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Periodontia - coleção de manuais em odontologia

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5
PERIODONTIA
ANA LUÍSA TEIXEIRA MEIRA
FABIANA DUARTE COSME
KALIANE ROCHA SOLEDADE
LUCIANA BASTOS ALVES
RENATA DE ARAÚJO BARBOSA
ROBERTA CATAPANO NAVES
SANDRO BITTENCOURT
Título |
Editor |
Capa |
Edição e Diagramação |
Conselho Editorial | 
Coleção manuais da Odontologia - Periodontia
Fernanda Fernandes
Fabrício Sawczen
Fabrício Sawczen
Caio Vinícius Menezes Nunes
Itaciara Lazorra Nunes
Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda
Silvio José Albergaria da Silva
Editora Sanar Ltda.
Rua Alceu Amoroso Lima, 172 
Caminho das Árvores,
Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770, Salvador - BA.
Telefone: 71.3052-4831
www.editorasanar.com.br
atendimento@editorasanar.com.br
2020
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 
9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer 
parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, 
gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como 
às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.
Dados Internacionais de Catalogação-na- Publicação (CIP)
CDD 617.6
CDU 616.314
B624p 
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
Bitencourt, Sandro
Periodontia / Sandro Bitencourt, Kaliane Rocha e Lu-
ciana Bastos. – 1. ed. - Salvador: Editora Sanar, 2020.
 
224 p.; il.; 16x23 cm. (Coleção de Manuais em Odon-
tologia, v.5).
 
 ISBN 978-85-5462-239-8
 
 1. Alterações Sistêmicas 2. Patologia Peri - im-
plantar 3. Periodontia 4. Trauma Oclusal
I. Título II. Assunto III. Autores
 
Ana Luísa Teixeira Meira
Mestre em Periodontia pela Escola 
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 
com ênfase em medicina periodontal e 
tratamento periodontal não-cirúrgico. 
Atualmente é periodontista do CEO-
-PMS, professora assistente do curso de 
Especialização em Periodontia da EBMSP 
e ABO-Ba e do Curso de Cirurgia Plástica 
PerioImplantar.
AUTORES
Fabiana Duarte Cosme
Kaliane Rocha Soledade Luciana Bastos Alves
Graduação pela Escola Bahiana de Medi-
cina e Saúde Pública; Especialização em 
Periodontia pela ABO-BA; Especialização 
em Implantodontia pelo Núcleo de Pós-
-Graduação - FBB; Aperfeiçoamento em 
Periodontia pela EBMSP; Aperfeiçoamen-
to em Implantodontia pela EBMSP; Aper-
feiçoamento em Cirurgia Oral Menor 
pelo CEBEO; Aperfeiçoamento em Esté-
tica pela ABO-BA. Atualmente trabalha 
na parte administrativa e atendimento 
de pacientes no curso de especialização 
em Implantodontia da instituição Ícone 
Pós-Graduação. 
Doutora e Mestre em Processos Interati-
vos dos Órgãos e Sistemas pela Univer-
sidade Federal da Bahia. Especialista em 
Periodontia pela Associação Brasileira de 
Odontologia - Sessão Bahia, Graduada 
em Odontologia pela Universidade Esta-
dual de Feira de Santana - Bahia. Atual-
mente é coordenadora do curso de Ba-
charelado em Odontologia da Faculdade 
Maria Milza, e docente do Programa de 
Mestrado Profissional em Meio Ambien-
te e Desenvolvimento Regional e do 
Programa de Mestrado Profissional em 
Biotecnologia da Faculdade Maria Milza.
Doutora em Periodontia, pela Faculda-
de de Odontologia de Ribeirão Preto da 
Universidade de São Paulo (FORP/USP). 
Mestre em Periodontia, pela Universi-
dade Federal do Rio Grande do Norte 
(UFRN). Especialista em Periodontia, pela 
Associação Brasileira de Odontologia / 
Seção Rio Grande do Norte (ABO/RN). 
Graduada em Odontologia, pela Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Norte 
(UFRN). Atualmente é Professora Adjun-
ta da Disciplina de Clínica Integrada, com 
ênfase em Periodontia, na Faculdade de 
Odontologia da Universidade Federal da 
Bahia (FOUFBA). 
Renata de Araújo Barbosa
Mestre em Periodontia, pela Escola 
Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 
Especialista em Periodontia, pela Asso-
ciação Brasileira de Odontologia- Sessão 
Bahia. Pós-graduação em Cirurgia Plás-
tica Periodontal e Perimplantar. Atual-
mente Professora Adjunta do curso de 
Especialização em Periodontia (EBMSP e 
ABO-BA) e prática em clínica privada.
Roberta Catapano Naves
Mestre em Odontologia EBMSP, Espe-
cialista em Periodontia Abo-Ba, Pós-gra-
duação em Implantodontia, Professora 
da Graduação e Pós-graduação em 
odontologia pela EBMSP, Professora do 
grupo Cirurgia Peri-implantar, Professora 
de odontologia da Unirb, Professora da 
Abo-Ba
Sandro Bittencourt
Mestre e Doutor em Periodontia pela 
Faculdade de Odontologia de Piracicaba 
- Unicamp. Atualmente é Professor Ad-
junto do Curso de Odontologia da Escola 
Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Co-
ordenador do Curso de Especialização em 
Implantodontia do Ícone Pós-Graduação.
APRESENTAÇÃO
A coleção Manuais da Odontologia é o melhor e mais completo conjunto de 
obras voltado para a capacitação e aprovação de dentistas em concursos públicos 
e programas de residências do Brasil. Elaborada a partir de uma metodologia que 
julgamos ser a mais apropriada ao estudo direcionado para as provas em Odonto-
logia, contemplamos os 5 volumes da coleção com os seguintes recursos:
✓ Teoria esquematizada de todos os assuntos;
✓ Questões comentadas alternativa por alternativa (incluindo as falsas);
✓ Quadros, tabelas e esquemas didáticos;
✓ Destaque para as palavras-chave;
✓ Questões categorizadas por grau de dificuldade, de acordo com o modelo 
a seguir:
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DIFÍCIL
Elaborado por professoras com sólida formação acadêmica em Odontologia, 
a presente obra é composta por um conjunto de elementos didáticos que em 
nossa avaliação otimizam o estudo, contribuindo assim para a obtenção de altas 
performances em provas e concursos na Odontologia.
FERNANDA FERNANDES
Editora
VOLUME 5 - PERIODONTIA
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 13
1. Periodonto de Revestimento.................................................................... 13
2. Periodonto de Sustentação ...................................................................... 18
3. Sistema Sanguíneo e Linfático do Periodonto ....................................... 22
4. Sistema Nervoso do Periodonto .............................................................. 23
Referências bibliográficas .............................................................................. 36
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 37
1. Avaliação da História do Paciente ........................................................... 38
2. Avaliação clínica dos tecidos periodontais e periimplantares ............ 39
3. Diagnóstico Radiográfico de lesões periodontais/periimplantares ... 43
Referências bibliográficas .............................................................................. 61
CAPÍTULO 2DIAGNÓSTICO EM PERIODONTIA
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 63
1. Histórico da Classificação das Doenças Periodontais ........................... 64
2. Classificação das Doenças e Condições Periodontais (AAP, 2018) ...... 68
3. Classificação das Doenças e Condições Peri-implantares (AAP, 2018) ..79
Referências bibliográficas .............................................................................. 87
CAPÍTULO 3CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS PERIODONTAIS
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 89
1. Introdução ................................................................................................... 89
2. Etiologia das doenças periodontais ......................................................... 90
3. Patogênese das doenças periodontais ................................................... 95
4. Doenças periodontais ................................................................................99
Considerações finais ....................................................................................... 101
Referências bibliográficas .............................................................................. 109
CAPÍTULO 4ETIOPATOGENIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 113
1. Introdução ................................................................................................... 113
2. Diagnóstico ................................................................................................. 114
3. Trauma Oclusal x Doença Periodontal ................................................... 116
4. Tratamento ................................................................................................. 118
Referências bibliográficas .............................................................................. 121
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 123
1. HIV ................................................................................................................ 124
2. Diabetes ....................................................................................................... 126
3. Gravidez ...................................................................................................... 130
4. Tabagismo ................................................................................................... 133
Referências bibliográficas .............................................................................. 142
CAPÍTULO 5TRAUMA OCLUSAL
CAPÍTULO 6
MANIFESTAÇÕES PERIODONTAIS DE 
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 147
1. Introdução ................................................................................................... 147
2. Anatomia periimplantar ........................................................................... 148
3. Patologia periimplantar ............................................................................ 149
4. Etiologia das doenças periimplantares ................................................... 150
5. Prevalência das doenças periimplantares ............................................. 151
6. Diagnóstico das doenças periimplantares ............................................. 152
7. Tratamento das doenças periimplantares ............................................. 154
8. Terapia de suporte e controle do biofilme ............................................ 156
Considerações finais ....................................................................................... 157
Referências bibliográficas .............................................................................. 163
CAPÍTULO 7PATOLOGIA PERI-IMPLANTAR
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 167
1. Introdução ................................................................................................... 167
2. Plausibilidade biológica para as interações pulpares e periodontais ...168
3. Etiologia das lesões endo-periodontais .................................................. 169
4. Classificação das lesões endo-periodontais ........................................... 170
5. Diagnóstico das lesões endo-periodontais ............................................. 173
6. Tratamento e prognóstico das lesões endo-periodontais ................... 176
Considerações finais ....................................................................................... 177
Referências bibliográficas .............................................................................. 182
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 185
1. Terapia periodontal não cirúrgica ........................................................... 185
2. Princípios da terapia antibiótica ............................................................. 187
Referências bibliográficas .............................................................................. 196
CAPÍTULO 8INTER-RELAÇÃO ENDONTIA E PERIODONTIA
CAPÍTULO 9TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA
O que você vai ver nesse capítulo ................................................................. 197
1. Princípios cirúrgicos .................................................................................. 197
2. Procedimentos cirúrgicos ......................................................................... 200
Referências bibliográficas .............................................................................. 214
CAPÍTULO 10PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM PERIODONTIA
CAPÍTULO
13 
Periodonto é o termo utilizado para designar o grupo de estruturas 
que se localizam em torno da unidade dentária (peri = em torno de; odon-
to = dente) com o objetivo de proteção e sustentação do dente1. Ele pode 
ser anatomicamente dividido em duas partes: periodonto de revestimen-
to (também chamado de periodonto de proteção), formado basicamente 
pelo tecido gengival, e o periodonto de sustentação (também conhecido 
como periodonto de inserção), composto pelo cemento radicular, liga-
mento periodontal e osso alveolar2.
1. PERIODONTO DE REVESTIMENTO
O periodonto de revestimento é formado pelo tecido gengival, que re-
cobre o osso alveolar e raiz do dente próximo à junção cemento esmalte1. 
A gengiva é composta pelos tecidos epitelial e conjuntivo, formando uma 
faixa de mucosa mastigatória em torno dos dentes decíduos e permanen-
tes2,3. Ela parte da junção mucogengival e recobre as áreas marginais do 
rebordo alveolar. No palato não há junção mucogengival, uma vez que 
Anatomia, histologia e 
fi siologia do periodonto 1
Kaliane Rocha Soledade
Periodonto de Revestimento
Periodonto de Sustentação
Sistema Sanguíneo e Linfático do Periodonto
Sistema Nervoso do Periodonto
Quadro resumo
Quadro esquemático
Questões comentadas
Referências Bibliográfi cas
✓
✓
✓
✓
✓
✓
✓
✓
O que você irá ver nesse capítulo:
CAPÍTULO 1 ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO
14 
nesta porção a gengiva é contígua com a mucosa inserida e queratinizada, 
constituindo assim a mucosa palatina2. 
Clinicamente, podemos visualizar três partes distintas da gengiva:
a. A gengiva livre: compreende o tecido gengival das partes vestibular 
e palatina ou lingual dos dentes, correspondendo à porção não inse-
rida de gengiva que circunda o colo dentário. Esta mede aproximada-
mente 1,5 mm de altura, estendendo-se da margem gengival (mais 
apicalmente) até terminar na formação do sulco gengival livre, que 
normalmente se localiza na altura da junção cemento-esmalte. Em es-
tado de saúde, o sulco gengival mal permite a penetração da sonda 
periodontal, sendo considerado um dos principais parâmetros clínicos 
para diagnóstico das doenças periodontais1,2.
b. A gengiva inserida: firmemente ancorada no periósteo adjacente, 
sendo que na porção vestibular está situada entre a gengiva marginal 
e a junção mucogengival1,2.
c. A gengiva interdentária: tem sua forma determinada pela relação de 
proximidade entre os dentes, pelo trajeto da junção cemento-esmalte 
e pela largura da superfície proximal dos dentes. Na região dos dentes 
anteriores, chamamos esta gengiva de papila interdental, com forma-
to piramidal, determinada pelos pontos de contato entre os dentes. Já 
nos dentes posteriores, devido à extensão vestíbulo – lingual/palatina 
das unidades dentárias, existem áreas e não apenas pontos de contato. 
Por este motivo, as papilas são mais achatadas no sentido vestibulo-
lingual, formando uma área côncava – área de col. A região desta con-
cavidade é formada por um epitélio delgado não queratinizado, com 
semelhanças histológicas do epitélio juncional1,2.
ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO
15 
Figura 01. Desenho esquemático da divisão anatômica do tecido gengival 
(Fonte adaptada de LindheJ, Lang, NP, Karring, T. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia 
Oral. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2018).
Em condições de saúde a gengiva apresenta-se clinicamente em cor 
rosa pálida, podendo ser possível observar uma superfície corrugada (as-
pecto de casca de laranja), de consistência firme. A mucosa alveolar ad-
jacente é vermelha, lisa e brilhante, ficando bem evidenciada a transição 
na junção mucogengival. Quando submetida à sondagem periodontal, 
a profundidade do sulco gengival pode variar de 1 a 3 mm, não devendo 
apresentar sangramento e/ou supuração durante o exame3. 
Do ponto de vista histológico, o tecido gengival é revestido por um 
epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, que pode ser dividi-
do em três porções distintas: o epitélio oral, o epitélio sulcular e o epitélio 
juncional. O tecido conjuntivo subjacente ao epitélio gengival une a gen-
giva ao cemento radicular e ao processo alveolar adjacente, com quanti-
dade menor de células comparado ao epitélio e composto primariamente 
por fibras colágenas e substância fundamental2. 
O epitélio oral é o epitélio voltado para a cavidade oral. É do tipo 
pavimentoso estratificado e queratinizado. Forma um trajeto ondulado 
com o tecido conjuntivo subjacente, no qual projeta para o epitélio as de-
nominadas papilas do tecido conjuntivo que são separadas entre si por cris-
tas epiteliais. Na gengiva hígida estas papilas e cristas só estão presentes 
no epitélio oral e sulcular, não existindo no epitélio juncional1,3.
CAPÍTULO 1 ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO
16 
O epitélio do sulco corresponde à porção do epitélio oral voltada para 
o dente, formando a área do sulco gengival1.
O epitélio juncional inicia-se na superfície livre do fundo do sulco 
gengival, promovendo a inserção da gengiva no dente. Encontra-se ade-
rido à superfície dentária por meio de hemidesmossomos. Não é quera-
tinizado, sendo constantemente renovado por meio da divisão celular de 
sua camada basal1,4. 
Quadro 01. Diferenças entre o epitélio oral, epitélio sulcular e epitélio juncional.
Epitélio oral Epitélio do sulco Epitélio juncional
Grau de cera-
tinização
Ortoceratinizado Paraceratinizado Não ceratinizado
Células
90% de ceratinó-
citos
Melanócitos
Células de Lan-
gerhans
Células de Merkel
Células inflama-
tórias
Não apresenta cerati-
nização.
É frequente neste epi-
télio a presença de 
células inflamatórias 
infiltradas (neutrófilos)
Tamanho das células 
maior que do epitélio 
oral. Mais largo em sua 
porção coronal, tornan-
do-se mais fino em dire-
ção à junção cemento-es-
malte.
Volume do 
tecido
Células estreladas 
de volume e as-
pecto variados
Espaços intercelulares 
são amplos, proporcio-
nando alta permeabili-
dade tecidual.
Espaço intercelular maior.
Renovação 
celular
Velocidade de re-
novação de 10 a 
12 dias
Semelhante ao epitélio 
oral
Duas vezes mais rápido 
que o epitélio oral para 
compensar a falta da ca-
mada de ceratina.
Número de 
desmosso-
mos
Grande quanti-
dade de desmos-
somos e junções 
adesivas, demons-
trando alta coesão 
entre as células 
epiteliais
Semelhante ao epitélio 
oral
Menor quantidade de 
desmossomos que o epi-
télio oral.
Presença de hemides-
mossomos na interface 
epitélio/dente.
A maior parte do tecido gengival é formado pelo tecido conjuntivo2. 
Os principais constituintes deste tecido são as fibras colágenas (60%), fi-
broblastos (5%), vasos sanguíneos e terminações nervosas (35%), todos 
ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO
17 
eles mergulhados em uma substância fundamental amorfa. Entre os tipos 
celulares mais prevalentes estão os fibroblastos, mastócitos, macrófagos 
e células inflamatórias. São os fibroblastos os responsáveis pela produção 
das fibras do tecido conjuntivo, que podem ser divididas em quatro tipos: 
fibras colágenas, fibras reticulares, fibras elásticas e fibras oxitalânicas 4. 
As fibras colágenas constituem o componente mais essencial do pe-
riodonto. As moléculas de tropocolágeno são produzidas no interior dos 
fibroblastos e excretadas para o meio extracelular. Neste ambiente, estas 
moléculas se polimerizam para formar as fibras colágenas. Entretanto os-
teoblastos e cementoblastos também possuem capacidade de produzir 
colágeno. A maioria das fibras colágenas do tecido gengival tende a se 
dispor em grupos de feixes com orientação bem definida. A definição dos 
principais feixes de fibras colágenas do tecido gengival pode ser visualiza-
da no Quadro 021,3.
As fibras reticulares estão mais prevalentes no tecido adjacente à 
membrana basal, podendo ocorrer em grande número ao redor dos va-
sos sanguíneos imersos no tecido conjuntivo frouxo. As fibras elásticas 
são encontradas apenas associadas aos vasos sanguíneos. Nas porções 
de gengiva acima da junção cemento-esmalte não são encontradas fibras 
elásticas. As fibras oxitalânicas são as encontradas em menor número 
na gengiva, porém em grande quantidade no ligamento periodontal. 
Possuem função ainda desconhecida2,3.
Quadro 02. Principais características de cada um dos grupos de feixes de fibras colágenas 
encontradas no tecido gengival1.
Fibras circulares Localizados na gengiva livre;Circundam o dente como um colarinho.
Fibras 
dentogengivais
Integradas ao cemento da porção acima do alvéolo dentário;
Projetam-se do cemento em forma de leque para o tecido gengival.
Fibras 
dentoperiósteas
Integradas ao cemento como as fibras dentogengivais;
Projetam-se apicalmente em direção à crista óssea alveolar nas faces 
vestibular e lingual;
Terminam no tecido da gengiva inserida.
Fibras transeptais
Estendem-se entre os cementos supra-alveolares de dentes contíguos;
Seguem um trajeto retilíneo através do septo interdental;
Inseridas no cemento de dentes adjacentes.
25 
QUADRO RESUMO
Palavras chave Definição
Junção 
cemento-esmalte
Corresponde à junção anatômica entre o esmalte (que recobre a 
coroa dentária) e o cemento (que recobre a raiz dentária).
Junção mucogengival
Encontrada na porção vestibular, demarca a passagem da gengiva 
inserida, firmemente aderida ao periósteo, para a mucosa alveolar 
móvel e relativamente frouxa.
Periósteo
Membrana formada por tecido conjuntivo denso, vascularizada e 
fibrosa que reveste exteriormente os ossos e da qual podem for-
mar-se elementos ósseos.
Aspecto de casca de 
laranja
O aspecto de casca de laranja do tecido gengival é determinado 
pela interposição de numerosas papilas conjuntivas que partem 
da lâmina própria e se interpõem ao tecido epitelial, determinan-
do uma superfície granulosa na gengiva inserida.
Sondagem periodontal
Corresponde a uma parte do exame clínico periodontal, em que 
uma sonda milimetrada é colocada dentro do sulco gengival, em 
direção a sua porção apical até que se encontre resistência, sendo 
registrada a profundidade de acordo à posição da margem gen-
gival. 
Epitélio pavimento 
estratificado 
queratinizado
É a porção do tecido epitelial que, durante a migração das células 
das camadas mais basais para a camada mais apical, perdem as 
suas organelas e seu citoplasma é preenchido por queratina.
Desmossomos/hemi-
desmossomos
São estruturas de adesão celular. Desmossomos são estruturas 
complexas, em forma de disco, e estão dispersos na superfície 
das células. O hemidesmossomo é o resultado da divisão de um 
desmossomo. Eles ligam a membrana plasmática de uma célula à 
lâmina basal adjacente, por meio de filamentos de queratina.
Tecido conjuntivo
É um tecido de conexão, composto de grande quantidade de ma-
triz extracelular, células e fibras. Suas principais funções são for-
necer sustentação e preencher espaços entre os tecidos, além de 
nutri-los. 
Células de Langerhans
São um tipo de células dendríticas, que podem estar presentes em 
tecidos não linfoides, com função de células apresentadoras de 
antígenos, participando do processo de defesa e processamento 
de antígenos estranhos.
Células de Merkel
Parecem ter uma função sensorial. Estão situadasna camada ba-
sal, ligadas às terminações nervosas.
26 
QUADRO RESUMO
Palavras chave Definição
Colo dental Parte do dente localizada entre a coroa e raiz. 
Hidroxiapatita
Porção mineral integrante do esmalte dentário, formada pela cris-
talização do fosfato de cálcio.
Tropocolágeno
É a unidade proteica que se polimeriza para formar fibrilas coláge-
nas, formada por três cadeias polipeptídicas dispostas em forma 
de hélice. As diferenças nas estruturas químicas dessas cadeias 
são responsáveis pelos vários tipos de colágeno.
Oclusão
Relações entre os contatos dos dentes do arco superior com o 
arco inferior.
Folículo dentário
É constituído por uma condensação periférica de células que se 
alinham em torno do germe dentário de desenvolvimento, se-
parando-o do restante do ectomesênquima da maxila e da man-
díbula. É responsável pela formação do periodonto de inserção 
do dente, ou seja, o cemento, o ligamento periodontal e o osso 
alveolar.
Osteoblastos
São as células responsáveis pela síntese dos componentes orgâ-
nicos da matriz óssea, colágeno, proteoglicanos, glicoproteínas.
Cementoblastos
São as células responsáveis pela produção do cemento celular e 
acelular, encontradas revestindo a superfície da raiz entre os feixes 
do ligamento periodontal.
Osso cortical
É a parte mais densa do tecido ósseo, encontrada em suas porções 
mais externas, responsável por 80% da massa esquelética.
Osso esponjoso
Situada nas porções mais internas, abaixo do osso cortical, forma-
do por partes com muitas cavidades intercomunicantes. Nestas 
cavidades situa-se a medula óssea.
Linfa
Líquido claro, transparente, alcalino, semelhante ao plasma, mas 
sem hemácias, composto principalmente por linfócitos, que são 
transportados pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e 
filtrados nos linfonodos ou nódulos linfáticos. 
Linfonodos
Possuem ação de defesa do organismo e produção de anticorpos. 
Também são chamados de gânglios linfáticos. São pequenos ór-
gãos existentes em diversos pontos da rede linfática, uma rede de 
ductos que faz parte do sistema linfático. 
27 
QUADRO RESUMO
Palavras chave Definição
Nociceptores
São receptores sensoriais responsáveis por enviar sinais causando 
a percepção da dor em resposta a um estímulo que possui poten-
cial de dano.
Mecanoceptores
São receptores sensoriais responsáveis pela detecção de pressão, 
deformações mecânicas.
Proprioceptores
São receptores sensoriais localizados nos músculos, tendões e li-
gamentos com capacidade de identificar sinais de tensões, pres-
sões ou distensões.
Canais de Volkman
São microcanais encontrados no osso compacto, perpendicula-
res aos Canais de Havers, fazendo parte do sistema de Haversian. 
Transportam pequenas artérias em todo o osso, mas não apresen-
tam lamelas concêntricas.
QUADRO ESQUEMÁTICO
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29 
QUESTÕES COMENTADAS
01 (CONSULPLAN/MG – 2018) “Esse epitélio apresenta uma superfície livre no fundo do sulco gengival. As suas células estão dispostas em uma camada basal e várias camadas suprabasais. É mais largo na parte correspon-
dente à coroa do dente (cerca de 15 a 20 camadas de células) tornando-
-se mais estreito (3-4 células) em direção à junção cemento-esmalte.” Essa 
descrição se refere a qual epitélio encontrado no periodonto?
 Ⓐ Oral.
 Ⓑ Basal.
 Ⓒ Do sulco.
 Ⓓ Juncional.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. O epitélio oral é o epitélio voltado para a 
cavidade oral, não fazendo correspondência anatômica com o sulco gen-
gival.
Alternativa B: INCORRETA. Não existe a terminologia epitélio basal. A 
camada basal é a denominação dada ao tecido conjuntivo subjacente ao 
tecido epitelial.
Alternativa C: INCORRETA. O epitélio do sulco gengival corresponde 
à porção do epitélio oral voltada para o dente, formando a área do sulco 
gengival.
Alternativa D: CORRETA. O epitélio juncional inicia-se na superfície 
livre do fundo do sulco gengival, promovendo a inserção da gengiva no 
dente. Não é queratinizado. Para compensar a falta de queratina renova-
-se duas vezes mais rápido que o epitélio oral.
30 
QUESTÕES COMENTADAS
02 (IDECAN/DF - 2017) As fibras constituem o elemento principal da matriz extracelular do ligamento periodon-tal, representando 70 a 80% de seu volume. As forma-ções colágenas do ligamento periodontal representam 
90% das fibras deste ligamento. As fibras colágenas podem ser formadas 
por tipos diferentes de colágeno. Qual é o tipo de colágeno com maior 
presença no ligamento, que é uniformemente distribuído, realiza função 
mecânica e as fibras se apresentam na forma de fita ou cilindro?
 Ⓐ I.
 Ⓑ II.
 Ⓒ III.
 Ⓓ IV.
GRAU DE DIFICULDADE
Comentário da questão: O colágeno do tipo I é o mais comum e pre-
valente no tecido conjuntivo frouxo. Forma fibras espessas, organizadas 
paralelamente em feixes, com capacidade de conferir resistência mecâni-
ca ao tecido.
Resposta: Ⓐ
03 (HUJB-UFCG/PB – 2017) O tecido conjuntivo frouxo que circunda as raízes dentárias e une o cemento radicu-lar ao osso alveolar denomina-se:
 Ⓐ epitélio juncional.
 Ⓑ epitélio dentogengival.
 Ⓒ dentina.
 Ⓓ ligamento periodontal.
 Ⓔ folículo dentário.
GRAU DE DIFICULDADE
31 
QUESTÕES COMENTADAS
Alternativa A: INCORRETA. O epitélio juncional circunda o colo de 
um dente completamente erupcionado, estabelecendo um mecanismo 
de adesão entre suas células e a superfície dentária (aderência do tipo epi-
telial).
Alternativa B: INCORRETA. O epitélio dentogengival surge em asso-
ciação com a erupção dos dentes, sendo formado pelo epitélio juncional, 
epitélio do sulco e epitélio oral.
Alternativa C: INCORRETA. A dentina é um tecido conjuntivo avascu-
lar, mineralizado, especializado. É recoberta pelo esmalte na sua porção 
coronária e pelo cemento na porção radicular.
Alternativa D: CORRETA. O ligamento periodontal é o tecido conjun-
tivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos 
dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou osso alveolar propria-
mente dito.
Alternativa E: INCORRETA. É formado pela condensação periférica de 
células que se alinham em torno do germe dentário em desenvolvimento, 
sendo responsável pela formação do periodonto de inserção do dente.
04 (IDECAN/DF - 2017) Sobre o processo alveolar, a porção da maxila e mandíbula que forma e sustenta os alvéolos dentários, analise as afirmativas.
I. O tamanho, a forma, a localização e a função dos dentes determinam a 
morfologia do processo alveolar.
II. A parede externa do alvéolo é formada por um osso fino e compacto, 
chamado de osso alveolar propriamente dito e identificada radiografi-
camente como lâmina dura.
III. O septo interdental consiste em suporte ósseo esponjoso aprisionado 
por uma camada de osso compacto.

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