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PROVA 1 - DESENVOLVIMENTO MOTOR
1- COMPARE E EXEMPLIFIQUE AS TEORIAS REFLEXA E HIERÁRQUICA. (5 pontos) 
Sherrington definiu a Teoria Reflexa do Controle Motor como a maneira que o próprio enxergava o comportamento motor, que era por meio de blocos em sequência. O ato reflexo é a resposta a um estímulo anterior, dessa forma, entende-se que três estruturas são essenciais para um reflexo, um receptor, um condutor e um efetor. O receptor é o responsável por receber o estímulo, o condutor é a ligação entre o receptor e o efetor, o trajeto pelo qual o estímulo passa até alcançar o músculo, e o efetor é quem transforma o estímulo em ação, em movimento, o efetor é o sistema musculoesquelético. Essa teoria é conhecida por considerar os reflexos como blocos e estes blocos formarem o comportamento complexo, ou seja, por meio de uma sucessão de blocos simples é composto um comportamento mais complexo. Esse comportamento complexo também pode ser visto como uma cadeia de reflexos, que nada mais é do que um estímulo que gera uma resposta, e essa resposta age como estímulo para uma outra resposta e assim sucessivamente. Essa teoria é limitada, e não pode ser considerada uma unidade básica do sistema motor. Pela necessidade de um estímulo externo não é capaz de explicar a ocorrência dos movimentos que não o exigem, ou explicar como os movimentos rápidos funcionam, já que é necessária uma cadeia de reflexos com estímulos e respostas que vão agir como estímulos posteriormente. Os movimentos novos também não estão amparados por esta teoria que não foi capaz de explicar como um mesmo estímulo pode resultar em respostas variadas. Um bebê tentar alcançar com as mãos um móbile acima do berço é um exemplo de Teoria Reflexa, o brinquedo é o estímulo visual que tem como resposta o movimento dos braços do bebê na tentativa de pegá-lo. 
A Teoria Hierárquica é um controle organizacional do SNC, que ocorre de forma vertical de cima para baixo, e essas linhas de controle motor não se cruzam, é uma associação entre os níveis superior, médio e inferior do cérebro ao córtex motor e espinha. A relação entre a Teoria Reflexa e a Hierárquica foi feita inicialmente por Rudolf Magnus, que interpretou os reflexos fazendo parte de uma hierarquia no Sistema Nervoso Central e que os centros que estão mais acima inibem a ação dos que estão abaixo, depois de inúmeros experimentos deu-se origem a uma nova teoria chamada reflexa/hierárquica do controle motor, que associa o movimento ao reflexo de forma hierárquica no SNC, de cima para baixo, sendo que os reflexos localizados mais acima resultam em comportamentos mais complexos devido a corticalização. Uma limitação dessa teoria é o fato de que não explica o porquê de reflexos de níveis mais baixos dominarem o controle motor em algumas situações, como uma dona de casa colocar a mão na panela quente e retirar imediatamente. A fisioterapeuta Berta Bobath por meio de suas pesquisas comprovou que a liberação de reflexos inferiores era consequência de lesões no Sistema Nervoso Central.
Um pianista tocando a 5ª Sinfonia de Beethoven é uma exemplificação da Teoria Hierárquica, que contempla a ação dos movimentos balísticos, não havendo necessidade de feedback entre os estímulos sensoriais.
2 - FAÇA UMA RELAÇÃO ENTRE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS. CRIE DOIS EXEMPLOS. (5 pontos)
Todos os indivíduos possuem diferenças individuais, que podem ser de diversos fatores, como emocionais, físicas, de experiências anteriores, nível maturacional, entre outras. Uma diferença individual de simples identificação é um atleta de vôlei com 2,05m de altura ataca a bola por cima do bloqueio e pontua com certa facilidade na quadra adversária, enquanto que um outro jogador com o mesmo tempo de prática e treino porém com 1,80m de altura vai realizar a mesma tarefa de atacar a bola na quadra adversária porém com as dificuldade impostas pela diferença de altura. Esse exemplo de diferença individual entre os dois atletas influencia na capacidade deles, as capacidades são os traços estáveis e duradouros que embasam a performance habilidosa do indivíduo, geralmente são genéticas. 
O processamento de informações necessita do meio, do indivíduo e da tarefa, a partir do recebimento do estímulo ocorre o processamento da informação para que se tenha uma resposta. As habilidades abertas exigem mais processamento de informações do que as habilidades fechadas, pelo fato do ambiente ser imprevisível. O indivíduo adquire habilidade com o treino, com a prática, o que o torna preparado para diferentes estímulos que o ambiente possa provocar e ele vir a receber, de forma que possua um vasto histórico de movimentos conhecidos e quando necessário esteja apto para a execução de um desses movimentos e não seja pego de surpresa, sempre com o objetivo de realizar a tarefa. A maior parte da população nunca esquiou na neve, mas devido ao acesso à informação conseguem visualizar e ter a ideia de como a atividade funciona e quais movimentos devem ser realizados. Um indivíduo que nunca esquiou na vida pode ter a capacidade de subir numa prancha e esquiar, porém, apenas com a sequência de treinos e a prática ele vai adquirir a capacidade motora de realizar o movimento com facilidade e de forma natural. Esse é um exemplo da relação entre a diferença individual e o processamento de informação. Outro exemplo da relação processamento de informação e diferenças individuais pode ser o fato de dois adultos brasileiros que falam uma segunda língua, o inglês, um deles desde criança tem o contato direto com a língua inglesa dentro de casa e recebe este estímulo muito cedo. O outro iniciou seu processo de aprendizagem do inglês com 16 anos e em 1 ano já conseguia se comunicar em inglês. O indivíduo que desde criança estuda inglês passou pelo momento que a ciência chama de janela de oportunidade, o que permite que o Sistema Nervoso Central tenha diversos momentos para implementar essa tarefa, sendo não só uma aprendizagem mas que progrida para o desenvolvimento e se torne um movimento comum para o SNC, que diante de inúmeras tentativas na hora da execução exija menos esforço. Ou seja, por falar e ouvir a língua inglesa por muitos anos o indivíduo tem mais facilidade no processamento dessa informação e por isso consegue se comunicar em outro idioma de forma que seja quase imperceptível que ele não seja nativo de um país de língua inglesa.

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