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Fazes da criação
A produção de leite no Brasil acontece graças a um ciclo completo de produção, ou seja, os animais passam por todas as fazes de crescimento dentro da mesma empresa (mesmo que em diferentes propriedades). As fêmeas nascidas nas propriedades se tornaram as futuras vacas de leite, assim, esse ciclo completo nos aponta que os animais vão passar por todas as fazes de desenvolvimento dentro de setores produtivos específicos. Independente do sistema (confinamento, intensivo a pasto) a propriedade precisa ser subdividida em setores, já que é uma empresa.
Cria
Bezerras do nascimento até o desaleitamento	Comment by Letícia Beatriz: Importante ressaltar que, para evitar cosanguinidade, se compra sêmen de fora e assim se aumenta variabilidade genética e aumenta a eficiência	Comment by Letícia Beatriz: Deixar de receber leite x desmamar, não necessariamente as bezerras irão mamar no teto da mãe 
Recria 
Bezerras (até entrarem na puberdade) do desaleitamento até novilhas próximas do 1º parto. Bezerras desaleitadas (2-3/6 meses); bezerras antes e na puberdade (6-10 meses); novilhas maturidade sexual para serem inseminadas (10-15 meses) e primeira gestação (15-24 meses)
Vacas em produção 
Vacas em produção (não necessariamente vacas em lactação), se indica uma média de 20% de descarte por ano do rebanho, a reposição normalmente se faz com as bezerras nascidas na propriedade (geralmente setor de cria e recria)
Manejo de animais de reposição na produção leiteira 
 Cria 
São animais que estão contidos no setor de cria e recria. Esses animais de reposição não participam de maneira direta da rentabilidade da fazenda, já que não estão produzindo leite. Partindo da premissa que o rebanho futuro tem a responsabilidade produtiva de ser melhor e mais eficiente que o rebanho atual, é fundamental que esse futuro rebanho leiteiro da fazenda seja melhor manejado 
Objetivos da fase de cria 
Para garantir que o futuro rebanho leiteiro tenha mais eficiência, se deve garantir que esses animais tenham mais acesso as técnicas de manejo e condições melhores. Assim, toda estratégia de manejo precisa ter um objetivo específico, e cada objetivo de cada setor são diferentes, devendo se estabelecer metas para cada.
· Garantir altos índices de sobrevivência (<mortalidade): garantir sobrevivência, pois essa é a fase com mais perda de animais, assim, se garante animais para seguirem recria
· Ritmo de crescimento adequado para a meta (idade) ao desaleitamento. 
· Esse desaleitamento com segurança é determinado com um critério de no mínimo dobro do peso ao nascer, assim, toda condição de ambiente além de genética potencializam a ganha de peso todo dia para que se chegue a meta de idade mais cedo, para que seja mais eficiente. 
· Garantir via manejo ritmo de crescimento adequado para meta de idade estabelecida (normalmente entre 45-120 dias para ser considerado eficiente)
· Adaptar as fêmeas receberem uma dieta sólida, ou seja, durante a fase de cria acostumamos as fêmeas com uma dieta sólida, pois na faze de cria não se fornece mais leite
Desafios a serem vencidos 
· Doenças infecto-contagiosas: é responsável por altos índices de mortalidades nas bezerras
· Ecto e endoparasitas: reduzem de maneira drástica o desempenho do animal, além de poder levá-lo à óbito
· Ambiente e instalações inadequados: precisa facilitar alimentação, diminuir as chances de adquirir doença, promover segurança e proteger o animal. Escolha correta da estruturação da instalação, para que o animal não fique vulnerável a doenças infecto-contagiosas
· Utilização incorreta do colostro e alimento líquido: é a primeira secreção láctea que o animal receberá, tendo grande importância, já que esses animais nascem sem imunidade passiva transplacentária
· Baixa qualidade de alimento sólido: o leite somente não atende as demandas nutricionais da bezerra ao passo que ela está se desenvolvendo, esse alimento sólido com qualidade ruim, não trará um consumo voluntário alto
· Subnutrição: nutrição abaixo do ideal, não alcançando o desempenho necessário 
· Baixa qualidade de mão-de-obra: hábitos de higiene de pessoas que não são da área, como por exemplo, os trabalhadores da propriedade. Onde o papel do veterinário é promover manejo de higiene em utensílios de aleitamento. Além de que, os funcionários precisam entender sua importância dentro do processo
Critérios para avaliação da criação de bezerras
60% dos carros de mortalidade vêm de, no mínimo, a diarréia (infecciosa e não infecciosa), seguida por problemas respiratórios. Para analisar a eficiência, não basta apenas analisar o quanto de animais vem a óbito.
Ambas as propriedades tem 5% de mortalidade, enquanto tem um baixo índice de morbidade (gasto com medicamento). A outra propriedade tem um alto índice de morbidade e os mesmos 5% de mortalidade. 
Manejos da fase de cria
· Dieta líquida: colostragem, aleitamento e água
· Dieta sólida: concentrado x volumoso
· Instalações: higiene e conforto
· Rotina: conscistência e manejo
Cuidados pós – nascimento 
· Inspeção geral: anatômica e fisiológica
· Recolher o animal para local protegido 
· Corte e desinfecção do umbigo, se utiliza solução de iodo 10% por 2/3 dias, garantindo que o coto umbilical fique seco e nem seja uma via de infecção secundária 
· Identificação: com brinco (e tatuagem = dia do nascimento), é importante identificar além de quem ela é, de quem ela é filha. Até ela ser desaleitada, irá receber o número da mãe
Manejo de colostragem 
· É através dele que a imunidade passiva é garantida, composto por uma mistura de secreções lácteas e constituintes do soro sanguíneo (imunoglobulinas e outras proteínas séricas) e não possuí valor comercial – 1-g IgG/L
· Fatores do fornecimento precoce à vaca: a qualidade e quantidade do colostro produzido pela vaca irá depender de fatores vinculados à ela, como a condição corporal, sua nutrição. 
· Fatores do fornecimento precoce à bezerra: atitude de mamar (fêmeas que tiveram distorcia no parto podem, conseqüentemente, fazer com que suas crias levam mais tempo para realizar a mamada. Nas primeiras horas de vida da cria nascida, o epitélio intestinal não é seletivo, permitindo a entrada de todas as proteínas, por isso é importante a ingestão do colostro, pois e ao passar do tempo, já haverá uma absorção seletiva do epitélio intestinal. Ele deve ser absorvido nas primeiras 12h de vida.
Essa mortalidade foi analisada nas primeiras 6 semanas de vida. A cria precisa ingerir 5% do seu peso vivo de colostro, essa quantidade não necessariamente será ingerida de uma vez só, justamente pelo abomaso e sua capacidade (2 a 3kg). 1º seis horas = 2kg, 1º 24h 5 a 7 kg. Algumas propriedades oferecem o colostro até os 3 dias de idade, isso, pelo seu valor nutricional, alem de que, o colostro tem efeito laxativo (gordura) e por isso irá induzir o mecônio 
Se, por ventura, as crias estão recebendo colostro de qualidade inferior, se deve resolver isso com quantidade, assim, quanto pior a qualidade do colostro, menor será ofertado, e quanto maior a qualidade do colostro, menor será o volume ofertado. Com o colostrômero se determina a qualidade do colostro. Não é possível mensurar o consumo de colostro da cria.
Bezerros alimentados com 2 ou 4 litros de colostro
Existem estratégias de manejo para fornecimento do colostro que não seja diretamente do teto da mãe, oferecendo o colostro artificialmente na quantidade que a cria precisaria, dentre as formas, podemos estocá-lo em um banco de colostro, uma delas é congelando o colostro, que pode ser estocado em saco plástico e em garrafa pet. Podemos medir o colostro da vaca e, se de ótima qualidade, será identificado com um lacre de cor diferente, assim, podemos oferecer no primeiro dia de vida da cria um colostro de ótima qualidade, no segundo dia, um de boa qualidade. Em função das vacas produzirem mais colostro do que suas crias necessitam, é interessante oferecermos colostro de alta qualidade para as bezerras no primeiro dia de vida.
Silagem de colostro: colostro armazenado e vedadosem O2, assim, se garante a fermentação, que garante suas qualidades nutricionais. É indicada quando não se tem freezer na propriedade ou na propriedade há oscilação da energia. Se o banco de colostro for armazenado adequadamente pode durar em torno de 1 ano.
Tipos de colostro
Colostro de cabras sadias: caprinos são animais que tem pré disposição a CAE (artrite encefalite caprina), essa doença não tem cura e por isso deve haver medidas de profilaxia, já que, uma vez que o animal apresenta sintomatologia deverá ser sacrificado. Em animais jovens trás um quadro neurológico e nos animais adultos trás quadro de artrite. Para garantir que essa doença não se propague, se faz um banco de colostro de cabras saudáveis, uma vez que tem como principal forma de propagação o colostro.
Colostro tratado: tratamento térmico à 56ºC em banho maria é capaz de eliminar agentes transmissores sem desnaturação das proteínas.
Colostro de outra espécie: bubalina ou bovina são as mais utilizadas, possuem transmissão de imunidade menos eficiente e efeitos nutricionais e laxativos similares.
Sucedâneo de colostro: são à base de soro sanguíneo de animal adulto e sadio (após a coagulação: 0,2 L de soro + 0,31 de leite)	Comment by Letícia Beatriz: Os sucedâneos do leite são produtos industriais, em pó, onde os constituintes lácteos são substituídos, total ou parcialmente, por outros de origem animal ou vegetal, que podem ser utilizados pelo recém-nascido, depois da fase de colostro, em substituição ao leite integral
Assim, o manejo de colostragem envolve a sua qualidade, quantidade (volume) e o tempo do seu fornecimento.
Efeito da quantidade de colostro ingerido nas primeiras 12h após o nascimento sobre a taxa de mortalidade de bezerras
	Ingestão (kg)
	
	Mortalidade (%)
	2-4
	
	15,3
	5-8
	
	9,9
	8-10
	
	6,5
Letícia Beatriz Mazo Pinho | Proibida a comercialização deste resumo

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