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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL PROF.: Dr. JOAQUIM J. CARVALHO Aula – Semana 13 (24-28/5) Tema 1: Técnicas de Diferenciação A operação de encontrar a derivada de uma função é chamada diferenciação, a qual pode ser efetuada aplicando-se a definição de derivada, visto na aula anterior. Contudo, como esse processo é usualmente demorado, precisamos de alguns teoremas que nos possibilitem encontrar a derivada de certas funções mais facilmente. Esses teoremas são provados aplicando-se a definição de derivada. O primeiro teorema dá a derivada de uma função constante. Suponha 𝑓(𝑥) = 𝑐 onde c é uma constante. Então 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑐−𝑐 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 0 = 0 Assim, a derivada de uma constante é zero. Este fato concorda com a interpretação geométrica de derivada, pois o gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑐 é uma reta horizontal tendo inclinação zero. O resultado está enunciado formalmente como um teorema. A derivada de uma constante Exemplos: Determine a derivada das seguintes funções: 1o) Se 𝑓(𝑥) = 5 Sol.: Como a função f é constante, logo: 𝑓′(𝑥) = 0 2o) Se 𝑔(𝑥) = −𝜋 Sol.: Como a função g é constante, logo: 𝑔′(𝑥) = 0 Teorema 1.1 Se c é uma constante, e se 𝑓(𝑥) = 𝑐 para todo x, então 𝑓′(𝑥) = 0 → A derivada de uma constante é zero. 𝐷𝑥(𝑐) = 0 = 0 A derivada de uma função potência. Considere uma função potência onde n é qualquer inteiro positivo, isto é 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑛 Então 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 (𝑥+∆𝑥)𝑛−𝑥𝑛 ∆𝑥 Aplicando o teorema binomial a (𝑥 + ∆𝑥)𝑛 temos 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 [𝑥𝑛+𝑛𝑥𝑛−1∆𝑥+ 𝑛(𝑛−1) 2! 𝑥𝑛−2(∆𝑥)2+⋯+𝑛𝑥(∆𝑥)𝑛−1+(∆𝑥)𝑛]−𝑥𝑛 ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑛𝑥𝑛−1∆𝑥+ 𝑛(𝑛−1) 2! 𝑥𝑛−2(∆𝑥)2+⋯+𝑛𝑥(∆𝑥)𝑛−1+(∆𝑥)𝑛 ∆𝑥 Dividindo o numerador e o denominador por Δx temos 𝑓′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 [𝑛𝑥𝑛−1 + 𝑛(𝑛−1) 2! 𝑥𝑛−2(∆𝑥) + ⋯+ 𝑛𝑥(∆𝑥)𝑛−2 + (∆𝑥)𝑛−1] Todo termo, exceto o primeiro, tem um fator de Δx; então todo termo, exceto o primeiro, aproxima-se de zero. Assim obtemos 𝑓′(𝑥) = 𝑛𝑥𝑛−1 A derivada de uma função potência Exemplos: Determine a derivada das seguintes funções: 1o) Se 𝑓(𝑥) = 𝑥8 Sol.: Como a função f é uma potência, utilizando-se: 𝑓′(𝑥) = 𝑛𝑥𝑛−1, temos que 𝑓′(𝑥) = 8𝑥7 2o) Se 𝑓(𝑥) = 𝑥 Sol.: 𝑓′(𝑥) = 1 ∙ 𝑥0 → 𝑓′(𝑥) = 1 ∙ 1 → 𝑓′(𝑥) = 1 3o) Se 𝑓(𝑥) = √𝑥 Sol.: Então: 𝑓(𝑥) = √𝑥 = 𝑥1 2⁄ 𝑓′(𝑥) = 1 2 ∙ 𝑥−1 2⁄ → 𝑓′(𝑥) = 1 2√𝑥 Teorema 1.2 Se n é qualquer número real, e se 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑛, então 𝑓′(𝑥) = 𝑛𝑥𝑛−1 → 𝐷𝑥(𝑥 𝑛) = 𝑛𝑥𝑛−1 = 0 = 0 O próximo teorema envolve a derivada de uma constante vezes uma função. Se 𝑔(𝑥) = 𝑐 ∙ 𝑓(𝑥) onde c é uma constante, então 𝑔′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑐𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑐𝑓(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑐 ∙ [ 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 ] = 𝑐 ∙ lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 = 𝑐𝑓′(𝑥) Provamos o seguinte teorema: A derivada de uma constante vezes uma função Combinando os Teoremas 1.2 e 1.3 obtemos o seguinte resultado. A derivada de uma constante vezes a função potência Exemplos: Determine a derivada das seguintes funções: 1o) Se 𝑓(𝑥) = 5𝑥7 Sol.: Utilizando-se: 𝑓′(𝑥) = 𝑐𝑛𝑥𝑛−1, temos que 𝑓′(𝑥) = 5 · 7𝑥7−1 → 𝑓′(𝑥) = 35𝑥6 2o) Se 𝑓(𝑥) = 9𝑥2 3⁄ Sol.: 𝑓′(𝑥) = 9 ∙ 2 3 𝑥 2 3 −1 → 𝑓′(𝑥) = 6𝑥−1 3⁄ → 𝑓′(𝑥) = 6 1 𝑥1 3⁄ → 𝑓′(𝑥) = 6 √𝑥 3 Teorema 1.3 Se f é uma função, c é uma constante, e g é a função definida por 𝑔(𝑥) = 𝑐 ∙ 𝑓(𝑥) então se 𝑓′(𝑥) existe, 𝑔′(𝑥) = 𝑐 ∙ 𝑓′(𝑥) → A derivada de uma constante vezes uma função é a constante vezes a derivada da função se a derivada existe. 𝐷𝑥[𝑐 ∙ 𝑓(𝑥)] = 𝑐 ∙ 𝐷𝑥𝑓(𝑥) Se 𝑓(𝑥) = 𝑐𝑥𝑛, onde n é qualquer número real e c é uma constante, 𝑓′(𝑥) = 𝑐𝑛𝑥𝑛−1 → 𝐷𝑥(𝑐𝑥 𝑛) = 𝑐𝑛𝑥𝑛−1 Para obter a fórmula para a derivada da soma de duas funções, seja ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) onde 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem. Então ℎ′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 ℎ(𝑥+∆𝑥)−ℎ(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 [𝑓(𝑥+∆𝑥)+𝑔(𝑥+∆𝑥)]−[𝑓(𝑥)+𝑔(𝑥)] ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 [𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥)]+[𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥)] ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 + lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 = 𝑓′(𝑥) + 𝑔′(𝑥) Assim a derivada da soma de duas funções diferenciáveis é a soma de suas derivadas, e temos o seguinte teorema: A derivada da soma de duas funções O resultado do teorema anterior pode ser aplicado a um número qualquer finito de funções; isto é, a derivada da soma de um número finito de funções é igual à soma de suas derivadas, se estas derivadas existem. Portanto, a derivada de uma função polinomial pode ser encontrada, conforme exemplo a seguir. Exemplo: Dado 𝑓(𝑥) = 7𝑥4 − 2𝑥3 + 8𝑥 + 5, determine 𝑓′(𝑥). Sol.: 𝑓′(𝑥) = 𝐷𝑥(7𝑥 4 − 2𝑥3 + 8𝑥 + 5) = 𝐷𝑥(7𝑥 4) + 𝐷𝑥(−2𝑥 3) + 𝐷𝑥(8𝑥) + 𝐷𝑥5) = 28𝑥3 − 6𝑥2 + 8 O próximo teorema dá uma fórmula para a derivada do produto de duas funções. Para obtê-la, seja ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) · 𝑔(𝑥) onde 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem. Então ℎ′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 ℎ(𝑥+∆𝑥)−ℎ(𝑥) ∆𝑥 Teorema 1.4 Se f e g são funções e h é a função definida por ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) então se 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem, ℎ′(𝑥) = 𝑓′(𝑥) + 𝑔′(𝑥) → A derivada da soma de duas funções é a soma de suas derivadas, se estas derivadas existem. 𝐷𝑥[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = 𝐷𝑥𝑓(𝑥) + 𝐷𝑥𝑔(𝑥) = lim ∆𝑥→0 [𝑓(𝑥+∆𝑥)·𝑔(𝑥+∆𝑥)]−[𝑓(𝑥)·𝑔(𝑥)] ∆𝑥 Se 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) é somado e subtraído no numerador, então ℎ′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)∙𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥+∆𝑥)∙𝑔(𝑥)+𝑓(𝑥+∆𝑥)∙𝑔(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 [𝑓(𝑥 + ∆𝑥) ∙ 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 + 𝑔(𝑥) ∙ 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 ] = lim ∆𝑥→0 [𝑓(𝑥 + ∆𝑥) ∙ 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 ] + lim ∆𝑥→0 [𝑔(𝑥) ∙ 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 ] = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) ∙ lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 + lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥) ∙ lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 Como f é diferencial em x, logo é contínua em x; então lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥). Também, lim ∆𝑥→→0 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 = 𝑔′(𝑥) e lim ∆𝑥→→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 = 𝑓′(𝑥) e lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑥) dando assim ℎ′(𝑥) = 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥) Estivemos provando o seguinte teorema: A derivada do produto de duas funções Exemplo: Dada ℎ(𝑥) = (2𝑥3 − 4𝑥2)(3𝑥5 + 𝑥2), determine ℎ′(𝑥). Sol.: ℎ′(𝑥) = (2𝑥3 − 4𝑥2) ∙ 𝐷𝑥(3𝑥 5 + 𝑥2) + (3𝑥5 + 𝑥2) ∙ 𝐷𝑥(2𝑥 3 − 4𝑥2) = (2𝑥3 − 4𝑥2)(15𝑥4 + 2𝑥) + (3𝑥5 + 𝑥2)(6𝑥2 − 8𝑥) = (30𝑥7 + 4𝑥4 − 60𝑥6 − 8𝑥3) + (18𝑥7 − 24𝑥6 + 6𝑥4 − 8𝑥3) = 48𝑥7 − 84𝑥6 + 10𝑥4 − 16𝑥³ Note que se multiplicarmos primeiro e então diferenciarmos, o resultado será o mesmo. Fazendo isso, temos Teorema 1.5 Se f e g são funções, e se h é a função definida por ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) então se 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem, ℎ′(𝑥) = 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥) A derivada do produto de duas funções é a primeira função vezes a derivada da segunda função mais a segunda função vezes a derivada da primeira função, se estas derivadas existem. 𝐷𝑥[𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)] = 𝑓(𝑥) ∙ 𝐷𝑥𝑑(𝑥) + 𝑔(𝑥) ∙ 𝐷𝑥𝑓(𝑥) ℎ(𝑥) = (2𝑥3 − 4𝑥2)(3𝑥5 + 𝑥2) = 6𝑥8 − 12𝑥7 + 2𝑥5 − 4𝑥4 Então ℎ′(𝑥) = 48𝑥7 − 84𝑥6 + 10𝑥4 − 16𝑥3 Para obter a fórmula para a derivada do quociente de duas funções seja ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) 𝑔(𝑥) ≠ 0 onde 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem. Então ℎ′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 ℎ(𝑥+∆𝑥)−ℎ(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥) 𝑔(𝑥+∆𝑥) − 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) ∆𝑥 = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)∙𝑔(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔(𝑥+∆𝑥) ∆𝑥 Subtraindo e somando 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) nonumerador obtemos ℎ′(𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)∙𝑔(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔(𝑥+∆𝑥)+𝑓(𝑥)∙𝑔(𝑥) ∆𝑥∙𝑔(𝑥)∙𝑔(𝑥+∆𝑥) = lim ∆𝑥→0 [𝑔(𝑥)∙ 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 ]−[𝑓(𝑥)∙ 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 ] 𝑔(𝑥)∙𝑔(𝑥+∆𝑥) = lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥)∙ lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥) ∆𝑥 − lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥)∙ lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥+∆𝑥)−𝑔(𝑥) ∆𝑥 lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥)∙ lim ∆𝑥→0 𝑔(𝑥+∆𝑥) = 𝑔(𝑥)∙𝑓′(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔′(𝑥) 𝑔(𝑥)∙𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑥)∙𝑓′(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔′(𝑥) [𝑔(𝑥)]2 Assim, provamos o seguinte teorema: A derivada do quociente de duas funções Teorema 1.6 Se f e g são funções, e se h é a função definida por ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) 𝑔(𝑥) ≠ 0 então se 𝑓′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) existem, ℎ′(𝑥) = 𝑔(𝑥)∙𝑓′(𝑥)−𝑓(𝑥)∙𝑔′(𝑥) [𝑔(𝑥)]2 A derivada do quociente de duas funções é a fração tendo como denominador o quadrado do denominador original, e como numerador o denominador vezes a derivada do numerador menos o numerador vezes a derivada do denominador, se as derivadas existem. 𝐷𝑥 [ 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) ] = 𝑔(𝑥) ∙ 𝐷𝑥𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥) ∙ 𝐷𝑥𝑔(𝑥) [𝑔(𝑥)]2 Exemplos: 1o) Dada ℎ(𝑥) = 2𝑥3+4 𝑥2−4𝑥+1 , determine ℎ′(𝑥). Sol.: ℎ′(𝑥) = (𝑥2−4𝑥+1)(6𝑥2)−(2𝑥3+4)(2𝑥−4) (𝑥2−4𝑥+1)² = 6𝑥4−24𝑥3+6𝑥2−4𝑥4+8𝑥3−8𝑥+16 (𝑥2−4𝑥+1)² = 2𝑥4−16𝑥3+6𝑥2−8𝑥+16 (𝑥2−4𝑥+1)² 2o) Dada 𝑓(𝑥) = 3 𝑥5 + 4√𝑥3 4 , determine 𝑓′(𝑥). Sol.: 𝑓(𝑥) = 3𝑥−5 + 4𝑥3 4⁄ 𝑓′(𝑥) = 3(−5𝑥−6) + 4 ( 3 4 𝑥−1 4⁄ ) = −15𝑥−6 + 3𝑥−1 4⁄ = − 15 𝑥6 + 3 √𝑥 4 Tema 2: A regra da cadeia Suponha que em uma certa indústria C seja o custo total de produção de s unidades, e 𝐶 = 𝑓(𝑠) (1) Além disso, suponha que s unidades sejam produzidas durante as t horas desde o início da produção e 𝑠 = 𝑔(𝑡) (2) Se conhecemos 𝑑𝑠 𝑑𝑡 , a taxa de variação do número de unidades produzidas em t horas, é evidente que poderíamos determinar 𝑑𝐶 𝑑𝑡 , a taxa de variação do custo total de produção naquele intervalo de tempo. Este cálculo pode ser feito aplicando-se um teorema muito importante em cálculo, chamado regra da cadeia. Discutiremos agora a regra da cadeia: A regra da cadeia Observe de (3) a forma conveniente para lembrar-se da regra da cadeia. O enunciado formal sugere uma “divisão” simbólica de du no numerador e denominador do lado direito. Teorema 1.1 Se y é uma função de u e 𝑑𝑦 𝑑𝑢 existe, e se u é uma função de x e 𝑑𝑢 𝑑𝑥 existe, então y é uma função de x e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 existe e é dado por (3) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑑𝑦 𝑑𝑢 ∙ 𝑑𝑢 𝑑𝑥 Exemplo: Numa certa agroindústria, se C é o custo total da produção de s unidades, então 𝐶 = 1 4 𝑠2 + 2𝑠 + 1.000 (4) Além disso, se s unidades são produzidas durante t horas desde o início da produção, então 𝑠 = 3𝑡2 + 50𝑡 (5) Determine a taxa de variação do custo total em relação ao tempo, 2 duas horas após o início da produção. Sol.: Desejamos encontrar 𝑑𝐶 𝑑𝑡 quando t = 2. Da regra da cadeia, 𝑑𝐶 𝑑𝑡 = 𝑑𝐶 𝑑𝑠 ∙ 𝑑𝑠 𝑑𝑡 (6) De 𝐶 = 1 4 𝑠2 + 2𝑠 + 1.000, 𝑑𝐶 𝑑𝑠 = 1 2 𝑠 + 2 (7) De 𝑠 = 3𝑡2 + 50𝑡 𝑑𝑠 𝑑𝑡 = 6𝑡 + 50 (8) Substituindo (7) e (8) em (6), temos 𝑑𝐶 𝑑𝑡 = ( 1 2 𝑠 + 2) (6𝑡 + 50) (9) De (5), quando t = 2, 𝑠 = 3(2)2 + 50 ∙ 2 = 112 Então, de (9) 𝑑𝐶 𝑑𝑡 ] 𝑡=2 = [ 1 2 (112) + 2] [6(2) + 50] = (58)(62) = 3.596 Assim, 2 horas após o início da produção, o custo total está aumentando a uma taxa de $ 3.596 por hora. A regra da cadeia para potências Exemplos: 1o) Dado 𝑓(𝑥) = 1 4𝑥3+5𝑥2−7𝑥+8 determine 𝑓′(𝑥). Sol.: Escreva 𝑓(𝑥) = (4𝑥3 + 5𝑥2 − 7𝑥 + 8)−1 e aplique a regra da cadeia para potências de modo a obter 𝑓′(𝑥) = −1(4𝑥3 + 5𝑥2 − 7𝑥 + 8)−2(12𝑥2 + 10𝑥 − 7) = −12𝑥2−10𝑥+7 (4𝑥3+5𝑥2−7𝑥+8)2 2o) Dado ℎ(𝑥) = √2𝑥3 − 4𝑥 + 5 determine ℎ′(𝑥). Sol.: ℎ(𝑥) = (2𝑥3 − 4𝑥 + 5)1 2⁄ . Aplicando a regra da cadeia para potências, obtemos Teorema 1.2 Se f e g são funções tais que 𝑓(𝑥) = [𝑔(𝑥)]𝑛, onde n é qualquer número real, e se 𝑔′(𝑥) existe, então 𝑓′(𝑥) = 𝑛[𝑔(𝑥)]𝑛−1𝑔′(𝑥) ℎ′(𝑥) = 1 2 (2𝑥3 − 4𝑥 + 5)−1 2⁄ (6𝑥2 − 4) = 3𝑥2−2 √2𝑥3−4𝑥+5 3o) Dado 𝑓(𝑥) = ( 2𝑥+1 3𝑥−1 ) 4 determine 𝑓′(𝑥). Sol.: Aplicando a regra da cadeia para potências, temos 𝑓′(𝑥) = 4 ( 2𝑥+1 3𝑥−1 ) 3 (3𝑥−1)(2)−(2𝑥+1)(3) (3𝑥−1)2 = 4(2𝑥+1)3(−5) (3𝑥−1)5 = − 20(2𝑥+1)3 (3𝑥−1)5 4o) Dado 𝑓(𝑥) = (3𝑥2 + 2)2(𝑥2 − 5𝑥)3 determine 𝑓′(𝑥). Sol.: Consideremos f como o produto de duas funções g e h, onde 𝑔(𝑥) = (3𝑥2 + 2)² e ℎ(𝑥) = (𝑥2 − 5𝑥)³ Do Teorema para a derivada do produto de duas funções (visto na semana passada), 𝑓′(𝑥) = 𝑔(𝑥)ℎ′(𝑥) + ℎ(𝑥)𝑔′(𝑥) Encontramos ℎ′(𝑥) e 𝑔′(𝑥) pela regra da cadeia, obtendo 𝑓′(𝑥) = (3𝑥2 + 2)2[3(𝑥2 − 5𝑥)²(2𝑥 − 5)] + (𝑥2 − 5𝑥)³[2(3𝑥2 + 2)(6𝑥)] = 3(3𝑥2 + 2)(𝑥2 − 5𝑥)²[(3𝑥2 + 2)(2𝑥 − 5) + 4𝑥(𝑥2 − 5𝑥)] = 3(3𝑥2 + 2)(𝑥2 − 5𝑥)2[6𝑥3 − 15𝑥2 + 4𝑥 − 10 + 4𝑥3 − 20𝑥2] = 3(3𝑥2 + 2)(𝑥2 − 5𝑥)²(10𝑥3 − 35𝑥2 + 4𝑥 − 10) A regra da cadeia pode ser estendida à função composta envolvendo qualquer número finito de funções. O teorema que segue estende a regra da cadeia à função composta, envolvendo três funções. A regra da cadeia estendida Observe como a notação de Leibniz para derivadas torna a Equação (10) de se lembrar e aplicar. Exemplo: Dado 𝑓(𝑥) = √2 + (𝑥2 − 3𝑥 + 2)³, determine 𝑓′(𝑥). Sol.: Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥). Além disso, seja 𝑦 = √𝑢 onde 𝑢 = 2 + 𝑣³ e 𝑣 = 𝑥2 − 3𝑥 + 2 Então, pelo Teorema 1.3, Teorema 1.3 Se y é uma função de u, u é uma função de v e v uma função de x, e se 𝑑𝑦 𝑑𝑢 , 𝑑𝑢 𝑑𝑣 e 𝑑𝑣 𝑑𝑥 existem, então y é uma função de x e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 existe, sendo dada por (10) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑑𝑦 𝑑𝑢 ∙ 𝑑𝑢 𝑑𝑣 ∙ 𝑑𝑣 𝑑𝑥 𝑓′(𝑥) = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑑𝑦 𝑑𝑢 ∙ 𝑑𝑢 𝑑𝑣 ∙ 𝑑𝑣 𝑑𝑥 = 1 2 𝑢−1 2⁄ ∙ (3𝑣2) ∙ (2𝑥 − 3) = 3(𝑥2−3𝑥+2)²(2𝑥−3) 2√2+(𝑥2−3𝑥+2)³ OBS: Em caso de dúvidas! Entre em contato conosco por: aplicativo Moodle ou E-mail: jjdecarvalho@ifto.edu.br
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