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Cálculo Diferencial e Integral I Aula 28: Volumes por cascas ciĺındricas Turma Online - Prof. Rogério Mol Universidade Federal de Minas Gerais 1o semestre /2020 Volumes I Considere um sólido S no espaço tridimensional, formado pela rotação em torno do eixo y , da região abaixo do gráfico da função cont́ınua f (x) (com f > 0) entre x = a e x = b, onde 0 < a < b. Volumes Volumes I Como antes, tomamos uma partição a = x0 < x1 < x2 < · · · < xk−1 < xk < · · · < xn−1 < xn = b do intervalo [a, b] em n subintervalos iguais de comprimento ∆x = (b − a)/n e escolhemos como pontos intermediários os pontos médios x̄k ∈ [xk−1, xk ]. Ou seja: x̄k = xk−1 + xk 2 . I Sobre o k-ésimo intervalo, produzimos o retângulo que tem como base o intervalo [xk−1, xk ] e altura f (x̄k). Giramos esse retângulo em torno do eixo y . O sólido resultante é uma “casca ciĺındrica” Sk , de raio interno xk−1, raio externo xk e altura f (x̄k). Volumes I Como antes, tomamos uma partição a = x0 < x1 < x2 < · · · < xk−1 < xk < · · · < xn−1 < xn = b do intervalo [a, b] em n subintervalos iguais de comprimento ∆x = (b − a)/n e escolhemos como pontos intermediários os pontos médios x̄k ∈ [xk−1, xk ]. Ou seja: x̄k = xk−1 + xk 2 . I Sobre o k-ésimo intervalo, produzimos o retângulo que tem como base o intervalo [xk−1, xk ] e altura f (x̄k). Giramos esse retângulo em torno do eixo y . O sólido resultante é uma “casca ciĺındrica” Sk , de raio interno xk−1, raio externo xk e altura f (x̄k). Volumes Volumes I O volume dessa “casca ciĺındrica” é: V (Sk) = πx 2 k f (x̄k)− πx2k−1f (x̄k) = π ( x2k − x2k−1 ) f (x̄k) = 2π xk + xk−1 2︸ ︷︷ ︸ x̄k (xk − xk−1)︸ ︷︷ ︸ ∆x f (x̄k) = 2πx̄k f (x̄k)∆x I O volume do sólido S é aproximado pelo volume da união dessas cascas ciĺındricas: V (S) ≈ n∑ k=1 V (Sk) = n∑ k=1 2πx̄k f (x̄k)∆x︸ ︷︷ ︸ soma de Riemman . Observe que a última expressão é a soma de Riemann da função 2πxf (x) associada à escolha da partição e de pontos intermediários. Volumes I O volume dessa “casca ciĺındrica” é: V (Sk) = πx 2 k f (x̄k)− πx2k−1f (x̄k) = π ( x2k − x2k−1 ) f (x̄k) = 2π xk + xk−1 2︸ ︷︷ ︸ x̄k (xk − xk−1)︸ ︷︷ ︸ ∆x f (x̄k) = 2πx̄k f (x̄k)∆x I O volume do sólido S é aproximado pelo volume da união dessas cascas ciĺındricas: V (S) ≈ n∑ k=1 V (Sk) = n∑ k=1 2πx̄k f (x̄k)∆x︸ ︷︷ ︸ soma de Riemman . Observe que a última expressão é a soma de Riemann da função 2πxf (x) associada à escolha da partição e de pontos intermediários. Volumes I Assim, o volume do sólido S é obtido como V (S) = lim n→∞ n∑ k=1 2πx̄k f (x̄k)∆x︸ ︷︷ ︸ soma de Riemman = ∫ b a 2πxf (x)dx I Ou seja: V (S) = ∫ b a 2πxf (x)dx Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo y da região limitada por y = 2x2 − x3 e y = 0. Solução. A região considerada está entre x = 0 e x = 2. A casca ciĺındrica tem raio r = x e altura h = 2x2 − x3 (veja figura). Portanto V = ∫ 2 0 (2πx)(2x2 − x3)dx = 2π ∫ 2 0 (2x3 − x4)dx = 2π [ 1 2 x4 − 1 5 x5 ]2 0 = 2π ( 8− 32 5 ) = 16 5 π. Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo y da região limitada por y = 2x2 − x3 e y = 0. Solução. A região considerada está entre x = 0 e x = 2. A casca ciĺındrica tem raio r = x e altura h = 2x2 − x3 (veja figura). Portanto V = ∫ 2 0 (2πx)(2x2 − x3)dx = 2π ∫ 2 0 (2x3 − x4)dx = 2π [ 1 2 x4 − 1 5 x5 ]2 0 = 2π ( 8− 32 5 ) = 16 5 π. Volumes Solução (continuação). Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo y da região limitada entre y = x e y = x2. Solução. Buscamos os pontos de interseção das duas curvas: x = x2 ⇐⇒ x2 − x = x(x − 1) = 0 ⇐⇒ x = 0 ou x = 1. A casca ciĺındrica tem raio r = x e altura h = x − x2 (veja figura). Portanto V = ∫ 1 0 (2πx)(x − x2)dx = 2π ∫ 1 0 (x2 − x3)dx = 2π [ 1 3 x3 − 1 4 x4 ]1 0 = 2π ( 13− 1 4 ) = 1 6 π. Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo y da região limitada entre y = x e y = x2. Solução. Buscamos os pontos de interseção das duas curvas: x = x2 ⇐⇒ x2 − x = x(x − 1) = 0 ⇐⇒ x = 0 ou x = 1. A casca ciĺındrica tem raio r = x e altura h = x − x2 (veja figura). Portanto V = ∫ 1 0 (2πx)(x − x2)dx = 2π ∫ 1 0 (x2 − x3)dx = 2π [ 1 3 x3 − 1 4 x4 ]1 0 = 2π ( 13− 1 4 ) = 1 6 π. Volumes Solução (continuação). Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da região sob a curva y = √ x entre x = 0 e x = 1. Solução. O método das cascas ciĺındricas pode ser usado tomando a variável y como referência. A região em questão está entre as curvas x = y2 (que corresponde a y = √ x) e x = 1 (veja figura). A casca ciĺındrica tem raio r = y e altura h = 1− y2 . Portanto V = ∫ 1 0 (2πy)(1− y2)dy = 2π ∫ 1 0 (y − y3)dy = 2π [ 1 2 y2 − 1 4 y4 ]1 0 = 2π ( 12− 1 4 ) = 1 2 π. Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da região sob a curva y = √ x entre x = 0 e x = 1. Solução. O método das cascas ciĺındricas pode ser usado tomando a variável y como referência. A região em questão está entre as curvas x = y2 (que corresponde a y = √ x) e x = 1 (veja figura). A casca ciĺındrica tem raio r = y e altura h = 1− y2 . Portanto V = ∫ 1 0 (2πy)(1− y2)dy = 2π ∫ 1 0 (y − y3)dy = 2π [ 1 2 y2 − 1 4 y4 ]1 0 = 2π ( 12− 1 4 ) = 1 2 π. Volumes Solução (continuação). Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno da reta x = 2 da região delimitada por y = x − x2 e y = 0. Solução. Nesse caso, a casca ciĺındrica tem raio r = 2− x e altura h = x − x2 (veja figura). Portanto V = ∫ 1 0 2π(2− x)(x − x2)dx = 2π ∫ 1 0 (x3 − 3x2 + 2x)dx = 2π [ 1 4 x4 − 3 1 3 x3 + 2 1 2 x2 ]1 0 = 2π ( 1 4 − 1 + +1 ) = 1 2 π. Volumes I Exemplo. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno da reta x = 2 da região delimitada por y = x − x2 e y = 0. Solução. Nesse caso, a casca ciĺındrica tem raio r = 2− x e altura h = x − x2 (veja figura). Portanto V = ∫ 1 0 2π(2− x)(x − x2)dx = 2π ∫ 1 0 (x3 − 3x2 + 2x)dx = 2π [ 1 4 x4 − 3 1 3 x3 + 2 1 2 x2 ]1 0 = 2π ( 1 4 − 1 + +1 ) = 1 2 π. Volumes Solução (continuação).
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