor na parede abdominal aumenta e a dor
visceral diminui com essas manobras
☆ O exame bidigital, pode identificar presença
de nódulos e pontos dolorosos no fundo de
saco vaginal posterior ou de ligamentos
Clar� Marque� Santan� - Se�s�
Do� Pélvic� Crônic�
uterossacro, que podem sugerir a presença
de endometriose pélvica ou profunda.
☆ No toque bidigital, útero aumentado de
volume pouco amolecido sugere
adenomiose, síndrome da congestão
pélvica ou doença inflamatória pélvica ou
mesmo pelviperitonite
☆ Exame retal é útil na avaliação do septo
retovaginal e identificação de lesões
sugestivas de endometriose profunda e
desconforto doloroso intenso que pode
estar associado com a síndrome do
intestino irritável
Exame� complementare�
☆ Suspeita de cistite intersticial: sumário de
urina e urocultura, cistoscopia com biópsia
dirigida, avaliação urodinâmica (urologista
define).
☆ Doença inflamatória pélvica: rastreamento
de infecções.
☆ Massas pélvicas e massas anexiais:
ultrassom transvaginal (USTV) e de parede
abdominal, pode ser necessário associação
com ressonância magnética. Dosagem
sérica de CA-125
☆ Doença do septo retovaginal com forte
evidência de endometriose profunda:
ultrassom reta
☆ Congestão pélvica: ultrassom com
dopplervelocimetria e a venografia.
☆ Doenças intestinais: pesquisa de sangue
oculto nas fezes e colonoscopia.
☆ Hemograma completo, teste de gravidez,
VHS
Tratament�
☆ Terapia voltada para etiologia
☆ Anticoncepcionais combinados podem ser
úteis na endometriose e miomatose
☆ AINES e/ou acetomifeno. Se não funcionar
( inclusive piroxicam, ibuprofeno), usar
opióide
☆ Drogas miorrelaxantes em pacientes onde
a presença de espasmos musculares ou
tensão estejam contribuindo para a
manutenção da dor
☆ Injeção de bupifvacaína: tratamento da
síndrome miofascial ou para bloqueio de
nervos pélvicos,
Referência�
1-PRIMO, W. Q. S. P.; CORRÊA, F. J. S.; BRASILEIRO, J. P.
B.. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e
Obstetrícia de Brasília.2017
Clar� Marque� Santan� - Se�s�

Outros materiais