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Diabetes tipo 2 e Síndrome Metabólica AULA 3- 1º/02/2021 Endócrino Yasmin Pelógio de Macêdo Classificação Etiológica Tipo 1 - Destruição de células beta - Deficiência de insulina Tipo 2 - Resistência à insulina (produz a insulina, mas ela se torna aquém do que deveria ser, produz uma quantidade menor do que a necessária) - Deficiência relativa de insulina Gestacional - Resistência à insulina O que podemos observar no quadro clínico desse paciente? No DM1 o valor de glicemia é bem maior, além dos sinais e sintomas clínicos serem mais exuberantes (os 4 P’s) No DM2, percebe-se um alto valor de IMC, algumas disfunções metabólicas como HAS… Glicemia dele era 115mg/dl (não é tão alta) Fatores de risco - Obesidade visceral - Dieta inadequada - Sedentarismo Fisiopatologia Resistência à ação da insulina (fígado, músculo esquelético e tecido adiposo) + Disfunção de células beta (diminuição da secreção da insulina) = DM2 • Predisposição genética (poligênica, mais importante do que no DM1) + fatores ambientais (dieta, exercícios, sono…) • Glicotoxicidade: quando a glicose está muito alta, a capacidade de secreção de insulina pelas células beta torna-se ainda menor • Lipotoxicidade: maior quantidade de ácidos graxos disponíveis - gliconeogênese - maior oferta de glicose - glicotoxicidade - menor produção de insulina Mecanismo de ação da insulina (Copiar do resumo de farmaco) O normal é fosforilar o IRS, em resíduos de tirosina, mantendo-se a ativação de toda a cascata da insulina Nos casos de resistência, ao invés de fosforilar a tirosina, há a fosforilação da serina, não há uma ação funcional do receptor - bloqueio da ação de insulina São modificações reversíveis, capazes de serem revertidas Resistência à insulina tecido-específica • Fígado (aumento da produção de glicose / diminuição da síntese de glicogênio) • Vasos: aumento da ação do oxido nítrico sintetase - NO - vasodilatador - com seu bloqueio, maior vasoconstrição >> HAS • Tecido adiposo: aumento da lipólise - maior disponibilidade de ácidos graxos livres - lipotoxicidade • Músculo (diminuição da captação de glicose / diminuição de síntese de glicogênio) • Hipotálamo: diminuição do controle do apetite Declínio da função da célula beta - Em média, no DM2 há uma perda de 50% da função pancreática normal no momento do diagnóstico - Célula beta implica no tratamento - Maior preservação >> melhor o controle glicêmico >> melhor o tratamento - Importância do diagnóstico e do tratamento precoce Fatores de risco cardiovascular Síndrome Metabólica Pode ser definida como a disfunção metabólica associada à obesidade visceral e resistência insulínica Situação em que há um agrupamento de fatores de risco para doença cardiovascular e esse agrupamento geralmente coexiste (quando se encontra um, maior a chance de encontrar outro) A tríade: Síndrome metabólica + DM2 + Doença cardiovascular Fisiopatologia da síndrome metabólica • Obesidade e adipogênese • Resistência à insulina • Atividade simpática aumentada • Inflamação (sinais subclínicos - marcadores inflamatórios - PCR ultrassensível e algumas citocinas) História Natural do DM2 • Por algum fator (exemplo: aumento do tecido adiposo), começa a surgir uma resistência insulínica • A resistência insulínica ia aumentando, a célula beta ia acompanhando, dessa forma, aumentando a secreção de insulina, por um longo período de tempo • Porém, em algum momento, a célula beta começa a falhar • Neste momento, há uma depressão de secreção de insulina, tende a ser decrescente progressiva • Quando há uma secreção aquém de insulina necessária, há o aumento da glicose • Primeira glicose a subir: a pós-prandial (por isso o ideal é o diagnóstico por TOTG) • Com isso, a tendência é a glicose de jejum também é de aumentar • Assim, há mais chances de acontecer complicações cardiovasculares desde o momento do início dessa resistência, micro e mascrovasculares, mas quanto maior a resistência, mais chances de complicações Efeito Incretina • Efeito de maior estímulo a secreção de insulina vem de substâncias do TGI - GIP e GLP1 • GLP1 está reduzido nas pessoas com diabetes! • Ou seja, o GLP1 é alvo de terapêutica no diabetes tipo 2 (níveis beeeeem mais altos) A filtração da glicose nos rins A glicose é filtrada no glomérulo (ela passa e cai na cápsula de bowman) Toda glicose filtrada reabsorvida no túbulo contorcido distal (SGLT2 pega mais de 90% da glicose reabsorvida - bomba de sódio e de glicose e 10% da glicose é reabsorvida pelo SGLT1 - 2 sódios e 1 glicose) A glicosúria … Alvo de terapêutica esses transportadores!!! Síndrome Metabólica - Critérios Diagnósticos 3 dos 5 critérios: 1. CA maior ou igual a 102cm em homens e maior ou igual a 88cm em mulheres 2. Triglicerídeos maior ou igual a a150 3. …. 4. … 5. … Tratamento do DM2 - Controle da PA - … - …. Agentes Antidiabéticos - Mecanismos de ação 1) Secretagogos/ Aumenta insulina Sulfonilureias: Glibenclamida, Glimeprida, Glipizida, Gliclazida Glinidas: Repaglinida, nateglinida Insulina 2) Sensibilizadores Metformina Glitazonas: pioglitazona 3) Inibidores da alfa-glicosidade Acarbose 4) Inibidores da DPP-4 / Agonistas do GLP1 Vildagliptina, sitagliptina, saxagliptina, linagliptina, alogliptina Exenatide, liraglutida, dulaglutida, semaglutida 5) Inibidores da SGLT2 Dapaglifozina, canaglifozina Obs.: A associação de medicamentos é muito comum! Alvos Glicêmicos - HBA1c < 7% - Pré-predial PG < 130mg/dl - Pós-prandial PG < 180mg/dl Individualização: • Alvos rigorosos (6-6.5%): jovens, sadios • Alvos “frouxos” (7.5-8%+): idosos, comorbidades, tendência à hipoglicemia Evitar a hipoglicemia!
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