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Dor Torácica Isabella machado pessanha alves Propedêutica CASO 1 S.M.R., 58 anos, sexo feminino, casada, professora de ensino fundamental, branca, católica, natural de MG, residente em Campo Grande no Rio de Janeiro-RJ. Procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) perto de sua residência por apresentar dor precordial de média intensidade, tipo em aperto e queimação, com duração de no máximo 10 minutos, que surgia aos médios esforços como andar mais rápido, subir no ônibus ou fazer compras no supermercado. Observou que esta dor já vinha acontecendo há cerca de 6 meses, que melhorava com repouso e que piorava com esforço físico, emoções e refeições copiosas. Ao ser interrogada pelo médico de plantão, afirmou ser hipertensa em tratamento, dislipidêmica, diabética e tabagista. Diante do quadro clínico exposto na anamnese responda: 1)Qual o diagnóstico mais provável? Angina Estável 2)Quais os fatores de risco associados a esta patologia? Dislipidemia (colesterol alto), tabagismo, histórico Familiar (histórico de cardiopatia em mulheres com menos de 65 anos e homens com menos de 55 anos), mulher acima de 60 anos (se fosse homem, seria abaixo de 50) OBS: Doença renal cronica é um fator agravante 3)Qual o mecanismo fisiopatológico da dor torácica apresentada pela paciente? A dor torácica do paciente é desencadeada por uma isquemia miocárdica. A isquemia é precipitada por um desequilíbrio entre a necessidade miocárdica de o2 e o fornecimento miocárdio desse nutriente, resultando em liberação insuficiente de O2 para satisfazer as demandas metabólicas cardiacas. A causa mais comum de cardiopatia isquemia é a presença de placa ateromatosas que obstrui uma ou mais artérias coronárias. OBS: A hipertrofia ventricular promove aumento da demanda cardaca. CASO 2 Paciente do sexo feminino, 68 anos, tabagista, com diagnóstico de neoplasia de estômago foi internada há três semanas no HFSE devido a piora importante do estado geral. Hoje pela manhã apresentou dispneia em repouso e dor em hemitórax direito do tipo pleurítica de início súbito. Ao exame: lúcida e orientada, cooperativa, restrita ao leito desde a internação hospitalar, taquidispneica, hidratada, hipocorada +/4+. Acianótica. Exame dos aparelhos respiratório e cardiovascular sem alterações significativas. Edema assimétrico de membros inferiores (maior à esquerda, 3+/4+). Paciente refere dor em panturrilha esquerda à dorsiflexão do pé. Panturrilha esquerda empastada. Exame neurológico sem alterações. Pergunta-se: 1) Qual o possível diagnóstico deste paciente? Tromboembolismo pulmonar secundário à trombose venosa profunda. 2) Explique o surgimento da dor torácica nesse caso. A ocorrência de uma tromboembolismo foi responsável por gerar um infarto pulmonar, desencadeando irritação da pleura parietal e estipulação dos nervos sensitivos dos vasos pulmonares acometidos, o que explica a dor torácica relatada. 3) Quais são os fatores de risco que geralmente estão associados a esta complicação? Neoplasia, Uso de anticoncepcionais (uso de estrogênio -agente pro-trombotico), gravidez, SAF-sindrome dos anticorpos antifosfalipideos (trombose de repetição), paciente pós- cirúrgicos, entre outros. OBS: A neoplasia se torna um fator de risco por desencadear inflamação. A presença de inflamação promove um estado de hipercoagulabilidade. CASO 3 No consultório da clínica de família, paciente masculino de 55 anos, obeso e diabético, relata pirose e dor em região retroesternal que irradia para região cervical. Os sintomas melhoram com antiácidos e pioram com ingesta de alimentos gordurosos, principalmente na hora de deitar. Paciente refere ainda tosse seca e rouquidão. a)Qual o diagnóstico mais provável? Esofagite de Refluxo / Refluxo gastroesofágico b) Qual é a explicação para a tosse seca e para rouquidão? A presença de conteúdo gástrico acido é responsável por desencadear a inflamar das cordas vocais, causando a rouquidão, e promove a agressão da mucosa da faringe, oque gera a tosse seca. Há piora considerar da tosse em decúbito. CASOS Você está de plantão na enfermaria de clínica médica do HFSE e foi chamado para avaliar 4 casos de dor torácica. Dê a hipótese diagnóstica mais provável de cada caso com base apenas nas informações fornecidas: Caso 1) Paciente de 45 anos, sexo masculino, hipertenso e dislipidêmico apresenta dor intensa retroesternal em aperto, com irradiação para pescoço e mandíbula e associada a sudorese, náuseas e vômitos. A dor surgiu há aproximadamente 1 hora, quando estava vendo televisão. Nega fatores de melhora da dor. Exame físico sem alterações significativas. A) Infarto Agudo do Miocárdio OBS: Lembrar que os sintomas de Infarto Agudo do Miocárdio e Angina Instável são iguais Caso 2) Paciente de 60 anos, sexo masculino, tabagista e dislipidêmico apresenta dor retroesternal de início súbito , intensa, de caráter dilacerante, com irradiação para pescoço, mandíbula e dorso. Ao exame encontra-se hipotenso, sudoreico, com diminuição importante da amplitude dos pulsos braquial e radial esquerdos e hemiplegia à direita. A) Dissecação Aórtica OBS: A dissecação Aórtica afeta a túnica íntima do vaso. OBS 2: A dissecação de cortiça é um diagnóstico diferencial importantíssimo com infarto: - Sintomas idênticos: dor torácica típica - Mesmos fatores de risco - Sintomas diferenciadores: diminuição de amplitude dos pulsos braquiais e radiais esquerdos e hemiplegia direita (sintomas neurológicos) Caso 3) Paciente do sexo masculino, 25 anos apresenta há uma semana febre, dispneia, além de dor retroesternal moderada, intermitente, ventilatório-dependente, com irradiação para ombro e que agrava com tosse. Refere melhora parcial da dor com inclinação do tronco para frente e posição genupeitoral. A) Pericardite OBS: Melhora parcial da dor com posição Genupeitoral (inclinação do tronco para frente); - Redução do atrito entre o pericárdio e a caixa torácica Caso 04) Paciente do sexo feminino de 60 anos relata início há uma semana de dor torácica constante, em pontada sem relação com os movimentos respiratórios, localizada na região torácica ântero-lateral esquerda sem irradiação e que só melhora com o uso de analgésicos. Ao exame, você notou lesão na referida região torácica com inúmeras vesículas. Exame físico restante sem alteração significativa. A) Hérpes-zóster
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