Buscar

HOLDING FAMILIAR E O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

HOLDING FAMILIAR E O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO 
O planejamento sucessório é “o instrumento jurídico que permite a adoção de uma estratégia voltada para a transferência eficaz e eficiente do patrimônio de uma pessoa após a sua morte” e consiste em um conjunto de atos que visa a operar a transferência e a manutenção organizada e estável do patrimônio do disponente em favor dos seus sucessores.
Para um planejamento patrimonial eficaz é possível constituir uma holding familiar, celebrar certos contratos, realizar partilha em vida com reserva de usufruto e também elaborar um testamento. É importante, sobretudo, que se tenha uma noção completa dos bens que envolvem o patrimônio, bem como as questões jurídicas, contábeis, tributárias e empresariais envolvidas 
A criação da holding como instrumento de planejamento patrimonial ou sucessório deve ser avaliada caso a caso. 
A realidade dos interessados deve ser considerada para definir se esse instrumento será mesmo o mais adequado pois é necessário realizar um trabalho com profissionais especializados das diversas áreas do direito: familiar, empresarial, imobiliário, tributário, sucessões e contratual. 
CONCEITO E POSSIBILIDADE JURÍDICA
A holding familiar é essencialmente uma sociedade que tem como objeto social a participação em outras empresas/sociedades. A previsão de sociedades com esse objeto social na legislação brasileira se dá apenas na Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76), que diz ser possível constituir uma companhia que participe de outras empresas. Considerando que nossa legislação admite que uma sociedade tenha qualquer objeto social, desde que lícito, não há nenhum tipo de vedação para a constituição de holdings no Brasil.
A holding pode ser utilizada por famílias empresárias ou não. Para os grupos familiares que não exercem atividade empresária, a holding é um importante instrumento de organização, administração, gestão e, eventual, divisão do patrimônio familiar.
A holding tem por finalidade administrar os bens da empresa que controla e, também, o controle acionário de participação de outras empresas. Uma holding também pode ser uma empresa individual, sem ter participação em outras empresas, tendo apenas a finalidade de controlar o patrimônio dos sócios, visando a segurança patrimonial, a organização dos recursos, administração dos bens, o aproveitamento dos incentivos fiscais e a sucessão hereditária
Entretanto, é preciso esclarecer que a holding não é um instrumento de blindagem patrimonial. Normalmente, ela torna eficiente a gestão do patrimônio. Em tempos em que a justiça brasileira tem se deparado com instrumentos diversos que dão acesso a bens de eventuais devedores, é utopia pensar em blindagem patrimonial. 
No Brasil, existem grandes empresas que constituíram holding familiar a fim de otimizar todo processo de gestão e planejamento patrimonial. Alguns exemplos: Itaú Unibanco S.A, Globo Comunicações e Participações S.A, Metalúrgica Gerdau S.A, dentre outras.
A HOLDING NA PRAXIS DO PLANEJAMENTO PATRIMONIAL
Na constituição da holding para famílias que não exercem a atividade empresária, o detentor do patrimônio integraliza o capital da holding com os bens que pretende colocar na sociedade. Caso o detentor do patrimônio seja casado em comunhão universal, comunhão parcial ou participação final nos aquestos, é importante que o cônjuge também participe da integralização de capital na holding ou autorize o aporte. 
No Brasil, denomina um instituto com algumas categorizações, que decorrem da finalidade a que são destinadas, podendo ser mistas, puras, patrimoniais, imobiliárias e de participação. 
VANTAGENS E DESVANTAGENS
A constituição da holding familiar é um importante instrumento de planejamento patrimonial, quando usada de forma devida. Possibilita a divisão do patrimônio familiar, a inserção de cláusulas contra a dilapidação do patrimônio familiar (cláusulas de incomunicabilidade, impenhorabilidade, inalienabilidade) e a expressa definição dos bens que pertencerão a cada um dos herdeiros.
Tais medidas evitam conflitos entre sucessores e impede paralisação de patrimônio, caso haja um processo de inventário judicial. Além de possibilitar proteção patrimonial, também propicia um planejamento tributário. É fato cristalino que o planejamento patrimonial tem custos excessivamente reduzidos quando comparado aos custos de um inventário judicial ou extrajudicial.
Na seara tributária, o holding oferece uma abordagem mais simplificada de solução quanto aos patrimônios obtidos e sua gestão, facilitando o planejamento fiscal-tributário, voltado para o campo empresarial. 
A redução na carga tributária recai sobre o Imposto de Renda de Pessoa Física, mas também exerce influência no Imposto de Transmissão Causa Mortis, que se baseia na quantidade e avaliação dos bens do indivíduo, assim como nas transmissões em geral. 
Além disso, há o acesso facilitado ao crédito no mercado de uma maneira mais ampla, minimização dos riscos aos quais as operacionais estão mais sujeitas, pois há separação entre patrimônio da holding, patrimônio particular dos sócios e patrimônio da operacional, criando-se assim esferas patrimoniais diversas, acarretando maior segurança e estabilidade patrimonial. Na outorga de garantias (avais, fiança) e na emissão de títulos de crédito (notas promissórias) através da pessoa jurídica em função de sua maior credibilidade junto ao mercado.
Fonte: 
IBDFAM – Planejamento Sucessório 
https://www.migalhas.com.br/depeso/291580/holding-familiar--uma-alternativa-para-o-planejamento-sucessorio-em-empresas-familiares
.

Continue navegando