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gabarito av gerenciamento e planejamento tributário

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1)
Sobre as hipóteses de presunção de omissão de receitas contidas na legislação federal são consideradas as seguintes situações:
I – Saldo credor de caixa.
II – Depósitos bancários não declarados.
III – Diferença de estoque provocada por falta de contabilização de perdas no processo produtivo.
IV – Não comprovação do pagamento de despesas de manutenção de bens de luxo como iates e aeronaves.
Para fins de presunção de omissão de receitas, estão corretas as situações:
Alternativas:
	I, II, III e IV.
	I, II e IV.
checkCORRETO
	I, III e IV.
	I, II e III.
	II, III e IV
Resolução comentada: 
A diferença de estoque que se materializa por erro contábil ao se deixar de registrar perdas no processo produtivo não se configura como omissão de receitas, porque a empresa poderá comprovar o erro contábil e afastar a presunção de que teria havido omissão de receitas.
Código da questão: 36688
2)
O administrador de empresa que desconta o INSS do salário do empregado e deixa de recolhê-lo aos cofres públicos está sujeito à punição, especificamente, por crime de:
Alternativas:
	Fraude fiscal.
	Crime contra a ordem tributária.
	Conluio fiscal.
	Sonegação fiscal.
	Apropriação indébita.
checkCORRETO
Resolução comentada: 
Conforme o art. 2º, II da Lei nº 8.137/1990 e art. 168-A do Código Penal brasileiro, configura-se crime de apropriação indébita.
Código da questão: 36639
3)
Sobre a verificação de omissão de receitas em empresas que adotam o regime de Lucro Real, considere as seguintes afirmativas:
I – A receita omitida apurada pela fiscalização é submetida à tributação do Imposto de Renda e Contribuição Social.
II – Os custos e despesas associados diretamente à receita omitida podem ser abatidos da base de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social, pois neste regime se tributa o lucro apurado pela contabilidade.
III – Os custos e despesas indiretos podem ser rateados para fins de abatimento da receita omitida, desde que comprovados por critérios objetivos e aferíveis pela fiscalização.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
	I e III.
	I, somente.
checkCORRETO
	I e II.
	I, II e III.
	II e III.
Resolução comentada: 
Embora o regime do lucro real tribute o lucro gerado pela contabilidade, no caso de apuração de receita omitida, não há previsão para abatimento de custos e despesas diretos ou indiretos, pois se presume que esses custos e despesas já estejam lançados na contabilidade do contribuinte. É o que está presente na jurisprudência administrativa do CARF.
Código da questão: 36685
4)
“Os artigos 13 a 19 da Medida Provisória n.º 66/2002 cuidaram de estabelecer os procedimentos que dariam eficácia plena à norma antielisiva. O Congresso Nacional, no entanto, os rejeitou no projeto de lei de conversão. Em consequência, a norma não pode ser aplicada, até que sobrevenha a aprovação de um regramento específico”. 
Disponível em: . Acesso em: 18 set. 2017 (adaptado).
A norma antielisiva no Brasil, instituída com a inclusão do parágrafo único no art. 116 do Código Tributário Nacional, não pode ser utilizada pela fiscalização na desconsideração de atos e negócios jurídicos do contribuinte PORQUE ainda não foram regulamentados por lei ordinária os procedimentos a serem observados pela fiscalização na desconsideração de atos e negócios jurídicos.
Analisando as afirmações acima, conclui-se que:
Alternativas:
	A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
	As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
checkCORRETO
	As duas afirmações são falsas.
	A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
	As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
Resolução comentada: 
Apesar de já constar no Código Tributário Nacional a previsão de aplicação da chamada norma antielisiva no Brasil, por meio da inclusão do parágrafo único do art. 116 do Código Tributário Nacional, requer-se que sejam observados os procedimentos estabelecidos em lei ordinária. Essa lei ordinária ainda não foi editada.
Código da questão: 36630
5)
O contribuinte não pode apresentar consulta formal sobre a interpretação de legislação tributária à Receita Federal em relação:
Alternativas:
	A mesma matéria que já tenha sido solucionada de modo distinto para outro contribuinte
	A mesma matéria sobre a qual já esteja em andamento procedimento de fiscalização.
checkCORRETO
	A imposto que ainda não tenha sido pago.
	A mesma matéria que já tenha sido solucionada de modo idêntico para outro contribuinte.
	À qual já se tenha divulgado Solução de Divergência sobre a mesma matéria.
Resolução comentada: 
Quem já está sob procedimento de fiscalização não pode apresentar consulta formal sobre a mesma matéria fiscalizada, de acordo com o art. 3º, § 2º, II, “a” da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (IN RFB) nº 1.396/2013.
Código da questão: 36701
6)
A Medida Provisória (MP) nº 694, publicada no Diário Oficial da União em 30 de setembro de 2015, dispunha, no seu art. 1º, sobre a elevação da alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte, de 15% para 18%, incidente sobre o pagamento ou crédito de juros sobre o capital próprio a titular, sócios ou acionistas de empresa.
O art. 4º da MP dispunha:
Art. 4º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir:
I - de 1º de janeiro de 2016, em relação ao art. 1º; (...)
A MP não foi convertida em Lei e, portanto, perdeu sua eficácia. Contudo, considerando a situação hipotética de que a MP tivesse sido convertida em Lei em 5 de janeiro de 2016, o aumento do Imposto de Renda somente poderia ser aplicado às empresas a partir de:
Alternativas:
	5 de janeiro de 2016.
	Decreto de regulamentação da MP.
	30 de setembro de 2015.
	1º de janeiro de 2016.
	1º de janeiro de 2017.
checkCORRETO
Resolução comentada: 
Conforme o parágrafo 2º do Art. 62 da Constituição Federal, o aumento de impostos por meio de Medida Provisória (MP) não surte efeitos no ano seguinte, se a MP não for convertida em Lei dentro do mesmo exercício da sua edição. No caso hipotético de ter sido a MP nº 694 convertida em Lei em 5 de janeiro de 2016, o aumento do Imposto de Renda somente seria eficaz a partir de 1º de janeiro do ano seguinte (2017).
Código da questão: 36699
7)
Sobre os ilícitos tributários, considere as seguintes afirmativas:
I – Fraude fiscal é o ato ou omissão do contribuinte, realizado antes da ocorrência do fato gerador de tributo, para que seja evitado, reduzido ou adiado ilicitamente o pagamento de imposto.
II – Conluio fiscal é cometido pelo contribuinte que, simultaneamente, em relação a uma mesma transação, pratica irregularidades fiscais antes e após a ocorrência do fato gerador de tributo.
III – Sonegação fiscal é o ato ou omissão do contribuinte, realizado após a ocorrência do fato gerador de tributo, com a finalidade de evitar que o Fisco tome conhecimento da sua ocorrência, evitando, reduzindo ou postergando indevidamente o pagamento de imposto. 
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
	II e III.
	I e II.
	I, II e III.
	I, somente.
	I e III.
checkCORRETO
Resolução comentada: 
Conluio fiscal não é a prática simultânea de fraude e sonegação em uma mesma transação, e sim o ajuste combinado entre dois ou mais contribuintes para, em conjunto, praticarem uma fraude ou uma sonegação.
Código da questão: 36635
8)
“É expediente comum em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte [optantes pelo Simples Nacional] a retirada de lucros por parte dos sócios, pois estas, em regra, são beneficiadas com a isenção do imposto de renda e não sofrem a incidência de contribuição previdenciária, ao contrário do pró-labore.
A medida é salutar, porém alguma atenção precisa ser dispensada quanto aos limites de isenção dos lucros distribuídos. Isto é importante para que o contribuinte não seja pego de surpresa em eventual fiscalização”.
Disponível em: . Acesso em: 2 out. 2017 (adaptado).
A respeito das regras de distribuição de lucros no Simples Nacional, considere as seguintes afirmativas:
I – A empresaoptante pelo Simples Nacional que não possuir escrituração contábil poderá distribuir um valor de lucros aos sócios, com isenção de impostos, até o limite do calculado com base na aplicação dos percentuais do Lucro Presumido sobre a receita bruta do período, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional, a título de IRPJ.
II – A empresa optante pelo Simples Nacional que não possuir escrituração contábil, e distribuir aos sócios montante de lucros superior ao limite das regras fiscais, fica excluída desse regime simplificado a partir do exercício seguinte, devendo migrar para o regime do Lucro Presumido ou do Lucro Real. 
III – A empresa optante pelo Simples Nacional que distribuir aos sócios, a título de lucros, montante superior ao calculado pelas regras fiscais, fica sujeita à tributação do excesso de valor distribuído, caso não possua escrituração contábil apta a demonstrar o saldo de lucros existente para distribuição.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
	I e III.
checkCORRETO
	I, somente.
	II e III.
	II, somente.
	I e II.
Resolução comentada: 
A Lei Complementar nº 123/2006 prevê a possibilidade de distribuição de lucros com isenção de impostos o valor calculado pelas regras fiscais de presunção, subtraído do valor do IRPJ embutido no Simples Nacional. Para o montante que exceder este valor, desde que a empresa comprove sua existência por meio da contabilidade, poderá também distribuir lucros com isenção de impostos, mas não há previsão legal expressa para exclusão do regime do Simples Nacional por haver excesso de lucros distribuídos sem suporte na contabilidade.
Código da questão: 36642
9)
Uma empresa fez formalmente um pedido de Solução de Consulta à Receita Federal em 13 de fevereiro de 2017, devido a estar em dúvida na interpretação da legislação tributária e, em 25 de fevereiro, recolheu o valor do imposto apurado conforme sua própria interpretação.
No dia 10 de março a Receita Federal solucionou a consulta, ratificando a interpretação da empresa. Contudo, em 15 de abril de 2017, o órgão publicou Solução de Divergência com mudança da sua interpretação anterior e, portanto, contrária ao entendimento aplicado pela empresa.
Marque a alternativa a seguir que apresenta a resposta correta em relação a esse caso.
Alternativas:
	A empresa não está vinculada ao entendimento da Solução de Divergência.
	A empresa está obrigada a aplicar o novo entendimento para fatos geradores do imposto ocorridos após a publicação da Solução de Divergência.
checkCORRETO
	A empresa está obrigada a pagar a diferença de imposto recolhida a menor em 25 de fevereiro de 2017, com acréscimo de multa e juros de mora.
	A empresa está obrigada a pagar a diferença de imposto recolhida a menor em 25 de fevereiro de 2017, porém sem a incidência de multa e juros de mora.
	A empresa deve seguir o novo entendimento, se a Receita Federal lhe comunicar sobre a publicação da Solução de Divergência.
Resolução comentada: 
De acordo com o art. 17 da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (IN RFB) nº 1.396/2013, o contribuinte fica sujeito a aplicar a nova interpretação a partir de fatos geradores ocorridos após a publicação de entendimento modificado pela Receita Federal. Além disso, a Solução de Divergência modifica os entendimentos contrários de Soluções de Consultas publicadas anteriormente.
Código da questão: 36702
10)
Sobre elisão e evasão fiscal, considere as seguintes afirmativas:
I – Elisão fiscal é realizada antes do fato gerador do imposto, com observância dos parâmetros legais dispostos na legislação.
II – Elisão fiscal pode ser de dois tipos, o decorrente de previsão da própria lei e o decorrente de utilização de brechas ou lacunas legais.
III – Evasão fiscal é o planejamento tributário considerado ilícito. Assim, quando o planejamento tributário for realizado antes do fato gerador do imposto, será considerado elisão fiscal, independentemente dos meios utilizados pelo contribuinte.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
	I, II e III.
	I e II.
checkCORRETO
	I, somente.
	II e III.
	I e III.
Resolução comentada: 
Não é qualquer planejamento tributário realizado antes do fato gerador do imposto que pode ser considerado como elisão fiscal lícita. Se o contribuinte se utiliza de artifícios e simulações antes de ocorrer o fato gerador do imposto, justamente para afastar a incidência de imposto, está incorrendo em fraude, tipo de evasão fiscal.
Código da questão: 36634

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