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Definição O câncer envolve a divisão e reprodução de células anormais que podem se espalhar por todo o corpo. Consiste em mais de 100 tipos distintos. Carcinogênese é a origem ou desenvolvimento do câncer. Oncologia é o estudo de todas as formas de câncer. Etiologia A etiologia do câncer tem relação com os quesitos de iniciação, promoção e progressão. Além disso, as causas podem ser: Contato com compostos químicos ou carcinógenos; Energia excessiva (macronutrientes e álcool); Vírus; Consumo limitado de frutas e vegetais; Exposição à radiação; Tabaco e cigarro. Sinais e sintomas / Efeitos colaterais Perda de peso; Anorexia; Náuseas e vômitos; Diarreia; Constipação; Dor de garganta; Mucosite; Fadiga; Neutropenia; Saliva espessada; Xerostomia. Fisiopatologia O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração do DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. Essas alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados de proto-oncogenes. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes. Oncogenes, são genes alterados que promovem o crescimento do tumor e alteram a morte celular programada (apoptose). O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese. Acontece lentamente, podendo levar anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos dos diferentes agentes cancerígenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência, tempo e interação entre eles. Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém não é possível detectar um tumor clinicamente. Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva a hormônios são exemplos de fatores que podem promover a transformação de células iniciadas em malignas. Estágio de progressão: esse estágio se caracteriza pela multiplicação descontrolada e também, irreversível das células alteradas. O câncer já se encontra instalado, evoluindo até o surgimentos das primeiras manifestações clinicas. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados de agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo, é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos 3 estágios da carcinogênese. Nutrição e carcinogênese A nutrição pode modificar o processo carcinogênico em qualquer estágio, incluindo o metabolismo do carcinógeno, defesas das células e do hospedeiro, diferenciação celular e crescimento do tumor. Alguns carcinógenos dietéticos mais frequentes abrangem os pesticidas naturais produzidos pelas plantas para proteção contra fungos, insetos ou animais predadores e, as micotoxinas, que são metabólitos secundários produzidos por bolor nos alimentos. As dietas contêm inibidores e intensificadores da carcinogênese. Os inibidores incluem: Os antioxidantes; Os fitoquímicos. Os agentes dietéticos responsáveis pelo aumento da carcinogênese, são: Gordura da carne vermelha; Hidrocarbontos aromáticos policíclicos; Consumo de álcool; Obesidade; Compostos N- nitrosos; Ambientes tóxicos. O consumo de álcool está associado com maior risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, pulmão, cólon, reto, fígado e mama. Quando combinado com o uso de tabaco, o risco total da soma é maior do que o risco para apenas álcool ou o tabaco sozinho. Além disso, a desnutrição relacionada ao consumo de álcool também é considerada importante na suscetibilidade elevada a determinados tipos de câncer. A obesidade é um fator de risco para o câncer e pode ser responsável por 6% de todos os canceres. As dietas ricas em gordura, muitas vezes contem grandes quantidades de carne. A ligação entre carne e o risco de câncer colorretal resulta em uma série de mecanismos como, a produção de substâncias cancerígenas a partir de uma dieta rica em gordura, a partir de aminas heterocíclicas ou de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos de cozinha. Além da formação de compostos N-nitrosos cancerígenos do processamento e da influência do ferro heme. Os nitratos são adicionados como conservantes para carnes processadas. Estes podem ser rapidamente reduzidos a nitritos, que, interagem com os substratos dietéticos como as aminas e amidas para produzir compostos N-nitrosos: nitrosaminas e nitrosamidas, que são conhecidos como mutagênicos e carcinógenos. aberta, pode causar a formação de HAP e aminas heterocíclicas. Tratamento clínico e nutricional O tratamento médico inclui a terapia antineoplásica, terapia de radiação e a cirurgia. O objetivo do tratamento pode ser a cura, controle ou os cuidados paliativos. A quimioterapia é a utilização de agentes químicos ou medicamentos para tratar o câncer sistematicamente. A bioterapia é o uso de agentes biológicos para produzir efeitos anticancerígenos indiretamente por indução, aumento ou supressão da própria resposta imune do indivíduo. Os agentes antiangiogênicos são usados para inibir o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos necessários pelos cânceres, impedindo o crescimento, invasão ou propagação. A terapia hormonal é a terapia sistêmica utilizada para o tratamento de cânceres sensíveis a hormônio, através do bloqueio ou da redução da fonte de um hormônio ou do seu sítio receptor. Radioterapia, trata-se da radiação ionizante usada em múltiplas doses fracionadas, usada para curar, controlar ou paliar o câncer. A assistência nutricional ao paciente oncológico, deve ser individualizada e incluir a triagem nutricional, a avaliação nutricional, o cálculo das necessidades nutricionais e a Carbonização ou cozinhar a carne em altas temperaturas sobre uma chama terapia nutricional, até o seguimento ambulatorial. Tais medidas tem o objetivo de prevenir ou reverter o declínio do estado nutricional, além de evitar a progressão para um quadro de caquexia, melhorando o balanço nitrogenado, reduzindo a proteólise e aumentando a resposta imune. A desnutrição e a caquexia ocorrem frequentemente em pacientes com câncer e são indicadores de pior prognóstico. A necessidade de energia é influenciada não apenas pela localização do tumor, mas também pelo estágio da doença, estado nutricional, complicações frequentes e formas de tratamento. A necessidade individual de proteína aumenta durante a duração da doença e do estresse. O corpo necessita de quantidade adicional de proteína para reparar e reconstruir os tecidos afetados pela terapia de câncer, bem como para manter o sistema imune saudável. As necessidades hídricas são semelhantes às de indivíduos saudáveis, podendo variar conforme as perdas de água pela urina e superfície corporal. Caquexia do câncer A caquexia do câncer está presente em 50% dos pacientes oncológicos e é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva e involuntária de peso. A caquexia caracteriza-se por: Perda de peso progressiva; Anorexia; Definhamento; Fraqueza generalizada; Imunossupressão; Anormalidades no metabolismo energético e de líquidos. Nutrientes para a prevenção do câncer Cálcio e vitamina D: A suplementação de cálcio e produtos lácteos, pode ser associada com um menor risco de cancro colorretal. Maiores níveis séricos de hidroxivitamina 25-D, estão associados a menores taxas de incidência de cânceres de cólon, mama, ovário, rins, pâncreas, próstata e outros. Café e chás: O café contém vários compostos antioxidantes e fenólicos, alguns com propriedades anticancerígenas. O chá também é uma boa fonte de compostos fenólicos e antioxidantes. O chá verde contém catequinas que possuem atividade biológica com propriedades antioxidantes, antiangiogênese e antiproliferativas que são importantes para a prevenção do câncer. Ácido fólico e folato: O folato, a partir da alimentação, afeta a metilação, síntese e reparo do DNA. O metabolismo de um carbono associado ao folato, pode desempenhar um papel importante na carcinogênese colorretal, devido as variações do gene. Frutas e vegetais: O consumo adequado de frutas, é protetor contra o câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, colo do útero, pulmão e estômago. Agentes anticarcinogênicos encontrados em frutas e vegetais incluem os antioxidantes, vitaminas E e C, selênio e fitoquímicos. Soja e fitoestrogênios: A soja é uma proteína vegetal que contém fitoestrogênio e isoflavonas. Dietas com quantidades modestas de soja previnem contra o câncer de mama. Fitoquímicos protetores de câncer em frutas e vegetais: Licopeno: presente em frutas de cor vermelha; Antocianinas e polifenóis: frutas da cor vermelha e roxa; Alfa e betacaroteno: presentes em frutas e verduras da cor laranja; B-criptoxantina e flavonoides: presentes em frutas e verduras da cor laranja e amarela; Luteína e zeaxantina: presente em frutas e verduras da cor amarela e verde; Sulforafanes índoles: presente em verduras verdes; Sulfetos alílicos: presentes em verduras na cor branca e verde.