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TCC ELIZANGELA 2 SEMESTRE DE 2020

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25
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
dEZUÍTA MAGALHÃES DA SILVEIRA MOREIRA
A IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Manhuaçu
2019
DEZUÍTA MAGALHÃES DA SILVEIRA MOREIRA
A IMPORTANCIA DO HÁBITO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto apresentado ao Curso de Pedagogia da UBOPAR- Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título. 
 
Manhuaçu
2019
Moreira, Dezuíta Magalhães da Silveira. A IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DA LEITURA E A PRÁTICA DA INTERAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL. 2019. 23 fls. Projeto de Ensino (Graduação em pedagogia). Universidade Norte do Paraná, Manhuaçu.
RESUMO
A leitura é de extrema importância para o desenvolvimento da aprendizagem do sujeito, pois será através dela que o homem poderá se comunicar, desenvolver seu raciocínio, podendo através dela descobrir um novo mundo e despertar sua imaginação. O presente trabalho procurou mostrar a leitura que a leitura por prazer é capaz de estimular a imaginação, a fantasia, além de provocar a reflexão e proporcionar ao leitor conhecimentos das reações humanas, por intermédios de personagens e de diversas situações. O domínio da leitura e desenvolvimento do gosto pela leitura constitui, sem duvida objetivam fundamentais da educação. A falta de domínio da arte de ler representa uma barreira no desenvolvimento intelectual do ser humano e integração social. Por certo tempo considerou-se a leitura como resultado de simples decifração mecânica, bem sabe que a leitura é interpretação das ideias compreendidas de acordo com a experiência do leitor. A leitura é um processo muito mais amplo que podemos imaginar. Ao final pode-se dizer que durante a pesquisa professores, alunos sabem da importância de se trabalhar com a leitura e que o ato de ler não é unicamente interpretar os símbolos gráficos, mas interpretar o mundo em que se vive. Na verdade, assim todo professor deve estar consciente da importância do ato da leitura mostrando sempre ao aluno sua importância para o seu bom desenvolvimento. Ao final pode-se dizer que é lendo que vamos construindo nossos valores e estes são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de sentimento.
Palavras chaves: Leitura. Aluno. Interação. Professor.
 
Sumário
1. INTRODUÇÃO	3
2. REVISAO BIBLIOGRAFICA	4
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO	18
3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA	18
3.2 JUSTIFICATIVA	18
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO	6
3.4 OBJETIVOS	....................................................................................................................19
3.5 CONTEÚDOS ..................................................................................................................19
3.6 METODOLOGIA ..............................................................................................................19
3.7 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................19
3.8 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO .....................................................................20
3.9 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ..............................................................................20
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................21
5. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................22
Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.
1
1. INTRODUÇÃO
Este estudo caracterizado por uma pesquisa de cunho bibliográfico e descritivo surge da necessidade de refletir a problemática da evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos – EJA, uma vez que, esta modalidade de ensino, emerge como um desafio aos profissionais da educação, no sentido de promover práticas pedagógicas que favoreçam o acesso e permanência exitosa de alunos que tenham deixado de frequentar a escola regularmente na idade própria e nesta oportunidade de retorno a escola, representam, egressos do mundo do trabalho. Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, a EJA é aqui percebida como um todo, ou seja, nos níveis Fundamental e Médio da Educação Básica.
Diante desse contexto da evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos- EJA, o estudo que se propõem apresentar na temática, tem como objetivo geral, analisar os fatores intra e extra escolares que concorrem para a evasão escolar na EJA; E como objetivos específicos, refletir quanto as possibilidades de garantia de acesso e permanência dos alunos da EJA na escola; Discutir alternativas de minimização da evasão na EJA, tendo como referência a pesquisa bibliográfica adotada. 
O estudo se justifica e torna-se relevante, na medida em que discute a importância da EJA, uma vez que essa modalidade de ensino vem sendo reconhecida e ganhando maior visibilidade na grade curricular das redes públicas de ensino, pois, é de grande valia, à reintegração dos alunos na sociedade quando esses se encontram dentro da escola, na ótica de superar a evasão. 
A evasão escolar em qualquer nível de ensino é um desafio para os profissionais da educação e uma praga no nosso sistema de ensino, pois, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira – INEP (2009), alguns números da evasão no Brasil mostram que a todo ano milhares de crianças e adolescentes deixam as salas de aulas pelos mais diversos motivos. Na avaliação INEP, a evasão escolar é concretizada quando o aluno deixa de frequentar as aulas no decorrer do ano letivo. É neste contexto que está inserida a Educação de Jovens e Adultos – EJA, para atender a esse público tão diverso e de interesses distintos. 
A evasão escolar na EJA no Brasil é motivo de muitas discussões no âmbito educacional que precisa de uma atenção especial, a mesma não se trata de um problema isolado de algumas escolas, mas sim de ordem nacional, que vem crescendo cada vez mais, principalmente nas escolas públicas cujos alunos, em grande medida são de baixa renda econômica. Outra situação a verificar, é que o maior índice de abandono escolar está relacionado às questões dos alunos precisarem trabalhar para ajudar na composição da renda familiar, conforme queremos analisar, pois, o aluno, parece não ter a escola como ocupação principal, o trabalho parece ser seu principal ponto de apoio, no sentido de colaborar com a renda da família que está no centro de sua responsabilidade social. 
No que se refere à abordagem sobre as práticas pedagógicas que não são adequadas à realidade dos alunos da EJA, precisamos conhecer uma proposta inovadora e motivadora onde as disciplinas sejam integradas e não separadas, aproveitando essa bagagem de conhecimento de cada aluno, pois ele precisa se encontrar socialmente entre os objetivos de cada conteúdo propostos no trabalho letivo para que cada disciplina, a ser introduzida em sua vida diária e contribua em sua prática social, assim quem sabe motivar o aluno frequentar a escola. 
De acordo com Freire (1996, p. 30), há que existir interação pedagógica, “por que não se deveria estabelecer certa intimidade entre ação dos saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos”. Ora, sendo a educação direito social dos alunos, dever das instituições públicas promoverem o ensino e mantê-los na escola, por que esta forma de abandono, não está sendo contida? Discutir essas questões coloca-se como importante compromisso de análise neste trabalho. Tais questões levantadas motivam elaboramos uma principal hipótese no sentido de combater a evasão na EJA, qual seja: Encontrar uma proposta pedagógica inovadora e motivadora cujas disciplinas sejam desenvolvidas de modo integrado e não separados, aproveitando a bagagem de conhecimento de cada aluno, trazida das suas experiências, pois ele precisa se encontrar nos conteúdos propostos para que cada disciplina possa ser introduzida em sua vidadiária e contribua em sua prática social. 
A referida hipótese está relacionada a um principal fator gerador da evasão que está ligado à falta de políticas educacionais, em o aluno é levado a trabalhar para ajudar sua família. Tal como este, há outros fatores que originam a situação da evasão escolar que estão relacionados não apenas à escola, mas também, em certo contexto, a falta de políticas públicas comprometidas direcionadas à educação no Brasil, que possa atrair o aluno frequentar a escola na fase da adolescência, principalmente. Tentaremos compreender e identificar o papel da escola na relação com a família e o emprego atrativo ao aluno na EJA. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
ASPECTOS LEGAIS DO ACESSO À EJA
Educação é direito público assegurado a todos, através de ações desenvolvidas pelo Estado e família em favor do adolescente, mas, muitos desses jovens menor de 18 anos, não conseguem ingressar em alguma etapa do ensino, o quando, assim o fazem correm enorme risco de perderem esta oportunidade de acesso e por motivos de ordem social e de carência pessoal econômica podem até abandonar os seus estudos. 
Conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, no seu art. 205. A educação é: 
Art. 205 – A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Corroborando-se a esta norma, a referida Carta Magna, preleciona em seu art. 227, que: 
Art. 227 – a família, a sociedade e do Estado assegurem à criança, ao adolescente ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, (...)
De acordo com as preocupações do Ministério da Educação – MEC (2009) a evasão escolar na EJA, é motivo de muitas discussões no âmbito da educação nacional quanto à aplicação da legislação constitucional vigente que precisa de uma maior atenção do poder público em especial os relacionados às redes públicas de ensino de verificar formas de proteção do aluno em fase de abandono no processo ensino aprendizagem, respeitando os princípios e regras constitucionais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96 reforça no seu art. 2º que, educação é dever da família e do Estado, inspirado nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
A lei da educação nacional complementa ainda que a escola junto com a família tem por obrigação garantir o direito do educando, sua permanência e seu pleno sucesso profissional. Contudo, verificamos que pouco acontece o que estabelece a lei, ou seja, na prática isso não acontece, percebemos que muitos alunos estão fora da rede de ensino, e os que estão inclusos desistem por vários fatores, assim contribuindo para essa estatística alarmante da evasão, principalmente se o mesmo for da EJA. 
CONCEPÇÃO DA EJA
A educação de jovens e adultos é uma modalidade específica da educação básica que se propõe a atender a um público ao qual foi negado o direito à educação durante a infância e adolescência seja pela oferta irregular de vagas, seja pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas desfavoráveis à sociedade. 
O conceito da EJA muitas vezes, confunde-se com de ensino noturno. Trata-se de uma associação equivocada uma vez que não se define pelo turno em que é oferecida, mas muito mais pelas características e especificidades dos sujeitos aos quais ela se destina. 
Várias iniciativas de educação de adultos em escolas ou outros espaços têm demonstrado a necessidade de ofertar essa modalidade para além do noturno de forma a permitir a inclusão daqueles que só podem estudar durante o dia. 
Para que se considere a EJA enquanto uma modalidade educativa inscrita no campo do direito, faz-se necessário superar uma concepção dita compensatória cujas principais fundamentos são a de recuperação de um tempo de escolaridade perdido no passado e a ideia que o tempo apropriado para o aprendizado é a infância e a adolescência. Nesta perspectiva, é preciso buscar uma concepção mais ampla das dimensões tempo/espaço de aprendizagem, na qual educadores e educandos estabeleçam uma relação mais dinâmica com o entorno social e com as suas questões, considerando que a juventude e a vida adulta são também tempos de aprendizagens. 
Os artigos, 1º e 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996 fundamentam essa concepção enfatizando a educação como direito que se afirma independente do limite de idade. Senão vejamos: 
Art. 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Para que possamos estabelecer com clareza a parcela da população a ser atendida pela modalidade EJA, é fundamental refletir sobre o seu público, suas características e especificidades. Tal reflexão dos artigos servirá de base para a elaboração de processos pedagógicos específicos para esse público. 
E por se tratar em especial à EJA como modalidade, porém, foi criado artigos dentro da legislação e, reconhecida como direito garantido e obrigatório, especialmente para jovens e adultos, que não se encontravam inclusos na rede de ensino, que por algum problema não estudaram ou foram interrompido seus estudos na infância ou adolescência na idade apropriada, e isso fez com que a EJA ganhasse maior visibilidade de acesso dos aspectos legais nas etapas do ensino Fundamental e Médio, assim como, de dar continuidade em outros cursos e programas de educação. 
A reconfiguração da modalidade EJA, está garantida em marcos legal e operacional, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB, sanciona da em 20 de dezembro de 1996, sob a Lei n° 9.394/96, ela ganha um novo olhar e entendimento como modalidade da educação básica, que é evidenciada nos arts. 37º e 38º, sobre a garantia do direito e obrigatoriedade gratuita do Ensino Fundamental e Médio. 
De acordo com os documentos instituídos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, é garantido por lei o direito obrigatório e gratuito à Educação de jovens e adultos, nos quais ressaltam nos arts. 37° e 38° que:
Art. 37 - A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente os jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e trabalho, mediantes cursos e exames. 
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. ART. 38 – Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudo em caráter regular. 
§ 1º os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: l. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; ll. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§ 2º os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediantes exames. (APOSTILA DA DISCIPLINA: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, 2014)
Nesta concepção, a Lei de Diretrizes Nacionais para a Educação de jovens eadultos, preconizam o resgate do direito à educação aos sujeitos, que não frequentaram a escola na idade apropriada, ou aqueles que estudaram mais em algum momento tiveram que interromper o estudo. A educação atualmente, é o ponto chave para o exercício da cidadania como condição plena da participação na sociedade, assim como, uma grande aliada contra a desigualdade e a exclusão social para a vida dos sujeitos que pretendem ter uma formação e ingressar no mercado de trabalho, além, de ser uma forma de busca pelo conhecimento e diversidades, como também, o respeito às diferenças culturais, e entre outros, uma vez que, os mesmos são construtores de conhecimentos e aprendizagens. 
A EJA refere-se não apenas a uma questão etária, mas sobretudo de especificidade cultural, ou seja, embora defina-se um recorte cronológico, os jovens e adultos aos quais dirigem-se as ações educativas deste campo educacional, não são quaisquer jovens e adultos, mas uma determinada parcela da população. 
Segundo Oliveira (1999, p.10):
O adulto, para a EJA, não é o estudante universitário, o profissional qualificado que frequenta cursos de formação continuada ou de especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos em áreas como artes, línguas estrangeiras ou música. E o jovem, relativamente recentemente incorporado ao território da antiga educação de adultos, não é aquele com uma história de escolaridade regular, o vestibulando ou o aluno de cursos extracurriculares em busca de enriquecimento pessoal. Não é também o adolescente no sentido naturalizado de pertinência a uma etapa biopsicológica da vida.
O público da EJA, homens, mulheres, trabalhadores/as empregados/as e desempregados/as ou em busca do primeiro emprego, filhos, pais e mães; moradores urbanos de periferias, favelas e vilas. 
São esses sujeitos sociais e culturais, marginalizados nas esferas socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. 
Para Oliveira (1999), vivem no mundo urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, em geral trabalhando em ocupações não qualificadas. Trazem a marca da exclusão social, mas são sujeitos do tempo presente e do tempo futuro, formados pelas memórias que os constituem enquanto seres temporais. São, ainda, excluídos do sistema de ensino, e apresentam em geral um tempo maior de escolaridade devido a repetências acumuladas e interrupções na vida escolar. 
Muitos dos que procuram a EJA nunca foram à escola ou dela tiveram que se afastar, quando crianças, em função da entrada precoce no mercado de trabalho, ou mesmo por falta de escolas. 
Jovens e adultos que retornaram à escola o fazem guiados pelo desejo de melhorar de vida ou por exigências ligadas ao mundo do trabalho. São sujeitos de direitos, trabalhadores que participam concretamente da garantia de sobrevivência do grupo familiar ao qual pertencem. 
Considerar a heterogeneidade desse público, quais seus interesses, suas identidades, suas preocupações, necessidades, expectativas em relação à escola, suas habilidades, enfim, suas vivências se tornam de suma importância para a construção de uma proposta pedagógica que considere suas especificidades. 
É fundamental perceber quem é esse sujeito com o qual lidamos para que os conteúdos a serem trabalhados façam sentido, tenham significado, sejam elementos concretos na sua formação, instrumentalizando-o para uma intervenção significativa na realidade. Para tanto é necessário evidenciarmos referencial teórico para a EJA. 
Num retorno até finais dos anos 50, no Brasil, a alfabetização de adultos não dispunha de um referencial teórico próprio, sendo nesta concepção, utilizados, os mesmos procedimentos e recursos metodológicos com as crianças e não com jovens e adultos. 
A preparação era com os conteúdos e as formas metodológicas absolutas sem significação para o alunado, e mesmo assim eram privilégios de poucos a compartilhar destes saberes. Logo, é neste quadro educacional que estão situados os ensinamentos dos jovens e adultos. 
Mediante este quadro de dificuldades no processo da evolução da escola pública brasileira, gerou ao longo da sua história sérios problemas no desempenho do aluno, atrasando todo o processo escolar e dificultando sua progressão, provocando uma distorção de série, e excluindo mais o jovem que se sentiu incapaz de aprender ou dominar os conteúdos estabelecidos pelas escolas públicas brasileiras.
Surge neste quadro, então a necessidade das escolas assumirem seu verdadeiro papel na formação integral do indivíduo, trabalhando uma proposta curricular voltada para as necessidades de seus educandos, com conteúdos de relevância suprindo as dificuldades de todos os que estão inseridos no processo do aprender, sendo nesse sentido que a escola aos poucos vem tentando mudar este quadro de atraso político educacional.
Freire propôs trabalho com jovens e adultos a partir do contexto social e individual da realidade de cada aluno, juntando as ideias significativas dos mesmos, através dos objetos de trabalho param se chegar aos códigos lingüísticos, pois para o aluno/educando aprender falar ou dominar sua língua, deveria era associar à linguagem oral a complexidade dos códigos escritos, em seu meio social e político. 
Conforme a concepção de Freire (1997, p. 81), o qual afirma que “aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação dinâmica que vincula linguagem a realidade”.
Observamos que diante desta visão política e inovadora de Freire (1997) surge no país novos programas para a alfabetização de jovens e adultos, mas não vem respondendo o esperado pelos governantes, fugindo da política inovadora de Freire e de outros teóricos que contribuíram para a formação dos jovens e adultos vindos a responderem em outras propostas, deixando a cada dia o ensino para jovens e adultos sem credibilidade, tornando-se desinteressante para os que buscam recuperar o tempo escolar perdido. Há nesta crítica certo grupo de profissionais da educação que não se prepararam ao programa de educação diferente como é o da EJA. 
Há, como reflete o citado educador, falta da consciência política e moral dos alfabetizadores, que não possuem o senso de visão que a escola é o local de progressão e evolução para a vida profissional, daquele estudante e trabalhador sofrido e excluído da sociedade na qual ele mesmo tenha tentado incluir-se. 
Pode-se perceber, partindo das discussões de Freire (1997) que nos dias atuais as consequências da evasão escolar têm sido drásticas seus resultados, apesar de surgir atualmente, novas políticas de incentivo em vários campos de alfabetização para jovens e adultos, qualificação profissional na área de alfabetizar nos vários níveis do ensino, assistência e acompanhamento às instituições escolares, auxílio às famílias carentes, materiais didáticos, mas mesmo assim não se tem obtido resultados positivos. 
A cada dia, nas escolas, os alunos apresentam uma conduta inadequada, isso pode ser atribuído à desestruturação familiar, ao uso de drogas, a prostituição e os conteúdos, para a maioria, não possuem nenhuma significação.
A escola possui sua parcela de culpa juntamente com o apoio pedagógico e professores que não procuram ser mais criativo nas suas aulas, pois sabemos que vivemos em um mundo globalizado e a sociedade extraescolar está à frente do desenvolvimento através das ofertas sociais. 
Enquanto a escola se mantém atrasada sem nenhuma condição inovadora para competir com o mundo social fora da escola, torna-se difícil se reverter este quadro da evasão escolar, a não ser que o corpo escolar procure novas metodologias através da criatividade humana, didática e pedagógica.
RESUMO DA EDUAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A história da Educação de Jovens e Adultos – EJA apresenta muitas variações e controvérsias ao longo do tempo, demonstrando estar estreitamente ligadaàs transformações sociais, econômicas e políticas que caracterizaram os diferentes momentos históricos da sociedade brasileira. 
Inicialmente a alfabetização de adultos para os colonizadores, tinha como objetivo instrumentalizar a população, ensinando-a a ler e a escrever. Essa concepção foi adotada para que os colonos pudessem ler o catecismo e seguir as ordens e instruções da corte, os índios pudessem ser catequizados e, mais tarde, para que os trabalhadores conseguissem cumprir as tarefas exigidas pelo Estado. 
A expulsão dos Jesuítas, ocorrida no século XVIII, desorganizou o ensino até então estabelecido. Novas iniciativas sobre ações dirigidas à educação de adultos somente ocorreram durante a época do Império. 
Desde a Revolução de 1930, as mudanças políticas e econômicas permitiram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar no país. 
A Constituição de 1934 estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de freqüência obrigatória, extensiva para adultos. 
A década de 40 foi marcada por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram a educação de jovens e adultos: a criação e a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Primário – FNEP; a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas – INEP; o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA, e outros. 
Este conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional. Ao mesmo tempo, os movimentos internacionais e organizações como a UNESCO, exerceram influência positiva, reconhecendo os trabalhos que vinham sendo realizados no Brasil e estimulando a criação de programas nacionais de educação de adultos analfabetos. 
Em 1946, com a instalação do Estado Nacional Desenvolvimentista, houve um deslocamento do projeto político do Brasil, passando do modelo agrícola e rural para um modelo industrial e urbano, que gerou a necessidade de mão-de-obra qualificada e alfabetizada. 
Em 1947, o MEC promoveu a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA. A campanha possuía duas estratégias: os planos de ação extensiva (alfabetização de grande parte da população) e os planos de ação em profundidade (capacitação profissional e atuação junto à comunidade). O objetivo não era apenas alfabetizar, mas aprofundar o trabalho educativo. Essa campanha – denominada CEAA – atuou no meio rural e no meio urbano, possuindo objetivos diversos, mas diretrizes comuns. 
No meio urbano visava à preparação de mão-de-obra alfabetizada para atender às necessidades do contexto urbano-industrial. Na zona rural, visava fixar o homem no campo, além de integrar os imigrantes e seus descendentes nos Estados do Sul. 
Apesar de, no fundo, ter o objetivo de aumentar a base eleitoral (o analfabeto não tinha direito ao voto) e elevar a produtividade da população, a CEAA contribuiu para a redução dos índices de analfabetismo no Brasil.
Ainda em 1947, realizou-se o 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos. E em 1949 foi realizado mais um evento de extrema importância para a educação de adultos: o Seminário Interamericano de Educação de Adultos. 
Em 1952 foi criada a Campanha Nacional de Educação Rural – CNER, inicialmente ligada a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA. A CNER caracterizou-se, no período de 1952 a 1956, como uma das instituições promotoras do processo de desenvolvimento de comunidades no meio rural brasileiro. Contava com um corpo de profissionais de áreas diversas como agronomia, veterinária, medicina, economia doméstica e assistência social, entre outras, que realizavam trabalho de desenvolvimento comunitário junto às populações da zona rural. 
Ainda nos anos 50, foi realizada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo – CNEA, que marcou uma nova etapa nas discussões sobre a educação de adultos. Seus organizadores compreendiam que a simples ação alfabetizadora era insuficiente, devendo dar prioridade à educação de crianças e jovens, aos quais a educação ainda poderia significar alteração em suas condições de vida. A CNEA, em 1961, passou por dificuldades financeiras, diminuindo suas atividades. Em 1963 foi extinta, juntamente com as outras campanhas até então existentes. 
Em 1958, foi realizado o segundo Congresso Nacional de Educação de Adultos, objetivando avaliar as ações realizadas na área e visando propor soluções adequadas para a questão. Foram feitas críticas à precariedade dos prédios escolares, à inadequação do material didático e à qualificação do professor. A delegação de Pernambuco, da qual Paulo Freire fazia parte, propôs uma educação baseada no diálogo, que considerasse as características socioculturais das classes populares, estimulando sua participação consciente na realidade social. Nesse congresso se discutiu, também, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e, em decorrência, foi elaborada em 1962 o Plano Nacional de Educação, sendo extintas as campanhas nacionais de educação de adultos em 1963. 
Na década de 60, com o Estado associado à Igreja Católica, novo impulso foi dado às campanhas de alfabetização de adultos. No entanto, em 1964, com o golpe militar, todos os movimentos de alfabetização que se vinculavam à ideia de fortalecimento de uma cultura popular foram reprimidos. O Movimento de Educação de Bases – MEB sobreviveu por estar ligado ao MEC e à igreja Católica. Todavia, devido às pressões e à escassez de recursos financeiros, grande parte do sistema encerrou suas atividades em 1966. 
A década de 70, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, que era um projeto para se erradicar o analfabetismo em apenas dez anos. Após esse período, quando já deveria ter sido cumprida essa meta, o Censo divulgado pelo IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na população de 15 anos ou mais. O programa passou por diversas alterações em seus objetivos, ampliando sua área de atuação para campos como a educação comunitária e a educação de crianças. 
O ensino supletivo, implantado em 1971, foi um marco importante na história da educação de jovens e adultos do Brasil. 
Durante o período militar, a educação de adultos adquiriu pela primeira vez na sua história um estatuto legal, sendo organizado em capítulo exclusivo da Lei nº 5.692/71, intitulado Ensino Supletivo. O artigo 24 desta legislação estabelecia com função do supletivo suprir a escolarização regular para adolescentes e adultos que não a tenham conseguido ou concluído na idade própria. 
Foram criados os Centros de Estudos Supletivos – CES em todo o País, com a proposta de ser um modelo de educação do futuro, atendendo às necessidades de uma sociedade em processo de modernização. O objetivo era escolarizar um grande número de pessoas, mediante um baixo custo operacional, satisfazendo às necessidades de um mercado de trabalho competitivo, com exigência de escolarização cada vez maior. 
O sistema não requeria frequência obrigatória, e a avaliação era feita em dois módulos: uma interna ao final dos módulos e outra externa feita pelos sistemas educacionais. Contudo, a metodologia adotada gerou alguns problemas: o fato de os cursos não exigirem frequência faz com que os índices de evasão sejam elevados, o atendimento individual impede a socialização do aluno com os demais colegas, a busca por uma formação rápida a fim de ingressar no mercado de trabalho, restringe o aluno à busca apenas do diploma sem conscientização da necessidade do aprendizado. 
Na visão de Haddad (1991) os Centros de Estudos Supletivos – CES não atingiram seus objetivos verdadeiros, pois, não receberam o apoio político nem os recursos financeiros suficientes para sua plena realização. Além disso, seus objetivos estavam voltados para os interesses das empresas privadas de educação. 
No início da década de 80, a sociedadebrasileira viveu importantes transformações sócio-políticas com o fim dos governos militares e a retomada do processo de democratização, basta lembrar da campanha nacional a favor das eleições diretas. Em 1985, o MOBRAL foi extinto, sendo substituído pela Fundação EDUCAR. O contexto da redemocratização possibilitou a ampliação das atividades da EJA. 
Estudantes, educadores e políticos organizaram-se em defesa da escola pública e gratuita para todos. A nova Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a EJA: o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso na idade apropriada. 
Contudo, a partir dos anos 90, a EJA começou a perder espaço nas ações governamentais. Em março de 1990, com o início do governo Collor, a Fundação EDUCAR foi extinta e todos os seus funcionários colocados em disponibilidade. Em nome do enxugamento da máquina administrativa, a União foi se afastando das atividades da EJA e transferindo a responsabilidade para os Estados e Municípios. 
No entanto, ainda com as crises governamentais nos anos 90, surge uma proposta de alfabetização para jovens e adultos, incumbido pelo movimento popular nas lutas pela educação da sociedade, sendo um Projeto com a perspectiva de dar suporte à alfabetização denominado por Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos MOVA. O projeto deu início em 1990 na cidade de São Paulo durante, porém, expandiu-se em todo território brasileiro, assim, contribuindo com outro programa de educação para a alfabetização da sociedade ao ensino noturno e outros, tendo Paulo Freire como idealizador desse projeto. 
Em janeiro de 2003, o MEC anunciou que a alfabetização de jovens e adultos seria uma prioridade do novo governo federal. Para isso, foi criada a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, cuja meta era erradicar o analfabetismo durante o mandato de quatro anos do governo Lula. Para cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, por meio do qual o MEC contribuirá com os órgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações de alfabetização. 
No Programa Brasil Alfabetizado, a assistência é direcionada ao desenvolvimento de projetos com as seguintes ações: Alfabetização de jovens e adultos e formação de alfabetizadores. 
É necessário que o alfabetizador, antes de iniciar as atividades de ensino, conheça o grupo com o qual irá trabalhar. Esse conhecimento prévio pode ser pelo cadastro dos alunos e pelo diagnóstico inicial que deve servir de base para o planejamento das atividades. A intenção é tornar o processo de alfabetização participativo e democrático. A formação de alfabetizadores compreende a formação inicial e a formação continuada. 
É preciso que haja continuidade das ações governamentais. O Programa Brasil Alfabetizado foi criado para ter duração de quatro anos, enquanto durar a gestão do governo Lula. Contudo, nada impede que o próximo Presidente dê continuidade a esse programa. Os resultados seriam muito melhores se houvesse seguimento nos programas já implantados, pois evitaria perda de tempo e de dinheiro na criação de novos programas, como vem acontecendo ao longo dos anos: muda o presidente, mudam os programas.
Deve haver, também, a ligação do programa de alfabetização com outros programas governamentais ou não, como é o caso do bem sucedido programa Alfabetização Solidária. Que é hoje indiscutivelmente um programa de relevância quando o assunto é alfabetização de jovens e adultos. Sua abrangência educacional transcende as fronteiras Brasileiras e já é destaque e modelo de Educação em vários países.
Dentre esses programas sucedidos, surgiu também o PROJOVEM, criado com o objetivo de favorecer e oportunizar a inclusão de jovens, assim como, adultos que abandonaram a escola, sendo um programa de escolaridade em nível fundamental na modalidade da educação de jovens e adultos –EJA, com a integração à qualificação profissional e social.
O programa PROJOVEM se desenvolveu no Brasil desde 2005, expandindo em várias regiões brasileiras, tanto na zona urbana como na área rural como política de inclusão para jovens a partir de 15 anos acima, distanciados da escolarização e da exclusão formal do mercado de trabalho, marcado pelo preconceito e descriminação.
Diante do panorama de analfabetismo, é de grande valia a implantação do programa PROJOVEM, abrindo novas possibilidades para a qualificação profissional do mercado de trabalho, promovendo a inserção e reintegração de jovens ao processo educacional à escola técnica, assim como, o desenvolvimento humano. 
O programa PROJOVEM é dividido em quatro modalidades de desenvolvimento nas quais são: PROJOVEM Adolescente- serviço socioeducativo; PROJOVEM Urbano; PROJOVEM Trabalhador; PROJOVEM Campo- Saberes da Terra, pois sua existência e execução estar em vigor até os dias atuais dentro das políticas públicas de atendimento para a educação de Jovens e Adultos- EJA.
Assim, entendemos que a Educação de Jovens e Adultos, deve ser tratada juntamente com outras políticas públicas e não isoladamente, porque na medida que esses mecanismos acontecerem os resultados serão melhores para a educação na EJA, e o impulso será melhor na grade curricular das redes públicas de ensino para a EJA.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA
Analisar a importância da Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade de ensino na Educação Básica implica perceber sua relevância para o processo de transformação social, assim como, das dificuldades que sua implantação implica, como política permanente num país profundamente desigual como o Brasil. 
A EJA comparece no contexto das políticas sociais de melhoria da qualidade de vida, orientada pelos princípios da equidade e democracia, que visam à inserção de milhares de pessoas numa sociedade de direitos. Por conseguinte, a importância da EJA vincula-se a compreensão do significado das políticas de inclusão social que caracterizam o Estado Contemporâneo Brasileiro. 
A luta pelo direito a educação de jovens e adultos com igualdade, perpassa muito além do acesso a escolarização das políticas sociais, e especialmente, que sejam vistas e constituídas para os sujeitos de conhecimentos na sociedade que se destaca no mundo da cultura, do trabalho e nos diversos espaços de convívios sociais. É importante perpetuar que a EJA, é voltado para o processo de desenvolvimento e habilidade da vida cidadã, uma vez que, os mesmos são também construtores de conhecimentos, saberes, valores, ideias, teorias e práticas culturais. 
Equivale, portanto, compreender e buscar formas de superação para as discriminações de classe, de gênero, de raça e também de idade, decorrentes de um modelo econômico, social e político individualista e segregador, que constitui o perfil da sociedade brasileira desde a época do Brasil Colônia.
Neste contexto a EJA emerge como uma estratégia de organização presente nas rotinas de sobrevivência da população menos privilegiada da sociedade brasileira, caracterizada principalmente em sua maioria pela resistência a as inúmeras discriminações sociais, especialmente daquelas decorrentes de sua condição econômica.
 A sobrevivência no meio urbano ou no rural não se faz só pela separação por idades, mas pelas ações interativas de diversas idades na busca dessa sobrevivência, o que é altamente rico como experiência. Esta diversidade cultural constitui por assim dizer, a mais significativa e importante característica da EJA na Educação Básica Brasileira.
É preciso não esquecer que EJA não coaduna-se com os espaços burocratizados da escola formal e tradicional, necessitando de uma identidade pedagógica e curricular próprias. Muitas vezes, essa é a razão alegada para as escolas não aceitarem o desafio educativo de implementação da EJA, enquanto proposta pedagógica de consolidação de interesses e expectativas de uma maioria desprivilegiada de nossa sociedade.
Uma das inquietações presentes naconstrução da proposta pedagógica da EJA, enquanto política pública tem sido a necessidade de responder a um grande vácuo existente nas propostas curriculares, no que tange ao distanciamento entre essas e o mundo do trabalho. Os desafios da relação entre a educação e o mundo do trabalho na EJA são particularmente complexos. 
Uma questão que preocupa é o reducionismo dessa relação à perspectiva de emprego. Daí a relevância e o significado de sua importância.
Evasão Escolar na EJA e o Perfil dos Alunos 
Segundo Saviani, a educação é um processo tipicamente humano que possui uma especificidade humana de formar cidadãos por meio de conteúdos “não materiais” que são ideias, teorias, valores, conteúdos estes que influirão decisivamente, e conforme avaliamos na vida de cada aluno. O que diz o professor Saviani (1991, p. 19):
Para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura. 
Segundo Saviani (1991) é possível perceber que as características de alunos que se evadem da EJA, são aqueles que estão maravilhados com algumas, mas interessantes formas oferecidas pelo mundo do trabalho de onde este aluno precisa garantir muitas vezes seu “pão de cada dia”, seu sustento e de sua família, muitas vezes. 
Desta forma, o aluno, aliado aos interesses do mundo do trabalho, é preciso vermos garantias da sua subsistência material, mas preocupado com a consequente produção em escalas cada vez maiores e complexas de bens materiais, fruto de trabalho exercido pelos que neste atuam. E dentro dessa compreensão, é necessário façamos saber que de acordo com os educadores, o resultado do que a falta do ensino da EJA é a oportunidade de se fazer com que alguns cidadãos possam ser vistos pela sua pobreza e logo em seguida pela garantia da sua permanência na escola. Fora desta instituição de ensino, este aluno estará submetido mais ainda ao aumento de formas de violência, problemas que também estão relacionados à educação na sua real desistência e na medida em que as estatísticas apontam maior índice de evasão.
A literatura existente sobre o fracasso escolar, como está posta a evasão, aponta que, se por um lado, há aspectos externos à escola que interferem na vida escolar do aluno, há por outro, aspectos internos da escola que também interferem no processo sócio educacional do jovem, e quer direta ou indiretamente, acabam excluindo-o da escola, seja por fator de busca de emprego ou outro de tamanha intensidade social, relativo ao mundo do trabalho.
Alternativas Pedagógicas Contra a Evasão na EJA 
Identificamos em autores como Padilha (2001, p. 30), que a EJA para fins de combate às formas de evasão, deve contar com o ato de planejar suas ações, sempre num processo de reflexão na tomada de decisões sobre como recolocar os conteúdos a serem desenvolvidas, visando realizar atividade em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações constantes das atividades em exercício. 
Segundo este autor no dia-a-dia, sempre podemos enfrenta situações que necessitam de planejamento, mas nem sempre as atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não estão inseridas no cotidiano, são usados os processos racionais para alcançar o que se deseja.
Planejar é uma atividade para combater a evasão na EJA está dentro da proposta pedagógica que podemos avaliar como sendo possível eliminar abandonos. Podemos listar características básicas, como evitar a improvisação, prever novas formas de atividades, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa.
É necessário sugerir a realização de algumas práticas pedagógicas que sejam adequadas à realidade dos alunos, precisamos observar uma proposta inovadora e motivadora onde as disciplinas sejam integradas e não separadas, aproveitando essa bagagem de conhecimento de cada aluno, pois ele precisa se encontrar nos conteúdos propostos para que cada disciplina possa se introduzida em sua vida diária e contribua em sua prática social. 
Utilizar linguagens alternativas, como a música, o cordel e o teatro, facilita o aprendizado, principalmente de alunos mais velhos, que geralmente têm mais proximidade com a cultura popular. Neste caso, há vasto número de temas que podem ser sugeridos aos alunos, vejamos alguns que identificamos entre a literatura consultada: Autoestima; Ética; Respeito aos Colegas; Respeito /Professor/Aluno; Preconceito; Relaxamento. 
Estimular os alunos a proporem temas de seus interesses a fim de que possam ter uma aula sobre estes, geralmente segundo pesquisa encontrada, é comum verificar a escolha pelos seguintes assuntos: Autoestima; Motivação Sexual; Sexualidade/Higiene/DST (doenças sexualmente transmissíveis); Relacionamento Familiar/Separação; Dependência Química/Prevenção; Ruído Noturno; Relacionamento/Pais e Filhos; Relacionamento Aluno/ Professor; Ética na política; Mercado de Trabalho / Comunicação.
O objetivo, é de se trabalhar esses temas na sala de aula de diversas formas no campo pedagógico e de estimular o esforço de cada aluno, motivando sua permanência na escola. 
Outra medida de caráter pedagógico é promover atividades visando fortalecer a importância do estudo, promover trocas entre o grupo onde a experiência de vida seja valorizada. Incentivar a formação de vínculos, entre o grupo para motivar a participação nas atividades. Desenvolver ações próximas do cotidiano do grupo.
Também, poder orientar os alunos, individualmente, quando se fizer necessário. Podendo realizar sondagem com os alunos com necessidades educativas especiais, fornecendo-lhes pareceres técnicos por profissionais especialistas nesta área. 
Promover a participação das ações realizadas pela escola, nos conselhos escolares e grêmios, eleição para diretor e na parte do entretenimento programar ações de cunho cultural.
Há outras experiências que chamaram a atenção dos alunos da EJA, com projetos de música, cultura e literatura. Um deles é o tempo de artes literárias que promovem uma competição saudável na escola ao estimular a produção de textos (prosa e poesia) por meio de rodas e saraus literários. 
Também é possível realizar festivais para incentivar a produção musical e trabalhos de temática afro-brasileira e indígena. A culinária desses povos, por exemplo, pode ser explorada nas aulas de matemática, ao falar das quantidades de ingredientes utilizados em cada prato.
Avaliar é também privilegiar um modo de estar em aula e no mundo, valorizar formas e normas de excelência, definir um aluno modelo, aplicado e dócil para uns, imaginativo e autônomo para outros. Como, dentro dessa problemática, sonhar com um consenso sobre a forma ou o conteúdo dos exames ou da avaliação contínua praticada em aula. 
A avaliação deve ser utilizada pelo professor como um instrumento à sua disposição para orientar o processo de ensino e aprendizagem, a identificar os pontos fracos do processo e não como instrumento preponderante e amedrontador. O aluno também se beneficia do instrumento avaliativo quando este é um dispositivo usado de forma inteligente e pedagógica.
 
PROJETO DE ENSINO
A IMPORTANCIA DO HÁBITO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA
O presente projeto descreve sobre a importância da leitura na formação do sujeito.
Busca interligar os temas do PCN para que possa desenvolver as capacidades de imaginação, raciocínio, interpretação, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a escrita.
3.2 JUSTIFICATIVA
Para formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, é necessário organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. Principalmente quando os alunos não tem contato sistêmico com bons materiais deleitura e com adultos leitores, quando não participam de práticas onde ler é fundamental para o exercício da cidadania, a escola deve oferecer matérias de qualidade, modelos de leitores excelentes e praticas de leituras eficientes. Não se forma, portanto bons leitores de alunos que leiam apenas durante as atividades na sala de aula, apenas no livro didático, apenas porque o professor pede. É necessário, portanto, oferecer-lhes os textos que circulam frequentemente na sociedade: o trabalho com diversidade textual pode ser a mais importante estratégia didática para a prática da leitura. 
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO
Algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura na escola não fazem mais sentido no mundo contemporâneo e devem ser superadas. A principal dessas concepções é a de que ler é simplesmente converter letras em sons, ou seja, decodificar, sendo a concepção fruto natural dessa ação. Por conta dessa concepção equivocada a escola vem produzindo grande numero de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades de interpretar o que tentam ler.
3.4 OBJETIVOS
Despertar o prazer da leitura e aguçar o potencial cognitivo e criativo do aluno; 
Promover o desenvolvimento do vocabulário, favorecendo a estabilização de formas ortográficas; 
Possibilitar o acesso aos diversos tipos de leitura na escola, buscando efetivar enquanto processo a leitura e a escrita.
3.5 CONTEÚDOS
Desenvolver mecanismos que auxiliem a criança no seu desenvolvimento global, contemplando aspectos afetivo, cognitivo; visando a formação de um ser autônomo, critico e criativo, fazendo com que ele sinta-se, perceba-se e manifeste-se, desempenhando com sucesso suas tarefas escolares; interagindo com o meio e consolidando os princípios de cidadania.
3.6 METODOLOGIA
Abordar com os alunos os tipos de historias que eles gostariam de ler; saber o porquê da escolha de cada um, em relação a cada tema escolhido (discutir em sala de aula); propor ao aluno que fale em sala de aula o que achou da historia e que pontos ele achou mais importantes; e por ultimo pedir que os alunos desenvolvam sua criatividade desenhando e pintando sobre a historia.
3.7 AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto será realizada em todas as etapas do trabalho, através do acompanhamento pedagógico realizado pelo professor, analisando o envolvimento, o compromisso e realização das atividades propostas.
3.8 TEMPO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
O tempo destinado ao desenvolvimento das atividades é de aproximadamente dois meses, procurando trabalhar com as crianças o maior tempo possível para que o objetivo proposto no projeto possa ser atingido.
3.9 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
O material utilizado para o desenvolvimento das atividades inclui textos de diversos gêneros textuais, livros, contos, lápis de cor, folha sem pauta A4.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Este trabalho não se encerra aqui. O que se pretende é causar momentos de reflexão entre nós, futuros educadores. A arte de ensinar a ler e se desenvolver na leitura, ter o prazer e hábito de ler serão um grande desafio durante o trabalho docente O professor é o mediador de todo o processo de aprendizagem, principalmente a aprendizagem de conceitos abstratos e científicos. O professor deve procurar guiar o aluno ao desejo inconsciente do saber, mas que estes também passem a desejar saber. Isto porque desejar o saber é a primeira etapa, mas saber desejar é refinado atitude. 
Hoje se pode dizer que os alunos carecem de várias políticas de leitura, o essencial é tornar a ideia da leitura uma coisa normal, cotidiana na vida do aluno, este precisa estar consciente que através da leitura pode enriquecer, porém interpretar, entender o que está lendo para que ocorra verdadeiramente o desenvolvimento e a interação na prática da leitura diária. Isto porque somente o leitor através da prática de interpretar que o está sendo lido é que faz uma obra ou um texto se desdobrar. Outro fator relevante é que um planejamento coletivo se faz sempre necessário visando permitir a um desenvolvimento e cooperação entre professores e demais corpo docente da escola, para que não recai somente sobre o professor a responsabilidade pela alfabetização, mas todos os segmentos, professores, especialistas, diretor, vice-diretor e os próprios colegas. 
As dificuldades fazem parte do nosso cotidiano, porém com dedicação estes podem ser vencidos. O que se pode dizer ao final desse trabalho é que a educação é a base, e uma boa leitura é fator primordial no desenvolvimento do ser aluno humano, sem ela ninguém se desenvolve, é preciso então desenvolver no aluno a capacidade de aprender a ler.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, José Juvêncio-Revista Escola-Ano XI-nº 97-outubro 1996.
COLOMER, T. & TEBEROSKY, A. Aprender a Ler e a Escrever: uma proposta construtivista. Porto alegre: Artmed, 2003, p.85.
CURY, Maria Zilda; FONSECA, Maria Nazareth; PAULINO Graça; WALTY, Ivete; Tipos de Textos, Modos de Leitura, Educador em Formação.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes- Mergulhando na Leitura Literária- vol. XV e XIV- Coleção Lições de Minas- Janeiro 2002.
FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1993.
	
FREIRE Paulo_A Importância de o Ato de Ler. In _Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários e Pratica Educativa. 35ª edição- Editora Cortez-1997. São Paulo. Paz e Terra. 2002.
JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª edição. Editora Ática. São Paulo, 2002.
LUCHESI, C.C. (et. al) Universidade; Uma Proposta Metodológica. 13ª ed. São Paulo. Cortez. 2003.
MARTINS, Vicente- Psicopedagogia- Como Desenvolver a Capacidade de Ler. –Cursos e Eventos-205I.
PINHEIRO, Lúcia Marques, PINHEIRO, Maria do Carmo Marques-Prática na Formação e no Aperfeiçoamento do Magistério Primário. Companhia Editora Nacional-SP-1965.
SALOMON. D.V. Como fazer uma monografia. 11 ed. São Paulo: Martins Fontes. 2004.
RANGEL, Mary. Dinâmica de leitura para sala de aula. 4. Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1990.
REVISTA ESCOLA-Março-2003- Editora Abril.
REVISTA PROFESSOR. Edição Especial, 2004.
 
 
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SISTEMA DE ENSINO PR
ESENCIAL CONECTADO
 
PEDAGOGIA
 
 
 
 
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A IMPORTÂNCIA DO HÁB
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
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