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UNISEPE - UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA. Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – FVR Rua Oscar Yoshiaki Magário, nº 185 - Jardim das Palmeiras - Registro/SP - (13) 3828-2840. www.scelisul.com.br UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA. SOCIOLOGIA REGISTRO 2016 SOCIOLOGIA “Resumo Expandido Max Weber” UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA. SOCIOLOGIA “Resumo Expandido Max Weber” Pedagogia – Licenciatura, 2º Semestre. Professor: Erik Juciara Vieira Gonçalves dos Santos R.A: 0376584 REGISTRO 2016 Conteúdo RESUMO 5 INTRODUÇÃO 5 INTRODUCTION 6 RESUMO EXPANDIDO 8 Ação Social para Max Weber 8 Tipos de ações sociais 8 Racionalização do mundo social 8 Tipos de racionalidade 9 Tipos ideais 10 CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS 11 TEORIA DE MAX WEBER RESUMO Entre os grandes pensadores da Sociologia, Max Weber (1864-1920) é considerado um dos autores mais influentes. Seus trabalhos possuem enorme abrangência de assuntos e voltam-se para áreas do pensamento político, do Direito, da História e da Economia. Essa característica acabou tornando-se altamente valorosa por razões aparentes: o mundo social está em contato direto com todos esses ramos aos quais Weber dedicou seus trabalhos. Tendo sido precedido por outros dois grandes pensadores da área da Sociologia, Karl Marx e Émile Durkheim, Weber também tentou compreender as mudanças sociais que se desenvolviam no cerne das grandes cidades que viviam a Revolução Industrial. Por meio de estudos com base em observações empíricas, Weber identificou pontos centrais sobre os quais construiu conceitos chave que serviram como base do restante de suas teorias. INTRODUÇÃO Max Weber (1864-1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia e é o pensador mais recente dentre os três, conhecedor tanto do pensamento de Comte e Durkheim quanto de Marx. Assim, ele entende que a sociedade não funciona de forma tão simples e nem pode ser harmoniosa como pensam Comte e Durkheim, mas também não propõe uma revolução como faz Marx, mas afirma que o papel da Sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão, é por isso que sua Sociologia recebe o nome de compreensiva. Weber valorizava as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade; entende a sociedade sob uma perspectiva histórica, diferente dos positivistas. Um dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação social. A ação é um comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva, cujo sentido é determinado pelo comportamento alheio. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui à sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas. Weber também se preocupou com certos instrumentos metodológicos que possibilitassem ao cientista uma investigação dos fenômenos particulares sem se perder na infinidade disforme dos seus aspectos concretos, sendo que o principal instrumento é o tipo ideal, o qual cumpre duas funções principais: primeiro a de selecionar explicitamente a dimensão do objeto a ser analisado e, posteriormente, apresentar essa dimensão de uma maneira pura, sem suas sutilezas concretas. Em suma: a Sociologia de Comte e Durkheim são positivistas; a de Marx é revolucionária e a de Max Weber é compreensiva. E nisto talvez esteja a principal diferença entre esses quatro grandes pensadores da Sociologia. Palavras-chave: Max Weber, modernidade, sociologia, ação social. INTRODUCTION Max Weber (1864-1920) was a German intellectual, jurist, economist and considered one of the founders of Sociology and is the most recent thinker among the three, knowledgeable both of Comte and Durkheim and of Marx. Thus he understands that society does not function as simply and harmoniously as Comte and Durkheim think, but neither does it propose a revolution as Marx does, but he asserts that the role of Sociology is to observe and analyze the phenomena that occur in Society, seeking to extract from these phenomena the teachings and systematize them for a better understanding, that is why its Sociology receives the name of understanding. Weber valued particularities, that is, the specific formation of society; Understands society from a historical perspective, different from the positivists. One of the key concepts of Weber's work and sociological theory is social action. Action is a human behavior in which individuals relate in a subjective way, whose meaning is determined by the behavior of others. This behavior is only social action when the actor attributes to his conduct a meaning or sense of his own, and that meaning relates to the behavior of other people. Weber was also concerned with certain methodological tools that would enable the scientist to investigate particular phenomena without getting lost in the unformed infinity of their concrete aspects, the main instrument being the ideal type, which fulfills two main functions: first to explicitly select The dimension of the object to be analyzed and, subsequently, to present this dimension in a pure way, without its concrete subtleties. In short: the Sociology of Comte and Durkheim are positivists; Marx's is revolutionary and Max Weber's is sympathetic. And this is perhaps the main difference between these four great thinkers of Sociology. Key words: Max Weber, modernity, sociology, social action. RESUMO EXPANDIDO Ação Social para Max Weber Talvez o conceito mais importante da teoria weberiana seja o de “ação social”, que, segundo o autor, deveria ser o principal objeto de estudo da Sociologia. Weber estava mais preocupado com aspectos mais próximos ao indivíduo justamente por acreditar que não era apenas a estrutura das instituições ou a situação econômica do sujeito que motivaria suas ações. Para Weber, as ideias, as crenças e os valores eram os principais catalisadores das mudanças sociais. Ele acreditava que os indivíduos dispunham de liberdade para agir e modificar a sua realidade. A ação social seria, portanto, qualquer ação que possuísse um sentido e uma finalidade determinados por seu autor. Em outras palavras, uma ação social constitui-se como ação a partir da intenção de seu autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor. As relações humanas e, por sua vez, as ações que estão inseridas no contexto dessas relações possuem sentido graças aos seus atores. Para que se compreenda o processo de comunicação e de interação social, é necessário que se compreenda o sentido das ações que ali existem e, ainda mais importante, o objetivo do autor da ação em seu esforço comunicativo. Para melhor clarificar a explicação, podemos exemplificar com a ação de um aperto de mãos, que, genericamente, pode conter uma infinidade de significados. No entanto, o autor da ação, ao realizá-la, pretende que seu interlocutor apreenda o sentido que desejou incutir em seu ato, e não apenas que ele entenda o sentido genérico do ato de apertar as mãos. Tipos de ações sociais Weber ainda salientou quatro tipos de ações sociais: a ação racional com relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação afetiva e a ação tradicional. A ação racional com relação a fins refere-se às ações tomadas com um fim específico em mente, isto é, o autor busca atingir um objetivo e age racionalmente para atingi-lo. Já a ação racional com relação a valores refere-se a ações que são tomadas segundo os valores morais do sujeito que a pratica. A ação afetiva configura-se quando um sujeito age com base em seus sentimentos sem levar em consideração o fim que deseja atingir. A ação tradicional está relacionada com o agir baseado no costume e no hábito, isto é, o sujeito age pelo pressuposto da tradição sem o apoio da razão.Racionalização do mundo social Max Weber é o teórico mais lembrado ao falarmos desse tema. Em uma de suas obras mais célebres, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber aborda profundamente o tema. Para ele, o período da modernidade é marcado pelo conflito incessante entre o pensamento baseado na razão instrumental, a razão usada como ferramenta para se chegar a determinado fim, e o pensamento tradicional religioso, que perdia aos poucos sua relevância. Weber refere-se a esse fenômeno como “o processo de desencantamento do mundo”, processo pelo qual o sujeito moderno gradualmente abandona costumes e crenças baseadas em tradições aprendidas e que se apoiavam nos pilares fixos das religiões ou da “magia”. O trabalho de Weber estende-se também a um fenômeno que ele acredita ser de grande importância para o mundo moderno e que está relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo. Trata-se da “racionalização do mundo social”, isto é, mudanças profundas no cerne do pensamento do indivíduo moderno e das instituições do Estado, como a gradual construção do capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento dos meios urbanos, que se tornaram as bases da reordenação das organizações tradicionais que predominavam até então. O desencantamento do mundo ocorreu, segundo o Weber, em virtude do novo ordenamento socioeconômico edificado no sistema capitalista. O cálculo racional tornou-se a principal forma de mediar as ações do sujeito desse sistema, o que, com o tempo, infiltrou-se nas demais relações dos indivíduos. Esse processo ganhou grande fôlego diante do enorme escalamento de produção que a Revolução Industrial trouxe, o ponto principal do processo de secularização. As relações comerciais passaram a se tornar cada vez mais partes integrais das relações sociais e exigiam, em grande parte, a racionalização das ações dos sujeitos. A preocupação de Weber estava em tentar apreender os processos pelos quais o pensamento racional, ou a racionalidade, impactou as instituições modernas, como o Estado e os governos, e, ainda, o âmbito cultural, social e individual do sujeito moderno. Em sua denominação das diversas formas de racionalidade, Weber fez distinção de duas principais formas: a racionalidade formal e a racionalidade substantiva. Tipos de racionalidade A racionalidade formal relaciona-se com as formas metódicas e calculistas do sistema jurídico e econômico das sociedades modernas. Está ligada aos aparelhos institucionais que se estruturam de forma burocrática, organizando-se em uma hierarquia delimitada por regras fixas. A racionalidade substantiva aproxima-se da racionalidade formal, mas se difere em sua conduta, que não é voltada para fins. Isso quer dizer que ela leva em consideração o contexto social em que se insere, sendo racional quanto à disposição dos valores que orientam aquele mundo social específico. Tipos ideais Outra contribuição de Weber para o pensamento sociológico foi a conceituação dos tipos ideais, ferramenta teórica amplamente usada ainda hoje. O estabelecimento de tipos ideais não busca construir tipologias genéricas nem mesmo busca classificar de maneira inflexível o objeto em questão, como é o caso das classificações que encontramos nas ciências naturais. Os tipos ideais servem como parâmetro de observação, um conceito teórico abstrato com características delineadas que serve apenas como ponto de comparação entre o objeto observado e a abstração teórica. Trata-se de modelos conceituais que raramente, ou quase nunca, existem integralmente. Dessa forma, é possível que olhemos, por exemplo, para o sistema político de um país munidos de um tipo ideal, como o da democracia, e, a partir da comparação, classificá-lo como sendo ou não uma nação democrática em um ou outro sentido. Nessa comparação, ainda que não sejam observadas todas as características de um modelo de democracia, esse sistema político ainda poderia ser considerado como democrático se a maior parte de sua organização fosse condizente com a de um modelo democrático. De todas as formas, a Sociologia compreensiva de Max Weber representou grandes avanços teóricos para o pensamento sociológico. O valor de seu trabalho é inestimável, de forma que grande parte dos trabalhos que investigam fenômenos recentes busca auxílio em suas obras. CONCLUSÃO As respostas para nossa organização social estariam nos fatos sociais e para isso seria necessária a aplicação de um método para os compreendermos melhor enquanto objeto sociológico, devendo ser vistos como se fossem “coisas”, como se fossem objetos passíveis de análise, assim como a biologia se debruça sobre uma planta. Diante dessa enorme trajetória que nos esforçamos para cobrir, podemos contemplar o tamanho da complexidade dos caminhos pelos quais o pensamento humano e nossas organizações sociais passaram e ainda passam. Entender os processos históricos permite-nos entender a origem da realidade em que vivemos. O mundo moderno ainda se reinventa e, assim como todos os períodos que vieram antes, chegará o momento derradeiro de sua conclusão. Resta-nos perguntar: já estamos nesse momento de ruptura? REFERÊNCIAS CAMARGO, Orson. 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