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Oncologia (03/04/2020)
Marcadores tumorais
Introdução:
- Indicador bioquímico mensurável quantitativamente que tem uma causa ou uma possível relação com uma enfermidade neoplásica. 
- Existem condições benignas que elevam os marcadores tumorais. Porém, são elevações mais sutis. 
- 1º marcador tumoral: em 1847 proteína de Bence Jones, utilizada no diagnóstico de melanoma múltiplo, proteína detectada na urina (é utilizada até hoje).
- Em 1960: desenvolvimento de oncomarcadores, marcadores em etapa fetal que podem ser achados posteriormente (AFP-CEA).
- Para pedir um marcador tumoral, o médico deve ter uma noção do possível câncer e da topografia do tumor.
- Os marcadores tumorais são substâncias que podem encontrar-se no corpo: sangue, urina, LCR, tecidos, etc.
- Se eleva quando há presença de câncer.
- São produtos de células cancerígenas ou em resposta ao câncer. Alguns marcadores tumorais são produto da célula cancerígena e outros são produto de uma resposta do organismo ao tumor.
- Os marcadores NÃO são específicos. 
Obs.: a elevação dos marcadores tumorais não servem para fazer diagnóstico final, nada substitui a biópsia. Esses marcadores servem como seguimento do paciente e para avaliar uma possível recaída da enfermidade.
Marcador tumoral ideal:
- Alta especificidade e sensibilidade.
- Concentração proporcional a massa tumoral.
- Deve orientar o tipo histológico, localização e estágio.
- Diagnóstico positivo e precoce das lesões.
- Em indivíduos sãos é muito mais inferior que em pessoas com câncer.
- Predizer a recorrência antes de ser clinicamente detectável.
- Refletir a resposta terapêutica.
- Relacionar-se com o prognóstico.
- Fácil determinação em laboratório.
- Prova deve ser custo-benefício.
Realidade dos marcadores tumorais:
- O nível de um marcador tumoral pode elevar-se em pessoas com condições benignas.
- O nível de um marcador tumoral não se eleva em todas as pessoas com câncer, especialmente nas etapas iniciais da enfermidade.
- A maioria dos marcadores tumorais não são específicos a um tipo particular de câncer.
Categorias de marcadores T- associados a tumores:
- Ferritina
- Complexos imunes
- Enzimas:
· LDH (é a enzima mais usada)
· GDH
· CK
Utilidade dos marcadores:
· Detecção
· Diagnóstico
· Prognóstico
· Seguimento
· Recorrência
Antígeno carcinoembrionário (CEA):
- Glicoproteina oncofetal.
- Acreditava-se que era um marcador específico para o câncer de cólon, mas não é específico para esse tipo de câncer.
- Se encontra em afecções não malignas e malignas como: câncer de seno, aparato digestivo (câncer de cólon), pulmões, ovários, pâncreas e próstata. 
- Casos em que há uma elevação leve de CEA:
· Alcoolismo
· Inflamação intestinal
· Fibrose cística
· Pessoas que fumam cigarro em excesso
· Hipotireoidismo
- Apesar de inespecífico, é muito útil para estabelecer o prognóstico e vigiar o tratamento.
- Determinação: no soro, líquido ascético, urina ou líquido com o que se lava qualquer cavidade.
- Valor de referência: 2,5-5 ng/ml.
- Valores maiores a 10 ng/ml se relacionam com malignidade.
CA 19-9:
- Oligossacarídeo mucínico.
- Tem especificidade para o câncer de pâncreas. Se o CA 19-9 vem 3 a 4 vezes o valor normal, indiscutivelmente o paciente tem CA de pâncreas.
- Empregado clinicamente para vigiar o tratamento e predizer recorrências da enfermidade.
- Em etapas iniciais da enfermidade, o nível desse marcador é normal. Portanto não é considerado como prova adequada para sua detecção.
- Também é útil para câncer de aparato digestivo, especialmente câncer de estômago e condutos biliares, colangiocarcinoma, carcinoma de vias biliares.
- Afecções não cancerosas: inflamação da glândula tireoide, do intestino, do pâncreas e fibrose cística.
- Porém, essas outras afetações não elevam tanto o CA 19-9 como o câncer de pâncreas. 
- Valor de referência: abaixo de 37 U/ml.
CA 72-4:
- Marcador de carcinoma gastrointestinal e de ovário.
- Valor de referência: <6 U/ml.
- Detectado tanto no epitélio fetal como em amostras séricas.
- Atualmente se considera um marcador útil no seguimento de pacientes com câncer gástrico apesar de sua baixa sensibilidade e também para identificar tumores epiteliais.
- Seus níveis podem estar elevados em: pancreatite, cirrose hepática, hepatite viral, obstrução biliar, pólipo colorretal (por estar elevado em todas essas palogias, o CA 72-4 não é muito utilizado). 
CA 125:
- Bom marcador de carcinoma de ovário e endométrio.
- Valor de referência: <35 U/ml.
- Glicoproteina transmembrana do tipo mucina.
- Produzido no útero, cérvix e em serosas como pleura, peritônio e pericárdio.
- Pacientes com derrame pleural ou pericárdico o CA 125 pode elevar.
- Em mais de 80% dos carcinomas de ovário epiteliais não mucinosos e menos frequente em carcinomas de células claras e endometriose.
- Afecções não malignas como gravidez, fibromatose, pancreatite, enfermidade pélvica inflamatória.
- Patologias que cursam com ascite, derrames pleurais ou pericárdicos, peritonites ou endometriose são responsáveis pelos FALSO POSITIVOS. 
Obs.: um estudo realizado descobriu que o CA 125 era solicitado em 40% para homens, o que indica a má utilização do marcador, visto que é um marcador para câncer de ovário e endométrio!
α fetoproteina:
- Valor de referência: ≤7 ng/ml.
- É uma glicoproteína sintetizada no fígado, saco vitelino e trato gastrointestinal do feto.
- Se aparecem elevados AFP no líquido amniótico, pode ser uma indicação de defeito no desenvolvimento do bebê.
- AFP elevado em adultos não gestantes: câncer de testículo, carcinoma de células hepáticas.
- Também se eleva em cirrose hepática, hepatite B ativa e determinadas substâncias tóxicas (drogas como a maconha). 
- AFP elevada no líquido amniótico:
· Quando se suspeita de alguma anormalidade no feto (amniocentese)
· Em defeitos do tubo neural como a espinha bífida
· Gravidez múltipla, como gêmeos ou trigêmeos 
β-HCG:
- É um hormônio glicoproteico sintetizado pelas células sincitotrofoblásticas da placenta, formada por duas subunidades: alfa e beta.
- Utilidade: é um marcador ideal em tumores trofoblásticos gestacionais e tumores testiculares: prognóstico, detecção precoce de recidiva, tratamento, quimioterapia.
- Ou seja, se pedimos um teste de gravidez (β-HCG) e ele vem positivo é sinal de que esse homem tem um tumor.
- Na gravidez ele vem positivo ou negativo, mas em oncologia precisamos de um valor quantitativo.
- Elevado em: testicular e cariocarcinoma (útero), tumores germinais de ovário, carcinoma de mama, pulmão, bexiga e trato gastrointestinais.
- Não câncer: gravidez, uso de maconha, enfermidade trofoblástica germinal. 
CA 15-3:
- Bom marcador para câncer de mama. Mas nem todo câncer de mama vai elevar o CA 15-3.
- Valor de referência: até 30 U/ml.
- Glicoproteina mucínica, de alto peso molecular, localizada nos ductos e alvéolos da glândula mamária.
- Utilidade clínica: monitoração do curso clínico em pacientes com câncer de mama e ovário (junto CA 125) logo do diagnóstico e terapia.
- Se eleva em 70-90% dos pacientes com câncer de mama metastático.
- Também se eleva em várias neoplasias epiteliais como: 
· 80% câncer de pâncreas
· 78% câncer de pulmão
· 64% câncer de ovário
· 63% câncer colorretal
· 28% câncer de fígado
- Pode elevar em enfermidades benignas pancreáticas, hepáticas crônicas, cirrose hepática, TBC, LES. 
- Só vamos pedir CA 15-3 em pacientes em que palpamos um nódulo suspeito na mama. 
Antígeno específico da próstata (PSA):
- Gicoproteina, sintetizada principalmente pelas células epiteliais da próstata e se secreta no plasma seminal. Sua função é provocar a liquefação do coágulo seminal.
- O homem, com o passar da idade, vai produzir PSA pela própria hiperplasia fisiológica da próstata (cerca de 0,04 dL/idade).
- O PSA se eleva quando há hipertrofia prostática benigna e adenocarcinoma de próstata. E também quando há manipulação da próstata. 
- Ou seja, não devemos usar o PSA como screening para achar precocemente um CA de próstata, portanto, não se pede para população assintomática. Devemospedir depois de fazer um tato retal e constatado que a próstata está pétrea e que há um aumento da próstata, ou seja, suspeita clínica de CA de próstata. 
- Um nível menor de PSA livre indica maior probabilidade de ter câncer de próstata, corresponde fazer uma biópsia.
- PSA livre e cálculo de % de PSA livre: utilizado para diferenciar entre HPB e CA de próstata (%fPSA=(fPSA/PSA)x100):
· %fPSA alto (>23%): HPB
· %fPSA baixo (<6%): câncer de próstata
Outros marcadores:
- Proteína sérica que transporta o ferro (ferritina), que se eleva em qualquer enfermidade que provoque perturbação do metabolismo do ferro e eritropoiese. Também se eleva em hepatite, anemia aplásica, leucemia, mieloma, câncer gástrico, pulmonar, de mama. 
- Microglobulina beta-2: marcador para leucemia, linfomas e mieloma múltiplo, também se aumenta com pacientes que padecem HIV.
- Hidroxiprolina: aminoácido que se eleva em pacientes com metástase óssea.
- Imunoglobulinas: utilizados como marcadores de mieloma múltiplo.
- Poliaminas, espermina e espermidina: tem aplicação como marcadores de tumores cerebrais. 
	Questão1: paciente de sexo feminino, 30 anos de idade, vai ao hospital por dor surda no hipogástrio, acompanhada de aumento de volume do abdômen. Você indica ecografia transvaginal onde se constatam lesões sólidas no ovário direito. Qual marcador tumoral você pediria para essa paciente: R= CA 125. 
Questão2: Paciente do sexo masculino, 20 anos de idade, vai ao hospital devido a um nódulo no testículo esquerdo. Você faz uma tomografia testicular constata uma lesão sólida no testículo esquerdo. Qual marcador tumoral você pediria para esse paciente? R= AFP e β-HCG. 
Questão3: Paciente do sexo masculino, de 80 anos de idade, fumante crônico. Vai ao hospital por dor no hemi-abdômen superior, icterícia obstrutiva e traz uma imagem que sugere um nódulo no pâncreas. Qual marcador tumoral você pediria para esse paciente? R= CA 19-9.

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