Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Iasmyn Paixão/Neto Monteiro Ref Sanarflix/Aula Luis Sette/Livro TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA Em todos os casos, tem-se uma substituição parcial da função renal, nunca alcança função plena. Uremia: condição em que o paciente tem maior tendência a sangramento, confusão mental, pericardite INDICAÇÕES INEQUÍVOCAS · Paciente refratários ao tratamento clínico e rins com TFG <20 ml/min → começamos a conversar com paciente · Pericardite causada pelas toxinas urêmicas · Hipervolemia refratária a diuréticos · HAS refratária · Sinais e sintomas de encefalopatia → Oscila entre sono e vigília, tremor de extremidade, sinal de confusão · Sangramentos atribuíveis à uremia → disfunção plaquetária, sangramento repetitivo de mucosa · Náuseas e vômitos persistentes → não melhora com antiemético, não melhora com procinético · Hiperpotassemia não controlada → refratária. · Acidose metabólica não controlada → tentamos bicarbonato, furosemida → Não melhora → Acidemia (náuseas, vômitos e estado confusional) → inicia. BASICAMENTE, PARTE-SE PARA TSR QUANDO O PACIENTE TEM SINTOMAS, DHE OU DAB REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO CLÍNICO CONSERVADOR HEMODIÁLISE Mais utilizada no Br e no mundo. Imensa maioria paga pelo SUS Princípio básico da diálise → Difusão dos cristalóides pela membrana semipermeável (Graham) → extração de ureia da urina 1. Paciente precisa de acesso vascular, ou é um cateter que alcança a desembocadura do átrio D (fim da cava superior), puxa sangue da via arterial e devolve pela via venosa do próprio cateter. Utilizado em situação de URGÊNCIA Tentar preferencialmente inserir cateter em veias jugulares → evitar subclávia pois se trombosar perde os acessos no braço 2. Se não acesso, faz uma fístula arterio-venosa, e com a introdução de agulhas faz esse processo de troca (limpeza) do sangue. Necessidade da fistula arterio-venosa As veias são mais superficiais e as artérias são mais profundas, porém as veias tem mais capacitância e fluxo menor. É bom na mão pelo arco palmar, onde faz-se uma anastomose término lateral, parte do fluxo vai pra mão, parte pra veia (a veia começa a se arterializar) → forma-se um cordão varicoso, resistente. Acessos de alto fluxo sem risco de rompimento (45-60 dias já desenvolvido): o paciente consegue fazer hemodiálise de forma mais eficaz. Também pode ser radiocefálica, braquiocefálica. Começa sempre distal. Vantagem sob o cateter: acabou o procedimento eu retiro. O cateter é uma porta de entrada, paciente fica mais exposto à infecção sanguínea e óssea Tipos de hemodiálise 1. Convencional → 4h, 3x na semana 2. Diária (alto peso corporal e pacientes mais jovens) 3. Hemodiálise diária noturna (países desenvolvidos, não tem no BR) → 8h por noite → fluxo baixo com monitorização Vantagens Retirada rápida de volume Correção rápida de distúrbio hidroeletrolítico Menos falha técnica (ambiente controlado) Complicações Hipotensão: pela retirada de volume Cãibra Dor Infecção relacionada ao cateter (é comum), colhe hemocultura periférica e do cateter. Queda da função renal residual: paciente com <15% de função renal é submetido a diálise, quanto mais hipotensão tem durante o processo de diálise, maior é a queda da função Típico sistema de tratamento de água para HD Osmose reversa, processos de bactericidas DIÁLISE PERITONEAL Cateter dentro da cavidade peritoneal (feito pelo nefro, uro ou cirurgião geral) entre o peritônio visceral e parietal O cateter é inserido na pequena bacia, líquido do dialisato com glicose, que funciona como fonte de osmolaridade, (cerca de 2L) é introduzido, permanece por 6-8h (normalmente feito durante a noite) tempo no qual o sangue é filtrado através do peritônio (membrana interna, nesse caso não tem filtro externo – como na hemodiálise –) e, após saturado de substâncias tóxicas, é drenado. Pode ser manual (sem a máquina) ou automatizada (com a máquina → líquido aquecido para vasodilatar) Ao utilizar glicose como fonte de osmolaridade o paciente absorve glicose e pode desenvolver algumas complicações Pode ser feita de várias formas → A mais comum é a DAY DRY, exames mensais ajudam a definir a melhor forma Vantagens Menos hipotensão: menor tempo/menos volume Qualidade de vida: pode ser feito em domicílio após treinamento Maior preservação da função renal residual Complicações Maior falha técnica Peritonite causa mais comum de falha Esclerose do peritônio em caso de peritonite, pode ocorrer inflamação sistêmica Contraindicações: 1. Absolutas: perda comprovada da função peritoneal ou múltiplas adesões peritoneais Incapacidade física ou mental para a execução do método Condições cirúrgicas não corrigíveis (onfalocele, gastrosquise, hérnia diafragmática, extrofia vesical. 2. Relativas: Presença de próteses vasculares abdominais há menos que 4 meses; → pode contaminar Presença de derivações ventrículo-peritoneais recentes (pacientes com hidrocefalia) Episódios frequentes de diverticulite Doença inflamatória ou isquêmica intestinal Vazamentos peritoneais Intolerância à infusão do volume necessário para adequação dialítica Obesidade mórbida GERALMENTE DP É TRATAMENTO DE PONTE (5-7 ANOS) PARA TRANSPLANTE TRANSPLANTE RENAL Rim transplantando na fossa ilíaca direita (os rins do paciente são mantidos), faz anastomose com vasos ilíacos e neoureteromia (anastomose do ureter do rim doado com a bexiga) Doador pode ser vivo ou falecido Uso de imunossupressão p/ diminuir a taxa de rejeição do órgão Melhor sobrevida Melhor qualidade de vida É o que mais se aproxima se uma função renal plena, mas continua sendo DRC Complicações Infecções Câncer Rejeição Doador vivo Bom estado geral físico e mental Compatibilidade sangue no mínimo ABO Realizar todos os exames preconizados para este tipo de cirurgia Mínimo 21 anos Estudo imunológico Doador voluntário Afasta-se contraindicações → físicas e emocionais (chantagem, compra) Prova cruzada → Cross match → verificar se existem anticorpos dirigidos contra os antígenos do doador que possam causar rejeição imediata Compatibilidade HLA → semelhança entre doador e receptor Estudo do doador → se vai ter prejuízos a sua saúde ou se tem doença transmissível Iniciar no receptor → imunossupressor antes da cirurgia. Doador falecido Cabe à família → Pessoas não identificadas ou com causa de morte não esclarecida não podem ser doadoras. Doador em morte encefálica → Há uma rotina → constatar a morte encefálica (2 EEG sem atividade com intervalo de 6h) Afastar qualquer doença que inviabilize o transplante Reconhecer a viabilidade do órgão a ser doado; Realizar as provas de compatibilidade Procurar o receptor mais adequado (Maior compatibilidade HLA, maior tempo na lista e logística possível para transplante a tempo) Enviar o órgão ao local da cirurgia do receptor O receptor é dialisado antes da cirurgia Principais exame pré-transplantes Tipagem sanguínea Tipagem análise do HLA Prova cruzada de linfócitos Uretrocistografia miccional e retrógrada Raio x de tórax ECG Avaliação dentária → descartar cáries e infecções HLA São dois alelos por pessoa, vindo da mãe e do pai → Doadores melhores são Haploidênticos (metade) ou idênticos. Irmãos podem ser distintos ou idênticos → quanto mais igual, melhor No doador falecido, esse processo é randômico → avaliar a quantidade de compatibilidades Se o doador voluntário um dia precisar ser transplantado ele vira prioridade na lista Imunossupressão Células apresentadoras de antígeno. → Bloqueio através de imunossupressores · Inibidores da calcineurina → Tacrolimus ou ciclosporina · Inibidor de ciclo celular → azatioprina ou micofenolato · Corticóides → mais reservado Contraindicações Paciente portadores de HIV (relativa) → Se CV = 0 ou negativa pode fazer Oxalose primária → tem que ser fígado e rim junto Doenças neuropsiquiátricas Neoplasia maligna < 2 anos → Ressurgimento Cirrose, doenças cardíaca ou pulmonar graves Infecção ativaCâncer ativo (imunossupressão aumenta o tamanho do tumor) Complicações Rejeição Infecções Complicações Mecânicas Complicações vasculares Recidiva doença de base
Compartilhar