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SEMIOLOGIA DO IDOSO

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Semiologia Do Idoso 
Epidemiologia: Transição demográfica e transição 
epidemiológica. 
Envelhecimento: processo dinâmico e progressivo, 
no qual há modificações morfológicas, funcionais, 
bioquímicas e psicológicas que determinam perda da 
capacidade de adaptação do individuo ao meio 
ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e 
maior incidência de processos patológicos que 
terminam em leva-lo à morte. 
Fenótipo é resultado de fenômenos intrínsecos ao 
organismo associados a fatores ambientes, estilo de 
vida, etc. 
Divididos em 3 grupos: 
 Idosos jovens: 65 a 74 anos 
 Idosos velhos: 75 a 84 anos 
 Muito idosos: 85 anos ou mais 
OMS: a partir de 65 anos para países desenvolvidos, 
a partir de 60 anos no em desenvolvimento. 
 Senescência ou senectude: envelhecimento 
normal 
 Senilidade: causadas pelas doenças que 
podem acometer os idosos. 
Modificações sistêmicas 
 Aumento da gordura corporal. 
 Diminuição da massa magra. 
 Diminuição da densidade óssea. 
 Diminuição da água intracelular. 
 Manutenção da água extracelular. 
A importância das modificações sistêmicas consiste 
na farmacologia hidrossolúvel e lipossolúvel. 
Medicamentos podem apresentar potencialização ou 
atenuação do seu efeito farmacocinético e 
farmacodinâmico. 
 Tecido subcutâneo diminui nos membros e 
aumenta no tronco, aumento da obesidade 
central. 
 Aumento dos diâmetros da caixa torácica e 
do crânio. 
 A partir dos 40 anos – estatura diminui 1 cm 
por década. (aumento das curvaturas da 
coluna vertebral; achatamento dos arcos dos 
pés e dos discos intervertebrais) 
 Albumina sérica diminui. 
 Taxa de metabolismo basal diminui de 10 a 
20% 
 Modificações no sistema de regulação da 
temperatura corporal – febre geralmente não 
ocorre, maior risco de hipo ou hipertermia. 
 Diminuição da imunidade celular e aumento 
das infecções e neoplasias. 
 Aumento da predisposição à formação de 
auto-anticorpos. 
Pele, subcutâneo e fâneros 
Envelhecimento x exposição a raios solares. 
 Fotoenvelhecimento: alterações do colágeno 
e fibras elásticas. diminuição da espessura e 
elasticidade da epiderme e derme. 
 Diminuição da espessura do tecido 
subcutâneo. Aumento da flacidez, formando 
grandes pregas nos braços, coxas e 
abdome. 
 Diminuição da quantidade e atividade das 
glândulas sudoríparas e sebáceas – pele 
mais rugosa e seca. 
 Diminuição dos melanócitos – manchas 
hipercrômicas, planas e lisas ( face e dorso 
das mãos) – melanose senil. 
Fâneros: 
 Homens: diminuição dos pelos do corpo – 
exceção nariz, sobrancelhas e orelhas. 
 Mulheres: diminuição das axilas, pernas e 
púbis. Aumento da quantidade de pelos 
acima do lábio superior e do mento. 
 Canície: medula dos cabelos se enche de ar 
e o córtex perde o pigmento. 
 Calvície: diminuição da quantidade de 
bulbos capilares. 
 Unhas crescem mais lentamente e tornam-
se espessas e curvas (onicogrifose). 
Sistema osteoarticular e muscular 
Ossos: 
 Diminuição da massa óssea – homens a 
partir 60 anos, e em mulheres após a 
menopausa. 
 Sinostose ossos do crânio – suturas do 
crânio se tornam fixas. 
 Desgaste de ossos maxilar e mandíbula. 
 Caixa torácica perde elasticidade e 
mobilidade. 
 Acentuam-se as curvas da coluna vertebral. 
Músculos: 
Sarcopenia: perda de 1 a 2% da massa muscular 
ao ano a partir dos 60 anos – aumento do risco de 
quedas, declínio funcional, redução da mobilidade, 
incapacidade e dependência. 
Sistema nervoso 
 Perda neuronal – peso e volume do cérebro 
diminuem. 
 Acumulo de lipofuscina, substância neta 
amiloide na parede dos vasos e formação de 
algumas placas senis em determinadas 
regiões, como hipocampo. 
 Funções mentais preservadas até o final da 
vida. 
 Memórias para fatos recentes e capacidade 
de reter novas informações podem diminuir 
com a idade, mas sem causar perda 
funcional. 
 Neurotransmissores diminuem (acetilcolina e 
dopamina), mas sem causar disfunção. 
 Velocidade de condução nervosa diminui – 
acentuação dos reflexos tendinosos 
profundos, principalmente patelar e aquileu. 
 Sono – redução do tempo total do sono – 
diminuição da duração e frequência da fase 
4 do sono não REM – aumentam os 
despertares noturnos. 
Sentidos especiais 
Audição: 
 Pavilhões auriculares aumentam com a 
idade, principalmente os lóbulos. 
 Articulações entre martelo, bigorna e estribo 
calcificam-se. 
 A audicação diminui com a idade, 
principalmente para sons agudos – 
presbiacusia – pode ser necessário prótese 
auditiva. 
Visão: 
 Hiperpigmentação e edema de pálpebra 
inferior. 
 Ptose palpebral superior por perda muscular. 
 Opacificação do cristalino – catarata. 
 Presbiopia (elasticidade dos músculos que 
fixam o cristalino). 
 Depósitos de lipofucsina na retina. 
 Diminuição do humor vítreo. 
 Degenerações macular senil. 
Olfato: 
 Diminuição dos receptores olfatórios 
 Diminuição do olfato. 
 Anosmia não é fisiológico do 
envelhecimento. 
Paladar: 
 Atrofia das papilas gustativas. 
 Diminuição do paladar, principalmente para 
alimentos salgados. 
Sistema cardiovascular 
 Artérias tornam-se enrijecidas e tortuosas – 
aumento do colágeno, diminuição das fibras 
elásticas e depósitos de cálcio. 
 Dilatação da porção proximal da aorta – 
ectasia de aorta. 
 Miocárdio – depósito de lipofuscina e 
substância amiloide, acúmulo de gordura, 
fibrose e calcificação. Pelo simples fato de 
ser idosos, pode ser acometido por 
insuficiência cardíaca diastólica, por isso 
deve-se ter cautela ao administrar volume, 
pois é mais fácil causar uma congestão. 
 Pericárdio e endocárdio – espessamento. 
 Valvas – degeneração com espessamento, 
fibrose e calcificação – principalmente 
aórtica e mitral. 
 Redução da quantidade de células do nó 
sinusal e atrioventricular – arritmias (doença 
do nó sinusal). 
 Aumento da PA sistólica – aumento do risco 
de doença cerebrovascular. 
 
Sistema respiratório 
 Enrijecimento e calcificação das cartilagens 
traqueais e brônquicas. 
 Diminuição da elasticidade dos bronquíolos 
e pulmões. 
 Dilatação de alguns alvólos com formação 
de cistos por ruptura de septos 
interalveolares. 
 Aumento do volume residual 
 Capacidade pulmonar total mantida. 
 Capacidade vital diminui. 
 Pressão parcial de oxigênio arterial diminui 
 Pressão parcial de dióxido de carbono 
mantida. 
 Mecanismos de limpeza brônquica – 
velocidade de batimento ciliar, produção de 
muco e eficácia da tosse – sofrem 
alterações. 
Sistema digestório 
 Perda de dentes – má higiene e doença 
periodontal. 
 Reabsorção óssea e deslocamento da 
mandíbula. 
 Mucosa oral perde elasticidade e resistência 
– mais vulnerável a traumas e infecções. 
 Glossodínia é comum – sem causa 
aparente. 
 Diminuião das células secretoras das 
glândulas digestivas – salivares, mucosa 
gástrica, pâncreas e bile. 
 Atrofia da túnica muscular de todo tubo 
digestivo, enfraquecimento da parede do 
colon faz com que a musculatura se 
envagine, causando diverticulose. 
Diminuição da motilidade, formação de 
divertículos. 
 Parte distal do esôfago – substituição do 
epitélio escamoso por epitélio colunar. 
 Atrofia das microvilosidades intestinais. 
 Depósitos de lipofuscina e diminuição dos 
hepatócitos. 
Sistema urinário 
 Redução do tamanho e peso dos rins. 
 A partir da 4° década de vida, o fluxo 
plasmático renal e a filtração glomerular 
diminuem 10% por écada – diminuição do 
ClCr 8 a 10 ml/min/1,73m2 
 Alterações tubulares renais somadas à 
diminuição da capacidade de concentração 
e diluição da urina em condições de 
sobrecarga e restrição hídricas aumentam a 
chance de hipernatremia, hiponatremia e 
desidratação e diminuem a capacidade de 
excretar ácidos. 
 Excreção de potássio diminui. 
 Hipertrofiaprostática comum. 
 Complacência da bexiga diminui. 
Sistema endócrino 
 Atrofia tireoide, hipófise e paratireoides, 
suprarrenais sem diminuição da função. 
 Tendência à formação de nódulos na 
tireoide. 
 Atrofia acentuada do timo. 
 Involução e calcificação da glândula pineal – 
diminuição da secreção da melatonina. 
 Diminuição progressiva da produção de 
testosterona e interrupção da produção de 
estrogênio – aumento FSH/LH 
 Resistência à insulina e diminuição da 
tolerância à glicose – dificultando o 
diagnóstico do diabetes. 
 Redução de 50% da secreção do hormônio 
de crescimento e resposta a estímulos. 
 Redução do sulfato de 
desidroepiandroesterona (DHEA) – 
consequências não compreendidas e não 
indicado o uso. Apenas como coadjuvante 
da insuficiência adrenal cíclica e 
laboratorialmente comprovadas. 
Sistema genital feminino 
 Atrofia dos ovários 
 Mamas flácidas e pendentes. 
 Vagina diminui em comprimento e largura, 
mucosa atrofia e resseca. 
 Disparionia . 
 Útero perde peso e ligamentos afrouxam-se, 
favorecendo a ptose visceral. 
 
 
Sistema genital masculino 
 Diminuição dos testículos, vesículas 
seminais e dimensões do pênis, que perde 
sua elasticidade. 
 Volume prostático aumenta mas suas 
glândulas atrofiam. 
 Capacidade reprodutiva diminuída. 
 
SEMIOLOGIA 
 Idade cronológica com pouca ou nenhuma 
relação com as condições clínicas e 
prognóstico do paciente. 
 Quanto maior a idade, maior o risco de 
invalidez. 
 Preconceitos em relação a velhice. 
 Envelhecer não é tornar-se criança 
novamente. 
 Respeitar a opinião do paciente. 
 Na maioria das vezes os sintomas não 
são explicados por uma única doença. 
Aspectos próprios do idoso: 
 Tendência a múltiplas doenças 
 Doenças crônicas 
 Sintomas da atual doença podem ser 
alterados por doenças preexistentes. 
 As primeiras manifestações de uma doença 
podem aparecer somente em fases 
aavançadas 
 Tendência a ter doenças agudas mais 
graves e de recuperação mais lenta 
 Tendência a ter doenças com apresentação 
clinica atípica 
 Tendência a ter doenças funcionais que 
comprometem a capacidade de viver 
independentemente. 
 Maior risco de sofrer iatrogenia 
Anamnese 
 Pode parecer difícil, história geralmente é 
longa e demanda vários encontros para ser 
completada. 
 Algumas vezes a entrevista por si só pode 
ser terapêutica. 
 Ideal – equipe multiprofissional 
 Assegurar-se da confiabilidade das 
informações. 
 Medicamentos usados atualmente e 
recentemente perguntar insistentemente 
sobre automedicação. 
Dificuldades na anamnese: 
 Paciente informa pouco sobre sua doença. 
 A doença é aceita como inevitável. 
 Considerada natural do processo de 
envelhecimento 
 Paciente é intimidado por médico apressado 
 Medo de fazer grandes gastos caso esteja 
doença. 
 Paciente teme as consequências de informar 
os seus sintomas – exames, medicamentos 
e cirurgias. 
Doenças de apresentação atípica - Limiar da dor é 
aumentado. Paciente restringe as atividades físicas, 
por isso não apresenta sintomas. 
Apresentações inespecíficas das doenças 
agudas – infecções, insuficiência cardíaca, infarto 
agudo do miocárdio manifestando-se somente com 
confusão mental, queda ou incontinência. 
Barreiras de comunicação 
História extensa e queixas mal caracterizadas 
Queixas que merecem atenção: 
 Diminuição de memória 
 Distúrbios de comportamento e 
deambulação excessiva 
 Tonturas, alterações de marcha e quedas 
 Perdas sensoriais 
 Condições dos dentes e da boca 
 Perda de peso (>5% em 1 mês, >7% em 3 
meses, > 10% em 6 meses) 
 Modificações do sono 
 Fadiga 
3 “Ds” da geriatria 
 Delirium 
 Demência 
 Depressão 
5 “Is” da geriatria 
 Instabilidade postural 
 Insuficiência cognitiva 
 Imobilidade 
 Iatrogenia 
 Incontinência urinária/fecal 
Incontinência urinária e/ou fecal 
 Mulheres – IUE (incontinência urinária de 
urgência) por frouxidão da musculatura 
pélvica. 
 Homens – incontinência por 
transbordamento na HPB 
 Incontinência fecal – menos prevalente, 
geralmente acompanha a urinária 
Sexualidade: 
 Maneira como uma pessoa vivencia e 
expressa seu sexo. 
 Ato sexual – tabu, mito da velhice 
assexuada 
 Alterações por fatores orgânicos, 
emocionais, sociais e culturais. 
 Orgânicos – problemas hormonais, doenças 
do aparelho genitourinário, doenças 
cardiovasculares, doenças cerebrais, 
diabetes, DPOC, depressão, medicamentos. 
 Socioculturais – viuvez, separação, doença 
do parceiro, deseho de renunciar à vida 
sexual 
 4 fases: excitação (mais demorada), platô 
((melhor controlado), orgasmo (orgasmo 
seco) e resolução (prolongado – dias, até 
semanas) 
Queixas de ansiedade e depressão – apresentação 
atípica. 
Febre: idosos podem apresentar infecção sem febre. 
Mais frequente ser acompanhada de confusão 
mental, delírios e alucinações. 
Dor: limiar de dor aumentada. Quando tem dor, nível 
de tolerância menor e reação mais acentuada, 
manifestações atípicas e mal localizadas. 
Mudanças do ciclo de vida: Menopausa, 
aposentadoria, doença ou morte de familiar, 
síndrome de ninho vazio. 
 Período para o ajustamento 
Fases pós-diagnóstico de doença avançada: 
negação, raiva , barganha, e introspecção até 
aceitação. 
Antecedentes e hábitos de vida: 
 Estado de saúde dos descendentes. 
 Experiências, expectativas e atitudes do 
paciente em relação às doenças e à morte. 
 Hábitos alimentares. 
 Condições de trabalho. 
 Prática de atividade física. 
 Vícios. 
 Tipos de habitação, existência de escadas, 
localização dos banheiros. 
 Paciente reside sozinho ou com familiares. 
 Condição financeira e quem administra as 
finanças. 
 Condições de saúde das pessoas que dão 
apoio ao idoso – estresse do cuidador. 
Exame físico 
Postura e marcha alterados. 
Fácies: algumas fácies típicas podem não ocorrer no 
idoso. 
IMC - <22 para desnutrição. 
Pele não é parâmetro de avaliação para hidratação 
no idoso. Local sublingual é o melhor para essa 
avaliação 
Pele: úlceras por pressão, condições de má higiene, 
maus tratos. 
Pressão arterial: hipertensão sistólica isolado do 
idoso. 
Hipotensão postural: PA em decúbito dorsal após 2 
a 3 minutos em repouso. 
PA com o paciente sentado e após ficam em pé, 
com intervalo de 1 a 3 minutos. 
Contar a frequência cardíaca em todas as etapas ( 
normal elevar 6 a 12 bpm na posição ereta. Sem 
alteração – dano SNA, aumento > 20 bpm – 
hipovolemia) 
Pseudo-hipertensão – paciente piora quando a 
pressão melhora. 
Alteração: Maior que 20 mmHg na sistólica e 10 
mmHg na diastólica – sugere hipotensão postural 
Exame de cabeça e pescoço: dentes, tamanho do 
crânio, pescoço, tireoide, auscultar e palpar pulsos. 
Exame de tórax: cifose, aumento do diâmetro 
anteroposterior, exame de mamas. Palpação do 
ictus cordis cada vez mais difícil. Palpação dos ictus 
cordis cada vez mais difícil. Bulhas cardíacas podem 
ser hipofonéticas. B4 pode surgir sem significado 
patológico. 
Sopro eletivo aórtico ou regurgitamento mitral podem 
surgir sem alteração funcional. Sopros diastólicos 
sempre patológicos. 
B4 geralmente está relacionado a hipertrofia do 
musculo cardíaco. 
Exame de abdome: palpar e auscultar trajeto da 
aorta abdominal. Palpação suprapúbica – bexigoma. 
Toque retal – doença prostáticas, fecalomas e 
neoplasias de reto. 
Exame das extremidades; deformidades, como 
aarqueamento da perna por alteração da tíbia. 
Nódulos de Heberden e Bouchard. 
Deformidades em pescoço de cisne e casa de botão, 
desvio ulnal dos dedos, atrofia dos músculos 
interósseos, trofismo muscular, edema varizes. 
Exame neurológico 
Deve ser sempre realizado, independente da queixa. 
Avaliar função mental. Examinar nervos cranianos, 
principalmente motricidadeocular. (idosos 
apresentam maior dificuldade com o olhar vertical) 
30 a 40% apresentam rigidez de nuca decorrente de 
osteoartrose da coluna cervical. Reflexos profundos 
diminuídos. 
Avaliação geriátrica ampla 
Definição: método de avaliação multidimensional do 
idoso; aborda os aspectos clínico, funcional, 
psicológico. 
Objetivo: planejamento do cuidado, 
acompanhamento em longo prazo. 
AGA é diferente do exame clínico padrão: enfatizar a 
avaliação da capacidade funcional e da qualidade de 
vida. Baseia-se em escalas e testes quantitativos. 
 OMS conceitua Três domínios específicos que 
definem o objetivo da AGA: deficiência (deficiência 
cognitiva, prevenção), incapacidade (incapacidade 
de executar AVD e reabilitação), desvantagem 
(social/dependência, inclusão). 
Nível individual: melhora a acurácia do exame clínico 
tradicional, estabelece o grau e a extensão da 
incapacidade, identifica idosos em risco de declínio 
funcional. 
Nível populacional: instrumento utilizado em estudos 
clínicos para a avaliação da capacidade funcional e 
da qualidade de vida, identifica populações de risco, 
deve ser utilizado para o planejamento de politicas 
públicas para o envelhecimento. 
Autonomia x Independência 
Autonomia – esclarecimento, capacidade de tomar 
uma decisão 
Cognição preservada, humor adequado. 
Independência – capacidade de executar alguma 
tarefa. 
Mobilidade e comunicação preservados. 
Dimensões e subdimensões da AGA 
 Estado funcional: equilíbrio, AVD, AIVD 
 Condições médicas: lista ou mapa de 
problema,s, comorbidades, gravidade das 
doenças, lista de medicamentos, deficiência 
sensoriais, avaliação nutricional. 
 Funcionamento social: disponibilidade e 
adequação de suporte familiar e social, 
condições ambientais 
 Saúde mental (cognição e humor): função 
cognitiva , rastreio para depressão. 
Componentes básicos da AGA 
 Avaliação clínica: anamnese, saúde física 
(visão, audição, incontinência) 
 Equilíbrio e marcha (POMA – Tinetti) 
 Avaliação nutricional 
 Capacidade funcional: ABVD, AIVD 
 Saúde mental: cagnição, humor, álcool. 
 Avaliação social e ambiental: rede social, 
segurança ambiental, avaliação do cuidador 
 
 Cognição: envolve memória, função 
executiva, linguagem, praxia, gnosia, função 
visoespacial. 
 Humor: motivação; 
 Mobilidade: postura/marcha, capacidade 
aeróbia 
 Comunicação: visão, audição, fala 
Equilíbrio e mobilidade 
Aparelho locomotor sofre importantes modificações 
 diminuição na amplitude do movimento e 
alterações de marcha. 
 Passos curtos e bem mais lentos (arrastar o 
pé), braços perdem a amplitude, estão mais 
próximos do corpo. 
 Centro de gravidade se adianta e a base de 
sustentação de ampliação. 
Avaliação: 
 Get up and go, timed get up and go 
 Tinetti 
 Poma 
Get up and go: levantar sem encosto, andar 3 m, 
e voltar. 
< 10s independente sem alterações de equilíbrio 
<20 s independente em transferências básicas 
>30 s dependente em muitas atividades de vida 
diária e na habilidade da mobilidade. 
Poma Brasil 
Avalia o equilíbrio sentado, levantando da cadeira, o 
equilíbrio em pé, equilíbrio com os olhos fechados e 
pés próximos, equilíbrio ao girar, equilíbrio com o 
apoio de um pé só, equilíbrio ao “pegar” algo no alto. 
Tinetti 
Equilíbrio sentado, levantando, tentativas de 
levantar, assim que levanta, equilíbrio em pé, teste 
dos três tempos, olhos fechados, girando 360°, 
sentando. 
Saúde mental 
avaliação de síndromes demenciais: são causas 
importantes de dependência e institucionalização. 
várias escalas para avaliar cognição. 
MEEM: fácil, rápida aplicação, testa principais, 
aspectos da função cognitiva. Teste de rastreio, 
complementar teste relógio, nomeação de animais 
Depressão: maior prevalência, duração, 
recorrência. 
GDS: ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA. 
Capacidade funcional: aptidão para realizar 
determinada tarefa que lhes permita cuidar de si 
mesmo, ter uma vida independente. 
Escalas de Katz e Lawton 
Atividade avançadas de vida diária: dirigir, pintar, 
serviços voluntários, desejo, motivação. 
Avaliação nutricional 
Inúmeros motivos podem levar o idoso à 
desnutrição: viver sozinho, restrições funcionais. 
Condições sociais adversas e sexo masculino são 
mais propensos 
IMC: 
 22-27: normal 
 27-29,9: sobrepeso 
 >30: obeso 
Fatores socioambientais 
 Difícil ser quantificado; dimensão 
heterogênea. 
 Avaliar condições sociais – avaliar recursos 
disponíveis de suporte (social, financeiro, 
familiar) 
 Qual tipo de ajuda 
Não é fácil intervir sobre as condições sociais. 
Avaliar necessidades especiais, adaptação do 
ambiente, estresse cuidado. 
Alterações cognitivas e 
comportamentais no idoso 
O que é déficit cognitivo? 
 Memória: capacidade de armazenar 
informações. 
 Linguagem: capacidade de ecompreensão e 
expressão oral e escrita 
 Função executiva: capacidade de 
planejamento, abstração (melhor um 
pássaro na mão do que dois voando), 
sequenciamento, monitoramente e 
desempenho de atividades complexas. 
 Gnosia: capacidade de reconhecer objetos, 
cores, pessoas. 
 Praxia: capacidade motora (coordenação, 
sequencia, motora) 
 Habilidade visuo-espacial: capacidade da 
percepção espacial e das relações dos 
objetos e locais. 
Quais as queixas do paciente com déficit cognitivo? 
Dificuldades para aprender informações novas, 
esquecimento frequente, guardar objetos em locais 
impróprios, esquecer nomes, deixar de realizar 
tarefas manuais e artesanais, insistir que aquela não 
é a sua casa, perda do bom senso, repetitividade, 
esquecer de compromissos e contas a pagar, não 
dar recados, baixa capacidade de julgamentos, não 
distinguir realidade do que passa na TV. 
Quais tipo de declínios cognitivos? 
Queixa subjetiva de memória – não há alterações 
em testes cognitivos. 
Déficit cognitivo associado à idade – dificuldades 
cognitivas benignas e estáveis, sendo parte do 
processo de envelhecimento. 
Características dos idosos normais: 
São mais lentos, distraem-se com facilidade, 
repetem várias vezes as mesmas coisas, vivem 
apegados ao passado, são teimosos, inflexíveis, 
esquecem palavras no meio da conversa, esquecem 
o nome das pessoas, não lembram coisas que 
fizeram recentemente, estão mais deprimidos 
(perdas, doenças, aposentadoria, solidão). 
Comprometimento cognitivo leve: queixa de déficit 
cognitivo. 
Delicionio cognitivo relativo ao desempenho prévio 
do indivíduo. Anormalidade em testes cognitivos 
envolvendo a memória ou outros domínios 
cognitivos. 
 Sem prejuízo funcional = Ausência de 
demência. 
 Com alteração nos testes cognitivos = 
declínio cognitivo leve 
 Sem alteração nos testes cognitivos: 
queixa subjetiva de perda de memória 
DCL amnésico – chance maior de evoluir para 
demência. 
DEMÊNCIA 
Síndrome clínica adquirida, caracterizada por 
prejuízo progressivo das habilidades cognitivas 
grave o suficiente para interferir nas atividades 
sociais e ocupacionais habituais do individuo. 
É uma síndrome e não uma doença. presença de 
déficit cognitivo acometendo a memória e pelo 
menos mais uma área da cognição além da 
memória. Sensório preservado, prejuízo funcional. 
Síndromes depressivas: queixas cognitivas 
(memória, atenção, concentração). Início mais 
recente e mais preciso dos sintomas. Progressão 
rápida. Queixas enfatizadas e detalhadas. Pequeno 
esforço para realizar tarefas. Prejuízo precoce de 
atividades sociais. Respostas do tipo “não sei”. 
Estados confusionais: delirium; alteração cognitiva 
global devida a alteração orgânica, inicio agudo e 
curso flutuante, diminuição do estado de alerta e 
atenção, hiper ou hipoatividade psicomotora, 
alucinações visuais/auditivas. 
Outros transtornos mentais possivelmente 
associados com demência 
Induzidos por drogas/álcool 
 Benzodiazepínicos Anticonvulsivantes – topiramato 
 Abuso/dependência de álcool – efeito 
citotóxico pelo glutamato, carências 
nutricionais. 
Desordens metabólicas: 
 Hipo ou hipertireoidismo 
 Hipo ou hipercalcemia (hiperparatireoidismo) 
 Doença de Cushing ou Addusin 
 Insuficiência renal 
 Insuficiência hepática 
 Hipóxia ou hipercapnia (DPOC) 
TRANSTORNOS NUTRICIONAIS: 
 DEFICIÊNCIA DE VIT B12. 
 DEFICIÊNCIA DE FOLATO 
 DEFICIÊNCIA DE TIAMINA (DEMENÊNCIA 
DE Korsarkoff) 
 Pelagra 
INFECÇÕES 
 Neurossifilis 
 Neurocriptococose 
 neurocisticercose 
 Meningites/encefalites 
 HIV 
 Doenças prioncas: progressão rápida ( 
Creutzfeldt – jakob) 
 Hidrocefalia de pressão intermitente 
 Neoplasias rimárias ou secundárias 
 Traumas – hematomas subdurais crônicos, 
intraparenquimatoso 
 Vasculites 
Demência relacionada ao álcool: efeito tóxico 
direto no SNC do etanol. 
Síndrome de Wernicke Korsakoff – Tiamina B1 
Wernicke: confusão mental, anormalidade na 
movimentação ocular extrínseca, ataxia de marcha. 
Korsakoff: déficit de memória episódica, semântica, 
nistagmo e marcha atáxica. 
Doença Marchiafava-Bignami 
Rara, geralmente diagnosticada em alcoolistas, pode 
ser aguda, subaguda ou crônica. Demência, 
hipertonia muscular, crises epilépticas e disfagia 
podendo evoluir para estado comatoso. 
Neuroimagem – atrofia do corpo caloso, necrose e 
formações císticas. 
No paciente alcoólatra/alcoolizado sempre repor 
tiamina antes/durante do ajuste glicêmico. 
Irreversíveis 
 Doença de Alzheimer (50-60% dos casos) 
 Demência com corpúsculos de Lewy (10-
15% dos casos) 
 Demência vascular (15-20% dos casos) 
 Mista: Alzheimer e demência vascular (20% 
dos casos) 
 Doença de Huntington 
 
Doença de Alzheimer: inicio insidioso e 
deterioração progressiva. Prejuízo de memória – 
mais importante. 
Estágios iniciais: perda de memórias episódica e 
dificuldade para aquisição de novas habilidades, 
evoluindo com prejuízos em outras funções 
cognitivas. 
Estagio intermediários: afasia fluente, anomia, 
apraxia. 
Estágios terminais: alterações de ciclo sono-vigília, 
alterações comportamentais (irritabilidade, 
agressividade, sintomas psicóticos) incapacidade 
para deambular, falar e realizar cuidados pessoais. 
Etiologia: desconhecida 
Precoce - genética mais importante. 
Diagnóstico definitivo – histopatológico: 
Placas senis – proteínas beta-amilóides. 
Emaranhados neurofibrilares. 
Demência vascular 
Síndrome demencial causada por doenças 
cerebrovasculares. 
Síndrome demencial do tipo córtico-subcortical-
sintomas primários são de déficits nas funções 
executivas ou focais múltiplos. 
Apresentação clínica depende da causa e 
localização do infarto cerebral. 
 Doença de grandes vasos – múltiplos 
infartos corticais – síndrome demencial 
cortical multifocal. 
 Doença de pequenos vasos – HAS e DM – 
isquemia de susbtancia branca 
periventricular e infartos lacunares – 
demências subcortical, alterações frontais, 
disfunção executiva, comprometimento de 
memória, prejuízo atencional, alterações 
depressivas, lentificação motora, sintomas 
parkinsonianos, distúrbios urinários. 
Demência mista 
 Ocorrência simultânea de doença de Alzheimer e 
demência vascular. 
Presença de lesões vasculares em pacientes com 
DA pode estar subestimada. Parece estar associada 
à deterioração clínica mais rápida. 
Demência por corpúsculos de Lewy 
Declínio cognitivo flutuante, acompanhado por 
alucinações visuais e sintomas extrapiramidais. 
Inicio rápido e declínio progressivo. Déficits 
proeminentes na função executiva, resolução de 
problemas, fluência verbal e performance áudio-
visual. 
Sintomas parkinsonianos – hipomimia, bradicinesia, 
rigidez e, menos comumente, tremor de repouso. 
Sensibilidade a neurolépticos, quedas e síncopes 
presentes. 
 Demência por Parkinson: sintomas 
demenciais após 8/10 anos. 
 Se for simultâneo, ou com 1 ano entre 
distúrbios motores e declínio cognitivo com 
demência será demência por corpúsculos de 
Lewy. Se der antipsicótico para diminuir 
alucinações ao paciente com doença de 
Lewy teremos rigidez completa, paciente 
trava. 
Demência frontotemporal 
Síndrome neuropsicológica com disfunção dos lobos 
frontais e temporais associada atrofia dessas 
estruturas e preservação relativa das estruturas 
posteriores. Inicio precoce. Importantes alterações 
comportamentais no inicio da doença, com poucas 
alterações de memória. Mudanças precoces na 
conduta social, desinibição, rigidez e inflexibilidade 
mentais, hiperoralidade, comportamento 
esterotipado e perseverante, exploração incontida de 
objetos no ambiente, distraibilidade, impulsividade, 
falta de persistência e perda precoce da critica. 
Historia familiar positiva em parentes de primeiro 
grau. Paralisia bulbar, acinesia, fraqueza muscular e 
fasciculações. Prejuízo cognitivo – funções 
executivas e linguagem. 
Doença de Huntington 
 Doença autossômica dominante, 
heredodegenerativa caracterizada por distúrbio do 
movimento , sintomas psiquiátricos e demência. 
Coréia. Memória afetada em todos os aspectos. 
Doença de Creutzfeldt-Jakob 
Doença prionica em humanos. Enfermidade 
infecciosa e invariavelmente fatal. Demência 
rapidamente progressiva com envolvimento focal. 
Fatal. 
Hidrocefalia de pressão normal 
Tríade clássica: demência, ataxia de marcha e 
incontinência urinária. Hidrocefalia de pressão 
intermitente. 
Grau de dilatação de ventrículo. 
TAP teste.

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