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Patricia Souza dos Santos Controle Higiênico e Sanitário dos Alimentos CHECK-LIST: FERRAMENTA DE INSPEÇÃO SANITÁRIA. ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) IBMR, Rio de Janeiro/RJ 2020.1 Check-list é uma lista de verificações utilizada para avaliar as condições específicas relacionadas a determinado tema. Composta de perguntas objetivas para as quais será realizada uma marcação. Podem ser utilizados checklists para avaliação do estabelecimento como um todo, ou para um setor ou tema específico. CHECK-LIST RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002 (*) Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 DOE de 19/04/2013. CHECK-LIST ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC). ✓ Tem por objetivo a garantia, a efetividade e a eficácia do controle dos perigos associados à produção de alimentos. ✓ Metodologia de identificação e prevenção de situações, ações ou locais que representem riscos de veiculação de doenças através dos alimentos. O SISTEMA APPCC O SISTEMA APPCC https://www.youtube.com/watch?v=DyBCMHRoGEI É obrigatório para todo estabelecimento que produza alimentos, em todas as etapas da cadeia produtiva! Um dos primeiros passos a ser efetuado antes da implantação desse sistema é a elaboração do fluxograma de produção. O SISTEMA APPCC De uma maneira geral, pode-se afirmar que a implementação da APPCC permite a prevenção, redução ou controle de alguns perigos. O SISTEMA APPCC •PERIGO – contaminação inaceitável de natureza biológica, química ou física que possa causar danos à saúde ou integridade do consumidor. •PONTO CRÍTICO DE CONTROLE – etapa, matéria-prima ou ingrediente em que ocorre um perigo e podem ser aplicadas medidas preventivas para controle (eliminando, prevenindo ou reduzindo o perigo). •LIMITE CRÍTICO – valor máximo e/ou mínimo de parâmetros biológicos, químicos ou físicos que assegure controle do perigo estabelecido. São estabelecidos para cada medida preventiva monitorada dos PCC. •MONITORAMENTO – ato de medir ou observar através de instrumentos, se os limites críticos estão sendo respeitados, para assegurar-se que o PCC está sob controle. •AÇÕES CORRETIVAS – tomada de ação corretiva e imediata quando o monitoramento indicar que um critério importante não está sendo seguido. •VERIFICAÇÕES – utilização de procedimentos para verificar se a etapa monitorada está sendo controlada adequadamente. O SISTEMA APPCC – CONCEITOS BÁSICOS. BOAS PRÁTICAS X APPCC BPF Controle dos perigos de forma difusa, em decorrência do controle de contaminantes e do cumprimento da legislação. APPCC Controle dos perigos significativos ou possíveis do produto final, que também podem ser exigidos por legislação, pela empresa ou determinados por exigência de clientes. Foco no controle de perigos e dos respectivos riscos. 1. Formação da equipe APPCC, incluindo a definição do coordenador. 2.Descrição do produto/grupo de produtos. 3.Descrição do uso pretendido/grupo de consumidores específicos. 4.Elaboração do fluxograma de processo e descrição das etapas. 5.Confirmação in loco do fluxograma. CINCO ETAPAS PRELIMINARES DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC. ❑ Princípio 1 – Análise dos Perigos e Medidas Preventivas ❑ Objetivo: Identificar os perigos significativos e caracterizar as medidas preventivas correspondentes. ❑ Estes perigos poderão ser: ✓ prevenidos (p); ✓ eliminados (e); ou ✓ reduzidos a nível aceitável (r). OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 2 – Identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC) ✓ Avaliação de um perigo existente em uma etapa do processo, concluindo se é ou não um PCC – utilização de diagramas decisórios. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 3 – Estabelecimento dos Limites Críticos ✓ Os limites críticos são estabelecidos para cada medida preventiva monitorada dos PCC. ✓ Os valores são obtidos na legislação, literatura, experiência prática, levantamento de dados, experimentos laboratoriais de adequação. ✓ Devem estar associados a medidas como: Temperatura; tempo; pressão; atividade de água; acidez; pH; resíduos de antibióticos, etc. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 4 – Estabelecimento dos Procedimentos de Monitoramento ✓ Os procedimentos de monitoramento devem ser efetuados rapidamente: relacionam-se com o produto em processo, e não há tempo suficiente para métodos analíticos mais complexos. ❖ Métodos microbiológicos não caracterizam monitoramento: Impossível resultado rápido! ✓ Preferem-se métodos físicos, químicos, observações visuais e sensoriais, à intervalos de tempo adequados. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 5 – Estabelecimento de Ações Corretivas ✓ Devem ser aplicadas quando ocorrerem desvios dos limites críticos estabelecidos. ✓ A resposta rápida diante da identificação de um processo fora de controle é uma das principais vantagens do APPCC. ✓ Ações corretivas devem ser adotadas no momento ou imediatamente após à identificação dos desvios. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 6 – Estabelecimento dos Processos de Verificação ✓ Objetivo é verificar se a etapa em monitoramento está controlada corretamente, e se o APPCC está funcionando adequadamente. Exemplos: análises microbiológicas, inspeções, controles dos registros de monitoramento, auditorias, aferição dos equipamentos de medição. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ❑ Princípio 7 – Estabelecimento dos Procedimentos de Registro ✓ Todo mecanismo utilizado para avaliar se um PCC ou perigo está sob controle deve ser registrado. Exemplos: auditorias de fornecedores, registros de temperatura de estocagem, ações corretivas, treinamentos, relatórios de validação e modificação do plano APPCC. OS PRINCÍPIOS DO APPCC, DE ACORDO COM O CODEX ALIMENTARIUS. ✓ O fluxograma completo é um descritivo das etapas de preparação dos alimentos. ✓ As etapas são escritas dentro de retângulos, e uma seta entre uma etapa e outra indica a direção do fluxo. ✓ Em seguida, na forma de um quadro, são distribuídos os perigos característicos de cada etapa, utilizando a simbologia internacional. ✓ O mecanismo de controle dos perigos indicados, constituindo os PCCs; os tipos de PCCs, ou seja, PCCe (eliminados), PCCp (prevenidos) ou PCCr (reduzidos ou retardados); os critérios adotados para cada ponto crítico de controle; o monitoramento de cada critério adotado. COMO ELABORAR UM FLUXOGRAMA PARA APPCC. FLUXOGRAMA PARA APPCC – ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS FLUXOGRAMA PARA APPCC – RECEBIMENTO DE ALIMENTOS FLUXOGRAMA PARA APPCC – ÁREA DE PREPARO DE VEGETAIS. ✓ Descrição de algumas informações sobre os principais perigos envolvendo etapas que são básicas nas preparações de alimentos, cujos controles serão descritos nos fluxogramas: •Etapas da preparação ou manipulação; •Direção do fluxo; •Ingrediente cru ou inicialmente contaminado; •Contaminação por superfície de contato ou por manipuladores e outros contaminantes; •Destruição e sobrevivência de contaminantes; •Multiplicação de bactérias ou fungos. COMO ELABORAR UM FLUXOGRAMA PARA APPCC E BPF. LEGENDAS UTILIZADAS (símbolos gráficos para fluxogramas de preparação de alimentos) FLUXOGRAMA COM LEGENDAS PARA APPCC. FLUXOGRAMA PARA APPCC. PLANO RESUMIDO PARA APPCC. PLANO RESUMIDO PARA APPCC. Como em qualquer processo de implementação nos diferentes segmentos, o APPCC apresenta algumas “barreiras” durante a execução. Alguns elementos bloqueadores: -Carências de recursos financeiros para modificações; -Baixa escolaridade dos empregados; -Falta de motivação para implantar o APPCC; -Dificuldade no preenchimento dos registros; -Dificuldade de conscientização dos funcionários; -Excesso de registros. DIFICULDADES PARA IMPLANTAÇÃO DOAPPCC. ABNT NBR 15635:2008 Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais. ✓ Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT criou em novembro de 2008 a Norma Brasileira (NBR) 15635 – REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E CONTROLES OPERACIONAIS ESSENCIAIS (COE), exclusiva para serviços de alimentação baseada na RDC 216. ✓ Incluem requisitos que reforçam a garantia da qualidade dos alimentos produzidos, pois se referem a controles de etapas consideradas essenciais no processo seguro. ✓ Especifica os requisitos de BPF e dos Controles Operacionais Essenciais a serem seguidos para que esses estabelecimentos possam comprovar que produzem alimentos em condições higiênico-sanitárias adequadas para o consumo. ✓ O diferencial desta NBR está justamente na inclusão de controles em 5 etapas do processo: HIGIENIZAÇÃO DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS; TRATAMENTO TÉRMICO; RESFRIAMENTO; MANUTENÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO FRIA E MANUTENÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO QUENTE. ABNT NBR 15635:2008 https://kupdf.net/download/norma-15635_589bdc986454a7ca78b1ea67_pdf ❑Qualidade percebida: relacionada às características do produto que levam a recompensa pelo consumo do mesmo e que irão atrair o consumidor a recompra – propriedades sensoriais em geral (cor, textura, aroma) e características da embalagem; ❑Qualidade intrínseca: tudo aquilo que o consumidor considera como óbvio no produto (peso correto do produto, ausência de contaminantes, não utilização de componentes proibidos pela legislação, utilização de dosagens seguras) estando relacionada à segurança e ao atendimento à legislação por parte do produto. GESTÃO DE QUALIDADE EM ALIMENTOS GESTÃO DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS •CONTROLE DA QUALIDADE: avaliado por meios operacionais e pontuado de acordo com as conformidades e especificações dos processos e dos produtos a que se referem; •GARANTIA DA QUALIDADE: auditorias periódicas independentes, proporcionando maior confiança entre os clientes e entidades relacionadas; •GESTÃO DA QUALIDADE: inclui além do controle e da garantia, conceitos gerais de qualidade, segurança alimentar, saúde do consumidor, preservação do ambiente, políticas de educação e desenvolvimento sustentado sendo ativamente envolvidas em demonstrar a resposta global da empresa. GESTÃO DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS A gestão da qualidade do setor alimentício encontra um paralelo às denominadas “eras da qualidade” podendo a empresa atuar em quatro níveis da qualidade: ✓ Nível 1: limitar-se à inspeção dos produtos acabados; ✓ Nível 2: promover um controle estatístico centrado nas variáveis de processo; ✓ Nível 3: garantir a qualidade por meio de sistemas de qualidade; ✓ Nível 4: implantar uma gestão estratégica de qualidade, envolvendo um amplo conjunto de ações como programas, treinamentos, grupos de melhoria, ferramentas de análise e melhoria de processos, qualidade no desenvolvimento do produto, etc. GESTÃO DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
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