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Thai chi chuan Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa praticada com movimentos realizados lentamente e em silêncio, proporcionando a movimentação da energia do corpo e estimulando a consciência corporal, a concentração e a tranquilidade. Esta prática estimula tanto a parte física quanto mental. Dentre os principais benefícios destaca-se: ● Aumentar a vitalidade, com mais disposição e energia para o dia-a-dia; ● Fortalecer os músculos; ● Melhorar o equilíbrio; ● Aumentar a concentração; ● Diminuir a tensão muscular; ● Melhorar a flexibilidade das articulações; ● Aliviar o estresse e combater a depressão; ● Equilibrar as emoções; ● Estimular o convívio social; ● Estimular o sistema nervoso e imunológico. O Tai Chi pode ser praticado por qualquer pessoa, sendo recomendado utilizar calçados macios e roupas confortáveis, que não atrapalhem a realização dos movimentos. Também pode ser praticado em qualquer local, mas de preferência ao ar livre. Esta prática é também conhecida como meditação em movimento, e é muito realizada tanto como um esporte de defesa pessoal, mas também para fins terapêuticos, pois seus exercícios trazem benefícios como corrigir a postura, o equilíbrio e a força, além de harmonizar as emoções e combater doenças mentais como ansiedade e depressão. O Tai Chi Chuan é uma das artes marciais mais simples e fáceis de fazer, podendo ser praticada por qualquer pessoa e iniciada em qualquer idade, sendo inclusive muito indicada para idosos. O Tai Chi Chuan é um exercício ideal para idosos, pois é uma arte marcial de baixo impacto e que não tem restrições, trazendo diversos benefícios como evitar a perda de força muscular, aumentar a força dos ossos e melhorar o equilíbrio e a flexibilidade, diminuindo o risco de quedas e de fraturas. Esta arte marcial também é uma atividade física que diminui as dores provocadas pelas artrites, artroses e contraturas musculares. A saúde do coração também pode ser melhorada com esta prática, que, além disso, traz benefícios para a saúde psicológica, melhorando o bem-estar, a serenidade e a tranquilidade. Os princípios filosóficos do taiji Quan remetem ao taoismo e à alquimia chinesa. A relação de yin e yang, os cinco elementos, o ba gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (Yi Jing) e o Dao De Jing de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos. ● Os textos clássicos do Taiji Quan escritos pelos mestres orientam a: ❏ Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動 ❏ Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛 ❏ Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快 : 太, Tai, significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto". 極 (ou 极 em chinês simplificado), Ji (ou Chi), significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado "cumeeira". Por extensão, significa também "polar". 拳, Quan (ou Chuan), significa "Punho", aqui simbolizando "soco", "luta a mãos livres" (desarmadas), "boxe" História: história do taiji quan é considerada sempre sob dois aspectos: o lendário e o historicamente comprovado. Esses dois aspectos não se excluem necessariamente para a maioria dos professores propagadores dessa arte. O aspecto lendário é, geralmente, encarado como uma metáfora para indicar o desenvolvimento dos princípios do taiji quan através da figura do daoista imortal Chang San Feng. Historicamente comprovado, o criador do taiji quan foi Chen Wangting. Existem indicações de que, durante a Dinastia Tang (618-906 d.C.), um eremita chamado Xu Xuan Ping desenvolveu uma arte chamada "os trinta e sete estilos do taiji", também chamada de chang chuan (punho longo) ou chang kiang (rio longo). Por volta da mesma época, um monge daoista chamado Li Dao Zi praticava uma arte denominada "punho longo primordial", semelhante aos trinta e sete estilos do taiji. Muitas das posturas dessas duas artes têm nomes semelhantes aos das atuais posturas do taiji quan. O texto Guan Jing Wu Hui Fa (Método para se Alcançar o Esclarecimento Através da Observação da Escritura), escrito por Cheng Ling Xi na época da Dinastia Liang (907-923 d.C.), no período das cinco dinastias e dos dez reinos, é o documento mais antigo já encontrado a usar o termo taiji quan. Cheng Ling Xi foi discípulo de Han Gong Yue, que lhe ensinou sua arte, chamada "Os catorze estilos do treinamento do taiji". Chang San Feng (1247-?), que então vivia num templo daoista nas Montanhas Wudang, já teria desenvolvido uma arte conhecida como "Os trinta e dois estilos do punho longo de Wudang" e, posteriormente, criou "As treze posturas do taiji", após observar uma luta entre um pássaro (grou) e uma cobra, quando constatou que a flexibilidade se sobrepunha à rigidez, compreendendo a prática da alternância entre o yin e o yang e outras concepções da natureza, que se constituem na base do que depois passou a ser chamado de taiji quan. O sucessor de Chang Sangfeng foi o também monge taoista Taiyi Zhenren, que, no final da dinastia Ming, difundiu a arte entre os discípulos do monte Wudang. Entre esses discípulos, encontrava-se outro monge de nome Ma Yun Cheng. Segundo os historiadores Tang Hao e Gui Liuxin, seguindo a origem a partir do fato histórico de que Yang Luchan aprendeu com Chen Changxing (1771-1853) do vilarejo de Chenjiagou, o taiji quan foi criado por Chen Wangting (1600-1680) na passagem da dinastia Ming para a dinastia Qing. Esta é a versão considerada oficial pelo governo chinês . São cinco os estilos de taiji quan reconhecidos como tradicionais pela comunidade internacional: cada um deles recebeu o nome da família chinesa que o criou, desenvolveu e transmitiu. Todos têm a mesma essência e seguem os mesmos princípios básicos, diferindo apenas na forma. Por ordem cronológica, temos: Taiji quan estilo Chen (陳⽒) Taiji quan estilo Yang (楊⽒) Taiji quan estilo Wu/Hao (武⽒) Tai chi chuan estilo Wu (吳⽒) Tai chi chuan estilo Sun (孫⽒)